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RESUMO
Tendo sido criado no final do século passado, o Conselho Federal de Educação Fisica teve a
necessidade de responder: como defender os direitos e promover os deveres de uma categoria
profissional? Para tal resposta foi necessário uma série de questionamentos, pois primeiramente se
observou o lado jurídico, sendo ele que indica quais são os direitos e deveres de um profissional em
exercício, estabelecendo direitos e deveres a partir de uma conduta ou comportamento da instância
social, partindo do um ponto de vista de um princípio legal como lei, decreto e etc. Em um segundo
momento, observando os princípios ou fundamentos que expressam os critérios éticos, avaliando assim
problemas oriundos do que pode ou deve o profissional, garantindo o convívio social por meio dos
princípios morais, pois para Beresford (2002), moral “ é tudo aquilo que uma determinada sociedade
admite como sendo certo ou justo em determinado tempo e espaço para regular a conduta e o
comportamento social, sob o ponto de vista moral de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos a ela
pertencentes”. Tendo a partir desse ponto de vista que é insuficiente se pensar somente em defender
direitos e promover deveres de uma classe profissional, tendo em vista que o mundo social encontra-
se em constantes transformações, tais atitudes terão sempre que sofrer novas interpretações,
implicando assim pelo surgimento de novos valores promulgados pela sociedade, tendo que basear
fundamentos em três princípios: racional, objetivo e universal.
1 INTRODUÇÃO
A moral social tem grande importância porque é ela quem define um bom
comportamento dentro de uma sociedade, como por exemplo, a ética profissional na
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Professor Mestre Diogo Corrêa. Graduado em Licenciatura Plena (Filosofia-UFMA).
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Graduandos do Curso Superior em Educação Física – Licenciatura
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educação física escolar que tem sua origem na conduta do professor. A mesma tem
como referência a moral social e pensamentos de alguns filósofos como Sócrates,
Aristóteles, Kant, dentre outros que contribuíram na elaboração de princípios ou
fundamentos éticos.
Para Kant é a consciência a fonte dos valores, mas não se trata de uma
consciência instintiva e sentimental; a consciência moral para Kant é a própria razão.
Assim a moral de Kant é a uma moral racional: a regra da moralidade é estabelecida
pela razão, o princípio do dever é a pura razão. A regra da ação não é uma lei exterior
a que o homem se submete, mas é uma lei que a razão, atividade legisladora, impõe
à sensibilidade. Nestas condições, o homem no ato moral é ao mesmo tempo
legislador e súdito.
Podemos nos valer de dois conceitos que merecem uma explanação mais
significativa. O primeiro conceito tange ao termo Ética, vindo do grego ethos, que quer
dizer conduta ou comportamento no português. No momento que ethos foi descrita
para o latim, resultou na palavra more, que diz respeito em português à Moral, que
significa igualmente conduta e comportamento. Desse modo parte uma busca para se
obter uma relevante diferença entre ética e moral.
Habermas em uma menção ao discurso teórico (onde o falante tem que fazer
uso de argumentos para justificar que suas asserções são verdadeiras), fala de uma
ponte que serve para interligar as observações singulares ás hipóteses universais, e
que para o discurso prático (transmitir que uma determinada ação ou norma de ação
seja correta), este sim compreendido como ética, também há necessidade da mesma
forma de uma ponte, denominada de princípio-ponte.
Já Cunha (1986, p.818), diz que pode-se separar a palavra universal em: uni +
versal, ou melhor, uni + verso, que quer dizer: uni do latim unus, que significa “um,
único”; e verso derivado do latim versus, que significa “cada uma das linhas
constitutivas de um poema”.
A ética do discurso de Hürgen Habermas vem sendo uma das teorias mais
estudadas e apresentadas como método, ou ainda, como solução para a análise de
problemas éticos e morais nas sociedades atuais. A fundamentação da teoria
habermasiana na discursividade dos indivíduos faz com que sua abrangência penetre
nos mais diversos e assimétricos ambientes e mundos, possuindo assim, a
possibilidade de fazer interagir a classe política com os mais diversos membros da
sociedade. O Orçamento Participativo, através de suas reuniões e discussões entre o
poder público e a comunidade, vem gerando consensos acerca das necessidades
mais urgentes dentro das comunidades. É nesse espaço de interação social entre
políticos e sociedade que a ética do discurso pode ser colocada em prática de forma
a tornar os debates o mais ético possível e, tornando assim a sociedade mais justa e
igualitária.
Hürgen Habermas traz em suas bases uma teoria moral que procura fornecer
um princípio que oriente nossas ações em contextos e interações sociais. Como
afirma Macedo (1993, p. 38): “A teoria da ação comunicativa tem sua expressão na
linguagem e sua base na ética”. Tal como na Teoria do Agir Comunicativo, a Ética do
Discurso parte do pressuposto de que a linguagem é o meio de interação entre as
pessoas e de acordo com este referencial, quando duas ou mais pessoas se
comunicam pode haver concordância e aceitação de um fato ou não. A questão central
aqui não é tanto a aceitação de uma ideia, mas o direito que cada falante tem de expor
seus argumentos de forma não coercitiva, e o respeito à opinião de todos os agentes
envolvidos em um debate de ideias. Quando alguém rompe com as pretensões de
validade de uma proposição, surge um impasse. E embora a teoria do agir
comunicativo vise o consenso, a superação do impasse pode não ser um momento
isento de “conflito”, como em uma “guerra”, só que neste caso uma disputa
inteiramente ideológica, no sentido mais amplo do termo.
chegar a validade de uma norma, pois “ de acordo com a ética do discurso, uma só
deve pretender validez quando todos o que passam ser concernidos por elas cheguem
ou( possam chegar ), enquanto participantes de um discurso prático, a um acordo
quanto a validez dessa normas”.
Dessa forma, verifiquemos como exemplo, como seria a aplicação prática dos
postulados da Ética do discurso de Habermas, numa situação na qual um determinado
profissional seja refém do não cumprimento da lei substantiva do referido código por
parte de outro profissional, no que se refere, por exemplo, ao caso de agressão verbal,
constrangimento etc.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Racional é tudo aquilo que advém da razão. Tal razão não pode ser dissociada
da realidade.
4 REFERÊNCIAS