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6 de abril de 2017 fritzdobbert Pianistas
Ao lembrar de grandes compositores, vários são os nomes que se destacam, como Bach,
Chopin, Beethoven e muitos outros. Mas, ao citar os grandes pianistas, um deles é
considerado, por muitos, o maior de todos os tempos: Franz Liszt.
Liszt completou seus estudos com aulas particulares, com Reicha e Paer. Seu pai não se
abalou: os comentários vindos do exterior criaram muita expectativa do público parisiense
em relação ao jovem virtuose. Com treze anos, Franz apresentou seu primeiro concerto
público no Teatro Louvois e foi aclamado pela imprensa. Aos 14 anos de idade, compôs sua
primeira ópera, em um ato, “Don Sancho”.
Franz Liszt centrou seus interesses em sua carreira como intérprete. Trabalhando
exaustivamente, é obrigado a tirar um período de férias no litoral francês. Em agosto de
1827, morreu seu pai, o que levou o jovem músico a se mudar para Paris, onde passou a
lecionar música, abandonando os concertos. Ali, apaixonou-se por uma aluna, Carolina, filha
do Conde Saint Cricq, mas, obrigado a se afastar da amada, recolheu-se ao isolamento.
Em 1830, graças à revolução contra a monarquia de Carlos X, saiu da apatia e conheceu
Chopin, Berlioz, Lamartine, Victor Hugo, George Sand e Niccolò Paganini, se familiarizando
com o romantismo.
Era famoso na Europa como um virtuose. A “Lisztomania” dominava o continente, e a carga
emocional dos seus recitais causavam a muitos ouvintes reações descritas como histéricas.
Havia testemunhos de que sua interpretação tinha elevado o estado de ânimo da audiência
a um nível de êxtase místico.
Sua fama com as mulheres também era grande. Com 22 anos conheceu a Condessa Marie
d’Agoult, com quem viveu durante seis anos na Suíça e teve três filhos.
Liszt desejava compor trabalhos orquestrais em grande escala, mas acabava por não ter
tempo para isso por conta de suas viagens como concertista. Em setembro de 1847, deu
seu último recital público e anunciou a sua retirada do circuito de concertos, instalando-se
na corte de Weimar, na Prússia, onde viveu dez anos como diretor musical da Ópera.
Em 1848, teve um romance com a princesa Caroline Sayn-Wittgenstein, dedicou-se à
música orquestral e conheceu o compositor Richard Wagner, futuro marido de sua filha
Cosima.
Em 1858, aborrecido com suas funções em Weimar e separado da princesa, Liszt foi para
a Itália. Já em 1865, tornou-se membro da terceira ordem dos franciscanos. Durante esse
período, dedicou-se à composição de obras sacras. Recluso, fez uma visita à Inglaterra, em
1886, mas a viagem o esgotou. Em Budapeste foi festejado como compositor nacional da
Hungria.
Franz Liszt morreu em 31 de julho de 1886, na casa de Wagner, em Bayreuth, na Baviera.
Seu corpo foi sepultado no cemitério de Alter Friedhof, na mesma cidade.
Considerado o maior pianista de sua época e um dos maiores de toda a história, Franz Liszt
foi um dos mais proeminentes representantes “Neudeutsche Schule” (Nova Escola Alemã).
Deixou obras que influenciaram seus contemporâneos sobre o futuro e antecipou algumas
ideias e tendências do século 20.
Algumas de suas contribuições mais notáveis foram a invenção do poema sinfônico, em que
desenvolve o conceito de transformação temática, radicais rupturas em harmonia e a
popularização das transcrições para piano.
No campo da música sacra, destacam-se os oratórios: S. Isabel, S. Stanislaus (incompleta),
Christus e Via Crucis. Escreveu duas sinfonias: a Sinfonia Dante, inspirada na Divina
Comédia de Dante Alighieri; e a Sinfonia Fausto, composta por diferentes quadros que
caracterizam as personagens de Fausto, do escritor alemão Goethe. Liszt também escreveu
inúmeros lieder e peças para música de câmara, das quais se devem destacar as obras
para violino e piano.
Mas a grande contribuição de Liszt para a música foi nas obras para piano. Sua Sonata em
Si menor é, provavelmente, sua obra de maior vulto e um verdadeiro desafio aos pianistas.
Suas 19 Rapsódias Húngaras para Piano (posteriormente orquestradas) são muito
populares. A mais conhecida delas, a de número 2, até se tornou trilha sonora de desenhos
animados. Veja no vídeo abaixo:
No compêndio de peças para piano como Liebesträume (“Sonhos de Amor”), produzida a
partir de poemas de Ludwig Uhland e Ferdinand Freiligrath, destaca-se a peça No. 3,
conhecida como “Liebestraum”, que faz parte do repertório de aclamados pianistas. Ainda
se destacam os dois concertos para piano e a Valsa Mephisto No. 1.
Os 12 Estudos de Execução Transcendental estão entre as obras mais virtuosísticas já
escritas para o piano. A primeira versão desses Estudos, Étude en Douze Exercises
(“Estudo em Doze Exercícios”), foi lançada em 1826, quando Liszt tinha apenas 15 anos.
Em 1837, foi lançada uma outra versão desses Estudos, que recebeu o nome de Douze
Grandes Études. A terceira versão (a mais conhecida, gravada e executada) foi lançada em
1852 (catalogada como S139), e recebeu o nome de Estudos de Execução Transcendental,
mais conhecida por Estudos Transcendentais. Foi dedicada a Carl Czerny.
A primeira versão já era desafiadora, mas a segunda versão contém um salto assustador no
nível de virtuosismo, a ponto de Liszt reconhecer que seu nível de dificuldade era tão alto
que, na versão Transcendental, resolveu facilitar os exercícios e dar mais ênfase à
musicalidade deles.
Franz Liszt
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Este artigo cita fontes confiáveis e independentes, mas que não cobrem todo o conteúdo (desde dezembro de 2
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Franz Liszt
Franz Liszt fotografado por Louis Held.
Informação geral
Gênero(s) romântico
Instrumento(s) piano
Influenciado(s) Smetana
Índice
1Biografia
o 1.1Origem
2Início da vida
3Liszt na sua juventude
4Relação com a Princesa Carolyne zu Sayn-Wittgenstein
5Principais obras
6Ver também
7Notas
8Referências
o 8.1Bibliografia
9Ligações externas
Liszt foi o criador do poema sinfônico, muito popular no século 19. No campo da música
sacra, salientam-se as 4 oratórias: S. Isabel, S. Stanislaus (incompleta), Christus, e a
vanguardista Via Crucis. Escreveu duas sinfonias, a Sinfonia Dante, inspirada na Divina
Comédia de Dante Alighieri, e a Sinfonia Fausto, composta por diferentes quadros que
caracterizam as personagens de Fausto, do escritor romântico alemão Goethe.
Liszt também escreveu inúmeros lieder e peças para música de câmara, das quais se
devem destacar as peças para violino e piano.
A sua Sonata em Si menor, apesar de não ter agradado a Johannes Brahms, que disse ter
adormecido durante a sua execução, é provavelmente sua obra de maior vulto. Também
muito populares são suas rapsódias húngaras para piano. A Rapsódia n.º 2, a mais
conhecida delas, tornou-se muito popular até como trilha sonora de desenhos animados.
No compêndio de peças para piano como Liebesträume ("Sonhos de Amor"), produzida a
partir de poemas de Ludwig Uhland e Ferdinand Freiligrath, destaca-se a peça No. 3,
conhecida como Liebestraum, a qual faz parte do repertório de aclamados pianistas
como Lang Lang, Richard Clayderman, Evgeny Kissin, e Valentina Igoshina.
Suas principais obras são: 19 Rapsódias Húngaras para Piano, (posteriormente
orquestradas), 12 Estudos de Execução Transcendental, Sonata em Si menor,Sinfonia
Fausto, Sinfonia Dante, Concerto para Piano No. 1, Concerto para Piano No. 2, Valsa
Mephisto No. 1, Liebesträume No. 3, e Poemas Sinfónicos.
Notas
1. ↑ O pai de Liszt acrescentou a letra "z" ao sobrenome da família, e esta versão foi adotada
pelo avô de Liszt.
2. ↑ Isso se deve ao fato que o conceito de nacionalidade existente hoje na Hungria, não se
aplica à época de Franz. A Hungria fazia parte do Império Habsburgo, onde a língua
corrente era o alemão. A língua magiar, hoje dita húngara, era falada apenas no interior do
país e por aproximadamente 45% da população. Com o surgimento do nacionalismo entre
os Magiares, a língua húngara apresentou um renascimento, principalmente no período
socialista, onde se "magiarizou" a população, já que boa parte dos germanófonos, entre
eles judeus, haviam morrido ou migrado à força para a Alemanha ou Áustria. Caso
semelhante ocorre com os germanófonos dos sudetos e da pomerânia.
Referências
1. ↑ Walker, New Grove 2
2. ↑ «Franz Liszt». Encyclopædia Britannica. 2008. Consultado em 31 de julho de 2013
3. ↑ «Franz Liszt». Columbia Encyclopedia. Consultado em 31 de julho de 2013
4. ↑ Searle, New Grove, 11:29.
5. ↑ Searle, New Grove, 11:28–29.
6. ↑ Pourtalès (1934), p. 16
7. ↑ Pourtalès (1934), pp. 18-23
8. ↑ Pourtalès (1934), p. 24
9. ↑ Pourtalès (1934), pp. 25-26
10. ↑ Pourtalès (1934), p. 27
11. ↑ Pourtalès (1934), pp. 32-32
12. ↑ Pourtalès (1934), p. 33-36
13. ↑ Bonds, 24:837
14. ↑ Ir para:a b c d Walker, The Weimar Years, p. 6
15. ↑ Ir para:a b Walker, The Virtuoso Years, p. 289
16. ↑ Walker, The Virtuoso Years, p. 442
17. ↑ Franz Liszt (em inglês) no Find a Grave
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
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Hugh Macdonald (1980). The New Grove Dictionary of Music and Musicians. Symphonic
Poem. 20 1ª ed. Londres: Macmillan. ISBN 0-333-23111-2
Hugh Macdonald (2001). The New Grove Dictionary of Music and Musicians. 29. [S.l.]:
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Rena Charin Mueller (1986). Liszt's «Tasso» Sketchbook: Studies in Sources and Revisions.
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Dupré, Langlais, Messiaen. Symphonic Poem. [S.l.]: Yale University Press. ISBN 0-300-07291-0
Guy de Pourtalès (1934). A Vida de Liszt. [S.l.]: Livraria Cultura Brasileira. ISBN 978-
2070109838
Harold C. Schonberg. The Great Conductor. Symphonic Poem. Nova Iorque: Simon and
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Humphrey Searle. The New Grove Dictionary of Music and Musicians. Liszt, Franz. 20. [S.l.]:
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François-René Tranchefort (1998). Guia da Música Sinfónica 1.ª ed. Lisboa: Gradiva.
903 páginas. 9-726-62640-4
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