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Aula Dirieto Financeiro
Aula Dirieto Financeiro
APRESENTAÇÃO DO TEMA
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DO TEMA .......................................................................... 1
1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 3
..................................................................................37
GABARITO ............................................................................................82
1. INTRODUÇÃO
Percebe-se que, por mais bem preparadas e dedicadas que sejam as equipes
da área de planejamento e orçamento dos órgãos, algumas despesas podem
apresentar-se insuficientemente dotadas no ano seguinte. Também pode
ocorrer a necessidade de realização de novas despesas, portanto, que nem
foram computadas na LOA. Ainda, podemos nos ver diante de uma situação
1
Art. 40 da Lei 4320/1964.
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Teoria e Questões Comentadas
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O ato que abrir o crédito adicional, que poderá ser um decreto, uma medida
provisória ou uma lei, de acordo com sua classificação, deve indicar a
importância, a espécie e a classificação da despesa até onde for possível.
Créditos
Adicionais
A todo ano as LDOs determinam que cada projeto de lei e a respectiva lei de
créditos adicionais deverão restringir-se a uma única espécie de crédito.
Exemplificando, uma mesma lei não pode versar ao mesmo tempo sobre
créditos suplementares e especiais. Pode haver a reunião de várias
solicitações de créditos suplementares em uma lei, outra reunião de créditos
especiais em outra lei, porém não pode haver uma só lei com créditos
suplementares e especiais simultaneamente.
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Art. 166, caput, da CF/1988.
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Financeira do Governo Federal – SIAFI, por intermédio de notas de dotação
para que as unidades gestoras possam utilizar os respectivos créditos.
A LOA poderá ser alterada no decorrer de sua execução por meio de créditos
adicionais. Uma de suas espécies é o crédito adicional suplementar.
Resposta: Errada
Caso seja aprovado o pedido de crédito adicional, serão preparados pela SOF
os atos legais necessários à formalização da alteração no orçamento.
Resposta: Certa
Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO e LOA e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento
comum (art. 166, caput, da CF/1988).
Resposta: Errada
2. CRÉDITOS SUPLEMENTARES
3. CRÉDITOS ESPECIAIS
São autorizados por lei especial (não pode ser na LOA), porém, são
abertos por decreto do Poder Executivo. Na União, são considerados
autorizados e abertos com a sanção e publicação da respectiva lei.
Como exemplo, suponha que o Ministério da Educação planeje criar uma nova
ação visando fomentar a educação profissional, a qual não estava prevista na
LOA. Nessa situação, a abertura de crédito especial poderá suprir a dotação
orçamentária do montante necessário.
4. CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS
3
Art. 43, § 1º, da Lei 4320/1964.
4
Art. 43, § 2º, da Lei 4320/1964.
5
Art. 43, § 3º, da Lei 4320/1964.
6
Art. 43, § 4º, da Lei 4320/1964.
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Resposta: Certa
Temos ainda mais uma fonte de recursos, segundo o art. 166 da CF/1988:
§ 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto
de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares,
com prévia e específica autorização legislativa.
3
O Decreto-Lei 200/1967 já definia ainda como fonte de recursos para créditos
adicionais a reserva de contingência:
Art. 91. Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual
poderá conter dotação global não especificamente destinada a determinado
órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos
recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais
Descrição/Valores
Créditos adicionais reabertos = 37.410,00
Créditos extraordinários abertos no exercício = 46.190,00
3
Dotações que podem ser anuladas = 63.820,00
Excesso de arrecadação = 89.750,00
Operação de Crédito = 42.000,00
Superávit financeiro do exercício anterior = 143.675,00
Resposta: Certa
Vamos à análise:
_ Excesso de arrecadação = + R$600.000,00;
_ Economia de despesa: ocorre quando a despesa executada durante o
exercício é menor que a despesa fixada na LOA. A questão informa que a
economia foi de R$ 450.000,00, pois as despesas empenhadas ficaram abaixo
das autorizadas em R$ 450.000,00. Entretanto, a economia de despesa não é
fonte de recursos para a abertura de créditos adicionais. Ainda, valores pagos
também não interferem nas fontes = Zero
Total = R$600.000,00
Resposta: Certa
Algumas dessas vedações nós já vimos nas primeiras aulas. Vamos consolidá-
las:
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a
transferência de recursos de uma categoria de programação para outra
poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia
e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos
restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem
necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI
deste artigo.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar.
Assim, todos os entes estão sujeitos aos limites de despesas com pessoal
previstos em lei complementar.
Tal parágrafo pode ser resumido da seguinte forma: “os aumentos de despesas
com pessoal, independentemente da forma ou do órgão, só poderão ser
feitos:”
O inciso I determina que para aumentar as despesas com pessoal deve haver
dotação na LOA suficiente para atender as despesas já existentes e ainda aos
novos acréscimos. Isso deve ser prévio, ou seja, antes de o aumento ser
efetivamente colocado em prática.
O inciso II determina que para aumentar as despesas com pessoal deve haver
autorização específica na LDO. Entretanto, para apenas esse inciso II, há
uma ressalva: as empresas públicas e as sociedades de economia mista não
exigem autorização específica na LDO para aumentar suas despesas com
pessoal.
Explicando a segunda decisão do STF, a lei que concede aumento (ou qualquer
hipótese do § 1º do art. 169 da CF/1988) subordinado à existência de dotação
orçamentária suficiente e de autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias não está sujeita à aferição de constitucionalidade por meio de
controle abstrato. Mesmo que estivesse sujeita ao crivo do controle abstrato, a
inobservância das restrições constitucionais relativas à autorização
orçamentária não induziria à inconstitucionalidade da lei, impedindo apenas a
sua execução no exercício financeiro respectivo. Sei que parece que ficou
difícil, mas não é culpa da nossa matéria, são esses termos de Controle de
Constitucionalidade lá do Direito Constitucional (rsrs). Com um exemplo vai
ficar tudo mais claro: supondo que você seja servidor público. Caso uma lei
conceda um aumento a servidores da sua carreira, mas sem dotação suficiente
na LOA ou sem autorização na LDO (regras do art. 169), ela não será
declarada inconstitucional. A única restrição é que ela não poderá ser aplicada
naquele exercício financeiro, ou seja, seu aumento vai ficar para quando forem
cumpridas as regras. Caso no exercício seguinte exista dotação na LOA e
autorização na LDO, a lei que concedeu o seu aumento poderá ser aplicada.
Além de todos os entes estarem sujeitos aos limites de despesas com pessoal
previstos em lei complementar, conforme vimos no caput, o § 2º determina
que decorrido o prazo estabelecido na Lei Complementar, ou seja, na LRF,
serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou
estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não
observarem os referidos limites.
Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o
prazo fixado na lei complementar referida no caput, ou seja, fixado na Lei de
Responsabilidade Fiscal, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
adotarão as seguintes providências:
• Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança.
• Exoneração dos servidores não estáveis.
• Exoneração de servidor estável, desde que ato normativo motivado de
cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou
unidade administrativa objeto da redução de pessoal (Lei federal disporá
sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação desse
dispositivo). O servidor que perder o cargo fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
O STF, ao tratar do art. 169, §1º, da CF/1988, entende que não é exigível
prévia dotação orçamentária quando se tratar de recomposição salarial
orientada pela reposição do poder aquisitivo em virtude da inflação, já que não
se trata de um aumento real, mas a simples reposição do poder aquisitivo de
parcela alimentar.
Resposta: Certa
CRÉDITOS
SUPLEMENTARES ESPECIAIS EXTRAORDINÁRIOS
ADICIONAIS
Destinados a
Destinados a despesas
Reforço de dotação despesas para as
urgentes e
FINALIDADE orçamentária já prevista quais não haja
imprevisíveis.
na LOA. dotação orçamentária
específica.
Independe de
É anterior à abertura
É anterior à abertura do autorização legislativa
do crédito. São
crédito. São autorizados prévia. Após a sua
AUTORIZAÇÃO autorizados por Lei
por lei (podendo ser já na abertura deve ser
LEGISLATIVA específica (não pode
própria LOA ou em outra dado imediato
ser na LOA).
lei específica). conhecimento ao
Poder Legislativo.
INDICAÇÃO DA
ORIGEM DOS Obrigatória Obrigatória Facultativa
RECURSOS
Excesso de arrecadação;
Operações de créditos;
Reserva de contingência;
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo
fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios adotarão as seguintes providências:
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções
de confiança;
II - exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o
servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos
Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da
redução de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto,
vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo
prazo de quatro anos.
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto
no § 4º.
CRÉDITOS ADICIONAIS
Caso seja aprovado o pedido de crédito adicional, serão preparados pela SOF
os atos legais necessários à formalização da alteração no orçamento.
Resposta: Certa
Vamos à análise:
_ Excesso de arrecadação = + R$600.000,00;
_ Economia de despesa: ocorre quando a despesa executada durante o
exercício é menor que a despesa fixada na LOA. A questão informa que a
economia foi de R$ 450.000,00, pois as despesas empenhadas ficaram abaixo
das autorizadas em R$ 450.000,00. Entretanto, a economia de despesa não é
fonte de recursos para a abertura de créditos adicionais. Ainda, valores pagos
também não interferem nas fontes = Zero
Total = R$600.000,00
O órgão público que precise realizar despesa não prevista na LOA poderá
utilizar o crédito especial, mas também o crédito extraordinário, caso seja
uma despesa imprevisível e a urgente.
Resposta: Errada
Assim, a lei orçamentária anual (LOA) não pode conter dispositivo que
autorize a abertura de crédito especial, ou seja, aquele destinado a atender a
dotação não prevista no programa de trabalho inicialmente aprovado.
Resposta: Errada
Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro
meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos,
poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente.
Vamos à análise:
• Excesso de arrecadação = 12 meses x R$20,00 = + R$240,00;
• Anulação parcial de dotação (programa que não será executado):
+ R$ 75,00.
• Déficit financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: o
superávit financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior seria
uma fonte, porém o déficit deve ser ignorado = Zero
• Crédito extraordinário: o crédito extraordinário aberto sem indicação
de fonte de recursos deve ser abatido do excesso de arrecadação = - R$
60,00.
Total = 240 + 75 - 60 = R$ 255,00
Resposta: Certa
Uma nova ação exige um crédito especial, ainda que seja utilizada como fonte
a anulação parcial de dotação de um crédito suplementar.
Resposta: Certa
Os créditos suplementares são autorizados por Lei, podendo ser a própria LOA
ou outra Lei especial.
Resposta: Errada
87) (CESPE – AUFC – TCU – 2011) Nem mesmo a lei ordinária poderá
autorizar a utilização dos recursos arrecadados por meio das
contribuições sociais do empregador incidentes sobre a folha de
salários, bem como do trabalhador e demais segurados da previdência
social, para um fim diverso do pagamento de benefícios da
previdência, ainda que o país esteja em estado de guerra.
Segundo o CESPE, o item foi anulado devido à redação do item ter prejudicado
seu julgamento objetivo.
Na primeira parte, é correto afirmar que a CF/1988 não veda que a seguridade
social seja financiada pelo orçamento fiscal. As receitas do próprio orçamento
da seguridade são insuficientes. Daí expressões como "rombo da previdência".
O rombo é financiado pelo orçamento fiscal.
Resposta: Certa
O STF, ao tratar do art. 169, §1º, da CF/1988, entende que não é exigível
prévia dotação orçamentária quando se tratar de recomposição salarial
orientada pela reposição do poder aquisitivo em virtude da inflação, já que não
se trata de um aumento real, mas a simples reposição do poder aquisitivo de
parcela alimentar.
Resposta: Certa
Forte abraço!
Sérgio Mendes
CRÉDITOS ADICIONAIS
GABARITO
1 E
2 C
3 E
4 E
5 E
6 E
7 E
8 E
9 E
10 E
11 E
12 E
13 C
14 C
15 C
16 C
17 C
18 C
19 C
20 C
21 E
22 C
23 E
24 E
25 C
26 C
27 E
28 E
29 E
30 E
31 C
32 E
33 C
34 C
35 C
36 E
37 C
38 E
39 C
40 E
41 C
42 C
43 C
44 E
45 C
46 C
47 E
48 C
49 C
50 C
51 C
52 E