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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA – UNIVERSO

Curso de Graduação em Direito

MARIA RITA DOS SANTOS

MANDADO DE SEGURANÇA NA JUSTIÇA DO TRABALHO

RECIFE
2018
MARIA RITA DOS SANTOS

MANDADO DE SEGURANÇA NA JUSTIÇA DO TRABALHO

Trabalho apresentado na disciplina de


Direito Processual do trabalho no curso
de Bacharel em Direito da Universidade
Salgado de Oliveira.

Professora: Dayse Moraes

RECIFE
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 04

2 DESENVOLVIMENTO...............................................................05.06.07.08.09.10

3 CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 11

4 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..................................................................12
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1 INTRODUÇÃO

Diante do tema exposto faz-se necessário a seguinte problemática “Quais as


peculiaridades do mandado de segurança na Justiça do Trabalho? ”. Em tangente
sobre a problemática têm-se como objetivo geral, verificado a aplicação do mandado
de segurança na defesa do direito líquido e certo no âmbito da Justiça do Trabalho.
Após apreciação do objetivo geral, há os objetivos específicos que foram
compreendidos os aspectos do mandado de segurança; demonstrados as
peculiaridades do mandado de segurança na Justiça do Trabalho e analisados o uso
do mandado de segurança contra o ato de ilegalidade ou abuso de poder na Justiça
do Trabalho.
Como marco teórico da pesquisa tem-se Manoel Antônio Teixeira Filho, que em seu
livro retrata sobre o Mandado de Segurança na Justiça do Trabalho, desenvolvendo
com base em alguns pressupostos, como a petição inicial e a ação do mandado de
segurança. O referido autor também discorre sobre o que é o direito líquido e certo e,
ainda sobre a ilegalidade ou abuso de poder cometido através de um ato de autoridade
pública.
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2 DESENVOLVIMENTO

Para melhor compreensão do que vem a ser mandado de segurança, observamos o


artigo 5º, inciso LXIX da Constituição Federal de 1988 que diz,
Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por ‘habeas-corpus’ ou ‘habeas-data’, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público.
Outro conceito referente ao tema está presente na lei nº. 1.533/51, a qual dispõe
sobre o mandado de segurança, diz que além dos conceitos estabelecidos nas fontes
primárias, lei, o autor Alfredo Buzaid, faz menção à mesma situação de utilização do
mandado de segurança em desfavor de ato de omissão ou mesmo a ilegalidade ou
abuso do poder.

De acordo com o autor Hely Lopes Meirelles,


O mandado de segurança é o meio constitucional posto à disposição de toda pessoa
física ou jurídica, órgão com capacidade processual, ou universalidade reconhecida
por lei para a proteção, de direito individual ou coletivo líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, lesado ou ameaçado de lesão, por ato de
autoridade.
Ante o exposto pelo autor, compreende-se que o mandado de segurança é
constitucional, tanto que a Carta Magna o protege em seu artigo 5º, inciso LXIX. O
mandado de segurança é reconhecido por lei para que haja a proteção de direito
individual ou coletivo, seja ele líquido e certo, acrescenta-se que “não só as pessoas
físicas e jurídicas podem utilizar-se e ser passiveis de mandado de segurança, como
também os órgãos públicos despersonalizados”. Denota-se assim que tanto as
pessoas físicas ou jurídicas quanto os órgãos públicos despersonalizados podem
utilizar-se do mandado de segurança para protegerem seus direitos como também
podem ser sujeitas ao mesmo quando lesarem direito individual ou coletivo líquido e
certo.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso LXIX, o objeto
passível de violação que será protegido pelo mandado de segurança é o direito líquido
e certo, definido como sendo “Direito líquido e certo é o que se apresenta manifesto
na sua existência, delimitado a sua extensão e apto a ser exercido no momento da
impetração. Por outras, o direito invocado, para ser amparável por mandado de
segurança [...]”. Portanto, o mandado de segurança não tem como pressuposto um
título líquido e certo, mas um direito líquido e certo.
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O marco teórico da pesquisa, o ilustre doutrinador Manoel Antônio Teixeira Filho,


discorre sobre o direito líquido e certo, apontando o direito líquido e certo como sendo
um fato claro e evidente, podendo ser comprovado mediante documentos anexados
à petição inicial. Caso necessite de outros meios de prova (testemunhal ou pericial),
o direito subjetivo que vier a ser explorado não estará atribuído de liquidez e certeza,
e, sendo assim, não será introduzida sua tutela pelo mandado de segurança, mas sim
por outra via.
O ilustre autor Carlos Henrique Bezerra Leite dispõe que a Justiça do Trabalho surgiu
da seguinte forma,
Historicamente, a organização da Justiça do Trabalho no Brasil foi inspirada no
sistema dito “paritário” da Itália fascista, que mantinha um ramo especializado do
Judiciário na solução de conflitos trabalhistas, em cuja composição figuravam
representantes do Estado (juízes togados), da classe empresarial e da classe
trabalhadora (juízes classistas).
A primeira noção de Justiça do Trabalho foi introduzida na Constituição de 1934 no
artigo 122, em tal Constituição a Justiça do Trabalho não era autônoma, pois havia
um elo entre ela e o Poder Executivo, e foi nesse momento da história que surgiu a
representação classista, em que as classes trabalhadoras eram representadas pelos
sindicados, confederações e federações dentro da própria Justiça do Trabalho, que
se tornou predominante. Somente com a Constituição de 1946 que a Justiça do
Trabalho passou a ter autonomia, sendo que a mesma se tornou uma das formas de
exercício do Poder Judiciário. A estrutura da Justiça do Trabalho também foi fixada,
em seu primeiro plano, pela referida Constituição em seu artigo 122, que dizia “I –
Tribunal Superior do Trabalho; II – Tribunais Regionais do Trabalho; e III – Juntas ou
Juízes de Conciliação e Julgamento”.
A organização da Justiça do Trabalho vigente na atualidade foi estabelecida com a
Emenda Constitucional nº. 24 de 9/12/1999, que também teve grande relevância pelo
fato de ter cessado com representação classista. A Justiça do Trabalho foi estruturada
da seguinte forma: I – Tribunal Superior do Trabalho; II – Tribunais Regionais do
Trabalho; III – Juízes do Trabalho.
O órgão máximo da Justiça do Trabalho é o Tribunal Superior do Trabalho (TST) que
é composto por 27 ministros, sendo que os requisitos necessários para ocupar tal
cargo são explicitados no artigo 111 da EC nº. 45/2004. Neste âmbito, cabem ao TST
as decisões finais e os julgamentos de recursos, a supremacia desde Tribunal não fez
com que o mesmo fosse imune da aplicação do mandado de segurança, como foi já
foi dito em nosso estudo, até mesmo o TST pode sofrer a utilização do mandado de
segurança.
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O entendimento da competência da Justiça do Trabalho é de grande importância, a


Constituição Federal de 1988 delimitou os casos em que a Justiça do Trabalho terá
competência em razão da matéria e da pessoa para julgar litígios, os mesmos estão
descritos no artigo 114 da CF, modificado pela Emenda Constitucional n. 45/2004. Já
em relação à competência em razão da função o mesmo autor citado anteriormente
esclarece que
Nos termos do art. 93 do CPC, aplicado analogicamente ao processo do trabalho, a
competência funcional dos tribunais é regida pela Constituição, pelas leis processuais
e pelos regimentos internos, enquanto a dos juízes de primeiro grau é disciplinada na
própria legislação processual trabalhista (especialmente, a CLT) e, subsidiariamente,
pelo CPC.
A distinção de competência em razão da função é feita nas Varas do Trabalho, dos
Tribunais Regionais e do Tribunal Superior do Trabalho. A competência funcional
pode ser feita por meio da hierarquia dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho,
cabendo a cada órgão julgar os assuntos relativos ao seu nível de jurisdição. A referida
competência também é fixada dentro dos órgãos que estão no mesmo grau
hierárquico de jurisdição.
O assunto competência da Justiça do Trabalho também esclarece sobre a
competência em razão do lugar, exemplificado que tal competência é relativa a
delimitação do espaço geográfico competente de atuação a cada órgão jurisdicional.
A principal incidência da competência em razão do lugar é nas Varas do Trabalho,
sendo que a mesma será estabelecida por lei federal, no que dizem respeito aos
Tribunais Regionais do Trabalho eles são competentes, em geral, pela região de um
Estado da Federação. A competência para julgar recursos de decisões dos TRTs e
litígios coletivos que os Tribunais Regionais do Trabalho não forem competentes para
julgar por envolverem uma área além do seu território, portanto o TST possui
competência em razão do lugar sobre todo o território brasileiro.
O mandado de segurança pode ser impetrado tanto na Justiça Comum quanto na
Justiça Especial, como a Justiça do Trabalho. O uso do mandado de segurança, no
que tange a Justiça do Trabalho, pode ser analisado no artigo 114, inciso IV da
Constituição Federal de 1988, que diz “os mandados de segurança, habeas corpus e
habeas data, quando o ato questionado envolver matéria à sua jurisdição”, isso
acontece porque o mandado de segurança é um remédio legal que pode ser usado
tanto por meio judiciário quanto por vias judiciais.

Como fundamenta o autor Sergio Pinto Martins,


O mandado de segurança poderá ser impetrado contra o auditor fiscal do trabalho ou
o Delegado Regional do Trabalho em decorrência de aplicação de multas
provenientes da fiscalização das relações de trabalho (artigo 114, inciso VII, da
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Constituição Federal de 1988), na interdição de estabelecimento ou setor, de máquina


ou equipamento, no embargo à obra (artigo 161 da CLT). Será ação proposta perante
a primeira instância e não no TRT.
Analisando o que foi exposto, observa-se que o mandado de segurança impetrado
contra violação de direito líquido e certo, em regra, serão julgados pelo juiz de primeira
instância, até mesmos nos casos de atos contra auditor fiscal de trabalho e Delegado
Regional do Trabalho, o mandado de segurança continuará sendo competência do
Juiz de primeira instância, ou seja, das Varas do Trabalho (artigo 678, inciso I, alínea
b, da CLT).
A respeito do mandado de segurança na Justiça do Trabalho o autor Leone Pereira
dispõe, Antes da emenda constitucional n. º45 de 2004, somente era possível a
impetração de mandado de segurança para questionar a ilegalidade ou o abuso de
poder de atos de autoridade judiciárias trabalhistas (Juízes das Varas do Trabalho,
Desembargadores dos Tribunais Regionais do Trabalho e Ministros do Tribunal
Superior do Trabalho). Por corolário, afirmávamos que o mandado de segurança era
de competência originária dos Tribunais Trabalhistas (TRTs ou TST).
Atualmente, o mandado de segurança pode ser impetrado não somente nos TRTs ou
TST, podendo ser impetrado na Vara do Trabalho, ou seja, Juiz de primeira instância.
Outra mudança de alta relevância é que o mandado de segurança pode ser usado em
desfavor de atos de outras autoridades, além das judiciárias trabalhistas, que eram as
únicas que poderiam ser atingidas com tal ação.
Além do mandado de segurança individual existe também o mandado de segurança
coletivo que tem por finalidade garantir o direito inquestionável de entidades ou
associações legalmente constituídas quando o direito de seus associados ou
membros forem violados. O autor Teixeira Filho preceitua em sua obra que
A Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso LXX, alínea b, concede legitimidade
à organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há no mínimo um ano, para impetrar mandado de segurança coletivo
em defesa dos interesses de seus membros ou associados [...].
A ilegalidade ou abuso do poder são cometidos por autoridade pública, sendo que, o
abuso de poder sempre se caracterizará por ser uma ilegalidade, contudo, haverá
casos de ilegalidade em que não caracterizará abuso de poder. É requisito
indispensável para a ação de mandado de segurança que o ato contestado seja
cometido por autoridade pública, portanto ela deverá ser o polo passivo da relação
jurídica, sendo que a autoridade pública deve ter lesado ou ameaçado lesar direito
líquido e certo, individual ou coletivo, por meio de ação ou omissão. O autor Teixeira
Filho concebe o seguinte conceito de autoridade pública que “é largo, abarcando não
apenas o agente da Administração Direta, como o da Administração indireta, além do
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dirigente de autarquia e de fundação pública”. Sendo assim, quando o ato for praticado
por mais de uma agente configurando assim um ato complexo, todas as autoridades
públicas que participaram da realização do ato serão responsabilizadas, salientando
que será um regime litisconsorcial, não sendo relevante a ocorrência de separação da
competência.
No que tange ao mandado de segurança no âmbito da Justiça do Trabalho, os
doutrinadores Arnoldo Süssekind, Delio Maranhão e Segadas Vianna, destacam que
é pacifico o cabimento do mandado de segurança na Justiça do Trabalho, porém
conceituam,
Há quem sustente, porém, que, quando se trata de ato administrativo, a competência
para julgar o mandado seria da Justiça Federal. A jurisprudência iterativa do Supremo
Tribunal Federal, no entanto, é no sentido, ainda nesse caso da competência da
Justiça do Trabalho (Ac. Pleno, RE 74.957, de 28.11.74, rel. Min. Xavier de
Albuquerque).
Portanto, pode-se analisar que na visão dos doutrinadores a Justiça Federal deve ser
o órgão competente para julgar o mandado de segurança, mesmo sendo ele um ato
administrativo. Não obstante, entende-se após reflexão da citada jurisprudência que
a competência primordial será da Justiça do Trabalho. Como se pode notar há
divergências sobre a competência para julgar o mandado de segurança, pois os
autores possuem entendimento distinto do apresentado na jurisprudência, contudo,
os mesmos afirmam que é competência da Justiça do Trabalho quando o mandado
de segurança for coletivo.
O autor Castro Nunes, faz referência ao mesmo assunto, A Justiça do Trabalho exerce
jurisdição limitada aos dissídios individuais ou coletivos surgidos entre empregados e
empregadores e as controvérsias derivadas das relações de trabalho, controvérsias
que serão aquelas mesmas ou outras acessórias ou decorrentes daqueles litígios, se
quiser atribuir à extensão que acaba de dar entrada na Constituição um sentido
diverso e necessariamente mais compreensivo.
Ao analisar a citação acima feita pelo autor, pode-se ter uma concepção de que a
Justiça do Trabalho é limitada em questões de dissídios individuais e coletivos, sendo
sempre entre empregado e empregador decorrentes de litígios. Ainda para o autor
Castro Nunes, “a competência da justiça do trabalho é competência demarcada por
dois elementos físicos, que são a origem do dissídio ou controvérsia (relação de
trabalho) e a sujeição do caso as normas protetoras do trabalho.”, analisando assim
que a Justiça do Trabalho possui sua competência fundada em dois elementos, sendo
que um é o princípio do conflito discutido e o outro é a subordinação do caso concreto
as normas vigentes do trabalho que protegem o direito contestado.

O autor Sergio Pinto Martins discorre da seguinte forma sobre competência,


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Contra ato de funcionário ou do juiz do trabalho, o mandado de segurança continua a


ser de competência dos Tribunais Regionais (art. 678, I, b, 3, da CLT), por não ter sido
alterada a legislação sobre o tema. No TST, a competência será da Seção de
Dissídios Coletivos (art. 2º, I, d, da Lei n. º7.701-88) ou da Subseção de Dissídios
Individuais 2 (art. 3, I, b, da Lei n. º 7.701-88).
A competência para julgar o mandado de segurança será fixada em observância a
quem realizou o ato de ilegalidade ou abuso de poder, que constitui o objeto do
mandado de segurança. Sendo assim, no caso de ser o mesmo impetrado contra
auditor fiscal do trabalho ou delegado regional do trabalho, a competência será do juiz
de primeira instância; e no caso de ser contra funcionário ou juiz do trabalho, a
competência será dos Tribunais Regionais, também sendo o auferido tribunal
competente nos casos de ato praticado por juiz de direito com jurisdição trabalhista.
Uma das divergências encontradas no decorrer da pesquisa foi a respeito da
competência para julgar o mandado de segurança, por isso analisamos os
entendimentos de diversos autores para chegarmos a uma tese final, o autor Castro
Nunes defende em sua obra que a Justiça do Trabalho possui competência apenas
para questões de dissídios individuas e coletivos; os autores Arnoldo Süssekind, Delio
Maranhão e Segadas Vianna que destacam que o mandado de segurança de ser
julgado pela Justiça Federal; o autor Sergio Pinto Martins dispõe que o mandado de
segurança deve ser julgado pela Justiça do Trabalho, contudo o órgão competente,
Varas do Trabalho-Juiz de Primeira Instância, Tribunais Regionais do Trabalho ou
Tribunal Superior do Trabalho, será fixado de acordo com quem realizou o ato de
ilegalidade ou abuso de poder que originou o mandado de segurança.
Compreendemos que o assunto mandado de segurança na Justiça do Trabalho
passou por diversas mudanças ao longo dos anos, inclusive sobre a competência para
julgá-lo, analisando todos os pontos de vistas entendemos que será a Justiça do
Trabalho competente para julgar a ação do mandado de segurança, observando que
cada ação poderá ser julgada por uma instância distinta conforme quem ocupar o polo
passivo da ação.
Portanto, elencamos que o mandado de segurança será julgado pelas Varas do
Trabalho quando os atos forem cometidos por auditores fiscais, delegados e
procuradores do trabalho, e de oficiais de cartório; o Tribunal Regional do Trabalho
julgará os atos de juiz do trabalho, titular ou substituto, da Vara do Trabalho, de juiz
de direito com jurisdição trabalhista e do próprio Tribunal ou qualquer dos seus órgãos
colegiados ou monocráticos; a competência será do Tribunal Superior do Trabalho
nos casos de atos do Presidente ou de qualquer Ministro do Tribunal. (PEREIRA,
2011, p. 190)
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3 CONCLUSÃO

Em seguimento aos ensinamentos dos doutrinadores usados no presente estudo,


entende-se que o mandado de segurança é a ação impetrada no Poder Judiciário
que tem por finalidade corrigir os danos causados por atos de abuso de poder ou
ilegalidade, que ameaça o direito líquido e certo oprimido, individual ou coletivo; e o
mandado de segurança também se caracteriza por ser a ação, a qual o pedido que a
constitui não foi amparado por habeas corpus ou habeas data.
Na Justiça do Trabalho é clara a possibilidade de aplicação do mandado de
segurança em desfavor de autoridades públicas que cometerem atos de ilegalidade
ou abuso de poder que ocasionem assim a violação de direito líquido e certo,
inclusive o próprio Tribunal Superior do Trabalho pode ser alvo do mandado de
segurança, nos casos de ato administrativo do referido Tribunal.
Compreendemos que é inquestionável a possível de utilização do mandado de
segurança nos casos em que for necessário, pois a Constituição Federal de 1988 e
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) asseguram a qualquer cidadão o exercício
desse direito. Já no que tange a eficácia do mesmo existem algumas dúvidas,
porque não há predominância entre os autores utilizados nessa pesquisa sobre a
eficácia do mandado de segurança na proteção de direito violado, em razão do fato
de que em alguns casos a ação é julgada improcedente.
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4 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALMEILDA, Amador Paes, Curso Prático de Processo do Trabalho, 16. ed. São
Paulo: Saraiva, 2005.
BARBI, Celso Agrícola. Do Mandado de Segurança. 11ºed. Rio de Janeiro:
Forense, 2008.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra, Curso Processual do Trabalho, 10. ed. São
Paulo: LTr, 2012.
MARANHÃO, Délio; SÜSSEKIND, Arnaldo; VIANNA, Segadas. Instituições do
Direito do Trabalho. Vol. II. 20º ed. São Paulo: LTr, 2006.
MARTINS, Sergio Pinto. Direito Processual do Trabalho. 33˚ ed. São Paulo: Atlas,
2012.
MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança. 21º ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2004.
TEIXEIRA FILHO, Manoel Antônio. Mandado de Segurança na Justiça do
Trabalho. 5º ed. São Paulo: LTr, 2001.

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