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KKE: Barrar todos os processos anticomunistas!


KKE – Partido Comunista da Grécia

Kostas Papadakis, eurodeputado do KKE, fez uma intervenção sobre os processos


anticomunistas na Polônia e na Ucrânia, num debate com a comissária Vĕra Jourová na
Comissão das Liberdades Civis, Justiça e Assuntos Internos do Parlamento Europeu (LIBE),
denunciando as inaceitáveis respostas da Comissária a questões relevantes encaminhadas
pelo Grupo do KKE no Parlamento Europeu e o interesse hipócrita da UE em “direitos
humanos”.

No seu discurso, o eurodeputado do KKE sublinhou o seguinte:

“Senhora Comissária, numa pergunta recente sobre a posição da Comissão Europeia perante
o processo inaceitável e anticomunista contra o Partido Comunista da Polônia, o seu jornal e o
seu conselho editorial tentaram responder alegando que a Comissão ‘reconhece que alguns
Estados Membros se adotou uma legislação que proíbe a utilização de símbolos do passado
comunista’ e que ‘a Comissão, no seu âmbito, sempre se comprometeu firmemente […] com a
memória dos regimes totalitários’. ‘Cada Estado-Membro’, disse você, ‘encontrou sua própria
abordagem para lembrar sua história’.

Mrs. Jourová, a equiparação do comunismo ao monstro fascista é a-histórica e insubstancial. O


que você disse em relação ao totalitarismo não tem fundamento, porque, acima de tudo,
fascismo e democracia burguesa têm uma base econômica comum, que é a propriedade
capitalista. Ao contrário, no socialismo, riqueza e poder estão nas mãos do povo.

Ao mesmo tempo, a UE está fazendo um barulho na Polônia pela ‘situação no setor da Justiça’,
que expressa as crescentes contradições dos grandes interesses dentro da UE e dá total
cobertura às leis anticomunistas e aos processos anticomunistas no mesmo país.

O que você também tem a dizer sobre o fato de que, em 16 de julho, o Tribunal Constitucional
da Ucrânia impôs uma proibição ao Partido Comunista da Ucrânia? É hipócrita dizer que não
tem qualquer responsabilidade sobre os Estados-Membros ou outros países, uma vez que a
UE apoia e financia campanhas com conteúdos anticomunistas e não históricos, como o
programa ‘Europa para os Cidadãos’ nos Estados-Membros.

Acontece que a UE usa os ‘direitos humanos’ e ‘liberdades políticas’ como uma ferramenta
para intervenções e para proteger os interesses a que serve. Aparece como um ‘defensor dos
direitos humanos’ supostamente sensível e desinteressado, intervindo nos assuntos internos
dos Estados em toda a extensão do mundo. Aplaude e põe a sua marca na escalada do
anticomunismo em vários Estados-Membros, o que acompanha a intensidade da sua política
antipopular e contra os trabalhadores. Ao mesmo tempo, procura manchar as conquistas do
socialismo na consciência dos trabalhadores. Conquistas que os povos experimentaram e
ainda relembram com altos índices de aprovação, como mostram as pesquisas nesses países,
apesar de toda a lama e calúnia.

O anticomunismo não vingará!

Tirem as mãos dos partidos comunistas poloneses e ucranianos, nos países bálticos!

Tire as mãos dos monumentos comunistas e antifascistas e da verdade histórica!

Exigimos que todos os processos anticomunistas parem aqui e agora!”

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