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FEV 1998 NBR 8451


Postes de concreto armado para redes
de distribuição de energia elétrica -
ABNT-Associação
Brasileira de
Especificação
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
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NORMATÉCNICA

Origem: Projeto NBR 8451:1997


CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:513.02 - Comissão de Estudo de Materiais para Redes de Distribuição
Aérea em Concreto (postes, cruzetas e placas)
NBR 8451 - Reinforced concrete pole for electric power distribution lines -
Specification
Descriptor: Concrete pole
Copyright © 1998,
ABNT–Associação Brasileira
Esta Norma substitui a NBR 8451:1985
de Normas Técnicas Válida a partir de 30.03.1998
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Palavra-chave: Poste de concreto 13 páginas

Sumário 1 Objetivo
Prefácio
1 Objetivo 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a fabrica-
2 Referências normativas ção e o recebimento de postes de concreto armado, de
3 Definições seção circular ou duplo T, destinados ao suporte de redes
4 Requisitos gerais aéreas urbanas e rurais de distribuição de energia elé-
5 Requisitos específicos trica.
6 Inspeção
7 Aceitação e rejeição 1.2 As redes aéreas urbanas e rurais de distribuição de
ANEXOS energia elétrica que utilizam os postes de concreto, obje-
A Ensaios de flexão e ruptura to desta Norma, estão padronizadas nas NBR 5433 e
B Figuras NBR 5434, respectivamente.
C Tabelas
2 Referências normativas
Prefácio
As normas relacionadas a seguir contêm disposições
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasi- para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor
leiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês no momento desta publicação. Como toda norma está
Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Se- sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam
torial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo acordos com base nesta que verifiquem a conveniência
(CE), formadas por representantes dos setores de se usarem as edições mais recentes das normas cita-
envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumido- das a seguir. A ABNT possui a informação das normas
res e neutros (universidades, laboratórios e outros). em vigor em um dado momento.
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito
NBR 5426:1985 - Planos de amostragem e procedi-
dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os
mentos na inspeção por atributos - Procedimento
associados da ABNT e demais interessados.

Esta revisão da NBR 8451:1985 incorpora alterações na NBR 5427:1985 - Guia de utilização da Norma
metodologia de alguns ensaios, em função da evolução NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos
da tecnologia de fabricação do poste de concreto. na inspeção por atributos - Procedimento

Nesta Norma são incluídos os anexos A, B e C, os quais NBR 5433:1982 - Redes de distribuição aérea rural
têm caráter normativo. de energia elétrica - Padronização
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2 NBR 8451:1998

NBR 5434:1982 - Redes de distribuição aérea urba- 3.6 comprimento do engastamento (e): Comprimento
na de energia elétrica - Padronização calculado e indicado para realizar o engastamento do
poste ao solo.
NBR 5732:1991 - Cimento Portland comum - Especi-
ficação 3.7 comprimento nominal (L): Distância entre o topo e a
base.
NBR 5733:1991 - Cimento Portland de alta resistên-
cia inicial - Especificação 3.8 direção de maior ou menor resistência: Direção no
plano transversal segundo a qual o poste apresenta maior
NBR 5738:1994 - Moldagem e cura de corpos-de- ou menor resistência.
prova de concreto, cilíndricos ou prismáticos - Método
de ensaio
3.9 flecha: Medida do deslocamento de um ponto, situa-
do no plano de aplicação dos esforços, provocado pela
NBR 5739:1994 - Ensaio de compressão de corpos- ação dos esforços.
de-prova cilíndricos de concreto - Método de ensaio
3.10 flecha residual: Flecha que permanece após a re-
NBR 6118:1980 - Projeto e execução de obras de
moção dos esforços, determinada pelas condições es-
concreto armado - Procedimento
pecificadas.
NBR 6124:1980 - Determinação da elasticidade,
carga de ruptura, absorção de água e da espessura 3.11 limite de carregamento excepcional (1,4 Rn):
do cobrimento em postes e cruzetas de concreto ar- Corresponde a uma sobrecarga de 40% sobre a resistên-
mado - Método de ensaio cia nominal. Nestas condições de carga, o limite elástico
da armadura não deve ser atingido, garantindo-se, após
NBR 7211:1986 - Agregados para concreto - Especi- a retirada do esforço, o fechamento das trincas e a flecha
ficação residual máxima admitida.

NBR 7480:1996 - Barras e fios de aço destinados a 3.12 lote: Conjunto de postes do mesmo tipo, apresentado
armadura de concreto armado - Especificação de uma só vez para o seu recebimento.

NBR 7482:1991 - Fios de aço para concreto proten- 3.13 plano de aplicação dos esforços reais: Plano trans-
dido - Especificação versal situado à distância (d) abaixo do topo.

NBR 7483:1991 - Cordoalhas de aço para concreto 3.14 plano de aplicação dos esforços virtuais: Plano
protendido - Especificação transversal situado à distância (dv) acima do topo.

NBR 12654:1992 - Controle tecnológico de materiais 3.15 plano transversal: Plano normal ao eixo longitudinal
componentes do concreto - Procedimento do poste.

NBR 12655:1996 - Preparo, controle e recebimento 3.16 poste assimétrico: Poste que apresenta, em uma
de concreto - Procedimento mesma seção transversal, momentos resistentes variáveis
com a direção e o sentido considerados.
NBR 8452:1998 - Postes de concreto armado para
redes de distribuição de energia elétrica - Padroni-
3.17 postes do mesmo tipo: Postes que apresentam os
zação
mesmos elementos característicos e as mesmas dimen-
sões dentro das tolerâncias admitidas nesta Norma.
3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes 3.18 poste retilíneo: Poste que apresenta, em qualquer
definições. trecho, um desvio de eixo inferior a 0,5% do comprimento
nominal. Este desvio corresponde à distância máxima
3.1 altura do poste (H = L - e): Comprimento nominal medida entre a face externa do poste e um cordão esten-
menos o comprimento do engastamento. dido da base ao topo, na face considerada.

3.2 altura útil do poste (h = H - d): Altura do poste menos 3.19 poste simétrico: Poste que apresenta, em um mesmo
a distância do topo ao plano de aplicação dos esforços plano transversal, momentos resistentes variáveis ou não
reais. com as direções consideradas, porém iguais para senti-
dos opostos.
3.3 armadura: Conjunto de peças metálicas destinadas
a reforçar o concreto, absorvendo principalmente os esfor- 3.20 resistência nominal (Rn): Valor do esforço, indicado
ços de tração. no padrão e garantido pelo fabricante, que o poste deve
suportar continuamente, na direção e sentido indicados,
3.4 base: Plano transversal extremo da parte inferior do no plano de aplicação e passando pelo eixo do poste, de
poste. grandeza tal que não produza, em nenhum plano trans-
versal, momento fletor que prejudique a qualidade dos
3.5 cobrimento: Espessura da camada de concreto sobre materiais, trinca, exceto as capilares, nem flecha supe-
as barras da armadura. rior à especificada.
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NBR 8451:1998 3

3.21 resistência de ruptura (Rp): Esforço que provoca o 4.3 Acabamento


desagregamento do poste em uma seção transversal,
seja por ter ultrapassado o limite elástico da armadura Os postes devem apresentar superfícies externas sufi-
ou por esmagamento do concreto. A ruptura é definida cientemente lisas, sem fendas ou fraturas (exceto peque-
pela carga máxima indicada no aparelho de medida dos nas trincas capilares, não orientadas segundo o compri-
esforços, carregando-se o poste de modo contínuo e cres- mento do poste, inerentes ao próprio material) e sem ar-
cente. madura aparente, não sendo permitida pintura, exceto
aquelas para identificar a condição de liberação das pe-
3.22 topo: Plano transversal extremo da parte superior ças.
do poste.
4.4 Furos
3.23 trinca: Fissura na superfície do poste, na qual pode-
se distinguir, a olho nu, a separação entre as bordas. Os furos destinados à fixação de equipamentos e passa-
gem de cabos devem ser cilíndricos ou ligeiramente tron-
3.24 trinca capilar: Fissura na superfície do poste, na cocônicos, permitindo-se o arremate na saída dos furos
qual não se podem distinguir as duas bordas a olho nu. para garantir a obtenção de uma superfície tal que não
dificulte a colocação do equipamento ou cabo. Devem
3.25 defeito: Falta de conformidade a qualquer dos requi- atender ainda às seguintes exigências:
sitos especificados.
a) os furos para fixação do equipamento devem ter
3.25.1 defeito tolerável: Defeito que não reduz substan- eixo perpendicular ao eixo do poste;
cialmente a utilidade da unidade de produto para o fim a
que se destina ou não influi substancialmente no uso b) os furos devem ser totalmente desobstruídos e
efetivo ou operação. não devem deixar exposta nenhuma parte da arma-
dura;
3.25.2 defeito grave: Defeito considerado não crítico, que
pode resultar em falha ou reduzir substancialmente a
c) os furos para passagem de cabos devem estar de
utilidade da unidade de produto para o fim a que se des-
acordo com a NBR 8452.
tina.
4.5 Tolerâncias
3.25.3 defeito crítico: Defeito que pode produzir condi-
ções perigosas ou inseguras para quem usa ou mantém
o produto. É também o defeito que pode impedir o funcio- As tolerâncias são as indicadas na NBR 8452 e não são
namento ou o desempenho de uma função importante acumulativas.
de um produto mais completo.
4.6 Comprimento de engastamento
NOTAS
Adota-se o seguinte comprimento de engastamento:
1 Poste bom: poste isento de qualquer defeito.
e = 0,1 L + 0,60
2 Poste defeituoso crítico: poste que contém um ou mais defeitos
críticos, podendo conter defeitos toleráveis e graves. onde:

3 Poste defeituoso grave: poste que contém um ou mais defeitos


e é o comprimento de engastamento, em metros;
graves, podendo conter defeitos toleráveis, mas não críticos.

4 Poste defeituoso tolerável: poste que contém um ou mais de- L é o comprimento do poste, em metros.
feitos toleráveis, não contendo defeitos graves nem críticos.
4.7 Superdimensionamento das seções próximas ao
4 Requisitos gerais topo do poste

4.1 Elementos característicos 4.7.1 O momento fletor nominal que o poste deve resistir
no plano de aplicação dos esforços reais é dado por:
Um poste de concreto é definido pelos seguintes elemen-
tos característicos: WA
M A = 0,9 ME
WB
a) comprimento nominal;

b) formato; onde:

c) resistência nominal. WA é o módulo resistente do poste no plano de apli-


cação dos esforços reais;
4.2 Identificação
WB é o módulo resistente do poste na seção superior
A identificação dos postes deve ser feita conforme indi- do engastamento;
cado em 3.3 da NBR 8452. Caso o poste seja assimétrico,
deve ser gravado um triângulo indelével no concreto, ME é o momento fletor, devido à resistência nominal
abaixo da identificação. (Rn), na seção superior do engastamento.
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4 NBR 8451:1998

4.7.2 Conhecidos MA e a distância dv do plano de aplica- - 3,5% do comprimento nominal para as demais situa-
ção dos esforços virtuais ao topo do poste, dada por: ções.

H M A - d MB 5.2.2 Flecha residual


dV = em que M B = 0,7 M E
MB - M A
A flecha residual, medida depois que se anula a aplicação
obtém-se o esforço virtual (FA) nominal do poste, dado de um esforço correspondente a 140% da resistência
por: nominal no plano de aplicação dos esforços reais, não
deve ser superior a:
MA
FA =
d + dv - 0,5% do comprimento nominal, quando a tração for
aplicada na direção de menor resistência (face A -
4.7.3 Todo poste deve ser dimensionado de modo a aten- cavada) no poste seção duplo T;
der o diagrama de momentos fletores nominais resultante,
em cada direção considerada. Os valores de MA são indi-
- 0,35% do comprimento nominal para as demais si-
cados nas tabelas A.1 e A.2 da NBR 8452 e foram obtidos
tuações.
experimentalmente.

4.8 Vida média 5.2.3 Trincas

Os postes fabricados conforme esta Norma devem ter vi- Todos os postes submetidos a uma tração igual à resis-
da média mínima de 35 anos a partir da data de fabrica- tência nominal não devem apresentar trincas, exceto as
ção, admitindo-se um percentual de falhas de 1% nos capilares. As trincas que aparecem durante a aplicação
primeiros 10 anos e 1% a cada 5 anos subseqüentes, to- dos esforços correspondentes a 140% da resistência no-
talizando 6% no fim do período de 35 anos. minal, após a retirada deste esforço, devem fechar-se ou
NOTA - Entende-se como falha em um poste de concreto o de-
tornar-se capilares.
sagregamento do concreto e/ou a deterioração do aço.
5.3 Resistência à ruptura (Rp)
5 Requisitos específicos
A resistência à ruptura não deve ser inferior a duas vezes
5.1 Fabricação
a resistência nominal. Os postes simétricos, de seção
Na fabricação dos postes, os componentes devem ser duplo T, têm, na direção de menor resistência, uma resis-
verificados segundo as seguintes normas: tência igual a 50% da indicada para a direção de maior
resistência.
a) cimento - conforme prescreve a NBR 5732 ou
NBR 5733; 5.4 Armadura
b) agregado - conforme prescreve a NBR 7211;
5.4.1 Cobrimento
c) água - destinada ao amassamento do concreto e
isenta de teores prejudiciais de substâncias estran- Qualquer parte da armadura longitudinal ou transversal
has, conforme a NBR 6118; deve ter cobrimento de concreto com espessura mínima
de 15 mm, com exceção dos furos, quando deve ser ob-
d) aço - o aço utilizado para a armadura deve obede- servado apenas o estabelecido em 4.4-b), e da armadura
cer à NBR 7480, com exceção da característica de transversal dos postes duplo T, onde admite-se 10 mm
dobramento, que é dispensada para as barras longi- como mínimo.
tudinais. Em comum acordo expresso entre o com-
prador e o fabricante, pode ser utilizado material con-
5.4.2 Afastamento
forme as NBR 7482 e NBR 7483;

e) concreto - para dosagem e controle tecnológico O afastamento entre barras, bem como os transpasses
do concreto, devem ser obedecidas as NBR 12654, nas emendas, podem ter disposição especial, cuja efi-
NBR 12655, NBR 5738 e NBR 5739. A resistência ciência será comprovada pelos ensaios previstos nesta
do concreto à compressão não deve ser menor que Norma. As extremidades da armadura devem estar loca-
25 MPa. lizadas a 20 mm da base e do topo do poste, admitindo-
se uma tolerância de ± 5 mm.
5.2 Elasticidade

5.2.1 Flechas 5.5 Absorção de água

Os postes submetidos a uma tração igual à resistência O teor de absorção de água do concreto do poste não
nominal não devem apresentar flechas, no plano de apli- pode exceder um dos seguintes valores:
cação dos esforços reais, superiores a:

- 5% do comprimento nominal, quando a tração for a) 6,0% para a média das amostras;
aplicada na direção de menor resistência (face A -
cavada) no poste seção duplo T; b) 7,5% para o corpo-de-prova.
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6 Inspeção 2 Quando o poste for assimétrico, ele deve ser ensaiado mecani-
camente apenas na direção e sentido de maior resistência.
6.1 Ensaios de recebimento
6.4.4 Cobrimento e afastamento da armadura
Para o recebimento de um lote de postes, deve-se proce-
der a: O poste deve satisfazer às exigências de cobrimento e
afastamento da armadura previstas em 4.4 e 5.4, quando
a) inspeção geral; ensaiado conforme a NBR 6124.
b) verificação do controle da qualidade;
6.4.5 Absorção de água
c) ensaios.
O poste deve satisfazer às exigências de absorção de
Para postes fabricados com cimento Portland comum, o água previstas em 5.5, quando ensaiado conforme a
prazo entre as datas de fabricação e de recebimento deve NBR 6124.
ser de 28 dias. No caso de utilização comprovada de
concreto de alto desempenho ou processo especial de 6.5 Condições de inspeção
fabricação, esse prazo passa a ser de 15 dias.
6.5.1 O fabricante deve dispor de pessoal e aparelhagem
6.2 Inspeção geral necessários para a realização dos ensaios ou contratar,
às suas expensas, laboratório previamente aceito pelo
Antes de iniciar os ensaios, o inspetor deve fazer uma comprador. A aparelhagem deve estar devidamente cali-
inspeção geral, para comprovar se os postes estão em brada por laboratório idôneo aprovado pelo comprador.
conformidade com os elementos característicos reque-
ridos, verificando: 6.5.2 Os ensaios são realizados às expensas do fabrican-
te. As repetições, quando solicitadas pelo comprador,
a) acabamento; são realizadas às expensas deste, se os postes forem
aprovados. Em caso contrário, os custos dos ensaios
b) dimensões;
são assumidos pelo fabricante.
c) furação (posição, diâmetro e desobstrução) e
6.7 Planos de amostragem para a inspeção geral e
d) identificação. para o ensaio de elasticidade

6.3 Verificação do controle da qualidade 6.7.1 O tamanho da amostra ou séries de tamanho de


amostra, bem como o critério de aceitação do lote, para a
Devem ser apresentados ao inspetor os relatórios dos inspeção geral e para o ensaio de elasticidade, devem
ensaios de controle da qualidade dos materiais, conforme estar de acordo com as tabelas C.1 e C.2 do anexo C.
as normas relacionadas em 5.1. É assegurado ao inspetor
o direito de presenciar a realização dos ensaios de con- Por meio de acordo entre o comprador e o fabricante po-
trole da qualidade e acompanhar todas as fases de fabri- de ser feita mudança do regime de inspeção, adotando-
cação. se o sistema de comutação definido na NBR 5426.

6.4 Ensaios 6.7.2 Para analisar a aceitação ou rejeição de um lote,


devem-se inspecionar os postes segundo as categorias
Os ensaios são destinados à verificação de: de inspeção.
6.4.1 Momento fletor no plano de aplicação dos esforços
6.7.2.1 Detectado um defeito, este deve ter uma graduação
reais (MA)
(crítico, grave ou tolerável). A seguir, o poste é classificado
O poste deve satisfazer às exigências de momento fletor em bom ou defeituoso (crítico, grave ou tolerável).
no plano de aplicação dos esforços reais MA previstas
em 4.7, quando ensaiado com dispositivo apropriado, 6.7.2.2 Consultando-se o critério de aceitação e rejeição
conforme descrito no anexo A. das tabelas C.1 e C.2 do anexo C, o lote deve ser aceito
ou rejeitado.
6.4.2 Elasticidade
6.7.2.3 Exemplo de categorias de inspeção e seu respec-
O poste deve satisfazer às exigências de flechas e trincas tivo grau de defeito:
previstas em 5.2, quando ensaiado conforme o anexo A.
a) inspeção geral (ver 6.2 e tabela C.3 do anexo C);
6.4.3 Resistência à ruptura
b) elasticidade (ver 6.4.2. e tabela C.4 do anexo C).
O poste deve satisfazer às exigências de resistência à
ruptura previstas em 5.3, quando ensaiado conforme o 6.8 Planos de amostragem para os ensaios de
anexo A. resistência à ruptura, cobrimento e afastamento da
armadura, absorção de água e momento fletor (MA)
NOTAS (referentes a 6.4.1, 6.4.2 e 6.4.3)

1 Os postes duplo T simétricos devem ser ensaiados mecani- 6.8.1 O tamanho da amostra para efetuar os ensaios de
camente tanto na direção de maior como na de menor resistência, resistência à ruptura, cobrimento e afastamento da arma-
observando o estabelecido em 5.3. dura, absorção de água e momento fletor (MA) deve ser
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6 NBR 8451:1998

de um poste em cada 200 unidades de um mesmo lote, 6.8.2 Para a verificação do teor médio de absorção de
convenientemente agrupados em sublotes de 200 água, retiram-se quatro corpos-de-prova de cada poste
unidades. Para poste duplo T, a amostra deve ter no mí- que foi submetido ao ensaio de ruptura.
nimo duas peças para verificar a ruptura nas direções de
maior e menor resistência. 6.8.3 A verificação da espessura do cobrimento e do afas-
tamento da armadura deve ser feita em cinco pontos ao
6.8.1.1 No caso de o lote não ser múltiplo exato de 200, longo do comprimento de cada poste submetido ao en-
deve aparecer forçosamente um sublote inferior a 200 saio de ruptura.
unidades. Este sublote, ou qualquer lote inferior a 200
6.9 Inspeção por atributos
unidades pode ser dispensado dos ensaios referidos em
6.8.1, desde que acertado entre o fabricante e o compra-
Para qualquer consideração adicional sobre determina-
dor.
ção de planos de amostragem devem ser consultadas as
NBR 5426 e NBR 5427.
6.8.1.2 Os ensaios são considerados satisfatórios se não
houver nenhuma falha. Caso um dos ensaios realizados 7 Aceitação e rejeição
não seja satisfatório, o fabricante deve repetir este ensaio
em uma amostra equivalente ao dobro da primeira, sem 7.1 Todos os postes rejeitados nos ensaios de recebi-
qualquer ônus para o comprador, e no caso de qualquer mento, integrantes de lotes aceitos, devem ser substituí-
falha ocorrer, todo o lote sob inspeção deve ser rejeitado. dos por unidades novas e perfeitas pelo fabricante, sem
qualquer ônus para o comprador.
6.8.1.3 Quando a verificação do cobrimento e afastamento
da armadura for feita por processo não destrutivo, deve- 7.2 A aceitação de um determinado lote pelo comprador
se adotar o seguinte critério de amostragem: não exime o fabricante da responsabilidade de fornecer
os postes em conformidade com as exigências desta Nor-
ma nem invalida as reclamações que o comprador pos-
- tamanho do lote até 280 peças: o tamanho da amos- sa fazer a respeito da qualidade do material empregado
tra deve ser de um poste. A avaliação dos resultados e/ou fabricação dos postes.
deve ser conforme 6.8.1.2;
7.3 A critério do comprador, o fabricante pode apresentar
- tamanho do lote acima de 280 peças: plano de certificados na execução do controle da qualidade de fa-
amostragem da tabela C.1 do anexo C - NQA 1,5%. bricação.

/ANEXO A
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Anexo A (normativo)
Ensaios de flexão e ruptura

A.1 Objetivo A.4.1.2 Decorridos 5 min ou mais, desde o início da aplica-


ção de F’, o poste não deve apresentar trincas, exceto as
Os ensaios de flexão e ruptura servem para verificação: capilares. A verificação das trincas deve ser feita com F’
aplicado. No ensaio adotar F’ = MA para B’ = 1 m
a) do momento fletor (MA); conforme a figura B.2 do anexo B. Para os postes previstos
na NBR 8452, os MA nominais já calculados podem ser
b) da elasticidade do poste com carga nominal; obtidos diretamente das tabelas A.1 e A.2 da NBR 8452.
Para os postes não previstos na NBR 8452, o MA nominal
c) da elasticidade do poste com 140% da carga no- na direção de menor inércia deve ser no mínimo 0,7 vez
minal; o MA na direção de maior inércia. Para execução cor-
reta do ensaio, deve ser utilizado no topo do poste um
d) da carga real de ruptura do poste, que não deve dispositivo igual ou equivalente ao sugerido na figu-
ser inferior a 200% da carga nominal. ra B.2 do anexo B.

A.2 Seqüência dos ensaios


A.4.1.3 Terminado o ensaio, o poste pode continuar engas-
Sempre que dois ou mais dos ensaios citados em A.1 tado na base, sendo retirado apenas o dispositivo coloca-
forem realizados em um mesmo poste, é necessário obe- do no topo do poste, para possibilitar a execução dos en-
decer a seqüência dada, para evitar que um ensaio afete saios seguintes da série, se for este o caso.
o resultado do outro. No caso dos postes duplo T, os en-
saios de elasticidade previstos deverão ser realizados A.4.2 Ensaio para verificação da elasticidade do poste
somente em uma face de cada amostra escolhida. com carga nominal

A.3 Procedimento geral A.4.2.1 Com o poste engastado conforme A.3, aplicar à
distância d do topo (plano de aplicação dos esforços
A.3.1 Para realização de qualquer um dos ensaios reais) o esforço Rn, correspondente à sua resistência no-
citados em A.1, o poste deve estar rigidamente engastado minal, durante 1 min, no mínimo, para permitir a acomo-
à distância e da base, onde: dação do engastamento.

L A.4.2.2 Com o engastamento já acomodado, aplicar nova-


e = + 0,60 m
10 mente o esforço Rn durante 5 min, no mínimo.

onde:
A.4.2.3 Após 5 min, ou mais, desde o início da aplicação
de Rn, com Rn ainda aplicado:
L é o comprimento nominal do poste, em metros.

A.3.2 Além disto, antes da realização de qualquer ensaio a) o poste não deve apresentar trincas, exceto as ca-
que envolva medição de flecha ou de flecha residual, o pilares, conforme 5.2.3;
engastamento deve ser previamente acomodado e:
b) a flecha lida no plano de aplicação dos esforços
a) a aplicação e a retirada dos esforços devem ser reais não deve ser superior ao estabelecido em 5.2.1.
sempre lentas e gradativas, devendo ser evitadas
variações bruscas do carregamento durante os
A.4.2.4 O esforço Rn deve ser aplicado através de cinta de
ensaios;
aço presa no poste à distância d do topo, conforme A.3.
b) a distância d do plano de aplicação dos esforços
reais ao topo do poste (ver figura B.1 do anexo B), a A.4.2.5 Terminado o ensaio, manter o poste engastado e
ser utilizada nos ensaios, deve ser de 100 mm. a cinta de aço presa, para permitir a execução dos ensaios
seguintes da série, se for o caso.
A.3.3 Para postes com resistência nominal superior a
1 000 daN, é permitido o envolvimento completo da parte A.4.3 Ensaio para verificação de elasticidade do poste
a ser engastada, para realização dos ensaios. Após os com 140% da carga nominal
ensaios, esse envolvimento deve ser removido.

A.4 Procedimentos específicos Mantendo a condição anterior de engastamento, aplicar


um esforço igual a 1,4 Rn, correspondente ao carrega-
A.4.1 Ensaio para verificação do momento fletor (MA) mento máximo excepcional, durante 5 min no mínimo e
10 min no máximo.
A.4.1.1 Com o poste engastado conforme A.3, aplicar F’
equivalente ao esforço virtual nominal FA à distância dv A.4.3.1 Após 5 min desde o início da aplicação de 1,4 Rn,
do topo (plano de aplicação dos esforços virtuais) durante com 1,4 Rn ainda aplicado, o poste pode apresentar trin-
5 min, no mínimo, conforme a figura B.2 do anexo B. cas capilares e não capilares, conforme 5.2.3.
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8 NBR 8451:1998

Retirando o esforço, após 5 min no mínimo e 10 min no A.4.4 Ensaio para verificação da carga real de ruptura
máximo: do poste

Mantendo a condição anterior de engastamento, aplicar


a) o poste deve apresentar apenas trincas capilares
esforços cada vez maiores até atingir a resistência de
conforme 5.2.3;
ruptura do poste (Rp):

b) a flecha residual máxima no plano de aplicação a) o valor máximo lido no dinamômetro é igual à car-
dos esforços reais não deve ser superior ao estabe- ga real de ruptura do poste;
lecido em 5.2.2.
b) este valor deve ser igual ou superior a 200% da
carga nominal, conforme 5.3.

/ANEXO B
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Anexo B (normativo)
Figuras

Figura B.1 -Gráfico de momentos fletores nominais a que os postes de concreto armado devem satisfazer em
qualquer direção e sentido considerados
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NOTAS

1 F' =
b
FA d + dv ge M = F’ . B’ = F (d + d ).
A A v
B'
2 Para B’ = 1 m adotar F’ = MA.

MA → Tabelas A.1 e A.2 da NBR 8452.

3 Braço rígido com B’ = 1 m.

Figura B.2 - Esquema do ensaio para verificação do superdimensionamento das seções próximas ao
topo do poste

/ANEXO C
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Anexo C (normativo)
Tabelas

Tabela C.1 - Critério de aceitação para ensaio de inspeção geral

Inspeção geral
(amostragem dupla normal)

Nível de inspeção I
Tamanho
do NQA 1,5% NQA 4,0% NQA 10%
lote Crítico Grave Tolerável

Amostra Amostra Amostra


Ac Re Ac Re Ac Re
Seqüência Tamanho Seqüência Tamanho Seqüência Tamanho

Até 90 - 8 0 1 - 3 0 1 1ª 3 0 2
2ª 3 1 2

91 a 150 - 8 0 1 1ª 8 0 2 1ª 5 0 3
2ª 8 1 2 2ª 5 3 4

151 a 280 - 8 0 1 1ª 8 0 2 1ª 8 1 4
2ª 8 1 2 2ª 8 4 5

281 a 500 1ª 20 0 2 1ª 13 0 3 1ª 13 2 5
2ª 20 1 2 2ª 13 3 4 2ª 13 6 7

501 a 1 200 1ª 20 0 2 1ª 20 1 4 1ª 20 3 7
2ª 20 1 2 2ª 20 4 5 2ª 20 8 9

1 201 a 3 200 1ª 32 0 3 1ª 32 2 5 1ª 32 5 9
2ª 32 3 4 2ª 32 6 7 2ª 32 12 13

3 201 a 1 000 1ª 50 1 4 1ª 50 3 7 1ª 50 7 11
2ª 50 4 5 2ª 50 8 9 2ª 50 18 19

NOTAS
1 Esta tabela deve ser utilizada conforme 6.7.2.3-a).

2 Ac é o número de peças defeituosas que ainda permite aceitar o lote.


Re é o número de peças defeituosas que implica a rejeição do lote.
3 Para a amostragem dupla, o procedimento deve ser o seguinte:

Ensaiar um número inicial de unidades igual ao da primeira amostra obtida da tabela. Se o número inicial de unidades defeituosas
estiver compreendido entre Ac e Re (excluindo estes valores), deve ser ensaiada a segunda amostra. O total de unidades
defeituosas encontradas após ensaiadas as duas amostras deve ser igual ou inferior ao maior Ac especificado.
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Tabela C.2 - Critério de aceitação para ensaio de elasticidade

Ensaios
(amostragem normal e simples)

Nível de inspeção S3
Tamanho
do NQA 1,5% NQA 4,0%
lote Crítico Grave

Tamanho Tamanho
da Ac Re da Ac Re
amostra amostra

Até 150 8 0 1 3 0 1

151 a 280 8 0 1 13 1 2

281 a 500 8 0 1 13 1 2

501 a 1 200 8 0 1 13 1 2

1 201 a 3 200 8 0 1 13 1 2

3 201 a 10 000 32 1 2 20 2 3

NOTAS
1 Esta tabela deve ser utilizada conforme 6.7.2.3-b).
2 Para tamanho do lote até 150 unidades, podem ser estabelecidos, em comum
acordo entre comprador e fornecedor, os valores do tamanho da amostra, de
Ac e de Re.
3 Ac é o número de peças defeituosas que ainda permite aceitar o lote.

Re é o número de peças defeituosas que implica a rejeição do lote.

Tabela C.3 - Grau de defeito para inspeção geral

Crítico Grave Tolerável

Acabamento Acabamento Acabamento


- presença de trinca não - presença de fratura - rugosidade
capilar
- armadura aparente
Dimensões Dimensões Dimensões
- entre furos, fora do - topo fora do estabelecido na - base fora do estabelecido na
estabelecido na NBR 8452 NBR 8452 NBR 8452
- identificação (posição) fora
do estabelecido na NBR 8452
Furação - comprimento, fora do
estabelecido na NBR 8452
- diâmetro fora do
estabelecido na NBR 8452
- presença de obstrução Identificação
- fora da posição - características gerais fora do
estabelecido na NBR 8452
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Tabela C.4 - Grau de defeito para elasticidade

Crítico Grave

Flecha sob carga nominal


- valor acima do especificado
em 5.2.1
Flecha residual Flecha residual
- presença de trinca não - valor acima do especificado
capilar em 5.2.2

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