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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


CURSO DE FISIOTERAPIA

AULA 2
CONTROLE ENCEFÁLICO DO MOVIMENTO

Profª MSc.Lucieny da Silva Pontes


TEORIAS DO CONTROLE MOTOR
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR
•O repertório motor ao nascimento resultado de
uma sequência de processos inicia desde a
fecundação

•Controle motor: mecanismos responsáveis por


produção e controle do movimento humano
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR
Teoria do Reflexo

oSir Charles Sherrington, em 1906,


formou a base experimental dessa
teoria

o Movimento resultado de respostas


reflexas

o Visão de um controle central


(córtex cerebral) e um outro
periférico (medula espinhal
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR
Teoria do Reflexo

oNão explica os movimentos


voluntários ;

o Que ocorrem na ausência de


um estímulo sensorial;

o Os movimentos
demasiadamente rápidos;

o O fato de um único estímulo


resultar em respostas variadas;

o A capacidades de produzir
movimentos novos.
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR
Teoria do Reflexo

oR e t r e i n a m e n t o d o
controle motor para as
capacidades funcionais
com ênfase na redução do
efeito de vários reflexos
durante as tarefas motoras.

o Métodos que reduzem a


espasticidade.
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR

Teoria Hierárquica

o Hughlings Jackson, médico


inglês, baseou-se no princípio
de que o sistema nervoso é
organizado como uma
hierarquia

o Desenvolvimento céfalo-
caudal
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR
Teoria Hierárquica

oImplicações Clínicas
oA dominância do comportamento reflexo em certas situações
nos adultos normais.

oAlguns métodos fisioterapêuticos, como o método Brunston


e o conceito neuroevolutivo Bobath baseiam-se nessa teoria.
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR
Teoria da
Programação Motora

•Teoria de

o Baseada em experimentos científicos

o Postula que os reflexos não orientam a


ação

oProgramas motores mediados pela


medula espinhal

oControle central (nível superior)


TEORIAS DO CONTROLE MOTOR

Teoria Hierárquica

oLimitações
oO programa central não
pode ser considerado a única
determinante da ação, não
levando em consideração as
variáveis músculo-esqueléticas
e ambientais.
oImplicações Clínicas
o Teoria do Re-aprendizado
motor
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR

Teoria dos Sistemas


ou Distributivas
oBernstein, 1930 fundamentou a
teoria dos sistema

oTornou-se pública em 1967

oEntendeu o movimento além de


uma regulação central e periférica

o Resultado da intenção de
diferentes sistemas
(musculoesquelético, sensório-motor,
comparativo, ambiental, de
regulação e comando)
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR
Teoria dos Sistemas
ou Distributivas
oImplicações Clínicas
oFundamentos das estratégias
de equilíbrio que são
dependentes das modificações
ambientais, da velocidade e
amplitude das perturbações

oEvoluiu p/ a teoria orientada


pela tarefa

oBase do conceito PNF


TEORIAS DO CONTROLE MOTOR
Teoria dos Sistemas
ou Distributivas
oLimitações
oNão se concentra na
integração do indivíduo
com o ambiente.

oImplicações Clínicas
oA avaliação e a intervenção
devem ser globalizadas (todos
os sistemas)
TEORIAS DO CONTROLE MOTOR
Teoria dos Sistemas
ou Distributivas
oBaseado na tríade: indivíduo, tarefa e ambiente
o Elimina a noção de comandos oriundos do SNC
para o controle do movimento;
o Orientou os fisioterapeutas para a prática clínica
Os Tractos Espinhais Descendentes
A Hierarquia Nível Alto

do Controle
Motor Áreas de associação do
neocórtex e gânglios da base

Nível Médio

Córtex Motor e Cerebelo

Nível Baixo

Córtex Motor e Cerebelo


VIAS LATERAIS
TRACTO CÓRTICO-ESPINHAL LATERAL

TRACTO RUBRO ESPINHAL


TRACTO CÓRTICO-ESPINHAL LATERAL

ORIGEM:
giro pré-central (área motora –
área de Broadman 4).

C o n s t i t u í d o p el o c ó r t e x
motor primário, área motora
suplementar (área de
Broadman 6), córtex pré-
motor (área de Broadman
8) e córtex de associação
pré-frontal. Fonte:www.sistemanervoso.com
TRACTO CÓRTICO-ESPINHAL LATERAL

Fonte:www.sistemanervoso.com
TRACTO CÓRTICO-ESPINHAL LATERAL

Fonte:www.sistemanervoso.com
TRACTO CÓRTICO-ESPINHAL LATERAL

TRAJETO:
penetram na cápsula interna
indo às pirâmides bulbares onde
decussam formando a via
corticoespinhal lateral descendo
aos interneurônios medulares.

As fibras que não decussam nas


pirâmides bulbares formam a
via corticoespinhal anterior
(possivelmente formada
predominantemente por
neurônios originados na área
motora suplementar).
TRACTO CÓRTICO-ESPINHAL LATERAL

FUNÇÃO:
comandar os movimentos dos
músculos do lado oposto do
corpo.

LESÕES:
incapacidade de realizar
movimentos fracionados dos
braços e mãos, não podem
mover seus ombros, cotovelos,
punhos e dedos
independentemente.
movimentos voluntários mais
lentos e menos acurados
déficit remanescente fraqueza
dos músculos flexores distais
TRACTO CÓRTICO-ESPINHAL LATERAL

Fonte:www.sistemanervoso.com
TRACTO RUBRO ESPINHAL

ORIGEM:
núcleo rubro (mesencéfalo)

TRAJETO:
axônios do núcleo rubro
decussam logo adiante, na
ponte, e agrupam-se com
aqueles do tracto
corticoespinhal na coluna
lateral da medula espinhal.
TRACTO RUBRO ESPINHAL

FUNÇÃO:
comandar os movimentos dos
músculos do lado oposto do
corpo.

LESÃO:
compensa parcialmente a perda
da via córtico-espinhal quando
lesada.
VIAS VENTROMEDIAIS
TRACTO CÓRTICO-ESPINHAL MEDIAL

TRACTO RETÍCULO-ESPINIS PONTINO E BULBAR

TRACTO TECTO ESPINHAL

TRACTO VESTÍBULO-ESPINHAIS
TRACTO CÓRTICO-ESPINHAL MEDIAL

ORIGEM:
principalmente neurônios
originados da área
motora suplementar

TRAJETO:
axônios do núcleo rubro
decussam logo adiante,
na ponte, e agrupam-se
com aqueles do tracto
corticoespinhal na
coluna lateral da medula
espinhal.
TRACTO RETÍCULO-ESPINHAIS PONTINO E
BULBAR
ORIGEM:
for mação reticular no tronco
encefálico, logo abaixo do
aqueduto cerebral e do quarto
ventrículo

TRAJETO VIA PONTINA:


descendente na medula até os
motoneurônios alfa e gama

FUNÇÃO VIA PONTINA:


aumentam os reflexos
antigravitacionais da medula
facilitam os mm. extensores dos MMII
auxilia na manutenção da postura de

TRACTO RETÍCULO ESPINHAL BULBAR

TRAJETO VIA BULBAR:


descende na medula e
termina bilateralmente
em todos os níveis até os
motoneurônios alfa e
gama

FUNÇÃO VIA BULBAR:


libera os musculos
antigravitacionais do
controle reflexo
facilitam os mm. flexores
dos MMII
TRACTO TECTO ESPINHAL
ORIGEM:
colículo superior do
mesencéfalo (recebe
aferências da retina, córtex
visual, somatossensoriais e
auditivas)
TRAJETO VIA PONTINA:
descendente na medula até
os motoneurônios alfa e
gama

FUNÇÃO VIA PONTINA:


realiza orientação visual,
comandando o movimento
da cabeça e os olhos em
direção a um estímulos
TRACTO VESTÍBULO-ESPINHAIS

ORIGEM:
núcleos vestibulares no bulbo
TRAJETO:
projeta-se bilateralmente para a
medula espinhal cervical e
ipsilateralmente até a medula
lombar

FUNÇÃO
ativar os circuitos espinhais
cervicais que controlam os
músculos do pescoço e das
c o s t a s p a ra c o n t r o l a r o
movimento da cabeça
estabilizar a cabeça
manter uma postura ereta e
equilibrada
O CÓRTEX MOTOR
Área Motora (áreas 4 e 6)
Córtex Parietal Posterior (áreas 5 e 7)

Apesar das áreas motoras 4 e 6


serem chamadas de córtex
motor,o controle do movimento
voluntário compromete quase
v
todo o neocórtex

Córtex Pré-Frontal
O CÓRTEX MOTOR
O córtex convencional possui 6 camadas de células enumeradas de I
a VI compostas da seguinte forma:
Fibras IV; Aferentes-penetram no cortex
trazendo informação
Fibras I e II: Associação- com o sistema
reticular http://www.sistemanervoso.com/
n e u r o fi s i o l o g i a / 1 5 _ i m a g e s /
15_clip_image004.jpg
Fibras II e III: Associação-projetam-se
para o cortex contralateral
Fibras V : Eferentes- saem do cótex em
direção ao tronco encefálico, medula e
núcleos da base
Fibras VI: Associação- seguem em
direção ao talamo ( fibras cortico-tálamo-
corticais)
O CÓRTEX MOTOR
As áreas 6 (pré-motora e motora suplementar) parecem desempenhar
funções similares)
Ativam os neurônios antes de serem dos movimentos serem iniciados
(planejamento do movimento

Área 6 Área 4 Córtex parietal


MS P
M M1 S1 posterior
Campo ocular
frontal Área 5 Área 7
(Área 8)

Córtex
prefrontal
S2

© CEM BILHÕES DE NEURÔNIOS by Roberto Lent


O CÓRTEX MOTOR
Área Motora Suplementar:
antecipacção doa movimentos de
uma das mãos (interligadas pelo
corpo caloso). Lesões na AMS
comprometem mov. bimanuais
F i g u r a 1 2 . 1 5 .
Planejamento e comando
motor envolvem áreas
dif ere ntes do córtex
cerebral. A. O movimento
sim p les d e um de d o
provoca a ativação de M1 e
S1 no hemisfério esquerdo.
B. Um movimento
co m p l e xo e n vo l ve n d o
vários dedos em seqüência
provoca a ativação de
várias áreas em ambos os
hemisférios. C. Pensar no
movimento anterior, sem
fazê-lo, ativa apenas a
região de planejamento
motor. Modificado de Roland
O CÓRTEX MOTOR
Área pré-motora:
- Aquisição de
novas informações
Área Motora primária:
responsável pela
execução do
movimentos
CIRCUITOS DE CONTROLE

GÂNGLIOS DA BASE
CIRCUITOS DE CONTROLE

GÂNGLIOS DA BASE
• Função

• Influenciam as áreas
motoras do córtex cerebral
através do tálamo, ajustando
as vias motoras
descendentes (comparação
entre informações
proprioceptivas e os
comandos dos movimentos


CIRCUITOS DE CONTROLE

CEREBELO
ARQUICEREBELO

PALEOCEREBELO

NEOCEREBELO

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