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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

RELATÓRIO DO ENSAIO 2
DETERMINAÇÃO DA PASTA DE CONSISTÊNCIA NORMAL
DETERMINAÇÃO DOS TEMPOS DE INÍCIO E FIM DE PEGA
DETERMINAÇÃO DA EXPANSIBILIDADE

JUIZ DE FORA
SETEMBRO – 2016
EDUARDA MARQUES FERREIRA

RELATÓRIO DO ENSAIO 2
DETERMINAÇÃO DA PASTA DE CONSISTÊNCIA NORMAL
DETERMINAÇÃO DOS TEMPOS DE INÍCIO E FIM DE PEGA
DETERMINAÇÃO DA EXPANSIBILIDADE

Trabalho apresentado para a


Disciplina de Materiais de
Construção Civil II, orientada pela
professora Thaís Mayra de
Oliveira, na turma N da disciplina
de Materiais de Construção Civil II
- Prática do Curso de Engenharia
Civil.

JUIZ DE FORA
SETEMBRO – 2016
DETERMINAÇÃO DA PASTA DE CONSISTÊNCIA NORMAL

Objetivo
O presente ensaio tem como objetivo determinar a consistência normal da
pasta de cimento portland, que é definida pela NBR NM 43 como a pasta na
qual a sonda de Tetmajer penetra uma distância de (6+-1)mm da placa base.
Norma de referência
ABNT NBR NM 43:2003 – Cimento Portland – Determinação da pasta de
consistência normal.
Metodologia
Antes da realização do ensaio foi necessário verificar as condições ambientais
no local, que deve ser mantido à temperatura de (20+-2)ºC e umidade relativa
maior que 50%.
Para a realização do ensaio, o primeiro procedimento foi a preparação da pasta
que se deu da seguinte maneira: foram pesadas 220g de cimento Portland CP
IV – 32 e foram separados 80ml de água destilada; foi feita a mistura da água
com o cimento em uma vasilha cerâmica até que a pasta estivesse homogênea
e por fim, a pasta foi colocada em um molde metálico tomando-se o cuidado de
não deixar espaços vazios e rasar a superfície.
Em seguida, foi feita a preparação do aparelho de Vicat que consiste em
abaixar a sonda até a placa de vidro na base e ajustar a marca zero da escala.
Depois, o molde com a pasta foi colocado sobre essa placa base e a altura de
queda da haste foi ajustada na altura do molde, devendo o extremo da sonda
ficar travado em contato com a superfície da pasta.
Nesse momento, a haste deve ser solta por meio do parafuso presente no
aparelho, cuidando para que este não seja submetido a nenhuma vibração
durante o ensaio. Foram aguardados 30s e conferida na escala a posição que
a sonda se situa. Para a proporção água/cimento utilizada a distância
encontrada foi de 13mm.

Análise/Resultados

Nesse procedimento foi usada uma porcentagem de água de:


A=Ma/Mc*100=80/220*100=36,4%
Como a medida encontrada foi maior do que a estabelecida em norma, é
necessária a preparação de uma nova pasta e a realização do ensaio
novamente. Então para que a sonda se situe a (6+-1)mm usando-se a mesma
medida de cimento, deve-se acrescentar mais água, aumentando a
porcentagem de água A. Esse procedimento deve ser realizado até que se
chegue na medida estipulada acima.

Conclusão

O ensaio para determinação da pasta de consistência normal é importante para


se conhecer a proporção água/cimento a ser utilizada em ensaios
fundamentais para verificação da qualidade do cimento, como o ensaio de
expansibilidade e para a determinação dos tempos de início e fim de pega.

DETERMINAÇÃO DOS TEMPOS DE INÍCIO E FIM DE PEGA

Objetivo
O ensaio de determinação dos tempos de início e fim de pega utiliza o
aparelho de Vicat para se conhecer o tempo de pega de uma pasta de cimento
Portland. Pela NBR NM 65, o tempo de início de pega é o intervalo de tempo
transcorrido desde a adição de água ao cimento até o momento em que a
agulha de Vicat penetra na pasta até uma distância de (4+-1)mm na placa
base; e o tempo de fim de pega é o intervalo de tempo transcorrido desde a
adição de água ao cimento até o momento em que a agulha de Vicat penetra
0,5mm na pasta.
Norma de referência
ABNT NBR NM 43:2003 – Cimento Portland – Determinação da pasta de
consistência normal.
ABNT NBR NM 65:2003 – Cimento Portland – Determinação do tempo de
pega.
Metodologia
A primeira etapa é a preparação da pasta e enchimento dos moldes. A pasta
de cimento deve ser preparada de acordo com o ensaio de determinação da
pasta de consistência normal descrito anteriormente e após o enchimento dos
moldes, estes devem ser armazenados em câmara úmida.
Em seguida, deve-se preparar o aparelho de Vicat para a determinação do
tempo de início de pega, descendo a agulha própria para esse ensaio da haste
móvel até que ela toque a placa base e ajustando o indicador na marca zero
nessa posição.
Depois de 30min após o enchimento do molde, este deve ser colocado no
aparelho de Vicat e a agulha deve descer suavemente até que fique em
contato com a superfície da pasta. A agulha é solta penetrando verticalmente
na pasta e é efetuada a leitura da escala após 30s ou quando a agulha houver
terminado a penetração.
O ensaio de penetração deve ser repetido no mesmo corpo-de-prova em
posições separadas e em intervalos de tempo espaçados de, por exemplo,
10min, e devem ser anotadas as leituras na escala e o tempo contado a partir
do instante em que a água e o cimento foram misturados.
Entre os ensaios de penetração o molde deve ser mantido na câmara úmida e
deve-se limpar a agulha de Vicat. O tempo em que a distância entre a agulha e
a placa base é de (4+-1)mm é determinado por interpolação dos resultados
anotados.
Para se determinar o tempo de fim de pega é substituída a agulha pela
específica para essa determinação e o molde cheio é invertido, de forma que o
ensaio seja realizado na face oposta do corpo de prova que estava em contato
com a placa base. As medidas são realizadas da mesma maneira descrita para
a determinação do tempo de início de pega até que a agulha penetre pela
primeira vez apenas 0,5mm da pasta.
Análise/Resultados
O resultado de tempo de início de pega, expresso em horas e minutos, com
uma aproximação de 5min é o valor de uma determinação, obtido por
interpolação.
O resultado de tempo de fim de pega é expresso da mesma maneira e se
refere ao primeiro momento que o acessório anular da agulha não provoca
nenhuma marca no corpo-de-prova, com aproximação de 15min.
DETERMINAÇÃO DA EXPANSIBILIDADE

Objetivo
O presente ensaio tem como objetivo a determinação da expansibilidade
a quente da pasta de cimento, através da diferença entre leituras realizadas na
agulha de Le Chatelier, que indicam a presença ou não de cal livre no cimento.
Norma de referência
ABNT NBR NM 43:2003 – Cimento Portland – Determinação da pasta de
consistência normal.
ABNT NBR 11582:2016 – Cimento Portland – Determinação da expansibilidade
Le Chatelier.
ABNT NBR 5736:1991 Versão Corrigida:1999 – Cimento Portland pozolânico
Metodologia
Foi inicialmente preparada uma pasta de cimento e água com a porcentagem
de água determinada pelo ensaio de determinação da pasta de consistência
normal. Nesse experimento foram usados 50g de cimento Portland CP IV 32 e
18,2ml de água destilada, medidos com o auxílio de uma pipeta graduada.
Com a pasta pronta, foram lubrificadas com óleo mineral duas placas de vidro e
o cilindro que foi apoiado em uma das placas para receber a pasta de cimento.
Depois, foi rasado o topo e coberto com a outra placa de vidro, colocando-se
sobre esta um peso para que o cilindro não se movimentasse. Nesse momento,
foi realizada a leitura inicial das agulhas usando um parquímetro.
Em seguida, todo o conjunto deve ser imerso em tanque de água potável com
temperatura de (23+-2)ºC, por (20+-4)h, para a cura inicial. Terminado esse
período, as placas de vidro devem ser retiradas e as agulhas são colocadas em
um recipiente cheio de água que sofre aquecimento progressivo. A ação da
água quente deve durar 5h ou mais, sendo realizadas medidas de duas em
duas horas, após as 3 primeiras horas, até que não se verifique, em duas
medições consecutivas, variações de afastamentos das extremidades das
hastes, podendo assim se encerrar o procedimento.

Análise/Resultados
Para o cálculo da expansão da pasta de cimento são utilizados o valor inicial de
afastamento da agulha de Vicat e o valor final, onde não se verifica mais
afastamento das extremidades com o passar do tempo.
Nesse ensaio os resultados encontrados foram os seguintes:
Lo=1,28cm=12,8mm
Lf=1,52cm=15,2mm
Expansão=Lf-Lo=15,2-12,8=2,4mm

Conclusão

Para que um cimento seja estável e possa ser usado com segurança na
construção civil é necessário que nenhum de seus componentes sofra, uma
vez endurecido, uma expansão prejudicial e destrutiva.
Seguindo a NBR 11582:2016 foi realizado o ensaio de expansibilidade à
quente de uma amostra de cimento Portland CP IV 32 e como resultado foi
encontrada uma expansão igual a 2,4mm, que é menor que a máxima exigida
pela NBR 5736, de 5mm, o que mostra que o cimento utilizado possui
expansibilidade dentro do limite estabelecido, sendo aprovado nesse ensaio
para uso em obras.

Bibliografia
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2128
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=354945
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3031
Notas de aula
NBR NM 65:2003
NBR NM 43:2003
NBR 11582
ABNT NBR 5736:1991 Versão Corrigida:1999

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