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INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ

WELLINTON DJONES MONTEIRO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO IV

TELÊMACO BORBA
2017
INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ

WELLINTON DJONES MONTEIRO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO IV

Relatório de Estágio IV apresentado ao


Curso de Licenciatura em Física do
Instituto Federal do Paraná – Campus
Telêmaco Borba, como requisito parcial
de avaliação.

Orientador: Prof.° Dr. Ademarde Oliveira


Ferreira

TELÊMACO BORBA
2017
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 5
1.2 A abordagem interdisciplinar em Ivani Fazenda .................................................... 6
2. LOCAL DE APLICAÇÃO ........................................................................................ 9
3.MONITORIAS ........................................................................................................ 11
3.1 1º ANO ................................................................................................................ 11
3.2 2º ANO ................................................................................................................ 12
4. APONTAMENTOS DAS AULAS APLICADAS ..................................................... 14
4.1 PRIMEIRA AULA - ONDULATÓRIA..................................................................... 14
4.2 SEGUNDA AULA - ONDULATÓRIA ................................................................... 15
4.3 TERCEIRA AULA - ACÚSTICA ........................................................................... 15
4.4 QUARTA AULA - ACÚSTICA ............................................................................... 16
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 19
APÊNDICES ............................................................................................................. 20
APÊNDICE 1 – PLANO DE AULA ONDULATÓRIA ................................................. 20
Professor: Wellinton Djones Monteiro .................................................................. 20
Área: Física .............................................................................................................. 20
Nível de Ensino: 2° Ano B – Ensino Médio ........................................................... 20
Componente Curricular: Ondulatória .................................................................... 20
APÊNDICE 2 – PLANO DE AULA ONDULATÓRIA ................................................. 22
Professor: Wellinton Djones Monteiro .................................................................. 22
Área: Física .............................................................................................................. 22
Nível de Ensino: 2° Ano B – Ensino Médio ........................................................... 22
Componente Curricular: Ondulatória .................................................................... 22
APÊNDICE 3 – PLANO DE AULA ACÚSTICA ......................................................... 25
Professor: Wellinton Djones Monteiro .................................................................. 25
Área: Física .............................................................................................................. 25
Nível de Ensino: 2° Ano B – Ensino Médio ........................................................... 25
Componente Curricular: Acústica ......................................................................... 25
APÊNDICE 4 – PLANO DE AULA ACÚSTICA ......................................................... 27
Professor: Wellinton Djones Monteiro .................................................................. 27
Área: Física .............................................................................................................. 27
Nível de Ensino: 2° Ano B – Ensino Médio ........................................................... 27
Componente Curricular: Acústica ......................................................................... 27
APÊNDICE 5 – QUESTIONÁRIO 1........................................................................... 29
APÊNDICE 7 – QUESTIONÁRIO 2........................................................................... 29
1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo descrever as atividades realizadas no


Estágio Supervisionado IV do Curso de Licenciatura em Física do Instituto Federal
do Paraná Câmpus Telêmaco Borba, a fim de cumprir a carga horária de estágio e
conforme exigência prevista na Lei n° 9394/96 das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional.
O início do estágio se deu no dia 01 de setembro de 2017, sendo finalizado
no dia 08 de dezembro de 2017 e realizado no Colégio Estadual Altair Mongruel,
localizado na cidade de Ortigueira – PR. Esta etapa do curso foi de fundamental
importância para a formação como professor, pois nos proporcionou vivenciar a
realidade de uma sala de aula, mostrando as dificuldades enfrentadas pelos
professores para construir o conhecimento.
A primeira parte se deu com leituras de livros e artigos, a fim de dar
sustentação à sequência do estágio. Essas leituras foram fundamentais, pois
possibilitaram construir cada etapa com uma lente científica, quer seja na monitoria
quanto na aplicação das aulas e construção do plano de aula.
Enquanto se desenvolveu a etapa de leituras, foram realizadas em sala de
aula as monitorias, onde procuramos auxiliar e participar da construção do
conhecimento no processo de ensino-aprendizagem. Essas monitorias se deram em
turmas diferentes, porém com um foco maior nas do segundo ano, pois, conforme
planejado com a professora, seria numa dessas turmas que faríamos a regência.
Durante esse processo de apoio em sala de aula nos deparamos com
estudantes que demonstravam muito interesse pelos estudos e com extrema
facilidade no aprendizado, e com outros em situações totalmente diferentes, até
mesmo com dificuldades para ler. Alguns liam vagarosamente e não conseguiam
interpretar o texto, outros não sabiam resolver cálculos básicos de multiplicação, e
isso acabava dificultando muito para o professor e para quem tentava auxiliá-los.
As leituras somadas às colaborações nas monitorias tiveram papel
importante na escolha da abordagem a ser usada nas regências, onde procuramos
focar mais nos conceitos do que em cálculos matemáticos. Optamos por aulas
interdisciplinares, usando a relação da Física com a Música, tendo como objeto
interdisciplinar o violino, além de procurar ao máximo relacionar o fenômeno
estudado com exemplos do cotidiano dos estudantes, e o conteúdo de Ondulatória e
Acústica nos proporcionou isso muito bem.
Por fim, o objetivo deste trabalho é relatar as experiências de um formando
em Licenciatura em Física numa sala de aula, destacando as etapas que constituem
um processo que se mostra muito satisfatório ao final, mas que exige um
planejamento detalhado e árduo para que a construção do saber seja alcançada de
maneira agradável e dinâmica.

1.2 A abordagem interdisciplinar em Ivani Fazenda

Para a aplicação das aulas e após muitas leituras de alguns trabalhos da


autora Ivani Fazenda sobre o tema, optamos pela abordagem interdisciplinar, pois
acreditamos que, com isso, instigamos no estudante certa curiosidade, no nosso
caso, pelo uso do violino como objeto interdisciplinar, tornando o aprendizado mais
dinâmico, onde não há uma separação entre quem ensina e quem aprende, e reforça
a ideia de que não transmitimos o conhecimento, mas, o construímos juntos,
professores e estudantes.
Com isso, também percebemos que essa abordagem faz com que
ultrapassemos as divisas da escola, mostrando que a Física está presente na nossa
vida, que também pode ser interdisciplinar
A Interdisciplinaridade não é algo somente ligado ao ensino, à sala de aula,
mas é algo intrínseco ao nosso viver. Agora, voltando nossa atenção para a vida
escolar, onde vivenciamos e estudamos diversas disciplinas e com diferentes
professores, a interdisciplinaridade se faz presente, por exemplo, nas relações que
alguns tópicos de certas disciplinas fazem com outras áreas do conhecimento.
Segundo Fazenda (1979) a atitude interdisciplinar se faz presente no próprio ato
de viver, e quando temos essa atitude aplicada ao conhecimento, podemos trocar
uma concepção fragmentada para a unitária do ser humano. Com isso, vemos que
não importa a disciplina, todas estão passíveis de integração, de interação com outras
disciplinas, ou seja, deinterdisciplinaridade.
Como relata Ivani Fazenda (1996, p.123):
No projeto interdisciplinar não se ensina nem se aprende: vive-se, exerce-
se. A responsabilidade individual é a marca do projeto interdisciplinar, mas
essa responsabilidade está imbuída no envolvimento – envolvimento esse
que diz respeito ao projeto em si, às pessoas e às instituições.

Com a aquisição do processo interdisciplinar nas escolas, criam-se


expectativas para que se facilite o processo de ensino aprendizagem de todas as
disciplinas do currículo escolar A superação de dificuldades que são vividas no
cotidiano escolar pode ser possível por meio do exercício da interdisciplinaridade,
porque este tem, como uma característica, o rompimento de algumas barreiras entre
as pessoas, e para isso, faz uso do diálogo. Esse diálogo é fundamental pra que
possamos dar voz aos estudantes, não desconsiderando as opiniões do mesmo,
mas fazendo-o sentir-se parte fundamental no processo de ensino.
Fazenda (1994, p. 82) discute essa perspectiva, considerando que

O movimento dialético a que nos referimos, próprio de uma abordagem


interdisciplinar, está no fato de havermos, todo o tempo, realizado o
exercício de dialogar com nossas próprias produções, com o propósito de
extrair deste diálogo novos indicadores, novos pressupostos que nelas
ainda não se haviam dado a revelar.

Vale ressaltar que quando o professor planeja uma aula com essa
abordagem, aumentam as possibilidades de inserir materiais didáticos diferenciados
à aula, no nosso caso, esse material foi o violino, que atuou como objeto
interdisciplinar. Além disso, ao fazer uso dessas estratégias, possibilita-se o
enriquecimento no método de ensino, facilitando a interação dos estudantes com os
conceitos estudados.
Segundo Fazenda (1994), no processo de aprendizagem, o estudante não
constrói sozinho o conhecimento, essa construção é feita continuamente com outros
e na interação com eles. As práticas pedagógicas em sala aula devem superar uma
visão fragmentada e descontextualizada do ensino, tornando as aprendizagens
significativas.
Sendo assim, a interdisciplinaridade nos proporciona enxergar o
conhecimento sendo construído através de lentes diferenciadas, ou seja, não se
limita apenas a incorporar saberes, mas faz com que exista a possibilidade de levar
métodos de determinada disciplina para outra, além de dar a oportunidade aos
professores de compartilharem seus conhecimentos de maneira a romper as
barreiras que fazem o saber ser visto como algo fragmentado.
9

2. LOCAL DE APLICAÇÃO

Para abordar as informações do lócus de aplicação do estágio, fizemos uso


do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, onde é mostrado um histórico do
estabelecimento, no qual são detalhadas as fases e mudanças por onde passou a
instituição desde 1968, quando se iniciaram suas atividades pelo Conselho do
Ministério da Educação e Cultura (CMEC), com a denominação de Ginásio Laurindo
Barboza de Macedo, tendo como primeiro diretor Amaury Pelissari. As primeiras
atividades foram no bloco da Escola Estadual Castro Alves – Ensino do 1° Grau. Em
1970 foi incorporado à Rede Estadual de Ensino denominado Ginásio Estadual de
Ortigueira, tendo na época a professora Benedita de Godoy como diretora. Em
1975, passou a denominar-se Ginásio Estadual Altair Monguel.
Em 1983, passou a funcionar em instalações próprias onde se localiza até
hoje e foi autorizado o curso de 2° grau. Com o passar dos anos muitas mudanças
aconteceram, na direção, nas junções com outras escolas, formando novas turmas
de Magistério e até de Contabilidade. Em 1998 a escola alterou seu nome para
Colégio Estadual Altair Mongruel Ensino Fundamental e Médio. Em 2012 o colégio
passou a ofertar o Ensino Fundamental do 6° ao 9° ano e está localizada no centro
da cidade de Ortigueira - PR, na Avenida Brasil, número 955.
Atualmente o colégio conta com uma equipe administrativa de 10 pessoas,
tendo como diretora a professora Cirlene Aparecida Vargas. O corpo docente conta
com 78 professores, na maioria contratados pelo Processo Seletivo Simplificado
(PSS) e alguns concursados. O colégio ainda possui uma equipe de agentes
educacionais, sendo 15 Agentes Educacionais I e 8 Agentes Educacionais II.
A Formação Continuada dos Profissionais em Educação do Colégio não
abrange apenas o professor, mas também inclui outros profissionais da educação,
como diretores, pedagogos e administradores escolares, tendo como objetivos
propor novas metodologias e colocar os profissionais a par das discussões teóricas
atuais, buscando uma contribuição na melhoria da ação pedagógica na escola e na
educação em geral.
A hora atividade é organizada por áreas, possibilitando o encontro dos
professores e, assim, buscar formas de trabalho que solucionem as dificuldades
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enfrentadas pelos alunos nas diversas disciplinas.


11

3.MONITORIAS

Nesta primeira etapa do estágio foram feitas monitorias em sala de aula,


juntamente com o professor, atuando como colaboradores para auxiliar na resolução
de exercícios, tirando dúvidas e enaltecendo alguns conceitos que os estudantes
têm maior dificuldade.
Foram feitas 10 horas de monitorias, sendo elas no 1° e 2° anos do ensino
médio do Colégio Estadual Altair Mongruel, situado em Ortigueira – PR. Optamos
por deixar as outras 9 horas para datas mais próximas da etapa em que
lecionaremos, para não perdermos a proximidade com as turmas, porém, como a
proposta inicial de 5 horas de regência não pôde ser cumprida devido à professora
liberar somente 4 horas, optamos por fazer 10 horas de monitoria na segunda parte,
totalizando 20 horas. A professora é concursada e possui formação em Matemática,
porém leciona Física há 14 anos, pois possui uma complementação nessa área feita
em 2003.
Assim, concluímos que a etapa de monitoria foi de fundamental importância
para vivenciarmos as dificuldades de uma sala de aula, nos dando uma boa base
para escolhermos o melhor método quando formos lecionar, pois ao auxiliarmos nas
resoluções de exercícios e nas explicações de conceitos, pudemos observar onde
os estudantes têm maior dificuldade no aprendizado. Logo abaixo descrevemos co
mais detalhes como se deram essas monitorias.

3.1 1º ANO

Percebemos uma dificuldade muito grande nas três turmas de primeiros


anos que atuamos. A maioria dos estudantes não compreende os conceitos de
posição, velocidade, aceleração e tampouco conseguem interpretar o que pedem os
exercícios, mesmo com todo esforço da professora. A dificuldade se torna ainda
maior quando o assunto é cálculo. Teve caso de o aluno não ter noção de como se
monta e resolve uma multiplicação. Essa realidade nos deixa preocupados com o
que vamos enfrentar quando professores. O desafio é, sem dúvida, muito grande.
Na segunda parte da monitoria a professora abordou conceitos das Leis de
Newton, seguindo o método expositivo, expondo o conteúdo no quadro e os alunos
12

copiando e depois discutindo os conceitos. Quanto à explanação, a professora


mostrou bom domínio do conteúdo, porém, devido à corrida para cumprir a ementa,
não pôde entrar em detalhes que poderiam ser fundamentais no aprendizado, como
experimentos e ilustrações. Os estudantes tiveram muita dificuldade para
compreender conceitos de inércia, massa e força, isso ficou claro quando os
auxiliamos nas resoluções de alguns exercícios.

3.2 2º ANO

As duas turmas de segundos anos já se mostraram mais focadas, porém,


ainda houve casos de ficarmos estagnados. Um exemplo disso foi encontrar alunos
com tremenda dificuldade para ler e escrever, deixando uma pergunta no ar: “Como
eles chegaram até ali se mal sabem ler?” Essa realidade mostra o quanto o ensino
nas escolas públicas em geral está sucateado, com as salas lotadas de alunos e
pouquíssimos interessados em realmente estudar.
Vale ressaltar que a professora fez um bom trabalho, expondo o conteúdo
com segurança, ainda que um tanto matematizado, porém o interesse dos alunos
era praticamente zero, salvo algumas exceções. Com isso, optamos por fazer a
regência numa dessas turmas, já que não é o primeiro contato deles com a Física.
Na primeira parte da monitoria, que se deu com as 9 primeiras horas, os
estudantes viram conceitos de troca de calor, calor específico e calor latente,
resolvendo exercícios de quantidade de calor. Nessa etapa foi perceptível a
dificuldade em compreender conceitos de perda ou ganho de energia e suas
relações com os sinais positivos e negativos nas equações. Procuramos auxiliá-los,
porém a dificuldade por parte da maioria dos estudantes era tremenda, salvo
algumas exceções, como sempre. Isso fez com que a professora estendesse as
explicações desses conceitos para aulas além do previsto.
Na etapa final da monitoria nos segundos anos, a professora abordou
conceitos da Primeira e Segunda Lei da Termodinâmica. Os estudantes pareceram
mais empolgados em aprender, contudo ainda tiveram diversas dificuldades para
entender e interpretar os conceitos e exercícios. Isso mostrou que a posse um
laboratório ou de experimentos de baixo custo que pudessem ser usados em sala de
aula, poderia facilitar a assimilação do conteúdo, trazendo os estudantes para o
13

fenômeno estudado, fazendo-os participarem do que foi visto na teoria.


As aulas se estenderam com explicações no quadro seguido por resoluções
de exercícios matemáticos e poucos conceituais, e durante as resoluções dos
exercícios, foi possível esclarecer vários conceitos das leis da Termodinâmica, onde
muitos estudantes conseguiram compreender a importância dessa área da Física
nas nossas vidas, já que a Termodinâmica está presente em tudo que nos
deparamos no nosso dia a dia. Com isso, em cada explicação de determinado
exercício, buscamos trazer essas relações para exemplificar o que estava sendo
estudado e obter êxito na resposta final do que foi proposto.
14

4. APONTAMENTOS DAS AULAS APLICADAS

A etapa de regência foi organizada da seguinte forma: Após a escolha do


segundo ano B do Ensino Médio do período matutino como turma para aplicação
das aulas, planejamos juntamente com a professora de Física, que a regência seria
feita em quatro aulas consecutivas, o que ocuparia duas semanas. Sendo assim, foi
necessário que essas aulas acontecessem no final do quarto bimestre, a fim de não
interromper a sequência do conteúdo que a professora já havia iniciado. Portanto,
acertamos que o conteúdo a ser trabalhado seria Ondulatória e Acústica.
Após a regência concluímos que essa etapa foi a parte mais trabalhosa, pois
tivemos que atuar diretamente como professor, e isso exigiu muito do que
aprendemos durante o curso e nas observações e monitorias, porém foi muito
agradável chegar ao fim e ter a satisfação de dever cumprido ao ouvir dos
estudantes que as aulas foram muito interessantes e diferenciadas.

4.1 PRIMEIRA AULA - ONDULATÓRIA

Iniciamos a aula com um diálogo sobre ondas, buscando compreender qual


a concepção dos estudantes quanto a esse conceito, sendo que vários estudantes
citaram as ondas do mar. Assim, começamos definindo o que é onda e mostrando as
duas naturezas existentes, mecânica e eletromagnética. Foram dados exemplos de
cada tipo de onda, o som para exemplificar onda mecânica e a luz para
eletromagnética, destacando a necessidade de um meio de propagação para as
ondas mecânicas e o que faz com que as ondas eletromagnéticas se propaguem na
ausência de um meio material.
Na sequência, quando entramos na parte de diferenciar as formas de onda,
ou seja, onda longitudinal e onda transversal. Para isso fizemos uso de uma corda e
uma mola maluca, ilustrando a questão da direção de propagação em relação à
direção de vibração. Isso foi fundamental para a compreensão dos dois fenômenos
ondulatórios. Nessa etapa da aula houve participação da maioria dos estudantes,
tanto com perguntas e comentários, quanto com a exploração dos objetos
estudados, no caso, a corda e a mola.
15

4.2 SEGUNDA AULA - ONDULATÓRIA

Começamos fazendo uma breve revisão do que foi visto na aula anterior,
para depois darmos sequência no conteúdo. Nessa etapa estudamos os
componentes de onda, ilustrado no quadro negro duas ondas, uma transversal e
uma longitudinal. Assim, exploramos as ilustrações para definir comprimento de
onda, amplitude, vale e crista, além de demonstrar conceitos de frequência, período
e velocidade de uma onda, com suas respectivas equações. Surgiram muitas
dúvidas quando às equações, mostrando a dificuldade dos estudantes com a
matemática. Perguntas sobre proporcionalidade, direta ou indireta, foram
respondidas com certa insegurança, e algumas até de forma errada. Assim,
comentamos e fizemos relações de cada grandeza das equações para melhor
assimilação do conteúdo.
Ao final da aula, passamos um breve questionário com quatro perguntas
conceituais (Apêndice 5 ) sobre a Ondulatória, para que os estudantes levassem
para casa e trouxessem na próxima aula.

4.3 TERCEIRA AULA - ACÚSTICA

Inicialmente, revisamos as questões propostas na aula anterior sobre


Ondulatória, onde a maioria dos estudantes não havia respondido às perguntas.
Assim, comentamos as respostas de maneira breve, para depois entrarmos em um
novo conteúdo, no caso, a Acústica.
Começamos fazendo perguntas sobre quais as concepções dos estudantes
sobre o som. Depois definimos o conceito científico de som, esclarecendo que o
fenômeno se origina de vibrações de meios materiais, e que a onda sonora é de
natureza mecânica e forma longitudinal. Em seguida, tratamos da velocidade do som
e os meios que o mesmo se propaga, explicando que essa velocidade varia de um
meio para outro. Depois falamos de mais duas características físicas do som,
ressonância e batimento, buscando exemplificar esses fenômenos com objetos do
16

cotidiano, dando exemplo de como é possível quebrar uma taça com a voz, fazendo-
a vibrar com a mesma frequência do som emitido pela vibração das cordas vocais e,
por fim, como gerar ondas de batimento em um violino. O instrumento ficou
disponível para os estudantes explorarem e perceberem as ondas de batimento.
Cada um pôde pegar o violino, tanger as cordas com os dedos ou com o arco,
observar a estrutura física, e durante essa etapa foram surgindo perguntas variadas
sobre o instrumento, que foram discutidas com a turma.
Ao final da aula falamos um pouco sobre o que veríamos na próxima aula,
destacando que também teria a Música relacionada com a Física, assim os
estudante ficaram empolgados, mostrando que a abordagem interdisciplinar tem
grande potencial para cativar os estudantes aos estudos da Física.

4.4 QUARTA AULA - ACÚSTICA

Iniciamos a aula relembrando o conteúdo da aula passada e, em seguida,


tocando uma música no violino, a fim de chamar a atenção dos estudantes para a
aula por meio da música.
Na sequência falamos das qualidades fisiológicas do som: altura, intensidade
e timbre, diferenciando cada uma e relacionando com o violino. Quando tratamos de
altura, mostramos uma nota no instrumento, como sendo alta e baixa, elucidando a
questão da relação altura-frequência. Depois mostramos que altura não é volume,
mas que a intensidade que define o volume de um som, mostrando novamente no
violino e comentando a relação intensidade-amplitude. Por fim, tratamos do timbre,
comentando sobre cada instrumento possuir um som com uma “cor” característica e
abordamos o conceito de onda estacionária, que é a onda característica criada na
corda de um instrumento.
Ao final da aula mostramos a equação das cordas vibrantes

1 𝑇
𝑓= √
𝐿 𝜇

Essa etapa foi muito importante, pois pudemos relacionar as grandezas de


uma equação matemática diretamente com uma aplicação prática, assim os
17

estudantes puderam visualizar a importância de cada disciplina na construção do


saber, foi onde tivemos uma relação Física – Música – Matemática.
Por fim, aplicamos o questionário (Apêndice 6), para que pudessem resolver
em suas casas e refletir sobre o que foi visto em sala de aula.
18

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estágio teve um papel fundamental na minha formação como professor,


pois me permitiu compreender um pouco mais a realidade escolar de uma
perspectiva mais real, mostrando na prática o que vi na teoria nos estudos da
faculdade.
As observações e monitorias se mostraram fundamentais para se ter noção
das diferenças entre os estudantes de uma mesma turma e também de uma turma
para outra, enquanto uns têm facilidade em aprender, outros têm extrema
dificuldades, mostrando que o professor precisa saber lidar com tudo isso e procurar
sempre o melhor método ou abordagem para construir o saber. E não somente isso,
mas outros diversos fatores como infraestrutura, falta de interesse pela disciplina e
pouco tempo para cumprir uma longa ementa.
Enfim, agradeço ao Colégio Estadual Altair Mongruel por me receber de
portas abertas, juntamente com os professores e estudantes que fizeram parte
dessa etapa de estágio. Sinto-me preparado para atuar e continuar essa caminhada
em busca de melhorias no nosso ensino.
19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394, 20 de


dezembro de 1996.

DONOSO, J.P.; TANNÚS, A.; GUIMARÃES, F.; FREITAS, T.C. A Física do Violino.
Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 30, n. 2, 2008.

FAZENDA, I. C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro:


efetividade ou ideologia? São Paulo: Loyola, 1979.

. Práticas Interdisciplinares na Escola. São Paulo: Cortez,1996.

. Interdisciplinaridade: História, teoria e pesquisa. Campinas:


Papirus, 1994.

. O Que é interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez,2008.

HEWITT, P. G. Física Conceitual. 11. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.

PPP – Projeto Político-Pedagógico, Colégio Estadual Altair Mongruel, 2012.

SILVA, Claudio Xavier da; BARRETO FILHO, Benigno. Física aula por aula, São
Paulo: FTD, 2013, v.3.
20

APÊNDICES

APÊNDICE 1 – PLANO DE AULA ONDULATÓRIA

Professor: Wellinton Djones Monteiro


Área: Física
Nível de Ensino: 2° Ano B – Ensino Médio
Componente Curricular: Ondulatória

PLANO DE AULA

TEMA
Ondas Mecânicas e Eletromagnéticas

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral:
Compreender o que são ondas e suas naturezas (mecânica e
eletromagnética).

2.2 Objetivos Específicos:


Conceituar ondas mecânicas e ondas eletromagnéticas
Meios de Propagação das ondas
Ondas transversais e ondas longitudinais

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

O que é onda?
Quais os tipos de ondas existentes na natureza.
Diferença entre ondas mecânicas e eletromagnéticas
21

METODOLOGIA DE ENSINO

Pretende-se que a aula seja expositiva dialogada. O conteúdo será


exposto com a participação ativa dos estudantes, considerando os seus
conhecimentos prévios. Sendo o professor o mediador das discussões e
interpretações do que está sendo estudado. O professor deve contextualizar o
tema de forma que haja articulação dos conhecimentos prévios com o que será
apresentado.

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Nessa aula a avaliação será contínua, considerando a participação e o


comportamento dos estudantes.

RECURSOS NECESSÁRIOS

Quadro negro
Giz
Corda
Mola maluca

REFERÊNCIAS

Básica

OLIVEIRA, João Batista Araújo e. Tecnologia Educacional: teorias da


instrução. 4. ed. Petrópolis: Vozes Ltda. 176p
22

HEWITT, P. G. Física Conceitual. 11. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.

APÊNDICE 2 – PLANO DE AULA ONDULATÓRIA

Professor: Wellinton Djones Monteiro


Área: Física
Nível de Ensino: 2° Ano B – Ensino Médio
Componente Curricular: Ondulatória

PLANO DE AULA

TEMA
Características Físicas das Ondas

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral:
Compreender as propriedades Físicas de uma Onda.
23

2.2 Objetivos Específicos:


Conceituar os componentes físicos de uma onda.
Apresentar e discutir as equações dos componentes físicos de uma onda.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Amplitude
Comprimento de Onda
Frequência
Período
Velocidade de Propagação de uma Onda.

METODOLOGIA DE ENSINO

Pretende-se que a aula seja expositiva dialogada. O conteúdo será


exposto com a participação ativa dos estudantes, considerando os seus
conhecimentos prévios. Sendo o professor o mediador das discussões e
interpretações do que está sendo estudado. O professor deve contextualizar o
tema de forma que haja articulação dos conhecimentos prévios com o que será
apresentado.

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Nessa aula a avaliação será por meio de um questionário, que será


apresentado aos alunos no final da aula.

RECURSOS NECESSÁRIOS

Quadro negro
Giz
24

Corda
Mola maluca
25

REFERÊNCIAS

Básica

OLIVEIRA, João Batista Araújo e. TECNOLOGIA EDUCACIONAL:


TEORIAS DA INSTRUÇÃO. 4. ed. Petrópolis: Vozes Ltda. 176p
HEWITT, P. G. Física Conceitual. 11. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.

APÊNDICE 3 – PLANO DE AULA ACÚSTICA

Professor: Wellinton Djones Monteiro


Área: Física
Nível de Ensino: 2° Ano B – Ensino Médio
Componente Curricular: Acústica

PLANO DE AULA

TEMA
Som

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral:
Compreender a origem do som
26

2.2 Objetivos Específicos:


Conceituar as ondas sonoras
Apresentar os meios que transmitem som
Definir algumas propriedades físicas do som

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

A origem do som
Velocidade do som no ar
Ressonância
Batimento

METODOLOGIA DE ENSINO

Pretende-se que a aula seja expositiva dialogada. O conteúdo será


exposto com a participação ativa dos estudantes, considerando os seus
conhecimentos prévios. Sendo o professor o mediador das discussões e
interpretações do que está sendo estudado. O professor deve contextualizar o
tema de forma que haja articulação dos conhecimentos prévios com o que será
apresentado.

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Nessa aula a avaliação será contínua, considerando a participação e o


comportamento dos estudantes.

RECURSOS NECESSÁRIOS

Quadro negro
Giz
Violino
27

REFERÊNCIAS

Básica
FAZENDA, I. C. A. Práticas Interdisciplinares na Escola. São Paulo:
Cortez,1996.
OLIVEIRA, João Batista Araújo e. Tecnologia Educacional: teorias da
instrução. 4. ed. Petrópolis: Vozes Ltda. 176p
HEWITT, P. G. Física Conceitual. 11. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.

APÊNDICE 4 – PLANO DE AULA ACÚSTICA

Professor: Wellinton Djones Monteiro


Área: Física
Nível de Ensino: 2° Ano B – Ensino Médio
Componente Curricular: Acústica

PLANO DE AULA

TEMA
Sons Musicais

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral:
Compreender as Propriedades Fisiológicas do Som
28

2.2 Objetivos Específicos:


Conceituar a equação da frequência das cordas vibrantes, por meio de um
instrumento musical.
Apresentar a relação da Física com a Música
Definir ondas estacionárias

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Altura
Intensidade
Timbre
Equação das cordas vibrantes

METODOLOGIA DE ENSINO

Pretende-se que a aula seja expositiva dialogada. O conteúdo será


exposto com a participação ativa dos estudantes, considerando os seus
conhecimentos prévios. Sendo o professor o mediador das discussões e
interpretações do que está sendo estudado. O professor deve contextualizar o
tema de forma que haja articulação dos conhecimentos prévios com o que será
apresentado. A aula terá caráter interdisciplinar, onde professor e alunos buscarão
enxergar a relação entre a física e a música.

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

A avaliação será por meio de um questionário, apresentado aos alunos no


final da aula.

RECURSOS NECESSÁRIOS
29

Quadro negro
Giz
Instrumento de Corda (Violino)

REFERÊNCIAS

Básica
FAZENDA, I. C. A. Práticas Interdisciplinares na Escola. São Paulo:
Cortez,1996.
OLIVEIRA, João Batista Araújo e. Tecnologia Educacional: teorias da
instrução. 4. ed. Petrópolis: Vozes Ltda. 176p
HEWITT, P. G. Física Conceitual. 11. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.

APÊNDICE 5 – QUESTIONÁRIO 1

1. Descreva fisicamente o que são ondas?


2. Desenhe uma onda longitudinal e uma transversal.
3. Qual a diferença entre onda mecânica e onda eletromagnética? Explique.
4. Reflita e descreva sobre a importância de aprendermos Ondulatória?

APÊNDICE 6 – QUESTIONÁRIO 2

1. Qual são as qualidades fisiológicas do som?


2. Com base na equação das cordas vibrantes, responda: O que acontece
com a frequência de vibração de uma corda se aumentarmos a tensão
sobre ela 9 vezes? E se diminuirmos o comprimento pela metade?
3. O que define o Timbre ou a “cor do som” de um instrumento musical?
4. O som é uma onda mecânica ou eletromagnética? Explique.
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