06 Circuitos Aritmeticos PDF

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIA
PEX0240 – CIRCUITOS DIGITAIS
Capítulo 06
Circuitos Aritméticos
Prof.: Pedro Thiago Valério de Souza

UFERSA – Campus Pau dos Ferros
pedro.souza@ufersa.edu.br
UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 1

Sumário
▪ Aritmética Binária;
▪ Representação de Números com Signos;
▪ Circuitos Somadores;
▪ Circuitos Subtradores;
▪ Circuitos Incrementadores;
▪ Circuitos Decrementadores;
▪ Comparadores de Igualdade;
▪ Comparadores de Magnitude;
▪ Deslocadores;
▪ Unidade Lógico-Aritmética;

Aritmética Binária
▪ Grande parte dos sistemas digitais faz alguma operação aritmética
sobre os números binários de entrada;
▪ O objetivo é estudar as quatro operações fundamentais da
aritmética com números binários sem sinal;
▪ Adição;
▪ Subtração;
▪ Multiplicação;
▪ Divisão;

▪ Adição Binária:
▪ A adição binária segue o mesmo principio da adição decimal
(soma da direita para esquerda com transporte para as casas
seguintes;
▪ Regras da adição binária:
▪ 0 + 0 = 0;
▪ 0 + 1 = 1;
▪ 1 + 0 = 1;
▪ 1 + 1 = 0 + vai (transporta) 1;

▪ Adição Binária:
Exemplo No. 1: Realizar as seguintes somas no sistema binário:
▪ 011 + 110
▪ 1001 + 1111

▪ Subtração Binária:
▪ Estudaremos, por hora, o caso de o minuendo é maior do que o
subtraendo (o resultado da operação de subtração é positivo);
▪ Regras da subtração binária:
▪ 0 – 0 = 0;
▪ 0 – 1 = 1 e vem (empresta) 1;
▪ 1 – 0 = 1;
▪ 1 – 1 = 0;

▪ Subtração Binária:
Exemplo No. 2: Realizar as seguintes subtrações no sistema binário:
▪ 1010 - 1000
▪ 10010 - 10001

▪ Multiplicação Binária:
▪ Regras da multiplicação binária:
▪ 0x0 = 0;
▪ 0x1 = 0
▪ 1x0 = 0;
▪ 1x1 = 1;
Exemplo No. 3: Realizar a operação de multiplicação dos números binários

1001x1011

Aritmética BCD
▪ Alguns sistemas utilizam o código BCD para a representação dos
números;
▪ Exemplos: Calculadoras;
▪ Desta forma é importante saber realizar as operações em números
BCD;
▪ As operações de soma e subtração são similares as existentes no
sistema binário;
▪ Como sistema BCD não possui os códigos acima de 1001(9),
faz necessários algumas mudanças no processo de forma a
garantir que o resultado de cada dígito BCD esteja no escopo
deste código;

Aritmética BCD
▪ Adição de Números BCD:
▪ Realiza-se a soma de cada dígito BCD, da direita para
esquerda;
▪ Cada dígito BCD é somado da mesma forma que soma-se
números binários;
▪ Caso a parcela resultante for maior do que 9(1001) ou for
gerado um vai-um deve-se efetuar uma correção do dígito
atual, fazendo a soma do dígito BCD atual com 6(0110);

Aritmética BCD
▪ Adição de Números BCD:
Exemplo No. 4: Realize a soma dos seguintes números BCD:
▪ 0100 0101 (45) + 0011 0011 (33)
▪ 0101 1001 (59) + 0011 1000 (38)

Aritmética BCD
▪ Subtração de Números BCD:
▪ Realiza-se a subtração de cada dígito BCD, da direita para
esquerda. Cada dígito BCD é subtraído da mesma forma que
subtrai-se números binários;
▪ Caso a parcela resultante for maior do que 9(1001) deve-se
efetuar uma correção do dígito atual, fazendo a subtração do
dígito BCD atual com 6(0110);

Aritmética BCD
▪ Subtração de Números BCD:
Exemplo No. 5: Realize a subtração dos seguintes números BCD:
▪ 0011 1000 (38) - 0001 0101 (15)
▪ 0010 0000 0110 (206) - 0001 0100 0111 (147)

Representação de números com signos
▪ Representação de números com sinais em sistemas digitais;
▪ Sinal-Magnitude;
▪ Complemento-Dois.

▪ Representação Sinal-Magnitude:
▪ Adiciona-se um bit, mais a esquerda, para indicar o sinal do
número.
▪ Convenção:
▪ 0 = sinal positivo;
▪ 1 = sinal negativo.
▪ Os outros bits indicam o módulo (ou magnitude) do número.
Sinal Magnitude

Exemplo No. 6: Represente o número +17 e -17 em sinal-magnitude.

▪ Com N bits pode-se escrever números no seguinte intervalo:
-(2N-1 - 1) até (2N-1 - 1)
▪ Existem duas representações possíveis para o zero: +0 e -0;

▪ Vantagens:
▪ Representação simples;
▪ Pode-se inverter um número simplesmente invertendo-se o
bit de sinal;
▪ O hardware para efetuar multiplicações e divisões é simples;

▪ Inconvenientes:
▪ Duas representações possíveis para o número zero;
▪ O hardware para operações de soma e subtração é
complexo;
▪ O somador e subtrator não são compartilhados;

▪ Representação Complemento-2:
▪ Um número negativo pode ser obtido através do seu
equivalente positivo realizando-se o complemento-2:
▪ Inverter todos os bits do número;
▪ Somar +1 ao número;

▪ Propriedades da representação complemento-2:
▪ O sinal pode ser determinado analisando o bit mais
significativo;
▪ Bit 0: número positivo;
▪ Bit 1: número negativo;
▪ Apenas uma representação para o zero;
▪ Não exige um hardware dedicado para fazer a subtração;

▪ Conversão Complemento-2 para decimal:
▪ Bit de sinal=0, a magnitude é obtida diretamente dos outros
bits;
▪ Bit de sinal=1, a magnitude é obtida realizando-se a
operação de Complemento-2 de todos os bits.

▪ Com N bits pode-se escrever números no seguinte intervalo:
-(2N-1) até (2N-1 - 1)
▪ Assimetria devido à única representação para o zero.

▪ Vantagens:
▪ Representação simples;
▪ Representação única para o zero;
▪ Simplifica as operações de soma e subtração (utilizam o
mesmo hardware);

▪ Desvantagens:
▪ Operações de multiplicação e divisão ficam mais complexas
de serem feitas;
▪ Dado que boa parte das operações executadas pelo
computador são operações de soma e subtração,
usualmente utiliza-se notação complemento-2.

Exemplo No.7: Realize a representação em complemento de dois de +45 e -
45.
Exemplo No. 8: O número 01100 está em complemento de dois. Qual

número decimal ele equivale?
Exemplo No. 9: O número 11010 está em complemento de dois. Qual

número decimal ele equivale?

▪ Aritmética Digital com Signos:
▪ Operação de Soma:
▪ Realizada de forma direta, aplicando-se a operação em
todos os bits do número (inclusive nos de sinal);
▪ Em todos os casos, a quantidade de bits das duas parcelas
deve ser igual;

▪ Operação de Subtração:
▪ Fazer a operação de complemento de dois do subtraendo.
▪ Adicione esse número obtido ao minuendo.
▪ Esse procedimento facilita a implementação de circuitos
somadores/subtratores (utilizam um mesmo núcleo).

Exemplo No. 10: Realizar a operação 9 - 4 no sistema de complemento de
dois com cinco bits.

▪ Overflow Aritmético:
▪ Caso em que a magnitude do resultado não pode ser
indicada pela quantidade de bits das parcelas;
▪ Sintomas:
▪ Soma de dois números positivos resultado em um
número menor do que ambas as parcelas;
▪ Operação A-B, com A>B resultar em um número
negativo (com A e B ambos positivos).

▪ Overflow Aritmético:
▪ Neste caso, é de suma importância que o circuito aritmético
informe que o resultado da operação está incorreto;
▪ Formas de realizar a detecção de overflow:
▪ Analise dos bits de sinal das parcelas;
▪ Análise dos bits de transporte.

Somadores
▪ Definição:
▪ Circuitos combinacionais que realizam a soma de dois números
binários de N bits, resultado em um número de N bit e um bit de
transporte.
▪ Somador de N bits:
A B
n n
Somador
n
Co S

Somadores
▪ Projeto de um somador:
▪ Projeto usando tabela da verdade: contém muitas linhas e
portanto é inviável.
▪ Para um somador de 8 bits, teremos:
2(8+8) = 216 = 65.536 linhas
▪ Tabelas verdade grandes resultam em circuitos enormes.

Somadores
▪ Projeto a ser realizado: Processo de soma como faríamos uma
soma com lápis e papel;
▪ Projetar um componente para cada coluna;
▪ O componente deve somar os bits daquela coluna e gerar
um bit de transporte para a coluna seguinte e o bit de soma.
▪ Somadores de 1 bit;

Somadores
transporte
1 1
1 1 1 1
0 1 1 0
0 1 0 1

Somadores
▪ Meio-Somador (ou Half-Adder):
▪ Entrada: Dois bits a serem somados;
▪ Saída: O bit resultante da soma e um bit de transporte para
a soma da próxima coluna.
▪ Somador Completo (ou Full-Adder):
▪ Entrada: Dois bits a serem somados e o bit de transporte da
soma anterior.
▪ Saída: O bit resultante da soma e um bit de transporte para
a soma da próxima coluna.

Somadores
Full-Adder Half-Adder

Somadores
▪ Meio-Somador (Half-Adder):
a b
Entradas Saídas
a b s co
0 0 0 0
Half-Adder
0 1 1 0
1 0 1 0
s = a xor b
co s 1 1 0 1
co = ab

Somadores
▪ Somador Completo (Full-Adder) – Com portas lógicas.
a b ci
Entradas Saídas
a b ci s co
0 0 0 0 0
Full-Adder
0 0 1 1 0
0 1 0 1 0
co s 0 1 1 0 1
1 0 0 1 0
s = a xor b xor ci
1 0 1 0 1 co = ab + bc + ac
1 1 0 0 1
1 1 1 1 1
Somadores
▪ Somador Completo (Full-Adder) – Forma alternativa.
cin s
Half-Adder
a
Half-Adder
cout
b

Somadores
▪ Somador Ripple-Carry:
▪ Exemplo: Somador Ripple-Carry de 4-bits.

Somadores
▪ Somador Ripple-Carry:
▪ Usando um full-adder para produzir o bit menos significativo
da soma, nos proporcionará incluir mais um sinal de entrada
o bit “carry in”.
▪ Exemplo: Somador Ripple-Carry de 4-bits.

Somadores
▪ Cascateamento de somadores:
▪ Exemplo: Somador de 8-bits a partir de somadores de 4-bits.

Subtradores
▪ Definição:
▪ Circuitos combinacionais que realizam a subtração de dois
números binários de N bits, resultado em um número de N bits
e um bit de empréstimo.
▪ Subtrator de N bits:
A B
n n
Subtrador
n
To S

Subtradores
▪ Projeto de um Subtrator:
▪ Meio-Subtrator (Half-Subtractor);
▪ Entrada: Dois bits a serem subtraidos;
▪ Saída: O bit resultante da subtração e um bit de
empréstimo.
▪ Subtrator Completo (Full-Subtractor);
▪ Entrada: Dois bits a serem somados e o bit de empréstimo;
▪ Saída: O bit resultante da soma e um bit de empréstimo.

Subtradores
▪ Meio-Subtrator (Half-Subtractor):
a b a b
Entradas Saídas
a b s to
Half- 0 0 0 0
Subtractor 0 1 1 1
to s
1 0 1 0
s = a xor b
to s 1 1 0 0
to = a'b

Subtradores
▪ Subtrator Completo (Full-Subtractor):
a b ti a b ti
Entradas Saídas
a b ti s to
Full- 0 0 0 0 0
Subtractor 0 0 1 1 1
0 1 0 1 1
Subt.
to s 0 1 1 0 1 Completo
1 0 0 1 0 to s
1 0 1 0 0 s = a xor b xor ti
1 1 0 0 0 co = a'b + bti + a’ ti
1 1 1 1 1
Subtradores
▪ Subtrator Completo (Full-Subtractor) – Forma alternativa:
tin s
Half-
Subtractor
a
Half- tout
b Subtractor

Subtradores
▪ Subtrator Ripple-Borrow:
▪ Exemplo: Subtrator Ripple-Borrow de 4-bits.
a3 b3 a2 b2 a1 b1 a0 b0
a b wi a b wi a b wi a b a3 a2 a1 a0 b3 b2 b1 b0
FS FS FS HS 4-bit subtractor
wo s wo s wo s wo s wo s3s2s1s0
wo s3 s2 s1 s0

Subtradores
▪ Subtrator Ripple-Borrow:
▪ Adicionado uma entrada para empréstimo.
a3 b3 a2 b2 a1 b1 a0 b0
a b wi a b wi a b wi a b wi a3 a2 a1 a0 b3 b2 b1 b0
FS FS FS FS 4-bit subtractor wi
wo s wo s wo s wo s wo s3s2s1s0
wo s3 s2 s1 s0

Subtradores
Exemplo No.11: Projete um conversor de
Espaço de Cores RGB para CMY. Sabe-se
que a conversão para CMY é feita através de:
C = 255 - R
M = 255 - G
Y = 255 - B

Subtratores
▪ Utilizando-se o sistema de complemento de dois, é possível realizar
a operação de subtração a partir da soma;
▪ Realizar o complemento de dois do subtraendo;
▪ Somar o resultado com o minuendo;

Subtratores
Exemplo No. 12: Projete um circuito que seja capaz de realizar a subtração
de dois números, em complemento de dois, utilizando como núcleo um
somador.
Exemplo No. 13: Projete um circuito que seja capaz de realizar a soma ou
subtração de dois números, em complemento de dois, utilizando como
núcleo um somador. O controle deverá ser feito a partir de um sinal de
controle denominado de S.

Subtratores
Exemplo No. 14: Projete um circuito que realize a seguinte operação
aritmética:
Y = abs(X)
X e Y são dados de 8-bits representados em complemento de dois.

Subtratores
▪ Detecção de Overflow:
▪ A detecção de overflow em sistemas que operam em
complemento de dois pode ser feita analisando-se os dois
últimos bits de transporte do somador;
▪ Se forem diferentes: Aconteceu o overflow;
▪ Se forem iguais: Não aconteceu overflow;

Subtratores
▪ Exemplos:

Subtratores
▪ Circuito Somador/Subtrator Controlado com Detecção de
Overflow:

Somadores BCD
▪ A soma BCD é semelhante a soma binária. Contudo em alguns
casos é necessário aplicar uma correção ao resultado da soma:
▪ Ocorrer um vai-um na soma;
▪ O resultado for maior do que 9;
▪ Correção: Adicionar +6 (0110).
Exemplo No. 15: Projete um circuito combinacional que determine quando é

necessário aplicar uma correção na soma BCD.

Somadores BCD
▪ Circuito Somador BCD:

Incrementadores
▪ Definição:
▪ O incrementador é um componente combinacional que
adiciona +1 (00..01) no dado de entrada;
a
N
Incrementador
N
s=a+1

Incrementadores
▪ Projeto de um Incrementador:
▪ Somador Carry-Ripple com uma das entradas igual a ‘1’;
▪ Somador Carry-Ripple com entrada de cin = 1 e outra entrada
com ‘0’;
▪ Conjunto de Meio-Somadores;

Incrementadores
▪ Somador Carry-Ripple com uma das entradas igual a ‘1’;
Somador

Incrementadores
▪ Somador Carry-Ripple com entrada de cin = 1 e outra entrada
com ‘0’;
Somador

Incrementadores
▪ Conjunto de Meio-Somadores;

Decrementadores
▪ Definição:
▪ O decrementador é um componente combinacional que subtrai
1 (00..01) no dado de entrada;
a
N
Decrementador
N
s=a-1

Decrementadores
▪ Projeto de um Decrementador:
▪ Subtrator Borrow-Ripple com uma das entradas igual a ‘1’;
▪ Subtrator Borrow-Ripple com entrada de cin = 1 e outra entrada
com ‘0’;
▪ Conjunto de Meio-Subtratores;

Multiplicadores
▪ Definição:
▪ São circuitos combinacionais que executam a multiplicação
entre dois números binários de N bits, resultando em um
número de 2N bits.
a b
N N
Multiplicador
2N
a*b

Multiplicadores
▪ Projeto de um multiplicador:
▪ Forma de projeto: Imitar o processo de multiplicação que
usamos com lápis e papel;
▪ Multiplicador de 1-bit:
▪ 0x0 = 0 (0 and 0);
▪ 0x1 = 0 (0 and 1);
▪ 1x0 = 0 (1 and 0);
▪ 1x1 = 1 (1 and 1);
▪ Equivale a uma porta lógica AND de duas entradas;

Multiplicadores
▪ Projeto de um multiplicador:
p0 = b0a0
p1 = b0a1 + b1a0 (gera c1)
p2 = b0a2 + b1a1+b2a0+c1 (gera c2)
p3 = b0a3+b1a2+b2a1+b3a0+c2 (gera c3)

Multiplicadores
▪ Projeto de um multiplicador
(a3 = 0):
▪ Neste caso, podemos
usar um array de portas
AND em conjunto com
vários somadores de 4
bits;

Multiplicadores
Exemplo No. 16: Projete um circuito que realize a seguinte operação
aritmética. X é um dado de entrada com 8 bits.
Y = 5*abs(X) - 7

Comparadores de Igualdade
▪ Definição:
▪ Produz em sua única saída, o nível lógico ALTO se dois
números de N-bits forem idênticos.
▪ Por exemplo, dois números de 4 bits serão iguais se: a3=b3 e
a2=b2 e a1=b1 e a0=b0;
a b
N N
Comparador
eq

Comparadores de Igualdade
▪ Projeto de um Comparador de Igualdade:
▪ Lembrando que as saídas de uma XNOR de 2 entradas é igual a
1 se suas entradas forem iguais;
▪ Logo a expressão de saída será:
eq = (a3 xnor b3) * (a2 xnor b2) * (a1 xnor b1) * (a0 xnor b0)
a3 b3 a2 b2 a1 b1 a0 b0
a3 a2 a1 a0 b3 b2 b1 b0
4-bit equality comparator
eq
(b)
eq
(a)

Comparadores de Magnitude
▪ Definição:
▪ São componentes que indicam se a>b, a=b, ou a<b, para as
suas entradas a e b de N bits.
a b
N N
Comparador
de Magnitude
a=b a>b a<b

▪ Projeto do Comparador de Magnitude:
▪ Projeto equivalente a comparar com lápis e papel;
▪ Primeiros comparamos a3 e b3;
▪ Se a3>b3, então a>b;
▪ Se a3<b3, então a<b;
▪ Se a3=b3, então comparamos a2 e b2, seguindo o
mesmo procedimento.

▪ O projeto segue o mesmo princípio no lápis e papel;
▪ Compare cada par de bits, passe o resultado para a direita;
▪ Cada estágio tem 5 entradas e 3 saídas, indicando resultados
dos estados de maior ordem, passando-os para os de mais
baixa ordem.

▪ Expressões Lógicas:
▪ out_gt = in_gt + (in_eq * a * b')
▪ A>B se:
▪ Já foi determinado em um estágio de maior ordem
ou;
▪ Estágio de maior ordem for igual e nesse estágio a=1
e b=0;

▪ out_lt = in_lt + (in_eq * a' * b)
▪ A<B se:
▪ Já foi determinado em um estágio de maior ordem
ou;
▪ Estágio de maior ordem for igual e nesse estágio a=0
e b=1.

▪ out_eq = in_eq * (a XNOR b)
▪ A=B se:
▪ Já foi determinado em um estágio de maior ordem e
nesse estágio a=b também.

▪ Projeto de um Comparador de Magnitude:

▪ Exemplo de Operação: Comparação entre 1011 = 1001.
1 1 0 0 1 0 1 1
0
1
0

1 1 0 0 1 0 1 1
0 0
1 1
0 0

1 1 0 0 1 0 1 1
0 0 0
1 1 1
0 0 0

1 1 0 0 1 0 1 1
0 0 0 1
1 1 1 0
0 0 0 0

1 1 0 0 1 0 1 1
0 0 0 1 1
1 1 1 0 0
0 0 0 0 0

Exemplo No. 17: Projete um circuito que seja capaz de detectar o mínimo
entre dois números de oito bits.

Exemplo No. 18: Projete um circuito que seja capaz de converter dos espaço
de cores RGB para CMKY. As equações de conversões são:
C2 = 255 - R
M2 = 255 - G
Y2 = 255 – B
K = min(C2, M2, Y2)
C = C2 – K
M = M2 – K
Y = Y2 - K

Deslocadores (Shifter)
▪ Definição:
▪ São componentes que realizam a operação de deslocamento (a
direita ou esquerda) sobre um número de N bits, gerando uma
saída de N bits;
▪ Sinal de controle: sh;
a
N
sh Deslocador
N
y

▪ Operações de Deslocamento:
▪ Deslocamento para a direita (Shift right):
▪ Move cada bit uma posição para a direita;
▪ Introduz um novo bit 0 na posição mais à esquerda – (MSB);
▪ O bit mais a direita (LSB) é perdido;
▪ Deslocamento para a esquerda (Left right):
▪ Move cada bit uma posição para a esquerda;
▪ Introduz um novo bit 0 na posição mais à direita – (LSB).
▪ O bit mais a esquerda (MSB) é perdido;

Exemplo No. 19: Realize a operação de deslocamento a esquerda e
deslocamento a direita do número 0110.

▪ Aplicações:
▪ Deslocar um bit para esquerda é o mesmo que multiplicar por 2
de forma rápida.
▪ Deslocar um bit para direita mesmo que dividir por 2.

▪ Projeto de um Deslocador à Esquerda (1 unidade):
▪ Exemplo para um deslocador à esquerda de 4 bits;
Entrada a3 a2 a1 a0
Deslocamento
a2 a1 a0 0
à Esquerda
Saída b3 b2 b1 b0
▪ Utilização de multiplexadores;
▪ Caso sh=0 ➔ bk = ak;
▪ Caso sh = 1 ➔ bk = ak-1;

▪ Projeto de um Deslocador à Esquerda (1
unidade):
▪ Exemplo para um deslocador à
esquerda de 4 bits;
▪ Diagrama de Bloco:
a
N
sh <<1
N
b

Exercício No. 20 – Projete um Deslocador de 4 bits à esquerda que faça o
deslocamento em duas unidades.

▪ Projeto de um Deslocador à Direita (1 unidade):
▪ Exemplo para um deslocador à direita de 4 bits;
Entrada a3 a2 a1 a0
Deslocamento
0 a3 a2 a1
à Direita
Saída b3 b2 b1 b0
▪ Utilização de multiplexadores;
▪ Caso sh=0 ➔ bk = ak;
▪ Caso sh = 1 ➔ bk = ak+1;

▪ Projeto de um Deslocador à Direita (1
unidade):
▪ Exemplo para um deslocador à direita
de 4 bits;
▪ Diagrama de Bloco:
a
N
sh >>1
N
b

▪ Projeto de um Deslocador à Esquerda/Direita:
▪ Exemplo para um deslocador à esquerda/direita de 4 bits;
Entrada a3 a2 a1 a0
Deslocamento
a2 a1 a0 0
à Esquerda
Deslocamento
0 a3 a2 a1
à Direita
Saída b3 b2 b1 b0
▪ Sinais de Controle: shr e shl;

▪ shr = 1 → deslocamento à direita;
▪ shl = 1 → deslocamento à esquerda;

▪ Saída para bk:
shl shr bk Comentário

0 0 ak Sem deslocamento
0 1 bk+1 Deslocamento a direita
Deslocamento a
1 0 bk
esquerda
Deslocamento à
1 1 bk
esquerda (prioridade)


▪ Projeto de um Deslocador Barrel:
▪ Deslocador no qual pode realizar um número qualquer de
deslocamentos em um dado de N bits;
▪ Entrada de controle sh que indica quantos deslocamentos
deve-se dar;
▪ Exemplo: sh = 011 (3 deslocamentos);
N
Deslocador
sh
M Barrel
N
y

▪ Projeto de um Deslocador Barrel:
▪ Utilização de uma cascata de
deslocadores; sh0 <<1
▪ Os deslocamentos se somam;
▪ Exemplo de um deslocador Barrel à
esquerda, com deslocamento sh1 <<2
máximo de 7 unidades;
sh2 <<4

Unidade Lógico-Aritmética (ALU)
▪ Definição:
▪ Componente que pode executar qualquer uma das várias
operaçoes aritméticas (somar, subtrair, incremento, etc) e
lógicas (AND, OR, etc);
▪ As operações são realizadas com base nas entradas de
controle do componente.
a b
N N
sel ALU
M
N
out

▪ Definição:
▪ A operação a ser realizada é selecionada por bits externos.
quantidade de operações = 2M
a b
N N
sel ALU
M
N
out

▪ Projeto de uma ALU:
▪ Usar componentes em separado para cada operação, e mux
(para selecionar o resultado da operação para a saída);

Exemplo No. 21 - Projete uma ALU com a seguinte tabela de operação:

Referências
Livros-texto da disciplina:
▪ VAHID, FRANK - Sistemas Digitais - Projeto, Otimização e HDLs. Bookman, 2008.
▪ MANO, MORRIS; CILETTI, MICHAEL - Digital Design whit an Introduction to the Verilog
HDL. 5º Edição, Pearson, 2012.
▪ KUMAR, A. ANAND - Fundamentals of Digital Circuits. 3º Edição, Prentice Hall India,
2012.
Referência complementar:
▪ SZAJNBERG, MORDKA - Eletrônica Digital: Teoria, Componentes e Aplicações. LTC,
2015.
▪ WAKERLY, JOHN - Digital Design: Principles and Practices. 4º Edição, Pearson, 2004.
▪ PEDRONI, VOLNEI A. - Eletrônica Digital Moderna e VHDL: Princípios Digitais,
ELetrônica Digital, Projeto Digital, Microeletrônica e VHDL. Editora Campus, 2012.

06 Circuitos Aritmeticos PDF

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

06 Circuitos Aritmeticos PDF

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS

PEX0240 – CIRCUITOS DIGITAIS

Prof.: Pedro Thiago Valério de Souza

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 1

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 2

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 3

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 4

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 5

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 6

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 7

Exemplo No. 3: Realizar a operação de multiplicação dos números binários

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 8

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 9

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 10

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 11

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 12

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 13

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 14

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 15

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 16

-(2N-1 - 1) até (2N-1 - 1)

▪ Existem duas representações possíveis para o zero: +0 e -0;

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 17

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 18

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 19

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 20

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 21

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 22

-(2N-1) até (2N-1 - 1)

▪ Assimetria devido à única representação para o zero.

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 23

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 24

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 25

Exemplo No. 8: O número 01100 está em complemento de dois. Qual

Exemplo No. 9: O número 11010 está em complemento de dois. Qual

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 26

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 27

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 28

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 29

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 30

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 31

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 32

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 33

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 34

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 35

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 36

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 37

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 38

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 40

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 41

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 42

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 43

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 44

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 45

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 46

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 48

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 49

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 50

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 51

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 52

UFERSA/CMPF – Souza, 2019 PEX0240 – Circuitos Digitais 53

X e Y são dados de 8-bits representados em complemento de dois.