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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

Avaliação da Aprendizagem em Processo

Avaliação Escrita de Português

6º ano do Ensino Fundamental


PROFESSOR

Língua Portuguesa

São Paulo, 2012


AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE PRODUÇÃO ESCRITA – 6º ANO
ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO

Professor, as sugestões a seguir são para aplicação da reescrita de um conto.


Atenção! É importante garantir as duas etapas do desenvolvimento desta
atividade.
Material necessário

Uso do professor Uso dos alunos


Uma cópia do conto ―Três moços Uma folha de rascunho
malvados‖ Canetas
Uma folha de redação individual

Desenvolvimento

1ª Etapa
Tempo previsto: 1 aula
Ler o texto na íntegra, pelo menos duas vezes, para assegurar que os alunos
se apropriem dos principais acontecimentos do conto, da sequência dos fatos,
da linguagem que se escreve no gênero trabalhado (para essa leitura somente
o professor tem o texto);
Solicitar aos alunos que recontem oralmente a história, prestando atenção se
estão garantido os principais elementos narrados (nesta atividade, o professor
pode intervir sempre que necessário).

2ª Etapa
Tempo previsto: 1 aula
Orientar os alunos para que reescrevam a história individualmente.
Primeiramente em um rascunho e, em seguida, passando a limpo na folha de
redação (as orientações para reescrita estão registradas na própria folha de
redação).
Nesta etapa, não é necessário fazer intervenções, uma vez que o objetivo
principal é observar o que os alunos apreenderam dos acontecimentos
narrativos, o que eles já sabem sobre a estrutura do gênero e também sobre
os elementos discursivos e textuais.

Atenção: Caso não seja possível aplicar as duas etapas no mesmo dia, o
professor pode fazer um breve reconto da história, antes da segunda etapa, como
forma de garantir que a turma recupere elementos importantes da história.

Três moços malvados

Eram três moços malvados. Gostavam de entrar no mato e caçar tudo


quanto é bicho. Levavam espingarda de chumbo grosso, espingarda de cartucho e
até revólver de dois canos. Ficavam o dia inteiro dando tiro. Matavam arara,
papagaio, tucano, bem-te-vi, coruja, pica-pau, pato-do-mato. E também bicho
grande que nem tamanduá, tatu, gambá e bicho preguiça.
Os três bandidos caçavam por caçar. Matavam por divertimento. Gostavam
de ver quem tinha melhor pontaria, quem acertava num tiro só, quem destruía
mais.
Um dia, durante a caçada, escutaram uma voz grossa gritando no fundo do
mato:
— Olha o laço!
Os três estranharam. E a voz grossa:
— Olha o laço!
Os moços acharam graça. Um deles disse:
— Vamos procurar o tal do laço pra gente olhar?
Os outros acharam ótima idéia. E assim os malvados foram se
embrenhando na mata.
Andaram que andaram que andaram cada vez mais fundo, cada vez mais
longe de tudo. A floresta foi ficando escura e cheia de sombras.
Os moços acabaram indo parar numa clareira. Debaixo de um imenso pé
de jatobá encontraram três sacos cheios de dinheiro. Festejaram dando dois tiros
para o alto.
— A gente agora tá podre de rico!
E logo fizeram uma combinação. Enquanto um deles ia até a cidade
comprar vinho para comemorar, os outros dois ficariam na clareira tomando conta
do tesouro.
Um dos que ficaram, olhando aquele dinheirão, começou a fazer contas e
pensou:
— Vou acabar com meu colega. Quando o outro voltar dou cabo dele
também. Assim o dinheiro fica todinho pra mim.

E o malvado não pensou duas vezes. Sacou a arma. Atirou no


companheiro, matou-o e enterrou o corpo ali mesmo. Depois, acendeu um cigarro
e ficou esperando sentado debaixo do jatobá.
Acontece que o moço que foi à cidade comprar vinho teve uma idéia
parecida:
— Levo o vinho cheio de veneno. Assim os dois bebem, morrem e eu fico
com o dinheiro todo.
E fez isso. Comprou um garrafão de vinho tinto, encheu de veneno de rato
e voltou para dentro do mato.
Quando chegou à clareira, levou um tiro e morreu na hora.
O último moço, o bandido que sobrou, sentou numa pedra para descansar.
Olhando os três sacos de dinheiro, esfregou as mãos de felicidade.
— Agora sim! – disse ele. – Fiquei rico. Não vou trabalhar nunca mais. Vou
passar o resto da vida comprando coisas, casa, roupas, carros, jóias, fazendas...
Dizendo isso, arrancou a rolha do garrafão de vinho e bebeu quase tudo de
um gole só.
Foi engolir o vinho e cair no chão.
Assim, o laço do diabo terminou de apertar seu nó.

(Texto adaptado de AZEVEDO, Ricardo. In: Armazém do Folclore. São Paulo: Ática, 2000.).

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