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CARLOS WALTER VICENTINI

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

RESOLUÇÃO DA LISTA DE EXERCÍCIOS 2 – MOMENTO DE


INÉRCIA OU DE SEGUNDA ORDEM

NOTAS DE AULAS MINISTRADAS PARA A TURMA DE ENGENHARIA

CIVIL (4º/5º CICLO) DA UNIP

Santos, abril de 2011

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1. Determine a localização do centróide C (x,y), os momentos de
inércia Ix’, Iy’ e o momento polar para a seção transversal da viga
abaixo. Medidas em mm.

1. Determinação da localização do centróide C.

1º passo: Estabelecer um par de eixos x,y convenientemente


posicionado (o desenho já mostra).

2º passo: Dividir a figura em figuras geométricas básicas de modo a


facilitar os cálculos (retângulo, triângulo, círculo, etc).

No nosso caso vamos dividi-la em dois retângulos A e B como


mostrado na figura abaixo:

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3º passo: analisar se há algum eixo de simetria em relação ao par
de eixos x,y adotados.

No nosso caso o eixo y é de simetria. Isso significa que o centróide C


está localizado em alguma posição desse eixo, logo, devemos
determinar somente y pois x é zero.

4º passo: Determinar, para cada figura, A e B, os valores de seus


xA, xB, yA e yB .

No nosso caso:

xA = 0; xB = 0; yA = 275 mm; yB = 125 mm

5º passo: determinar os valores de área para cada figura escolhida,


no nosso caso A e B, e a área total da figura.

Figura A – área = AA = 300 x 50 = 15000 mm²

Figura B – área = AB = 250 x 50 = 12500 mm²

Figura total = fig A + fig B => AT = 27500 mm²

6º passo: finalmente calcular y que é dado por y AT = yA AA + yB AB

Portanto y = (yA AA + yB AB) / AT => y = (275 x 15000 + 125 x


12500) / 27500

y ≈ 207 mm Resposta

x≈0 Resposta

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2. Determinação dos momentos de inércia Ix’, Iy’.
1º passo – Cálculo dos momentos de inércia das figuras A e B em
relação aos seus pares de eixos centróides x’A, y’A e x’B, y’B.

Para a figura A:
Ix’A = bh³/12 = (300 x 50³)/12 = 31,25 105 mm4
Iy’A = hb³/12 = (50 x 300³)/12 = 11,25 107 mm4
Para a figura B:
Ix’B = bh³/12 = (50 x 250³)/12 = 6,51 107 mm4
Iy’B = hb³/12 = (250 x 50³)/12 = 26,04 105 mm4
2º passo – Aplicar o teorema dos eixos paralelos (Steiner) para
calcular as parcelas dos momentos de inércia Ix’ e Iy’ devidos a figura
A e figura B

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Devido a figura A:
Ix’ = Ix’A + AA x a² = 31,25 105 + 15000 x (275 – 207)² = 7,3 107
mm4
Iy’ = Iy’A + AA x 0 = Iy’A = 11,25 107 mm4
Devido a figura B:
Ix’ = Ix’B + AB x b² = 6,51 107 + 12500 x (207 – 125)² = 14,91 107
mm4
Iy’ = Iy’B + AB x 0 = Iy’B = 26,04 105 mm4

3º passo – Calcular, finalmente, Ix’ e Iy’ somando-se as parcelas


relativas às figuras A e B:
Ix’ = Ix’ devido a fig. A + Ix’ devido a fig. B = 7,3 107 + 14,91 107 =>
Ix’ = 2,2 108 mm4 Resposta
Iy’ = Iy’ devido a fig. A + Iy’ devido a fig. B = 11,25 107 + 26,04 105
=> Iy’ = 1,1 108 mm4 Resposta
3. Determinação do momento polar em relação ao centróide C.
JO = Ix’ + Iy’ = 2,2 108 + 1,1 108 =>
JO = 3,3 108 mm4 Resposta
NOTA: Não determinaremos o produto de inércia nem a posição dos
eixos centrais de inércia e nem os valores de máxima e mínima
inércia. Porque?

2. Determine a localização do centróide C (x,y), os momentos de


inércia Ix’, Iy’ e o momento polar para a seção transversal da viga
abaixo. Medidas em cm.

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1. Determinação da localização do centróide C.

1º passo: Estabelecer um par de eixos x,y convenientemente


posicionado (o desenho já mostra).

2º passo: Dividir a figura em figuras geométricas básicas de modo a


facilitar os cálculos (retângulo, triângulo, círculo, etc).

No nosso caso vamos dividi-la em dois retângulos 1 e 2 como


mostrado na figura abaixo:

3º passo: analisar se há algum eixo de simetria em relação ao


par de eixos x,y adotados.

Neste caso não há eixo de simetria. Isso significa que o centróide C


está localizado em alguma posição fora do par de eixos x,y, logo,
devemos determinar x e y.

4º passo: Determinar, para cada figura, 1 e 2, os valores de seus


x1, x2, y1 e y2 como indicado na figura seguinte.

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Para a figura do nosso caso:

x1 = 0,5 cm; x2 = 2,5 cm; y1 = 1,5 cm; y2 = 0,5 cm

5º passo: determinar os valores de área para cada figura escolhida,


no nosso caso 1 e 2, e a área total da figura.

Figura 1 – área = A1 = 1 x 3 = 3 cm²

Figura 2 – área = A2 = 3 x 1 = 3 cm²

Figura total = fig 1 + fig 2 => AT = 6 cm²

6º passo: finalmente calcular x e y

x AT = x1A1 + x2A2 => x = (x1A1 + x2A2)/AT = (0,5x3 + 2,5x3)/6

 x = 1,5 cm Resposta

y AT = y1A1 + y2A2 => y = (y1A1 + y2A2)/AT = (1,5x3 + 0,5x3)/6

=> y = 1 cm Resposta

2. Determinação dos momentos de inércia Ix’, Iy’.


1º passo – Cálculo dos momentos de inércia das figuras 1 e 2 em
relação aos seus pares de eixos centróides x’1, y’1 e x’2, y’2.
Para a figura 1:
Ix’1 = bh³/12 = (1 x 3³)/12 = 2,25 cm4
Iy’1 = hb³/12 = (3 x 1³)/12 = 0,25 cm4
Para a figura 2:
Ix’2 = bh³/12 = (3 x 1³)/12 = 0,25 cm4

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Iy’2 = hb³/12 = (1 x 3³)/12 = 2,25 cm4

2º passo – Aplicar o teorema dos eixos paralelos (Steiner) para


calcular as parcelas dos momentos de inércia Ix’ e Iy’ devidos a figura
1 e figura 2 θP2

θP1
Devido a figura 1:
Ix’ = Ix’1 + A1 x b² = 2,25 + 3 x (1,5 – 1)² = 3 cm4
Iy’ = Iy’1 + A1 x a² = 0,25 + 3 x (1,5 – 0,5)² = 3,25 cm4
Devido a figura 2:
Ix’ = Ix’2 + A2 x e² = 0,25 + 3 x (1 – 0,5)² = 1 cm4
Iy’ = Iy’2 + A2 x d² = 2,25 + 3 x (2,5 - 1,5)² = 5,25 cm4

3º passo – Calcular, finalmente, Ix’ e Iy’ somando-se as parcelas


relativas às figuras 1 e 2:
Ix’ = Ix’ devido a fig. 1 + Ix’ devido a fig. 2 = 3 + 1 =>
Ix’ = 4 cm4 Resposta

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Iy’ = Iy’ devido a fig. 1 + Iy’ devido a fig. 2 = 3,25 + 5,25 =>
Iy’ = 8,5 cm4 Resposta

3. Determinação do momento polar em relação ao centróide C.


JO = Ix’ + Iy’ = 4 + 8,5 =>
JO = 12,5 cm4 Resposta

O exercício termina aqui mas, para exercitarmos os cálculos de


produto de inércia e eixos centrais de inércia, continuaremos como se
o enunciado tivesse pedido esses cálculos.

Para cálculo do produto de inércia aplicaremos o teorema dos eixos


paralelos para cada figura, 1 e 2, para sabermos com que parcela
cada figura contribui.
Devido a figura 1:
Ix’y’ = Ix’y’fig1 + a x b x A1
Como Ix’y’fig1 = 0, pois seus eixos centróides são de simetria, temos:
Ix’y’ = 0 + (-1) x 0,5 x 3 = -1,5 cm4
Devido a figura 2:
Ix’y’ = Ix’y’fig2 + d x e x A2 com Ix’y’fig2 = 0 pois seus eixos centróides
são de simetria. Então teremos:
Ix’y’ = 0 + 1 x (-0,5) x 3 = -1,5 cm4
Logo para a figura toda teremos:
Ix’y’ = (-1,5) + (-1,5) = -3 cm4 Resposta

Para cálculo dos eixos centrais de inércia teremos:


tg2θP = -Ixy / [(Ix – Iy)/2] com Ix’ = 4 cm4 ; Iy’ = 8,5 cm4 e
Ix’y’ = -3 cm4
logo, tg2θP = -(-3)/[(4 – 8,5)/2] = -1,33
então 2θP = -53,13° e, portanto, θP1 = -26,56°
e θP2 = -26,56° + 90° => θP2 = 63,44°

Imáx/mín = (Ix + Iy)/2 ± √[(Ix – Iy)/2]² + Ixy²

Imáx/mín = (4 + 8,5)/2 ± √[(4 – 8,5)/2]² + (-3)²

Imáx/mín = 6,25 ± 3,75

Imáx = 10 cm4 Resposta

e Imín = 2,5 cm4 Resposta

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3. Determine a localização y do centróide C, os momentos de inércia
Ix’, Iy’ e o momento polar para a área da seção transversal da
viga. A viga é simétrica em relação ao eixo y’. Medidas em cm.

1. Determinação da localização do centróide C.

1º passo: Estabelecer um par de eixos x,y convenientemente


posicionado (o desenho já mostra).

2º passo: Dividir a figura em figuras geométricas básicas de modo a


facilitar os cálculos (retângulo, triângulo, círculo, etc).

No nosso caso vamos dividi-la em cinco retângulos 1 (maior: 12 cm x


4 cm), 2 e 3 que são iguais (1 cm x 3 cm), 4 e 5 que são iguais
também (1 cm x 1 cm) como mostrado na figura abaixo:

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Devemos notar que os retângulos azuis, 2, 3, 4 e 5 são “furos”.

3º passo: analisar se há algum eixo de simetria em relação ao par


de eixos x,y adotados.

Neste caso o eixo y≈y’ é de simetria. Isso significa que o centróide C


está localizado em alguma posição pertencente ao eixo y, logo,
devemos determinar y já que x = 0.

4º passo: Determinar, para cada figura, 1, 2, 3, 4 e 5, os valores de


x, y de seus centróides como mostrados na figura seguinte.

x1 = 0; x2 = -5,5; x3 = 5,5; x4 = -2,5; x5 = 2,5

y1 = 2; y2 = 2,5; y3 = 2,5; y4 = 0,5; y5 = 0,5

5º passo: determinar os valores de área para cada figura escolhida,


no nosso caso 1, 2, 3, 4 e 5 e a área total da figura.

Figura 1 – área = A1 = 12 x 4 = 48 cm²

Figura 2 – área = A2 = 1 x 3 = 3 cm² (furo)

Figura 3 – área = A3 = 1 x 3 = 3 cm² (furo)

Figura 4 – área = A4 = 1 x 1 = 1 cm² (furo)

Figura 5 – área = A5 = 1 x 1 = 1 cm² (furo)

Figura total = fig 1 - fig 2 - fig 3 - fig 4 - fig 5 => AT = 48 - 3 – 3 –


1 – 1 = 40 cm²

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6º passo: finalmente calcular x e y

x=0 Resposta

 y AT = y1A1 - y2A2 - y3 A3 – y4 A4 – y5 A5 => y = (y1A1 - y2A2 -


y3 A3 – y4 A4 – y5 A5)/AT = (2x48 - 2,5x3 – 2,5x3 + 0,5x1 –
0,5x1 )/40

=> y = 2 cm Resposta

2. Determinação dos momentos de inércia Ix’, Iy’.


1º passo – Cálculo dos momentos de inércia das figuras 1, 2, 3, 4 e
5 em relação aos seus pares de eixos centróides x’1, y’1; x’2, y’2; x’3,
y’3; x’4, y’4 e x’5, y’5.
Para a figura 1:
Ix’1 = bh³/12 = (12 x 4³)/12 = 64 cm4
Iy’1 = hb³/12 = (4 x 12³)/12 = 576 cm4
Para a figura 2:
Ix’2 = bh³/12 = (1 x 3³)/12 = 2,25 cm4
Iy’2 = hb³/12 = (3 x 1³)/12 = 0,25 cm4
Para a figura 3:
Ix’3 = bh³/12 = (1 x 3³)/12 = 2,25 cm4
Iy’3 = hb³/12 = (3 x 1³)/12 = 0,25 cm4
Para a figura 4:
Ix’4 = bh³/12 = (1 x 1³)/12 = 0,08 cm4
Iy’4 = hb³/12 = (1 x 1³)/12 = 0,08 cm4
Para a figura 5:
Ix’5 = bh³/12 = (1 x 1³)/12 = 0,08 cm4
Iy’5 = hb³/12 = (1 x 1³)/12 = 0,08 cm4

2º passo – Aplicar o teorema dos eixos paralelos (Steiner) para


calcular as parcelas dos momentos de inércia Ix’ e Iy’ devidos às
figuras 1, 2, 3, 4 e 5.

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Devido a figura 1:
Ix’ = Ix’1 + A1 x 0 = 64 cm4
Iy’ = Iy’1 + A1 x 0 = 576 cm4
Devido a figura 2 (FURO):
Ix’ = Ix’2 + A2 x d² = 2,25 + 3 x (2,5 – 2)² = 3 cm4
Iy’ = Iy’2 + A2 x a² = 0,25 + 3 x (-5,5)² = 91 cm4
Devido a figura 3 (FURO):
Ix’ = Ix’3 + A3 x d² = 2,25 + 3 x (2,5 – 2) = 3 cm4
Iy’ = Iy’3 + A3 x a² = 0,25 + 3 x (5,5)² = 91 cm4
Devido a figura 4 (FURO):
Ix’ = Ix’4 + A4 x e² = 0,08 + 1 x (2 – 0,5)² = 2,33 cm4
Iy’ = Iy’4 + A4 x b² = 0,08 + 1 x (-2,5)² = 6,33 cm4
Devido a figura 5 (FURO):
Ix’ = Ix’5 + A5 x e² = 0,08 + 1 x (2 – 0,5)² = 2,33 cm4
Iy’ = Iy’5 + A5 x b² = 0,08 + 1 x (2,5)² = 6,33 cm4

3º passo – Calcular, finalmente, Ix’ e Iy’ somando-se as parcelas


relativas às figuras 1, 2, 3, 4 e 5 (NÃO ESQUECENDO QUE FUROS
SÃO SUBTRAIDOS):
Ix’ = Ix’ devido a fig. 1 - Ix’ devido a fig. 2 - Ix’ devido a fig. 3 - Ix’
devido a fig. 4 - Ix’ devido a fig. 5 = 64 - 3 - 3 - 2,33 - 2,33 =>
Ix’ = 53,34 cm4 Resposta
Iy’ = Iy’ devido a fig. 1 - Iy’ devido a fig. 2 - Iy’ devido a fig. 3 - Iy’
devido a fig. 4 - Iy’ devido a fig. 5 = 576 - 91 - 91 – 6,33 – 6,33 =>
Iy’ = 381,34 cm4 Resposta

3. Determinação do momento polar em relação ao centróide C.


JO = Ix’ + Iy’ = 53,34 + 381,34 =>
JO = 434,68 cm4 Resposta

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NOTA: O exercício termina aqui mas, para exercitarmos os cálculos
de produto de inércia e eixos centrais de inércia, continuaremos como
se o enunciado tivesse pedido esses cálculos.
Mas não precisamos determinar o produto de inércia nem a posição
dos eixos centrais de inércia e nem os valores de máxima e mínima
inércia. Porque?

4. Determine a localização y do centróide C, os momentos de inércia


Ix’, Iy’ e o momento polar para a área da seção transversal da
viga. Medidas em mm.

1. Determinação da localização do centróide C.

1º passo: Estabelecer um par de eixos x,y convenientemente


posicionado (com y coincidindo com o eixo y’, o desenho já mostra ).

2º passo: Dividir a figura em figuras geométricas básicas de modo a


facilitar os cálculos (retângulo, triângulo, círculo, etc).

No nosso caso vamos dividi-la em três retângulos 1 (maior: 300 mm


x 25 mm), 2 e 3 que são iguais (100 mm x 25 mm) como mostrado
na figura abaixo:

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3º passo: analisar se há algum eixo de simetria em relação ao par
de eixos x,y adotados.

Neste caso o eixo y≈y’ é de simetria. Isso significa que o centróide C


está localizado em alguma posição pertencente ao eixo y, logo,
devemos determinar y já que x = 0.

4º passo: Determinar, para cada figura, 1, 2 e 3, os valores de


x, y de seus centróides como mostrados na figura seguinte.

x1 = 0; x2 = -87,5; x3 = 87,5

y1 = 12,5; y2 = 62,5; y3 = 62,5;

5º passo: determinar os valores de área para cada figura escolhida,


no nosso caso 1, 2 e 3 e a área total da figura.

Figura 1 – área = A1 = 150 x 25 = 3750 mm²

Figura 2 – área = A2 = 25 x 100 = 2500 mm²

Figura 3 – área = A3 = 25 x 100 = 2500 mm²

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Figura total = fig 1 + fig 2 + fig 3 => AT = 3750 + 2500 x 2 =
8750 mm²

6º passo: finalmente calcular x e y

x=0 Resposta

 y AT = y1A1 + y2A2 + y3 A3 => y = (y1A1 + y2A2 + y3 A3 )/AT =


(12,5 x 3750 + 62,5 x 2500 + 62,5 x 2500 )/8750

=> y ≈ 41 mm Resposta

2. Determinação dos momentos de inércia Ix’, Iy’.

1º passo – Cálculo dos momentos de inércia das figuras 1, 2 e 3 em


relação aos seus pares de eixos centróides x’1, y’1; x’2, y’2; x’3, y’3.
Para a figura 1:
Ix’1 = bh³/12 = (300 x 25³)/12 = 3,9 105 mm4
Iy’1 = hb³/12 = (25 x 300³)/12 = 5,63 107 mm4
Para a figura 2:
Ix’2 = bh³/12 = (25 x 100³)/12 = 2,1 106 mm4
Iy’2 = hb³/12 = (100 x 25³)/12 = 1,3 105 mm4
Para a figura 3:
Ix’3 = bh³/12 = (25 x 100³)/12 = 2,1 106 mm4
Iy’3 = hb³/12 = (100 x 25³)/12 = 1,3 105 mm4

2º passo – Aplicar o teorema dos eixos paralelos (Steiner) para


calcular as parcelas dos momentos de inércia Ix’ e Iy’ devidos às
figuras 1, 2 e 3.

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Devido a figura 1:
Ix’ = Ix’1 + A1 x a² = 3,9 105 + 3750 x (41 – 12,5)² = 3,44 106 mm4
Iy’ = Iy’1 + A1 x 0 = 5,63 107 mm4
Devido a figura 2:
Ix’ = Ix’2 + A2 x b² = 2,1 106 + 2500 x (75 – 41)² = 5 106 mm4
Iy’ = Iy’2 + A2 x d² = 1,3 105 + 2500 x (-87,5)² = 1,93 107 mm4
Devido a figura 3:
Ix’ = Ix’3 + A3 x b² = 2,1 106 + 2500 x (75 – 41)² = 5 106 mm4
Iy’ = Iy’3 + A3 x d² = 1,3 105 + 2500 x (87,5)² = 1,93 107 mm4

3º passo – Calcular, finalmente, Ix’ e Iy’ somando-se as parcelas


relativas às figuras 1, 2 e 3:
Ix’ = Ix’ devido a fig. 1 + Ix’ devido a fig. 2 + Ix’ devido a fig. 3 = 3,44
106 + 5 106 + 5 106 =>
Ix’ = 13,44 106 mm4 Resposta
Iy’ = Iy’ devido a fig. 1 + Iy’ devido a fig. 2 + Iy’ devido a fig. 3 = 5,63
107 + 1,93 107 + 1,93 107 =>
Iy’ = 9,49 107 mm4 Resposta

3. Determinação do momento polar em relação ao centróide C.


JO = Ix’ + Iy’ = 13,44 106 + 9,49 107 =>
JO ≈ 10,84 107 mm4 Resposta

NOTA: O exercício termina aqui, mas para exercitarmos os cálculos


de produto de inércia e eixos centrais de inércia, continuaremos como
se o enunciado tivesse pedido esses cálculos.
Contudo, não precisamos determinar o produto de inércia nem a
posição dos eixos centrais de inércia e nem os valores de máxima e
mínima inércia. Porque?

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5. Determine os momentos de inércia Ix, Iy e o momento polar da
seção Z. A origem das coordenadas está no centróide C. Medidas
em mm.

1. Determinação da localização do centróide C.

1º passo: Estabelecer um par de eixos x,y convenientemente


posicionado (com y coincidindo com o eixo y’, o desenho já mostra ).

2º passo: Dividir a figura em figuras geométricas básicas de modo a


facilitar os cálculos (retângulo, triângulo, círculo, etc).

No nosso caso vamos dividi-la em três retângulos 1 (maior: 640 mm


x 20 mm), 2 e 3 que são iguais (200 mm x 20 mm) como mostrado
na figura abaixo:

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3º passo: analisar se há algum eixo de simetria em relação ao par
de eixos x,y adotados.

Neste caso não temos eixos de simetria. Isso significa que devemos
determinar y e x .

4º passo: Determinar, para cada figura, 1, 2 e 3, os valores de


x, y de seus centróides como mostrados na figura seguinte.

x1 = -310; x2 = 0; x3 = 310

y1 = 110; y2 = 0; y3 = -110;

5º passo: determinar os valores de área para cada figura escolhida,


no nosso caso 1, 2 e 3 e a área total da figura.

Figura 1 – área = A1 = 20 x 200 = 4000 mm²

Figura 2 – área = A2 = 640 x 20 = 12800 mm²

Figura 3 – área = A3 = 20 x 200 = 4000 mm²

Figura total = fig 1 + fig 2 + fig 3 => AT = 4000 x 2 + 12800 =


20800 mm²

6º passo: finalmente calcular x e y

x AT = x1A1 + x2A2 + x3 A3 => x = (x1A1 + x2A2 + x3 A3 )/AT =


(-310 x 4000 + 0 x 12800 + 310 x 4000 )/20800

x=0 Resposta

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 y AT = y1A1 + y2A2 + y3 A3 => y = (y1A1 + y2A2 + y3 A3 )/AT =
(110 x 4000 + 0 x 12800 + (-110) x 4000 )/20800

=> y = 0 mm Resposta

2. Determinação dos momentos de inércia Ix’, Iy’.

1º passo – Cálculo dos momentos de inércia das figuras 1, 2 e 3 em


relação aos seus pares de eixos centróides x’1, y’1; x’2, y’2; x’3, y’3.
Para a figura 1:
Ix’1 = bh³/12 = (20 x 200³)/12 = 1,33 107 mm4
Iy’1 = hb³/12 = (200 x 20³)/12 = 1,33 105 mm4
Para a figura 2:
Ix’2 = bh³/12 = (640 x 20³)/12 = 4,27 105 mm4
Iy’2 = hb³/12 = (20 x 640³)/12 = 4,37 108 mm4
Para a figura 3:
Ix’3 = bh³/12 = (20 x 200³)/12 = 1,33 107 mm4
Iy’3 = hb³/12 = (200 x 20³)/12 = 1,33 105 mm4

2º passo – Aplicar o teorema dos eixos paralelos (Steiner) para


calcular as parcelas dos momentos de inércia Ix’ e Iy’ devidos às
figuras 1, 2 e 3.

Devido a figura 1:
Ix’ = Ix’1 + A1 x b² = 1,33 107 + 4000 x (110)² = 6,17 107 mm4
Iy’ = Iy’1 + A1 x a² = 1,33 105 + 4000 x (-310)² = 3,85 108 mm4
Devido a figura 2:
Ix’ = Ix’2 + A2 x 0 = 4,27 105 mm4
Iy’ = Iy’2 + A2 x 0 = 4,37 108 mm4

20
Devido a figura 3:
Ix’ = Ix’3 + A3 x b² = 1,33 107 + 4000 x (-110)² = 6,17 107 mm4
Iy’ = Iy’3 + A3 x a² = 1,33 105 + 4000 x (310)² = 3,85 108 mm4

3º passo – Calcular, finalmente, Ix’ e Iy’ somando-se as parcelas


relativas às figuras 1, 2 e 3:
Ix’ = Ix’ devido a fig. 1 + Ix’ devido a fig. 2 + Ix’ devido a fig. 3 = 6,17
107 + 4,27 105 + 6,17 107 =>
Ix’ = 1,24 108 mm4 Resposta
Iy’ = Iy’ devido a fig. 1 + Iy’ devido a fig. 2 + Iy’ devido a fig. 3 = 3,85
108 + 4,37 108 + 3,85 108 =>
8 4
Iy’ = 12,07 10 mm Resposta

3. Determinação do momento polar em relação ao centróide C.


JO = Ix’ + Iy’ = 1,24 108 + 12,07 108 =>
JO ≈ 13,31 108 mm4 Resposta

NOTA: O exercício termina aqui, mas para exercitarmos os cálculos


de produto de inércia e eixos centrais de inércia, continuaremos como
se o enunciado tivesse pedido esses cálculos.

Para cálculo do produto de inércia aplicaremos o teorema dos eixos


paralelos para cada figura, 1, 2 e 3, para sabermos com que parcela
cada figura contribui.
Devido a figura 1:
Ix’y’ = Ix’y’fig1 + a x b x A1
Como Ix’y’fig1 = 0, pois seus eixos centróides são de simetria, temos:
Ix’y’ = 0 + (-310) x 110 x 4000 = -1,36 108 mm4
Devido a figura 2:
Ix’y’ = Ix’y’fig2 + x y A2 com Ix’y’fig2 = 0 pois seus eixos centróides são
de simetria. Então teremos:
Ix’y’ = 0 + 0 x 0 x 3 = 0 mm4 pois x = y = 0
Devido a figura 3:
Ix’y’ = Ix’y’fig3 + a x b x A3 com Ix’y’fig3 = 0 pois seus eixos centróides
são de simetria. Então teremos:
Ix’y’ = 0 + 310 x (-110) x 4000 = -1,36 108 mm4

Logo para a figura toda teremos:


Ix’y’ = 2 x -1,36 108 + 0 = -2,72 108 mm4 Resposta

Para cálculo dos eixos centrais de inércia teremos:

21
tg2θP = -Ixy / [(Ix – Iy)/2] com Ix’ = 1,24 108 mm4; Iy’ = 12,07
108 mm4 e Ix’y’ = -2,72 108 mm4
logo, tg2θP = -(-2,72 108)/[(1,24 108 – 12,07 108)/2] = -0,5023
então 2θP = -26,67° e, portanto, θP1 = -13,3°
e θP2 = -13,3° + 90° => θP2 = 76,7°

Imáx/mín = (Ix + Iy)/2 ± √[(Ix – Iy)/2]² + Ixy²

Imáx/mín = (1,24 108 + 12,07 108)/2 ± √[(1,24 108 – 12,07 108)/2]² +


(-2,72 108 )²

Imáx/mín = 6,65 108 ± 4,92 108

Imáx = 11,57 108 mm4 Resposta

e Imín = 1,73 108 mm4 Resposta

22
6. Determine a localização do centróide C, os momentos de inércia
Ix’, Iy’ e o momento polar para a área da seção transversal da
viga. Medidas em cm.

1. Determinação da localização do centróide C.

1º passo: Estabelecer um par de eixos x,y convenientemente


posicionado (o desenho já mostra ).

2º passo: Dividir a figura em figuras geométricas básicas de modo a


facilitar os cálculos (retângulo, triângulo, círculo, etc).

No nosso caso vamos dividi-la em: fig 1 - um retângulo (90 cm x 60


cm); fig 2 - um triângulo (b=30 cm, h=60 cm) e fig 3 (FURO) - um
semi círculo (de 20 cm de raio) como mostrado na figura abaixo:

23
3º passo: analisar se há algum eixo de simetria em relação ao par
de eixos x,y adotados.

Neste caso não temos eixos de simetria. Isso significa que devemos
determinar y e x .

4º passo: Determinar, para cada figura, 1, 2 e 3, os valores de


x, y de seus centróides como mostrados na figura seguinte.

x1 = 45 cm; x2 = 100 cm; x3 = 60 cm

y1 = 30 cm; y2 = 20 cm; y3 = 4r/3∏ = 8,5 cm

5º passo: determinar os valores de área para cada figura escolhida,


no nosso caso 1, 2 e 3 e a área total da figura.

Figura 1 – área = A1 = 90 x 60 = 5400 cm²

Figura 2 – área = A2 = 30 x 60 / 2 = 900 cm²

Figura 3 – área = A3 = ∏ x 20² / 2 = 628,3 cm²

Figura total = fig 1 + fig 2 - fig 3 => AT = 5400 + 900 - 628,3 =


5671,7 cm²

6º passo: finalmente calcular x e y

x AT = x1A1 + x2A2 - x3 A3 => x = (x1A1 + x2A2 - x3 A3 )/AT =


(45 x 5400 + 100 x 900 - 60 x 628,3 )/5671,7

24
x = 52 cm Resposta

 y AT = y1A1 + y2A2 - y3 A3 => y = (y1A1 + y2A2 - y3 A3 )/AT =


(30 x 5400 + 20 x 900 - 8,5 x 628,3)/5671,7

=> y = 30,8 cm Resposta

2. Determinação dos momentos de inércia Ix’, Iy’.

1º passo – Cálculo dos momentos de inércia das figuras 1, 2 e 3 em


relação aos seus pares de eixos centróides x’1, y’1; x’2, y’2; x’3, y’3.
Para a figura 1:
Ix’1 = bh³/12 = (90 x 60³)/12 = 1,62 106 cm4
Iy’1 = hb³/12 = (60 x 90³)/12 = 3,65 106 cm4
Para a figura 2:
Ix’2 = bh³/36 = (30 x 60³)/36 = 1,8 105 cm4
Iy’2 = hb³/36 = (60 x 30³)/36 = 0,45 105 cm4
Para a figura 3 (FURO) que é um semi círculo temos uma
particularidade: temos que calcular Ix’3 aplicando o teorema dos eixos
paralelos como trata a figura abaixo.

Ix = Iy = ∏ r4 / 8
Ix = Ix’ + A a² como a = 4 r / 3 ∏ = 4 x 20 / 3 ∏ = 8,5 cm
Então Ix’ = Ix – A a² que no nosso caso é:
Ix’3 = (∏ 204 / 8) – 628,3 x 8,5² = 0,17 105 cm4
Iy’3 = ∏ r4 / 8 = ∏ x 204 / 8 = 0,63 105 cm4

2º passo – Aplicar o teorema dos eixos paralelos (Steiner) para


calcular as parcelas dos momentos de inércia Ix’ e Iy’ devidos às
figuras 1, 2 e 3.

25
Devido a figura 1:
Ix’ = Ix’1 + A1 x y1² = 1,62 106 + 5400 x (-30,8 – (-30))² =
16,23 105 cm4
Iy’ = Iy’1 + A1 x x1² = 3,65 106 + 5400 x (-52 – (-45))² = 39,12 105
cm4
Devido a figura 2:
Ix’ = Ix’2 + A2 x y2² = 1,8 105 + 900 x (-30,8 – (-20))² = 2,85 105
cm4
Iy’ = Iy’2 + A2 x x22 = 0,45 105 + 900 x (100 – 52)² = 21,2 105 cm4
Devido a figura 3 (FURO):
Ix’ = Ix’3 + A3 x y3² = 0,17 105 + 628,3 x (-(30,8 – 8,5))² = 3,3 105
cm4
Iy’ = Iy’3 + A3 x x3² = 0,63 105 + 628,3 x (60 - 52)² = 0,57 105 cm4

3º passo – Calcular, finalmente, Ix’ e Iy’ somando-se as parcelas


relativas às figuras 1, 2 e 3:
Ix’ = Ix’ devido a fig. 1 + Ix’ devido a fig. 2 - Ix’ devido a fig. 3 = 16,23
105 + 2,85 105 – 3,3 105 =>
Ix’ = 15,78 105 cm4 Resposta
Iy’ = Iy’ devido a fig. 1 + Iy’ devido a fig. 2 - Iy’ devido a fig. 3 = 39,12
105 + 21,2 105 – 0,57 105 =>
5 4
Iy’ = 59,75 10 cm Resposta

26
3. Determinação do momento polar em relação ao centróide C.
JO = Ix’ + Iy’ = 15,78 105 + 59,75 105 =>
JO ≈ 75,53 105 cm4 Resposta

NOTA: continuaremos como se o enunciado tivesse pedido os


cálculos de produto de inércia e eixos centrais de inércia.

Para cálculo do produto de inércia aplicaremos o teorema dos eixos


paralelos para cada figura, 1, 2 e 3, para sabermos com que parcela
cada figura contribui.
Devido a figura 1:
Ix’y’ = Ix’y’fig1 + x1 x y1 x A1
Como Ix’y’fig1 = 0, pois seus eixos centróides são de simetria, temos:
Ix’y’ = 0 + (-7) x (-0,8) x 5400 = 30240 cm4
Devido a figura 2:
Ix’y’ = Ix’y’fig2 + x y A2 = -(b² h²)/72 + 48 x (-10,8) x 900
Ix’y’ = -(30² x 60²) / 72 - 466560 = -511560 cm4
Devido a figura 3 (FURO):
Ix’y’ = Ix’y’fig3 + x3 x y3 x A3 com Ix’y’fig3 = 0 pois um de seus eixos
centróides são de simetria. Então teremos:
Ix’y’ = 0 + 8 x (-22,3) x 628,3 = -112089 cm4

Logo para a figura toda teremos:


Ix’y’ = 30240 – 511560 - 112089 = -5,93 105 cm4
Resposta

Para cálculo dos eixos centrais de inércia teremos:


tg2θP = -Ixy / [(Ix – Iy)/2] com Ix’ = 15,78 105 cm4; Iy’ = 59,75
105 cm4 e Ix’y’ = -5,93 105 mm4
logo, tg2θP = -(-5,93 105)/[(15,78 105 – 59,75 105)/2] = -0,26973
então 2θP = -15,1° e, portanto, θP1 = -7,55°
e θP2 = -7,55° + 90° => θP2 = 82,45°

Imáx/mín = (Ix + Iy)/2 ± √[(Ix – Iy)/2]² + Ixy²

Imáx/mín = (15,78 105 + 59,75 105)/2 ± √[(15,78 105 – 59,75


105)/2]² + (-5,93 105 )²

Imáx/mín = 37,77 105 ± 22,77 105

Imáx = 60,54 105 cm4 Resposta

e Imín = 15 105 cm4 Resposta

27
7. Determine a localização do centróide C, os momentos de inércia
Ix, Iy e o momento polar para a área da seção transversal da viga.
Medidas em cm.

1. Cálculo das coordenadas do centroide C(x,y)


1º passo – A localização do centróide já está definida pela
própria condição de simetria da figura, ou seja, C é o ponto que

28
representa o centroide. Portanto x e y são os eixos centroidais e
coincidem com x’ e y’.
2. Cálculo dos momentos de inércia Ix e Iy
1º passo – Temos que dividir a figura em outras figuras básicas
conhecidas para facilidade dos cálculos. Vamos dividi-la em dois
retângulos como mostrado na figura abaixo.

Um retângulo maior de 100 cm x 150 cm contornado na cor


vermelha, figura 1, e outro menor de 80 cm x 130 cm contornado
na cor verde, figura 2 (que é um FURO).
2º passo – Aplicando as fórmulas de momento de inércia para
cada figura temos:
Para a figura 1
Ix = bh³/12 = 100 150³ / 12 = 2,81 107 cm4
Iy = hb³/12 = 150 100³ /12 = 1,25 107 cm4
Para a figura 2 (FURO)
Ix = bh³/12 = 80 130³ / 12 = 1,47 107 cm4
Iy = hb³/12 = 130 80³ / 12 = 0,56 107 cm4
3º passo – somando-se as influências das figuras 1 e 2 temos:
Ix = Ixfig1 - Ixfig2 = 2,81 107 - 1,47 107 =>
Ix = 1,34 107 cm4 Resposta
7 7
Iy = Iyfig1 – Iyfig2 = 1,25 10 - 0,56 10 =>
Iy = 0,69 107 Resposta
3. Cálculo do momento polar de inércia em relação aos eixos
centróides x,y
JO = Ix + Iy = 1,34 107 + 0,69 107 =>
JO = 2,03 107 cm4 Resposta

29
NOTA: O exercício termina aqui, mas para exercitarmos os cálculos
de produto de inércia e eixos centrais de inércia, continuaremos como
se o enunciado tivesse pedido esses cálculos.
Contudo, não precisamos determinar o produto de inércia nem a
posição dos eixos centrais de inércia e nem os valores de máxima e
mínima inércia. Porque?

8. Determine os momentos de inércia Ix’, Iy’ e o momento polar para


a área da seção transversal da viga. Medidas em cm.

1. Cálculo das coordenadas do centroide C(x,y)


1º passo – A localização do centróide já está definida pela
própria condição de simetria da figura, ou seja, C é o ponto que
representa o centroide. Portanto x e y são os eixos centroidais e
coincidem com x’ e y’.
2. Cálculo dos momentos de inércia Ix e Iy
1º passo – Temos que dividir a figura em outras figuras básicas
conhecidas para facilidade dos cálculos. Vamos dividi-la em três
retângulos como mostrado na figura abaixo.

30
Um retângulo maior de 100 cm x 150 cm contornado na cor
vermelha, figura 1, e outros dois menores, iguais, de 45 cm x 130
cm contornado na cor azul, figura 2 e figura 3 (que são FUROS).
2º passo – Aplicando as fórmulas de momento de inércia em
relação aos seus eixos centroides para cada figura temos:
Para a figura 1
Ix’fig1 = bh³/12 = 100 150³ / 12 = 2,81 107 cm4
Iy’fig1 = hb³/12 = 150 100³ /12 = 1,25 107 cm4
Para a figura 2 = figura 3 (FUROS)
Ix’fig = bh³/12 = 45 130³ / 12 = 0,82 107 cm4
Iy’fig = hb³/12 = 130 45³ / 12 = 0,10 107 cm4
3º passo – aplicando-se o teorema dos eixos paralelos (Steiner)
para as figuras 2 e 3 com o objetivo de descobrirmos quais os
valores dos momentos de inércia dessas figuras em relação ao
eixo centróide y’ da figura total temos:

Para a figura 2 = figura 3


Iy’ = Iy’fig2 + Afig2 x22 = 0,10 107 + 45 x 130 x (50 – 45/2)² =

31
= 0,10 107 + 0,44 107 = 0,54 107 cm4
4º passo – Agora que já temos todos os valores de momento de
inércia em relação aos mesmos eixos y’ e x’, é só somarmos as
parcelas relativas aos seus eixos como segue:
Ix’ = Ix’fig1 - Ix’fig2 - Ix’fig3 = 2,81 107 – 2 x 0,82 107 =>
Ix’ = 1,17 107 cm4 Resposta
Iy’ = Iy’fig1 – Iy’fig2 - Iy’fig3 = 1,25 10 – 2 x 0,54 107 =>
7

Iy = 0,17 107 cm4 Resposta


4. Cálculo do momento polar de inércia em relação aos eixos
centróides x,y
JO = Ix’ + Iy’ = 1,17 107 + 0,17 107 =>
JO = 1,34 107 cm4 Resposta

NOTA: O exercício termina aqui, mas para exercitarmos os cálculos


de produto de inércia e eixos centrais de inércia, continuaremos como
se o enunciado tivesse pedido esses cálculos.
Contudo, não precisamos determinar o produto de inércia nem a
posição dos eixos centrais de inércia e nem os valores de máxima e
mínima inércia. Porque?

9. Determine a localização do centróide C, os momentos de inércia


Ix, Iy, Ix’, Iy’ e os momentos polares em relação a O e a C para a
área da seção transversal da viga. Medidas em cm.

1. Determinação da localização do centróide C.

32
1º passo: Estabelecer um par de eixos x,y convenientemente
posicionado (o desenho já mostra ).

2º passo: Dividir a figura em figuras geométricas básicas de modo a


facilitar os cálculos (retângulo, triângulo, círculo, etc).

No nosso caso vamos dividi-la em: fig 1 - um quadrado em linha


vermelha (60 cm x 60 cm); fig 2 (FURO) = fig 3 (FURO) - dois
círculos em azul (raio=7,5 cm) como mostrado na figura abaixo:

3º passo: analisar se há algum eixo de simetria em relação ao par


de eixos x,y adotados.

Neste caso não temos eixos de simetria. Isso significa que devemos
determinar y e x .

4º passo: Determinar, para cada figura, 1, 2 e 3, os valores de


x, y de seus centróides como mostrados na figura seguinte.

33
x1 = 30 cm; x2 = 15 cm; x3 = 60 – 15 = 45 cm

y1 = 30 cm; y2 = 15 cm; y3 = 60 - 15 = 45 cm

5º passo: determinar os valores de área para cada figura escolhida,


no nosso caso 1, 2 e 3 e a área total da figura.

Figura 1 – área = A1 = 60 x 60 = 3600 cm²

Figura 2 – área = A2 = ∏ r2² = ∏ x 7,5² = 176,7 cm²

Figura 3 – área = A3 = ∏ x r3² = ∏ x 7,5² = 176,7 cm²

Figura total = fig 1 - fig 2 - fig 3 => AT = 3600 – 176,7 – 176,7 =


3246,6 cm²

6º passo: finalmente calcular x e y

x AT = x1A1 - x2A2 - x3 A3 => x = (x1A1 - x2A2 - x3 A3 )/AT = (30


x 3600 - 15 x 176,7 - 45 x 176,7 )/3246,6

x = 30 cm Resposta

 y AT = y1A1 - y2A2 - y3 A3 => y = (y1A1 - y2A2 - y3 A3 )/AT = (30


x 3600 - 15 x 176,7 - 45 x 176,7)/3246,6

=> y = 30 cm Resposta

2. Determinação dos momentos de inércia Ix e Iy em relação ao


par de eixos x,y.

34
1º passo – Cálculo dos momentos de inércia das figuras 1, 2 e
3 em relação aos seus pares de eixos centróides x’1, y’1; x’2,
y’2; x’3, y’3.
Para a figura 1:
Ix’1 = bh³/12 = (60 x 60³)/12 = 1,08 106 cm4
Iy’1 = hb³/12 = (60 x 60³)/12 = 1,08 106 cm4
Para a figura 2 = figura 3 (FUROS):
Ix’FIG = ∏ d4/64 = ∏ x 154/64 = 2485 cm4
Iy’FIG = ∏ d4/64 = ∏ x 154/64 = 2485 cm4
2º passo – Aplicando o teorema dos eixos paralelos para as
figuras separadamente, encontramos os valores de Ix e Iy em
relação ao par de eixos x,y para cada figura.
Para figura 1:
Ix1 = Ix’1 + A1 y12 = 1,08 106 + 3600 x 30² = 4,32 106 cm4
Iy1 = Iy’1 + A1 x12 = 1,08 106 + 3600 x 30² = 4,32 106 cm4
Para figura 2 (FURO):
Ix2 = Ix’2 + A2 y22 = 2485 + 176,7 x 15² = 42242,5 cm4
Iy2 = Iy’2 + A2 x22 = 2485 + 176,7 x 15² = 42242,5 cm4
Para figura 3 (FURO):
Ix3 = Ix’3 + A3 y32 = 2485 + 176,7 x 45² = 360302,5 cm4
Iy3 = Iy’3 + A3 x32 = 2485 + 176,7 x 45² = 360302,5 cm4
3º passo – Finalmente para calcularmos os momentos de
inércia da figura toda em relação ao par de eixos x,y é só
somarmos as parcelas relativas às figuras separadamente como
segue:
Ix = Ix1 – Ix2 – Ix3 = 4320000 – 42242,5 – 360302,5 =>
Ix = 3,92 106 cm4 Resposta
Iy = Iy1 – Iy2 – Iy3 = 4320000 – 42242,5 – 360302,5 =>
Iy = 3,92 106 cm4 Resposta

3. Determinação dos momentos polares em relação ao ponto O

JO = Ix + Iy = 2 x 3,92 106 =>

JO = 7,84 106 cm4 Resposta

35
4. Determinação dos momentos de inércia em relação ao par de
eixos centroidais x’,y’ como mostra a figura abaixo:

1º passo – Como já sabemos os valores dos momentos de


inércia das figuras 1, 2 e 3 em relação aos seus eixos
centroidais (Ix’1, Iy’1, Ix’2, Iy’2, Ix’3 e Iy’3) separadamente, agora é
só aplicarmos o teorema dos eixos paralelos (Steiner) para
obtermos os valores de Ix’ e Iy’ de cada figura.
Para figura 1:
Ix’fig1 = Ix’1 + A1 y12 = 1,08 106 + 3600 x 0 = 1,08 106 cm4
Iy’fig1 = Iy’1 + A1 x12 = 1,08 106 + 3600 x 0 = 1,08 106 cm4
Para figura 2 (FURO):
Ix’fig2 = Ix’2 + A2 y22 = 2485 + 176,7 x 45² = 0,36 106 cm4
Iy’fig2 = Iy’1 + A2 x22 = 2485 + 176,7 x 45² = 0,36 106 cm4
Para figura 3 (FURO):
Ix’fig3 = Ix’3 + A3 y32 = 2485 + 176,7 x 45² = 0,36 106 cm4
Iy’fig3 = Iy’3 + A3 x32 = 2485 + 176,7 x 45² = 0,36 106 cm4

1º passo – Finalmente para o cálculo dos momentos de inércia


da figura toda em relação ao par de eixos centroidais x’,y’ basta
somarmos as parcelas relativas às figuras separadamente como
segue.
Ix’ = Ix’fig1 - Ix’fig2 - Ix’fig3 = 1,08 106 – 2 x 0,36 106 =>
Ix’ = 0,36 106 cm4 Resposta
Iy’ = Iy’fig1 – Iy’fig2 – Iy’fig3 = 1,08 10 – 2 x 0,36 106 =>
6

Iy’ = 0,36 106 cm4 Resposta

36
5. Determinação dos momentos polares em relação ao ponto C
JC = Ix’ + Iy’ = 0,36 106 + 0,36 106 =>
JC = 0,72 106 cm4 Resposta

10. Determine a localização do centróide C, os momentos de inércia


Ix, Iy, Ix’, Iy’ e os momentos polares em relação a O e a C para a
área da seção transversal da viga. Medidas em cm.

1. Determinação da localização do centróide C.

1º passo: Estabelecer um par de eixos x,y convenientemente


posicionado (o desenho já mostra ).

2º passo: Dividir a figura em figuras geométricas básicas de modo a


facilitar os cálculos (retângulo, triângulo, círculo, etc).

No nosso caso vamos dividi-la em: fig 1 - um retângulo em linha


vermelha (8 cm x 6 cm); fig 2 – um semi-círculo, em linha azul, de
raio=3 cm; fig 3 – um semi-círculo, em linha azul, com raio também
igual a 3 cm como mostrado na figura abaixo:

37
Por análise visual, verificamos que C (x,y), devido a simetria da
figura, coincide com o centróide da figura 1. Portanto x = 4 cm e y =
3 cm

2. Determinação dos momentos de inércia em relação ao par de


eixos x,y.
1º passo – Determinamos os momentos de inércia de cada figura
em relação aos seus próprios eixos centroidais (IxC1, IyC1, IxC2, IyC2,
IxC3, IyC3).
Para figura 1:
IxC1 = bh³/12 = 8 x 6³ / 12 = 144 cm4
IyC1 = hb³/12 = 6 x 8³ /12 = 256 cm4
Para figura 2:
IxC2 = ∏ r4/8 = ∏ x 34 / 8 = 31,8 cm4
IyC2 = ∏ r4/8 = ∏ x 34 / 8 = 31,8 cm4
Para figura 3:
IxC3 = ∏ r4/8 = ∏ x 34 / 8 = 31,8 cm4
IyC3 = ∏ r4/8 = ∏ x 34 / 8 = 31,8 cm4
2º passo – Aplicamos a teoria dos eixos paralelos (Steiner) para
cada figura com o objetivo de conhecermos o valor de cada
parcela com que cada figura contribui.
Para figura 1:
Ix1 = IxC1 + A1 y12 = 144 + (8 x 6) x 3² = 576 cm4
Iy1 = IyC1 + A1 x12 = 256 + 48 x 4² = 1024 cm4
Para figura 2:
Ix2 = IxC2 + A2 y22 = 31,8 + (∏ r²/2) x 3² = 286,3 cm4
Iy2 = IyC2 + A2 x22 = 31,8 + (∏ r²/2) x (4/3 x r/∏)² = 49,8 cm4

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Para figura 3:
Ix3 = IxC3 + A3 y32 = 31,8 + (∏ r²/2) x 3² = 286,3 cm4
Iy3 = IyC3 + A3 x32 = 31,8 + (∏ r²/2) x (8 + 4/3 x r/∏)² = 1247,5
cm4
3º passo – Finalmente somamos as parcelas relativas às figuras
separadamente, 1, 2 e 3, e obtemos os valores de Ix e Iy.
Ix = Ix1 + Ix2 + Ix3 = 576 + 286,3 + 286,3 =>
Ix = 1148,6 cm4 Resposta
Iy = Iy1 + Iy2 + Iy3 = 1024 + 49,8 + 1247,5 =>
Iy = 2321,3 cm4 Resposta

3. Determinação dos momentos de inércia Ix’ e Iy’, em relação ao


par de eixos centroidais da figura toda x’,y’.

1º passo – Como já calculamos os valore dos momentos de


inércia de cada figura em relação ao seu par de eixos centroidais,
agora é só aplicar o teorema dos eixos paralelos em relação aos
eixos x’ e y’ para cada figura e depois somar as contribuições de
cada uma delas.
Para figura 1:
Ix’1 = IxC1 + A1 y12 = 144 + (8 x 6) x 0² = 144 cm4
Iy’1 = IyC1 + A1 x12 = 256 + 48 x 0² = 256 cm4
Para figura 2:
Ix’2 = IxC2 + A2 y22 = 31,8 + (∏ r²/2) x 0² = 31,8 cm4

39
Iy’2 = IyC2 + A2 x22 = 31,8 + (∏ r²/2) x (4 + 4/3 x r/∏)² = 425
cm4
Para figura 3:
Ix’3 = IxC3 + A3 y32 = 31,8 + (∏ r²/2) x 0² = 31,8 cm4
Iy’3 = IyC3 + A3 x32 = 31,8 + (∏ r²/2) x (4 + 4/3 x r/∏)² = 425
cm4
1º passo – Somamos as parcelas de contribuição de cada figura
e teremos os valores dos momentos de inércia Ix’ e Iy’, em relação
ao par de eixos centroidais x’,y’.
Ix’ = Ix’1 + Ix’2 + Ix’3 = 144 + 31,8 + 31,8 =>
Ix’ = 207,6 cm4 Resposta
Iy’ = Iy’1 + Iy’2 + Iy’3 = 256 + 425 + 425 =>
Iy’ = 1106 cm4 Resposta

4. Determinação do momento polar de inércia em relação ao


ponto O.
JO = Ix + Iy = 1148,6 + 2321,3 =>
JO = 3470 cm4 Resposta

5. Determinação do momento polar de inércia em relação ao


ponto C.
JC = Ix’ + Iy’ = 207,6 + 1106 =>
JC = 1313,6 cm4 Resposta

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