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3.

Parafusos e roscas

Prof. Daniel J. Laporte


Baseado em Niemann, Elementos de Máquinas
3.1 Uniões por meio de parafusos

Utilização:
• Fixações em geral
• Tensores
• Transmissão de movimento

Vantagens:
• Montagem e desmontagem simples
• Baixo custo
• Normalização

Desvantagens:
• Alta concentração de tensões nas roscas
• Incerteza quanto ao aperto
• Possibilidade de afrouxamento
• Não garante o posicionamento das peças apertas
• Baixo rendimento na transmissão de movimento (atrito)
• Desgaste nos parafusos em movimento
3.1 Uniões por meio de parafusos

• Parafuso passante com porca

Porca

Arruela

Parafuso sextavado
3.1 Uniões por meio de parafusos

• Parafuso prisioneiro com porca

Porca

Parafuso prisioneiro
3.1 Uniões por meio de parafusos

• Parafuso em furo cego

Parafuso em furo cego

• Nesses três últimos exemplos podemos constatar que parafuso NÃO garante
o posicionamento entre as peças. Muito devido às folgas inerentes ao tipo
de união.
3.2 Meios de impedir o giro

Contra Porca
Arruela de pressão

Porca remanchada Porca castelo e Arame: Muito usado


cupilha em aviação
3.2 Meios de impedir o giro

Porca travante com polímero

Exemplos de parafusos com arame


3.2 parafusos em flanges
3.3 Fabricação e tipos de roscas

Fabricação:
• Por usinagem: Torneamento, macho e cossinete.
• Por conformação, ex. parafusos comerciais (Allen, sextavado, etc...)

Tipos de roscas:
• Segundo o formato:
• Paralela ou cilíndrica
• Cônica para vedação de gás ou líquidos
• BSP: Rosca de gás inglesa, normalmente o macho é cônico e a
fêmea é paralela;
• NPT: Rosca americana, tanto o furo quanto o macho são cônicos
• Rosca cônica soberba: Utilizada em móveis

• Segundo o sentido da hélice: Esquerda ou direita


• Segundo o perfil do filete: Triangular, redonda, trapezoidal, dente de serra,
quadrada, etc...
3.3 Fabricação e tipos de roscas

Filete Triangular

Utilizada em fixações de aperto de modo geral


3.3 Fabricação e tipos de roscas

Filete quadrado

Utilizada em transmissão de movimento:


• Quando as forças de translação são altas e com possíveis choques;
• Usando em morsas e prensas
3.3 Fabricação e tipos de roscas

Filete trapezoidal

Utilizada em transmissão de movimento:


• Transmitem movimentos suaves a contínuos;
• Movimento de translação do carro porta ferramenta de tornos mecânicos;
• Fusos de mesas de máquinas operatrizes, como fresadoras e retificadoras;
• Utilizado quando as forças de translação são altas, em relação a um fuso de
esferas, por exemplo;
• Menor custo em relação a um fuso de esferas
• Desvantagem: Folga axial na reversão de movimento (Backlash)
3.4 Normalização

Fonte: Shigley 7ª ed
3.4 Normalização

𝐷1 = 𝐷 − 1,3𝑝 (rosca métrica)

𝐷1 = 𝐷 − 1,44𝑝 (rosca Whitworth)


𝐷 + 𝐷1
𝐷2 =
2
Fonte: Shigley 7ª ed
3.4 Normalização: Métrico

Dimensões em mm

Fonte: Shigley 7ª ed
3.4 Normalização: Roscas unificadas, ANSI 1.1 1974

Fonte: Shigley 7ª ed
3.5 Forças
3.5 Forças

U: Força Tangencial; P: Força longitudinal (força que o parafuso exerce na chapa)


3.5 Forças

p
Exemplo do triângulo feito com a folha
de papel

p
3.6 Momento de torção

• Momento de torção de atrito na rosca


𝑀 = 𝑈. 𝑟 = 𝑃. 𝑟. 𝑡𝑔(𝛼 ± 𝜌)

• Momento de torção de atrito na cabeça do parafuso com a chapa


𝑀𝐴 = 𝑃. 𝑟𝐴 . 𝜇𝐴
• Momento de torção total
𝑀𝑡 = 𝑀 + 𝑀𝐴 = 𝑃. 𝑟. 𝑡𝑔(𝛼 ± 𝜌) ± 𝑟𝐴 . 𝜇𝐴
3.7 Rendimento

Resumindo: É o quanto se perde por atrito em um movimento de translação, por exemplo


3.8 Forças em parafusos com outro perfil de rosca

Importante: As equações anteriores são válidas, desde que se substitua: 𝝆 por 𝝆′


3.9 Exercício de fixação de conteúdo

Qual a força longitudinal que o parafuso exerce sobre a superfície do motor quando um
torque de 200N.m é aplicado a ele?
Dados: Parafuso M10x1,5 sextavado (Diâmetro da cabeça s=17mm)

Para fins de dimensionamento, qual seria a tensão de escoamento mínima para que o
parafuso resista à tração, considerando somente a tensão normal atuante no núcleo do
parafuso.
3.10.1 Parafuso solicitado por carga longitudinal e não protendido

Tensão normal
no núcleo:

Tabela de limite resistência para classes de parafusos 8-9 e 8-11 do Shigley.


(SLIDES 31 e 32)

(SLIDE 29)
3.10.1 Parafuso solicitado por carga longitudinal e não protendido

• p: Pressão específica atuante


• P: Carga longitudinal
• i: Número de filetes em ação
Pressão
específica sobre i=m/h
os filetes: • m: Altura da porca
• h: passo da rosca
• 𝑆𝑔 : Área de um filete
𝑆𝑔 = 𝜋. 𝑑2 . 𝑡2
• 𝑡2 : Altura do filete
• 𝑑2 : Diâmetro médio da rosca
• 𝑃𝑎𝑑𝑚 : Pressão específica admissível
𝑃𝑎𝑑𝑚 = 0.5 𝑎 2.0 𝑘𝑔𝑓/𝑚𝑚2 (𝑣𝑖𝑑𝑒 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 3 𝑛𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙)
3.10.1 Parafuso solicitado por carga longitudinal e não protendido

Slide 30
3.10.2 Parafuso solicitado por carga longitudinal e torque de aperto

𝑃
𝜎= ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚
𝑆1
𝑃: Carga longitudinal
𝑆1 : Área do núcleo

• Torque para apertar o parafuso:


𝑀𝑡 = 𝑃. 𝑟. 𝑡𝑔 𝛼 + 𝜌
• Torque para soltar o parafuso:
𝑀𝑡 = 𝑃. 𝑟. 𝑡𝑔 𝛼 − 𝜌
• Tensão tangencial no núcleo:

𝑑2
𝜏 = 2. 𝜎. 𝑡𝑔 𝛼 + 𝜌 .
𝑑1
3.10.2 Parafuso solicitado por carga longitudinal e torque de aperto

• Tensão equivalente:

𝜎𝑣 = 𝜎 2 + 𝑎. 𝜏 2 ≤ 𝜎𝑣 𝑎𝑑𝑚
𝜎𝑎𝑑𝑚
• 𝑎= (1/0,7 para o aço)
𝜏𝑎𝑑𝑚

• 𝜎𝑣 𝑎𝑑𝑚 : Tensão equivalente admissível


• 𝜎𝑣 𝑎𝑑𝑚 = 0,6. 𝜎𝑒 : Carga estática
• 𝜎𝑣 𝑎𝑑𝑚 = 1,4. 𝜎𝐴 : Carga pulsante
• 𝜎𝐴 : Tabela 10.11
• 𝜎𝑒 : Tabela de limite resistência para classes de
parafusos 8-9 e 8-11 do Shigley.
3.10 Solicitação e dimensionamento: TABELAS
3.10 Solicitação e dimensionamento: TABELAS
3.10 Solicitação e dimensionamento: TABELAS

Fonte: Shigley 7ª ed
3.10 Solicitação e dimensionamento: TABELAS

Exemplo: 4.6  400 de ruptura e 60% disso é o escoamento.


Fonte: Shigley 7ª ed
3.10.4 Parafuso solicitado por carga transversal

3.10.4
3.10.4 Parafuso solicitado por carga transversal
3.10.4 Parafuso solicitado por carga transversal
3.10.4 Parafuso solicitado por carga transversal
3.10.4 Parafuso solicitado por carga transversal
3.10.4 Parafuso solicitado por carga transversal
3.10.4 Parafuso solicitado por carga transversal
3.10.4 Parafuso solicitado por carga transversal
3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal
3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal
3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal
3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal
3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal

Relação entre a carga diferencial (𝑷𝒅𝒊𝒇 ) e a carga de funcionamento (P)


3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal

Relação entre a carga diferencial (𝑷𝒅𝒊𝒇 ) e a carga de funcionamento (P)


3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal
3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal
3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal

3.10.3.7 : Flexibilidade da montagem


3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal

3.10.3.8 : Flexibilidade do parafuso


3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal

3.10.3.8 : Flexibilidade do parafuso


3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal

3.10.3.9 : Flexibilidade do flange


3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal

3.10.3.9 : Flexibilidade do flange


1.4 Dimensionamento: Carregamento Excêntrico

Exercício 7 da lista 2 a ser


resolvido pelo grupo e
apresentado ao professor.

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