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BIOÉTICA: CONCEITOS, FUNDAMENTAÇÕES

E PRINCÍPIOS

CONCEITOS

Os questionamentos acerca da Bioética começaram por volta da década de 70,


quando muitos avanços surgiam na ciência.
a. “Nem tudo que é cientificamente possível, é eticamente aceitável” (POTER,
1970) – necessidade de surgimento da área devido ao grande avanço da ciência
e biotecnologia.
b. Bioética: ética da vida – “ciência que tem como objetivo indicar os limites e
as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de
referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações”
(LEONE: PRIVITERA; CUNHA 2001);

Os objetivos da Bioética são:


• Estabelecer limites e objetivos da ciência
• Identificar valores de referência racionais, acerca do que é eticamente aceitável
e possível ou não
• Denunciar riscos de possíveis aplicações

A Bioética surgiu dentro de alguns contextos:


a. Histórico:
• Paternalismo hipocrático – médicos semideuses;
• Cartesianismo – superespecialidades;
• Descoberta de microorganismos – foco na doença;

b. Cultural:
• Individualismo – pensar em si;
• Hedonismo – felicidade vem do perfeito;
• Utilitarismo – só o que é útil tem valor.

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Decorrem desse contexto histórico os seguintes fatos: médicos não eram
questionados, tinham direito de fazer tudo; com o surgimento das superespecialidades
o ser humano era tratado por partes, e não como um todo; o foco era na doença,
e não no ser humano.
No tocante ao contexto cultural, os pesquisadores e pacientes somente pensavam
em si, no que consideravam ser o melhor para eles, valorizava-se somente as
pessoas que se enquadravam dentro dos padrões de perfeição, e aquilo que era
útil, sem considerar todas as demais possibilidades e o ser humano de forma
integral.

FUNDAMENTAÇÕES

Reagindo a tais contextos, a Bioética surgiu fundamentando-se principalmente


na pessoa humana: única, digna e multidimensional.

PRINCÍPIOS

Os mais importantes são:


• Beneficência/Não Maleficência, que se pautam em fazer o bem e evitar
quaisquer situações que possam causar o mal;
• Autonomia, em que o paciente deve ter autonomia de participar do
processo de sua doença, decidindo o que quer ou não, porém sem ferir
o princípio da Beneficência/Não Maleficência, que lhe são superiores;
• Justiça, que determina a equidade no tratamento às pessoas, que são
diferentes e têm necessidades diferentes, dando mais a quem mais
necessita.

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