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ESPAÇO TEMÁTICO: Austeridade Fiscal, Direitos e Saúde 1

THEMATIC SECTION: FISCAL AUSTERITY, RIGHTS, AND HEALTH

Planos privados de saúde com coberturas restritas:


atualização da agenda privatizante no contexto
de crise política e econômica no Brasil

Private health plans with limited coverage: the


updated privatizing agenda in the context of
Brazil’s political and economic crisis

Planes privados de salud con coberturas restringidas:


actualización de la agenda privatizadora en el Ligia Bahia 1
contexto de crisis política y económica Mario Scheffer 2
en Brasil Mario Dal Poz 3
Claudia Travassos 4

doi: 10.1590/0102-311X00184516

1 Faculdade de Medicina,
A proposta de expansão de planos de saúde de baixa e média rendas, com base em políticas
Universidade Federal do Rio
de Janeiro, Rio de Janeiro,
“acessíveis”, “populares” ou “baratos”, apresen- de suporte à demanda, que incluem subsídios
Brasil. tada pelo Ministro da Saúde, Ricardo Barros, tem para a aquisição de planos privados, em subs-
2 Faculdade de Medicina,
o mesmo traço de redução de direitos sociais tituição aos sistemas nacionais, baseados na
Universidade de São Paulo,
São Paulo, Brasil.
expresso em outras medidas do atual governo, oferta pública 2,3.
3 Instituto de Medicina Social, entre elas a PEC 241 (http://www.camara.gov.br/ No entanto, a associação da proposta nacio-
Universidade do Estado do proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposic nal de planos baratos aos cânones de agências
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
Brasil. ao=2088351), a Proposta de Emenda Constitucio- multilaterais limita-se aos enunciados genéricos
4 Instituto de Comunicação nal que, se aprovada, reduzirá o gasto público de promoção de maiores gastos privados de in-
e Informação Científica
per capita com saúde 1 e contribuirá para o apro- divíduos e famílias, com estímulos ao modelo de
e Tecnológica em Saúde,
Fundação Oswaldo Cruz, Rio fundamento das iniquidades no acesso à saúde pré-pagamento ou coparticipação.
de Janeiro, Brasil. no Brasil. A fórmula inicialmente apresentada con-
Na ausência de esforços para a identificação siste na conjugação da desregulamentação das
Correspondência
L. Bahia dos problemas e dos determinantes da conjun- regras de cobertura, especialmente aquelas re-
Departamento de Medicina tura política e econômica nacional, a expressão lacionadas com a possibilidade de redução do
Preventiva, Faculdade de
Medicina, Universidade
“crise”, estendida acriticamente para o sistema número de unidades assistenciais, de restrição
Federal do Rio de Janeiro. de saúde, é extraída diretamente de agendas em- da oferta de especialidades médicas e da menor
Praça Jorge Machado presariais setoriais. Apresenta-se, como suposta abrangência territorial dos planos de saúde. Ou-
Moreira, Rio de Janeiro, RJ
21941-590, Brasil.
solução única para a crise, a expansão do mer- tra formulação aventada pretende a oficialização
ligiabahia@terra.com.br cado de planos e seguros privados, mediante a da “dupla porta”, que consiste no atendimento a
comercialização de contratos com diminuição pacientes e pagamentos pelo Sistema Único de
de coberturas assistenciais ou de esquemas de Saúde (SUS) e por planos privados nas mesmas
copagamentos inibidores do uso dos serviços. unidades de saúde públicas.
Essa formulação é autóctone, embora man- Com a finalidade de elaborar “projeto de
tenha conexão com o receituário de agências plano de saúde acessível”, um grupo de traba-
multilaterais que preconizam a austeridade com lho 4 foi convocado pelo Ministro da Saúde, com
radicalização do ajuste fiscal, e a redução das res- a participação da Agência Nacional de Saúde
ponsabilidades sociais dos Estados nacionais. Suplementar (ANS) e da Confederação Nacional
Há encaixes entre a iniciativa de estimular das Empresas de Seguros Gerais, Previdência
planos baratos e recomendações internacionais, Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitali-
como as do Banco Mundial, para a implementa- zação (CNSeg). Simultaneamente, parecer da
ção de cobertura universal de saúde para países Advocacia Geral da União (Consultoria Jurídica

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original seja corretamente citado. Cad. Saúde Pública 2016; 32(12):e00184516 | www.ensp.fiocruz.br/csp
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junto ao Ministério da Saúde. Memorando no A onda de bonança estimulou, ainda, a apre-


219, de 8 de agosto de 2016. Ressarcimento ao sentação, pelo então deputado Eduardo Cunha,
SUS) admitiu a possibilidade de estabelecimen- de PEC 451 (http://www.camara.gov.br/propo
to de contratos individualizados “entre unida- sicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=
des prestadoras de serviços públicas e opera- 861000) que, se aprovada, tornará obrigatória a
doras”, além do perdão das dívidas não pagas oferta de plano privado pelos empregadores. O
pelos planos de saúde referentes a cobranças do SUS, nessa arrumação, seria destinado aos traba-
ressarcimento ao SUS. lhadores do mercado informal.
O núcleo central da viabilidade dos planos Cabe ressaltar que o legislativo brasileiro é
baratos parece consistir, pelo lado da demanda, ambiente permeável aos interesses particulares
no aumento das despesas diretas de indivíduos dos planos de saúde. As empresas ou empresá-
e famílias para a utilização de serviços de saúde rios do setor destinaram, segundo registros no
e, pelo lado das empresas do setor, na integração Tribunal Superior Eleitoral (TSE), R$ 54,9 mi-
oficial de parte da rede pública do SUS aos ser- lhões a campanhas eleitorais em 2014 7, con-
viços credenciados pelos planos de saúde, como tribuindo para a eleição de três senadores e 30
uma das estratégias para a redução dos custos deputados federais, entre eles o ex-deputado
com o cuidado de saúde prestado e, consequen- Eduardo Cunha e o atual Ministro da Saúde,
temente, para a oferta de produtos de menor pre- Ricardo Barros.
ço no mercado. A fórmula brasileira de “planos baratos” con-
As empresas de planos de saúde contariam, tém uma sobrecarga de pragmatismo. Sempre
assim, com estabelecimentos públicos em sua no presente ou no curto prazo, seus defensores
rede de prestadores credenciados. Por sua vez, evocam a conjuntura econômica e as situações
a redução das coberturas seria mitigada pe- “sem saída”, mas, no fundo, pouco se importam
lo uso de unidades públicas, nas condições de com os sinais positivos ou negativos de cresci-
saúde, nos seus agravamentos e nas demais si- mento econômico.
tuações excluídas ou limitadas pelos contratos O uso e a mistura de ingredientes do senso
dos planos baratos. Ou seja, a universalidade comum, como a impossibilidade do SUS de aten-
e a integralidade previstas no SUS seriam ava- der a todos, ou as afirmações de gestores de que o
listas da redução do preço da mensalidade dos SUS constitucional precisa ser revisto 8, ecoadas
planos privados. por setores com inequívoca força social, confluí-
Outras investidas nacionais para elevar pla- ram para a apresentação de uma solução “mági-
nos baratos à condição de programa governa- ca”, carregada de elevadíssimo teor ideológico,
mental tiveram desenho menos extravagante. mas com um envoltório técnico e de defesa do
A primeira ocorreu no segundo mandato de bem comum 9. No entanto, existem matizes nas
Fernando Henrique Cardoso, mediante Medida proposições de planos “acessíveis” que, se expli-
Provisória 5 logo após a aprovação da legislação citadas, subsidiam a reflexão e a ação política.
setorial (Lei no 9.656/1998) que regulamentou as Sob o pressuposto de que os sistemas públi-
normas de cobertura e reajuste de preços dos cos de países de baixa e média rendas são incapa-
planos de saúde. Naquela ocasião, os empresá- zes de propiciar efetivamente coberturas univer-
rios buscavam desidratar conteúdos legais e fa- sais, defensores da transição de sistemas basea-
zer avançar a ideia de planos ainda mais restritos, dos na oferta e nas redes públicas para sistemas
por exemplo, subsegmentados por áreas geográ- direcionados pela demanda e pelos contratos de
ficas, que ofertariam apenas o cuidado disponí- pré-pagamento, admitem soluções distintas: pa-
vel nos serviços ali localizados. ra os países ricos prescreve-se o modelo univer-
Nova investida aconteceu no final da pri- sal clássico, seja via serviço nacional de saúde,
meira gestão de Dilma Rousseff, no contexto seja via seguro social, e para os demais países res-
de alteração da estrutura da pirâmide de renda, taria a proposta de cobertura universal 3.
cuja base foi deslocada para cima em função da Diversas condições e circunstâncias têm ser-
ampliação dos postos de trabalho formalizados e vido de pretexto para a naturalização de assime-
do crescimento da massa salarial. Proprietários trias sociais e, especialmente, para a aquiescên-
de grandes grupos econômicos ligados a planos cia em relação a padrões diferenciados de direito
de saúde, por meio de articulações paralelas, tais à saúde. Entre elas, a dificuldade de arrecadação
como reuniões com altas autoridades públicas e de contribuições sociais e impostos, já que uma
contratação de consultores entre personalidades parcela importante da população trabalha no
políticas com acesso direto aos núcleos executi- setor informal; o subfinanciamento e a insatis-
vos governamentais, buscaram obter subsídios fação social com a baixa qualidade do cuidado
públicos para expandir a oferta de planos “bási- prestado por redes assistenciais públicas; o gran-
cos” para milhões de brasileiros 6. de número de agentes e barreiras burocráticas

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PLANOS PRIVADOS DE SAÚDE COM COBERTURAS RESTRITAS 3

e institucionais (veto players e veto points), que privados com saúde, excluindo aqueles com me-
impedem reformas radicais e políticas redistri- dicamentos, somaram 33,7% 18.
butivas; além da limitada disponibilidade de No nosso país, a tensão entre os dois modelos
informação sobre a opinião e a experiência das (um baseado na oferta e outro na demanda) se
pessoas no acesso e uso de serviços de saúde, o expressa tanto por parte das coalizões governa-
que distancia as decisões políticas das priorida- mentais vencedoras das eleições presidenciais
des da população 3. Somam-se, ainda, à proe- recentes quanto da que tomou o poder após o
minência do setor privado nos sistemas de saú- impeachment em 2016, na discordância com o
de de países em desenvolvimento e a existência SUS efetivamente universal e na intensificação
de sistemas públicos organizados em torno de de pressões para incrementar a comercialização
programas verticais 10. de planos privados.
Com repercussão nos espaços acadêmicos, Requisitados por conveniência e pontual-
têm sido questionadas as recomendações de co- mente pelo atual governo para a formulação de
bertura universal 11,12 e enfatizados o fortaleci- propostas de políticas de saúde, representantes
mento da regulamentação governamental sistê- de planos de saúde, de grandes hospitais priva-
mica e a expansão dos orçamentos públicos 13, dos, da indústria farmacêutica multinacional, de
medidas essenciais para ampliar o acesso à saú- organizações sociais da saúde e de elites médicas
de, ainda que não haja paridade e isonomia entre lançaram um movimento denominado “Coalizão
os países que optaram por processos horizontali- Saúde” 19, que expressa “uma oportunidade úni-
zados de sistemas universais, como o SUS. ca de união de toda a cadeia produtiva para pen-
As métricas elaboradas para dimensionar o sar o sistema de saúde do Brasil” e o “momento de
setor privado nos países de baixa e média rendas fortalecer os mecanismos de ação de livre mercado
não se ajustam a um país como o Brasil, que deu para que haja um reequilíbrio financeiro do setor
passos vigorosos em direção a um sistema efe- de forma sustentável”. O termo sustentável, no
tivamente universal. Na proposta de cobertura caso dos planos “acessíveis”, é evocado na acep-
universal, para a identificação de subsistemas ção de menores preços em busca de novos ni-
no interior dos sistemas de saúde de países em chos de mercado.
desenvolvimento, são consideradas as propor- Preços de planos de saúde são formados
ções das seguintes situações: (a) participação das em função dos custos e da frequência de utili-
fontes privadas no gasto com saúde; (b) cobran- zação de serviços e de procedimentos médicos.
ça pela utilização de serviços no setor público; Nas regras brasileiras atuais, os preços variam
(c) participação do setor privado nas atividades de acordo com a faixa etária, tipos de cobertu-
assistenciais de atenção primária e secundária; ra, quantidade e qualidade da rede credenciada
(d) presença de grandes grupos econômicos in- de médicos, hospitais e laboratórios, conforto
ternacionais no mercado de planos privados 14. de hotelaria, abrangência geográfica e porcen-
Sob tais balizamentos, o Brasil, apesar da tual ou valor de fator moderador (coparticipação
elevada proporção de gasto privado em saúde ou franquia) 20.
(55% em 2014), mantém um sistema público res- A reação contra a expansão de coberturas
ponsável por 59,9% do total de atendimentos 15 assistenciais restritas reúne experiências nega-
e 14,9% do total de gastos relacionados como o tivas de médicos e clientes de planos de saúde
desembolso direto para o consumo de serviços em relação a valores de remuneração, tempo de
de saúde, proporção menor do que a de vários espera e garantia de atendimento. Também há
países em desenvolvimento. rejeição natural do modelo de tarifação em fun-
Tais magnitudes evidenciam avanços inequí- ção da avaliação personalizada do risco, que gera
vocos do SUS e verifica-se, portanto, um padrão altos preços na entrada ou exclusão pecuniária
de relação entre o público e o privado diferen- na renovação do contrato do plano de saúde.
te daquele observado em países de alta renda, Já integra o repertório cotidiano a constatação
paralelamente a um forte dinamismo do setor de que problemas de saúde são imprevisíveis,
privado na saúde no Brasil. No Reino Unido é o procedimentos preventivos, diagnósticos e te-
setor público que predomina: a cobertura por rapêuticos são indivisíveis e, por isto, a neces-
planos privados de saúde aumentou de 0,2% da sidade de saúde é incompatível com planos de
população em 2000 para 3,4% em 2014 16. Em preços promocionais.
1998, 24,5% dos brasileiros estavam vinculados a Também há muitos problemas nos planos
planos privados, proporção que aumentou para de menor preço até agora comercializados. Pre-
27,9% em 2013 17. A participação dos planos de vistos em lei, planos ambulatoriais com cober-
saúde nas despesas totais com saude é menor tura apenas de consultas e exames, sem direito
que 5% em 42 países, dentre 53 pesquisados da à internação, são a modalidade contratada por
União Europeia 16. No Brasil, em 2013, os gastos apenas 4% da população usuária da assistência

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suplementar. Permitidos pela ANS, os planos bretudo tratamentos caros e complexos, os itens
ditos “falsos coletivos”, adquiridos por duas ou atualmente mais demandados, que levam o Judi-
mais pessoas mediante um Cadastro Nacional de ciário a dar ganho de causa a pacientes em mais
Pessoa Jurídica (CNPJ), ou de adesão dissimula- de 90% dos casos 21. Tal previsibilidade pode ser
da, com ingresso em uma associação ou entida- constatada nas súmulas dos tribunais de justi-
de indicada por corretores, também apresentam ça, que após julgarem reiteradamente os abusos
preços reduzidos, mas colecionam denúncias cometidos pelos planos de saúde, registraram in-
porque reajustam mensalidades e rescindem terpretações majoritárias e pacíficas a favor da
contratos quando bem entendem ou porque ofe- população usuária 22.
recem poucas opções e baixa resolutividade em Portanto, os traços de delineamento da pro-
sua rede credenciada. posta de planos baratos não são inteiramente
Um dos efeitos adversos dos planos “aces- novos, nem suas consequências são imprevisí-
síveis” já existentes é a judicialização. A quanti- veis. O ineditismo prende-se ao empréstimo da
dade de ações judiciais contra planos de saúde autoria. As empresas privadas de planos de saúde
cresceu em velocidade muito maior do que o passaram a ter como representante o próprio Mi-
aumento do número de clientes desse mercado. nistro da Saúde.
São as restrições de coberturas assistenciais, so-

Colaboradores
1. Vieira FS, Benevides RPS. Os impactos do No-
Todos os autores participaram de todas as etapas de vo Regime Fiscal para o financiamento do Siste-
elaboração do artigo. ma Único de Saúde e para a efetivação do direito
à saúde no Brasil. Brasília: Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada; 2016. (Nota Técnica, 28).
2. Preker AS, Lindner ME, Chernichovsky D, Schelle-
kens OP. Scaling up affordable health insurance:
staying the course. Washington DC: World Bank;
2013.
3. Fox AM, Reich MR. The politics of universal health
coverage in low-and middle-income countries: a
framework for evaluation and action. J Health Polit
Policy Law 2015; 40:1023-60.
4. Ministério da saúde. Portaria no 1.482, de 4 de
agosto de 2016. Institui Grupo de Trabalho para
discutir projeto de Plano de Saúde Acessível. Diá-
rio Oficial da União 2016; 5 ago.
5. Presidência da República. Medida Provisória no 
2.177-44, de 24 de agosto de 2001. Altera a Lei no 
9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os
planos privados da Presidência da República. Diá-
rio Oficial da União 2001; 27 ago.
6. Bahia L, Portela LG, Scheffer M. Dilma vai acabar
com o SUS? Folha de S. Paulo 2013; 5 mar. p. 3.

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PLANOS PRIVADOS DE SAÚDE COM COBERTURAS RESTRITAS 5

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teresses particulares na saúde: a participação de in Europe: role and regulation. Copenhagen: WHO
empresas de planos de saúde no financiamento Regional Office for Europe/European Observatory
de campanhas eleitorais em 2014. Relatório de on Health Systems and Policies; 2016. (Observa-
Pesquisa. http://www.abrasco.org.br/site/wp-con tory Studies Series, 43).
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coes-FEV-2015-1.pdf (acessado em 25/Fev/2015). quisa Nacional de Saúde 2013. Acesso e utiliza-
8. Collucci C. Tamanho do SUS precisa ser revisto, ção dos serviços de saúde, acidentes e violências:
diz novo ministro da Saúde. Folha de S. Paulo Brasil, grandes regiões e unidades da federação.
2016; 17 mai. Caderno Cotidiano. http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/
9. Braga IF. Entidades empresariais e a política na- liv94074.pdf (acessado em 10/Dez/2015).
cional de saúde: da cultura de crise à cultura da 18. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Con-
colaboração [Tese de Doutorado]. Rio de Janeiro: ta-satélite de saúde 2010/2013. http://www.ibge.
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/
Fundação Oswaldo Cruz; 2012. ppts/00000024513312112015334910973600.pdf
10. Montagu D, Goodman C. Prohibit, constrain, (acessado em 15/Dez/2015).
encourage, or purchase: how should we engage 19. Coalizão Saúde. Proposta para o sistema de saú-
with the private health-care sector? Lancet 2016; de brasileiro. http://icos.org.br/wp-content/
388:613-21. uploads/2016/04/Coalizao_Brochura.pdfm (aces-
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misturar conceitos, confundir objetivos, abando- 20. Bahia L, Scheffer M. Planos e seguros de saúde: o
nar princípios. Cad Saúde Pública 2013; 29:847-49. que todos devem saber sobre a assistência médica
12. Victora C, Saracci R, Olsen J. Universal health suplementar no Brasil. São Paulo: Editora UNESP;
coverage and the post-2015 agenda. Lancet 2013; 2010.
381:726. 21. Scheffer M. Coberturas assistenciais negadas pelos
13. Morgan R. Ensor T, Waters H. Performance of pri- planos e seguros de saúde em ações julgadas pelo
vate sector health care: implications for universal Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Revista
health coverage. Lancet 2016; 388:606-12. de Direito Sanitário 2014; 14:122-32.
14. Mackintosh M, Channon A, Karan A, Selvaraj S, 22. Trettel DB. Planos de saúde na visão do STJ e do
Cavagnero E, Zhao H. What is the private sector? STF. São Paulo: Verbatim; 2010.
Understanding private provision in the health
systems of low-income and middle-income coun-
tries. Lancet 2016; 388:596-605.
15. Viacava F, Bellido JG. Condições de saúde, aces-
so a serviços e fontes de pagamento, segundo in-
quéritos domiciliares. Ciênc Saúde Coletiva 2016;
21:351-70.

Recebido em 23/Out/2016
Aprovado em 25/Out/2016

Cad. Saúde Pública 2016; 32(12):e00184516 | www.ensp.fiocruz.br/csp

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