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Henrique
Unidade Curricular: Álgebra Linear
Nuno Costa Dias
a) (1, -2 ) + ( 3, 6 )
Resolução:
(1, -2 ) + ( 3, 6 ) = (1 + 3, -2 + 6 ) = ( 4, 4 )
b) 3 ( 4,1)
Resolução:
3 ( 4,1) = (12,3)
c) 2 ( 2, -2 ) + 4 ( 3,1)
Resolução:
2 ( 2, -2 ) + 4 ( 3,1) = ( 2 ´ 2, 2 ´ ( -2 ) ) + ( 4 ´ 3, 4 ´ 1) = ( 4, -4 ) + (12, 4 ) = ( 4 + 12, -4 + 4 ) = (16, 0 )
2
d) ( -1,3, 0 ) + (1, 0,1)
3
Resolução:
( -1,3, 0 ) + (1, 0,1) = æç ´ ( -1) , ´ 3, ´ 0 ö÷ + (1, 0,1) = æç - , 2, 0 ö÷ + (1, 0,1) = æç - + 1, 2 + 0, 0 + 1 ö÷ = æç , 2,1 ö÷
2 2 2 2 2 2 1
3 è3 3 3 ø è 3 ø è 3 ø è3 ø
æ1 ö
e) ç , 4,1÷ + 3 ( 2, 0, -3) + ( 0,1, 0 )
è 2 ø
Resolução:
æ1 ö æ1 ö æ1 ö
ç , 4,1÷ + 3 ( 2, 0, -3) + ( 0,1, 0 ) = ç , 4,1 ÷ + ( 3 ´ 2,3 ´ 0,3 ´ ( -3 ) ) + ( 0,1, 0 ) = ç , 4,1 ÷ + ( 6, 0, -9 ) + ( 0,1, 0 )
è2 ø è2 ø è2 ø
æ1 ö æ 13 ö
= ç + 6 + 0, 4 + 0 + 1,1 + ( -9 ) + 0 ÷ = ç ,5, -8 ÷
è 2 ø è 2 ø
f) ( x,3y, 2z ) + ( -1)( 5x, y, -3z )
Resolução:
( x,3y, 2z ) + ( -1)( 5x, y, -3z ) = ( x,3y, 2z ) + ( -5x, - y,3z ) = ( x - 5x,3y - y, 2z + 3z ) = ( -4x, 2y,5z )
1
Ex 2. Considere os espaços vectoriais IR 2 e IR 3 com as operações usuais.
Diga se, usando as referidas operações, é possível:
a) obter o vector ( 2, 4 ) à custa do vector (1, 2 )
Resolução:
Sim é possível obter o vector ( 2, 4 ) à custa do vector (1, 2 ) .
Fazendo:
2 (1, 2 ) = ( 2 ´ 1, 2 ´ 2 ) = ( 2, 4 ) ou (1, 2 ) + (1, 2 ) = (1 + 1, 2 + 2 ) = ( 2, 4 ) .
Resolução:
Não é possível obter o vector (1, 0 ) à custa do vector (1,1) , pois a 2ª componente do vector (1, 0 ) é nula, e
portanto qualquer múltiplo de (1, 0 ) tem sempre 2ª componente nula, já que a (1, 0 ) = ( a, 0 ) , com a Î IR.
Resolução:
Sim é possível obter o vector ( 0, 0, 0 ) à custa do vector ( 3,3, 0 ) e (1, 2, 0 ) .
Fazendo:
( 0, 0, 0 ) = 0 ( 3,3, 0 ) + 0 (1, 2, 0 )
d) obter o vector (10, 6, 4 ) à custa dos vectores ( 8, 4,1) e ( 2, 2,1) e ( 0, 0,1)
Resolução:
Sim é possível obter o vector (10, 6, 4 ) à custa do vector ( 8, 4,1) e ( 2, 2,1) e ( 0, 0,1) .
Fazendo:
(10, 6, 4 ) = (8, 4,1) + ( 2, 2,1) + 2 ( 0, 0,1)
e) obter o vector ( 3, 4 ) à custa dos vectores (1,1) e (1, -1)
Resolução:
Caso não consigamos encontrar os escalares a1 e a 2 , podemos resolver um sistema de equações.
Assim,
( 3, 4 ) = a1 (1,1) + a 2 (1, -1) Û ( 3, 4 ) = ( a1 , a1 ) + ( a 2 , -a 2 ) Û ( 3, 4 ) = ( a1 + a 2 , a1 - a 2 )
ì3 = a1 + a 2 ì3 - a 2 = a1 ìa1 = 3 - a 2 ì _______ ì _______ ì _______
Ûí Ûí Ûí Ûí Ûí Ûí
î 4 = a1 - a 2 î 4 = a 1 - a 2 î 4 = 3 - a 2 - a 2 î 4 - 3 = -2a 2 î1 = -2a 2 î-2a 2 = 1
ì æ 1ö 1 7
ïïa1 = 3 - ç - 2 ÷ = 3 + 2 = 2
Ûí è ø
ïa = - 1
ïî 2 2
7 1 æ7ö æ 1ö
Fazendo a1 = e a 2 = - vem que ( 3, 4 ) = ç ÷ (1,1) + ç - ÷ (1, -1) .
2 2 è2ø è 2ø
2
Ex 3. Considere, no espaço vectorial real IR 3 , os vectores u = (1,1, 0 ) e v = ( 0, 0,1) .
Resolução:
O vector ( 2, 2,1) é combinação linear dos vectores u e v, pois ( 2, 2,1) = 2 (1,1, 0 ) + ( 0, 0,1) .
O vector (8,8,1) também é combinação linear dos vectores u e v, pois ( 8,8,1) = 8 (1,1, 0 ) + ( 0, 0,1) .
Resolução:
O vector ( x1 , x1 , x 2 ) é combinação linear dos vectores u e v, pois ( x1 , x1 , x 2 ) = x1 (1,1, 0 ) + x 2 ( 0, 0,1) .
Podemos concluir que qualquer vector de IR 3 com primeira e segunda componentes iguais é combinação linear
dos vectores u e v.
a) Escreva cada um dos vectores apresentados como combinação linear de u, v e w. Existe uma única forma de o
fazer?
Resolução:
Podemos escrever cada um dos vectores apresentados como combinação linear dos outros dois. Vejamos:
Para o vector u:
(1,1,1) = ( -1)( 2, 0,1) + 1( 3,1, 2 ) , isto é, u = (-1) v+1 w;
Para o vector v:
( 2, 0,1) = ( -1)(1,1,1) + 1( 3,1, 2 ) , isto é, v = (-1) u+1 w;
Para o vector w:
( 3,1, 2 ) = 1(1,1,1) + 1( 2, 0,1) , isto é, w =1u+1v.
b) É possível, a partir dos vectores apresentados, obter o vector nulo sem que todos os coeficientes sejam nulos?
Resolução:
Sim, é possível obter o vector nulo sem que todos os coeficientes sejam nulos:
Subespaços vectoriais
3
a) H = {( 0, 0, 7 ) , ( 0,1, 0 ) , ( 0, -1, 0 )}
Resolução:
Consideremos um escalar real e um vector de H, e verifiquemos que H não é fechado para a multiplicação.
Sejam a = 2 Î IR e ( 0,1, 0 ) Î H.
Temos,
a ( 0,1, 0 ) = 2 ( 0,1, 0 ) = ( 0, 2, 0 ) Ï H.
Como o vector nulo não é elemento de H, isto é, ( 0,0,0 ) Ï H então, pela observação, H não é um subespaço
vectorial de IR 3 .
b) G = {( x , x , x , x
1 2 3 4 ) Î IR 4 : x 2 = x 3 + 2 }
e x1 - x 4 = 0 .
Resolução:
Os vectores (1, 4, 2,1) e ( 2,3,1, 2 ) são elementos de G, e no entanto (1, 4, 2,1) + ( 2,3,1, 2 ) = ( 3, 7,3,3 ) já não é
Ex 6. Considere os espaços vectoriais reais IR 2 e IR 3 . Mostre que os seguintes conjuntos são subespaços
vectoriais dos espaços vectoriais onde estão definidos:
a) F = {( x, y ) Î IR 2 : x = y}
Resolução:
O conjunto F pode representar-se da seguinte forma:
F = {( x, y ) Î IR 2 : x = y} = {( x, x ) : x Î IR }.
Os vectores de F são vectores da forma ( x, x ) , com x Î IR .
Assim, (1,1) Î F, o que mostra que F ¹ Æ.
4
Então
a ( x, x ) = ( ax, ax ) Î F,
c) J = {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : x1 - x 2 = 0}
Resolução:
O conjunto J pode representar-se da seguinte forma:
J = {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : x1 - x 2 = 0} = {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : x1 = x 2 } = {( x1 , x1 , x 3 ) : x1 , x 3 Î IR }
Os vectores de J são vectores da forma ( x1 , x1 , x 3 ) , com x1 , x 3 Î IR .
5
d) N = {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : x1 + x 2 = 0 = x 2 }
Resolução:
O conjunto N pode representar-se da seguinte forma:
N = {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : x1 + x 2 = 0 = x 2 } = {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : x1 + x 2 = 0 e x 2 = 0}
= {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : x1 = 0 e x 2 = 0} = {( 0, 0, x 3 ) : x 3 Î IR }
Os vectores de N são vectores da forma ( 0, 0, x 3 ) , com x 3 Î IR .
e) L = {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : x 2 = 0 = x1 - x 3 }
Resolução:
O conjunto L pode representar-se da seguinte forma:
L = {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : x 2 = 0 = x1 - x 3 } = {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : x 2 = 0 e x1 - x 3 = 0}
= {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : x 2 = 0 e x1 = x 3 } = {( x1 , 0, x1 ) : x1 Î IR }
6
Assim, L £ IR 3 .
Resolução:
Os vectores de F são da forma ( a, 0 ) , com a Î ! e os de H têm a forma ( b, b ) , com b Î IR .
Assim, os vectores de F + G são da forma ( a, 0 ) + ( b, b ) = ( a + b, b ) , com a, b Î IR .
Deste modo, se ( x1 , x 2 ) Î IR 2 , podemos escrever ( x1 , x 2 ) = ( ( x1 - x 2 ) + x 2 , x 2 ) , e portanto F + H = IR 2 .
Se ( x1 , x 2 ) Î F Ç H, então ( x1 , x 2 ) Î F e ( x1 , x 2 ) Î H.
Mas se ( x1 , x 2 ) Î F , então x 2 = 0.
Por outro lado ( x1 , x 2 ) Î H, e portanto x1 = x 2 .
Como x 2 = 0, então x1 = 0 .
Logo, ( x1 , x 2 ) = ( 0, 0 ) , e portanto F Ç H = {( 0, 0 )}.
Resolução:
Sabemos que um vector pertence ao subespaço gerado por G, se tiver primeira componente nula e segunda e
terceira componentes iguais (visto na alínea a)).
Assim, por exemplo, u = ( 0, 4, 4 ) .
7
O subespaço vectorial gerado pelos vectores u e v é constituído pelos vectores de IR 3 da forma
a1 ( 3, 2, 0 ) + a 2 (1,1, 0 ) = ( 3a1 + a 2 , 2a1 + a 2 , 0 ) , com a1 , a 2 Î IR,
d) Mostre que ( 2, 2, 0 ) Î u, v
Resolução:
Para mostramos que o vector ( 2, 2, 0 ) é elemento do subespaço gerado pelos vectores u e v temos de provar que
a) Prove que cada vector de J é combinação linear dos vectores (1, 0, 0 ) , ( 0,1, 0 ) e ( 0, 0,1) , e que, no entanto, estes
Já vimos que qualquer vector de J é combinação linear dos vectores (1, 0, 0 ) , ( 0,1, 0 ) e ( 0, 0,1) , e portanto estes
vectores seriam vectores geradores de J se pertencessem a J o que não acontece nem com o vector (1, 0, 0 ) nem
Temos,
( x1 , x1 , x 3 ) = ( x1 , x1 , 0 ) + ( 0, 0, x 3 ) = x1 (1,1, 0 ) + x 3 ( 0, 0,1) .
Assim, o vector ( x1 , x1 , x 3 ) é combinação linear dos vectores (1,1, 0 ) e ( 0, 0,1) , e portanto cada vector de J é
J.
8
a) Mostre que F = (1, 0, 0 ) , ( 0, -1, 0 ) .
Resolução:
O subespaço vectorial F pode representar-se da seguinte forma:
F = {( x1 , x 2 , x 3 ) : x 3 = 0} = {( x1 , x 2 , 0 ) : x 2 , x1 Î IR }.
Temos,
( x1 , x 2 , 0 ) = a1 (1, 0, 0 ) + a 2 ( 0, -1, 0 ) .
Fazendo a1 = x1 e a 2 = - x 2 vem que ( x1 , x 2 , 0 ) = x1 (1, 0, 0 ) + ( - x 2 )( 0, -1, 0 ) .
Assim, o vector ( x1 , x 2 , 0 ) é combinação linear dos vectores (1, 0, 0 ) e ( 0, -1, 0 ) , e portanto cada vector de F é
logo
F = (1, 0, 0 ) , ( 0, -1, 0 ) .
Assim, estes três vectores (1, 0, 0 ) , ( 0, -1, 0 ) e ( 0, 0, 0 ) são geradores de F, e portanto o sistema
a) Dê exemplos de vectores de L.
Resolução:
O subespaço vectorial L pode representar-se da seguinte forma:
L = {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : 2x 2 = 0 = x1 + x 3 } = {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : 2x 2 = 0 e x1 + x 3 = 0}
= {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : x 2 = 0 e x 3 = - x1 } = {( x1 , 0, - x1 ) : x1 Î IR }
Os vectores de L são vectores de IR 3 com terceira componente simétrica da primeira e segunda componente nula.
Assim, exemplos de vectores de L são:
( 0, 0, 0 ) , ( -1, 0,1) e (1, 0, -1) .
9
Vimos na alínea anterior que os vectores de L têm terceira componente simétrica da primeira e segunda
componente nula, e os vectores de I são vectores com terceira componente nula.
Ex 12. Diga, justificando, sem recorrer à resolução de sistemas de equações, qual a natureza dos seguintes
sistemas de vectores:
a) ((1,-1),(0,3))
Resolução:
Averiguemos qual a natureza do sistema de vectores ((1,-1),(0,3)) , isto é, se este sistema de vectores é ou não
linearmente dependente.
Observarmos que nenhum dos vectores (1,-1) e (0,3) é múltiplo do outro, portanto o sistema ((1,-1),(0,3)) é
linearmente independente.
b) ((0,0,1),(0,2,0),(-1,0,0))
Resolução:
Observarmos que nenhum dos vectores (0,0,1) e (0,2,0) é múltiplo do outro, e portanto o sistema
Por outro lado, o vector (-1,0,0) não é combinação linear dos vectores (0,0,1) e (0,2,0), pois não tem primeira
c) ((1,2,0),(0,9,0),(1,1,2))
Resolução:
Observarmos que nenhum dos vectores (1,2,0) e (0,9,0) é múltiplo do outro, e portanto o sistema
Por outro lado, o vector (1,1,2) não é combinação linear dos vectores (1,2,0) e (0,9,0), pois não tem terceira
d) ((1,0),(0,-1),(1,1))
Resolução:
10
Observarmos que o vector (1,1) é combinação linear dos vectores (1,0) e (0,-1) , pois
(1,1) = (1,0)+ ( -1) (0, - 1), e portanto o sistema de vectores ((1,0),(0,-1),(1,1)) é linearmente dependente.
e) ((0,0),(2,5),(8,9))
Resolução:
Como o vector nulo pertence ao sistema, então o sistema de vectores ((0,0),(2,5),(8,9)) é linearmente dependente.
f) ((1,0,0,-1),(2,0,0,-2),(2,3,4,-4))
Resolução:
Observarmos que o vector (2,0,0,-2) é múltiplo do vector (1,0,0,-1) , pois (2,0,0,-2) = 2(1,0,0,-1), e portanto o
Ex 13. Considere, no espaço vectorial real IR 3 , os vectores u=(1,0,1) , v=(0,2,0) , w=(0,0,-1) e z=(3,0,5) .
a) (v,w,z)
Resolução:
Sejam a 1 , a 2 , a 3 Î IR tais que a 1 v + a 2 w+a 3 z = 0.
Temos,
a 1 v + a 2 w+a 3 z = 0 Û a 1 (0,2,0) + a 2 (0,0,-1)+a 3 (3,0,5)= ( 0,0,0 )
Û (0,2a 1 ,0) + (0,0,-a 2 )+(3a 3 ,0,5a 3 )= ( 0,0,0 )
ì3a 3 = 0 ìa 3 = 0 ìa 3 = 0
ïï ïï ïï
Û (3a 3 ,2a 1 ,-a 2 +5a 3 )= ( 0,0,0 ) Û í2a 1 = 0 Û ía 1 = 0 Û ía 1 = 0
ï ï ï
îï-a 2 +5a 3 = 0 îï-a 2 +5 × 0 = 0 îïa 2 = 0
Assim, a única combinação linear nula é a trivial, e portanto o sistema de vectores (v,w,z) é linearmente
independente.
b) (u,v,w,z)
Resolução:
Sejam a 1 , a 2 , a 3 , a 4 Î IR tais que a 1 u + a 2 v + a 3 w+a 4 z = 0.
Temos,
11
a 1 u + a 2 v + a 3 w+a 4 z = 0 Û a 1 (1, 0,1) + a 2 (0,2,0) + a 3 (0,0,-1)+a 4 (3,0,5)= ( 0,0,0 )
( )
Û a 1 , 0, a 1 + (0,2a 2 ,0) + (0,0,-a 3 )+(3a 4 ,0,5a 4 )= ( 0,0,0 )
ìa 1 +3a 4 = 0 ìa 1 = -3a 4
ïï ïï
(
Û a 1 +3a 4 , 2a 2 , a 1 -a 3 + 5a 4 ) = ( 0,0,0 ) Û í2a 2 = 0 Û ía 2 = 0
ï ï
îïa 1 -a 3 + 5a 4 = 0 îï-3a 4 -a 3 + 5a 4 = 0
ìa 1 = -3a 4 ìa 1 = -3a 4
ïï ïï
Û ía 2 = 0 Û ía 2 = 0
ï ï
ïî2a 4 -a 3 = 0 ïîa 3 = 2a 4
O sistema é possível e indeterminado, isto é, o sistema para além de admitir a solução nula
(a 1
= 0, a 2 = 0, a 3 = 0, a 4 = 0 , ) admite também outras soluções. Por exemplo:
a 1 = -3, a 2 = 0, a 3 = 2 e a 4 = 1.
Assim, como é possível obter a combinação nula sem que os escalares a 1 , a 2 , a 3 e a 4 sejam simultaneamente
nulos, podemos concluir que o sistema de vectores (u,v,w,z) é linearmente dependente.
linearmente independente. Prove, recorrendo à resolução de sistemas de equações, que o mesmo acontece com o
sistema ( 2v 2 , v 2 + v3 , v1 ) .
Resolução:
Suponhamos que o sistema ( v1 , v 2 , v3 ) é linearmente independente.
Temos,
( )
a 1 ( 2v 2 ) + a 2 ( v 2 + v3 ) + a 3 v1 = 0 Û a 3 v1 + 2a 1 + a 2 v 2 + a 2 v3 = 0
ìa 3 = 0 ìa 3 = 0
ïï ïï
Û í 2a 1 + a 2 = 0 Û ía 1 = 0
O sistema ( v1 ,v 2 ,v3 )
é linearmente independente ï ï
îïa 2 = 0 îïa 2 = 0
Assim, a única combinação linear nula é a trivial, e portanto o sistema de vectores ( 2v 2 , v 2 + v3 , v1 )
é linearmente independente.
Definição: (Base)
Uma base de um espaço vectorial é um sistema de geradores, desse espaço, que é linearmente independente.
i)
Resolução:
Sabemos que IR 3 = (1, 0, 0 ) , ( 0,1, 0 ) , ( 0, 0,1) .
Por outro lado,
12
( (1, 0, 0 ) , ( 0,1, 0 ) , ( 0, 0,1) ) ! ( (1, 0, 0 ) , ( 0, 2, 0 ) , ( 0, 0,1) ) ! ( ( 0, 0,1) , ( 0, 2, 0 ) , (1, 0, 0 ) ) ! ( ( 0, 0,1) , ( 0, 2, 0 ) , ( -1, 0, 0 ) ) . C
omo sistemas equivalentes geram o mesmo subespaço vectorial, então o sistema ((0,0,1),(0,2,0),(-1,0,0)) é um
sistema de geradores de IR 3 .
Mostremos que este sistema é linearmente independente.
Nenhum dos vectores (0,0,1) e (0,2,0) é múltiplo do outro, e portanto o sistema ((0,0,1),(0,2,0)) é linearmente
independente.
Por outro lado, o vector (-1,0,0) não é combinação linear dos vectores (0,0,1) e (0,2,0), logo o sistema
((0,0,1),(0,2,0),(-1,0,0)) é linearmente independente.
Assim, o sistema ((0,0,1),(0,2,0),(-1,0,0)) é um sistema de geradores linearmente independente de IR 3 , logo
constitui uma sua base para IR 3 .
F = {( x1 , x 2 , x 3 ) Î IR 3 : 2x 2 - x 3 = 0}
Atendendo a que estes vectores são elementos de F, então o sistema ( (1, 0, 0 ) , ( 0,1, 2 ) ) é um sistema de geradores
de F.
Vejamos que este sistema é linearmente independente.
Nenhum dos vectores (1, 0, 0 ) e ( 0,1, 2 ) é múltiplo do outro, e portanto o sistema ( (1, 0, 0 ) , ( 0,1, 2 ) ) é linearmente
independente.
Assim, o sistema ( (1, 0, 0 ) , ( 0,1, 2 ) ) é um sistema de geradores linearmente independente de F, logo constitui
Resolução:
Vimos na alínea a) que dimF=2.
13
Assim, qualquer sistema constituído por vectores de F que seja linearmente independente tem no máximo dois
vectores.
O sistema ( u, v, w ) tem três vectores, logo o sistema é linearmente dependente.
F = {( x1 , x 2 , x 3 , x 4 ) Î IR 4 : x1 + x 3 = 0 = x 2 - x 4 } = {( x1 , x 2 , x 3 , x 4 ) Î IR 4 : x1 + x 3 = 0 e x 2 - x 4 = 0}
= {( x1 , x 2 , x 3 , x 4 ) Î IR 4 : x1 = - x 3 e x 2 = x 4 } = {( - x 3 , x 4 , x 3 , x 4 ) : x 3 , x 4 Î IR }
Além disso, estes vectores são vectores de F, e portanto constituem um sistema de geradores.
Como nenhum dos vectores é múltiplo do outro, então o sistema ( ( -1, 0,1, 0 ) , ( 0,1, 0,1) ) é linearmente
a) Mostre que F é um subespaço vectorial de IR4 e que ( v1 = ( -2, 0, 2, 0 ) , v 2 = ( 0,3, 0,1) ) é uma base de F.
Resolução:
O conjunto F pode representar-se da seguinte forma:
F = {( x1 , x 2 , x 3 , x 4 ) Î IR 4 : x1 + x 3 = 0 = x 2 - 3x 4 } = {( x1 , x 2 , x 3 , x 4 ) Î IR 3 : x1 + x 3 = 0 e x 2 - 3x 4 = 0}
= {( x1 , x 2 , x 3 , x 4 ) Î IR 3 : x1 = - x 3 e x 2 = 3x 4 } = {( - x 3 ,3x 4 , x 3 , x 4 ) : x 3 , x 4 Î IR }
14
e portanto F é fechado para a adição.
Seja a Î IR.
Então
a ( - x 3 ,3x 4 , x 3 , x 4 ) = ( a ( - x 3 ) , a ( 3x 4 ) , ax 3 , ax 4 ) = ( - ( ax 3 ) ,3 ( ax 4 ) , ax 3 , ax 4 ) Î F,
Ora,
( - x 3 ,3x 4 , x 3 , x 4 ) = x 3 ( -1, 0,1, 0 ) + x 4 ( 0,3, 0,1)
x3
= ( -2, 0, 2, 0 ) + x 4 ( 0,3, 0,1) .
2
Assim, o vector ( - x 3 ,3x 4 , x 3 , x 4 ) é combinação linear dos vectores ( -2, 0, 2, 0 ) e ( 0,3, 0,1) , e portanto cada
Por outro lado, ( -2, 0, 2, 0 ) Î F e ( 0,3, 0,1) Î F, logo ( ( -2, 0, 2, 0 ) , ( 0,3, 0,1) ) é um sistema de geradores de F.
Como nenhum dos vectores ( -2, 0, 2, 0 ) e ( 0,3, 0,1) , é múltiplo do outro, então o sistema ( ( -2, 0, 2, 0 ) , ( 0,3, 0,1) ) é
linearmente independente, e portanto constitui uma base para F.
Na alínea a) vimos que ( ( -2, 0, 2, 0 ) , ( 0,3, 0,1) ) é um sistema de geradores de F, e no enunciado é dito que
Como o vector ( 2,3, -2,1) é combinação linear dos restantes vectores, isto é,
Como estes geradores são linearmente independentes, pois os dois primeiros são vectores de uma base e o terceiro
vector não é combinação linear desses dois vectores, portanto ( ( -2, 0, 2, 0 ) , ( 0,3, 0,1) , ( 2, 2,1,3) ) é uma base de
F + G.
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Na alínea anterior vimos que o sistema ( ( -2, 0, 2, 0 ) , ( 0,3, 0,1) , ( 2, 2,1,3) ) é uma base de
F + G, logo dim F + G = 3.
Pelo teorema das dimensões, sabemos que
dim F + G = dim F + dim G - dim F Ç G , logo
3 = 2 + 2 - dim F Ç G, ou seja,
dim F Ç G = 1.
Assim, sabemos que o subespaço F Ç G é gerado por um vector não nulo, sendo esse vector comum ambos os
subespaços, logo F Ç G ¹ {0} , e portanto F e G não são complementares.
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