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Saúde Mental
O SUS, instituído pelas Leis Federais 8.080/1990 e 8.142/1990, tem o horizonte do Estado
democrático e de cidadania plena como determinantes de uma “saúde como direito de todos e dever de
Estado”, previsto na Constituição Federal de 1988.
Esse sistema alicerça-se nos princípios de acesso universal, público e gratuito às ações e serviços de
saúde; integralidade das ações, cuidando do indivíduo como um todo e não como um amontoado de
partes; eqüidade, como o dever de atender igualmente o direito de cada um, respeitando suas
diferenças; descentralização dos recursos de saúde, garantindo cuidado de boa qualidade o mais
próximo dos usuários que dele necessitam; controle social exercido pelos Conselhos Municipais,
Estaduais e Nacional de Saúde com representação dos usuários, trabalhadores, prestadores,
organizações da sociedade civil e instituições formadoras.
A Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02, busca consolidar um modelo de
atenção à saúde mental aberto e de base comunitária. Isto é, mudança do modelo de tratamento: no
lugar do isolamento, o convívio com a família e a comunidade.
Garante a livre circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e cidade, e
oferece cuidados com base nos recursos que a comunidade oferece. Este modelo conta com uma rede
de serviços e equipamentos variados tais como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os
Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência e Cultura e os leitos de atenção
integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III). O Programa de Volta para Casa que oferece bolsas para
egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos, também faz parte desta Política.
Os CAPS são instituições destinadas a acolher os pacientes com transtornos mentais, estimular sua
integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas de busca da autonomia, oferecer-lhes
atendimento médico e psicológico. Sua característica principal é buscar integrá-los a um ambiente
social e cultural concreto, designado como seu “território”, o espaço da cidade onde se desenvolve a
vida cotidiana de usuários e familiares. Os CAPS constituem a principal estratégia do processo de
reforma psiquiátrica.
Vamos aos poucos construindo a convicção de que vale a pena investir nos CAPS, que vêm se
mostrando efetivos na substituição do modelo hospitalocêntrico, como componente estratégico de uma
política destinada a diminuir a ainda significativa lacuna assistencial no atendimento a pacientes com
transtornos mentais mais graves.
Cenário atual
• Tendência de reversão do modelo hospitalar para uma ampliação significativa da rede extra-
hospitalar, de base comunitária;
• Entendimento das questões de álcool e outras drogas como problema de saúde pública e como
prioridade no atual governo;
• Ratificação das diretrizes do SUS pela Lei Federal 10.216/01 e III Conferência Nacional de Saúde
Mental.
Dados importantes
Desafios
• Fortalecer políticas de saúde voltadas para grupos de pessoas com transtornos mentais de alta
prevalência e baixa cobertura assistencial;
• Consolidar e ampliar uma rede de atenção de base comunitária e territorial promotora da reintegração
social e da cidadania;
• Implementar uma política de saúde mental eficaz no atendimento às pessoas que sofrem com a crise
social, a violência e desemprego;
• Aumentar recursos do orçamento anual do SUS para a Saúde Mental.
www.saude.sp.gov.br/humanizacao/areas-tematicas/saude-mental 2/2