Você está na página 1de 7

SEÇÃO TÉCNICA CARTOGRAFIA

Conquista e formação territorial do estado do Acre


* Eliane Alves da Silva
Engenheira cartógrafa, geógrafa, professora de geografia, mestre em ciências geográficas IBGE/DGC/GDI
Conselheira da FEBRAE pela ABEA
Conselheira do CREA-RJ (2002-2007)
Diretora da ABEA nacional
Membro do conselho editorial de politéia – história e sociedade da UESB/Vitória da Conquista/BA
Membro da sociedade brasileira de cartografia - SBC / Membro da sociedade brasileira de geografia – SBG / Membro do clube de engenharia
c.E.: Sputinick@terra.Com.Br

A última fronteira brasileira Da presença efetiva dos portugueses na região – desde o período
colonial, no Pará, em 1616, pela fundação, por Francisco Caldeira
A conquista e formação territorial do atual Estado do Acre, de Castelo Branco do núcleo pioneiro, embrião da atual cidade
em plena Região Amazônica, foi empreendida por meio de de Belém – resultou como fruto de sua expansão colonizadora,
expedições, lutas, insurreições e de tratados internacionais o ponto de partida para a posterior incorporação do Acre ao
por vias diplomáticas tanto com a Bolívia e Peru. Atribui-se a Brasil. Embora o pioneirismo desbravador da região pertença
origem do nome Acre, ao topônimo indígena Aquiry, da língua aos espanhóis, que ali chegaram na expedição realizada em
dos Apurinas. Teve como governadores: José Guiomard dos 1540 por Francisco Orellana, eles não exerceram ação real no
Santos, Hugo Ribeiro Carneiro, João Kubitschek de Figueiredo, processo de conquista e povoamento, pois, preocupados mais
Oscar Passos, Iolanda Lima Fleming, Geraldo Mesquita e Jorge em explorar as riquezas minerais de suas colônias na costa
Nei Vianna Neves. Mesmo antes de ser alvo de contendas e do Pacífico, não se detiveram em estudar as possibilidades
conquistas, o espaço do Acre era ocupado por várias tribos econômicas da Amazônia.
indígenas, a saber:
Além dos espanhóis, também franceses, holandeses e ingleses,
- Amahuaka, Aninawa, Contakiro, Kapechene, Kanamari, em sucessivas investidas, começaram a marcar presença na
Maniteneri, Katiana, Koto, Kulina, Katuquina/Nauá, Kufigeneri, região, visando ao domínio e à exploração de seus territórios.
Bendiapa, Contaquiro, Kampa, Yaminawa, Sainawa, Tucinawa, Assim, a história da Amazônia aparece caracterizada por lutas
Marinawa, Yubanawa, Pacanawa, Kontanawa, Kapanawa, constantes, que viriam assegurar a Portugal o domínio efetivo da
Kurina/Kulino, Masco, Senche, Yanavo, Saninawa, Sipinawa, foz do Amazonas, chave da soberania sobe a região“.
Kasinawa e Ararawa.
Tratando-se da Região Amazônica, vale lembrar que no século
Segundo o Engenheiro Cartógrafo do IBGE e Professor da UERJ, XVII os espanhóis Francisco Orellana e Pedro de Ursua
MELLO (1990): “As razões que nos fazem presente do legado navegaram pelo Rio Amazonas. O Tratado de Utrecht de 1713
se explicam pela paulatina estruturação do território conquistado estendeu as fronteiras portuguesas até o Oiapoque. A vila de
através das entradas e das bandeiras, e diante da concepção Cuiabá foi criada em 1724, a capitania de Goiás em 1744 e a de
geopolítica lusa, sustentada na defesa das terras conquistadas. Mato Grosso em 1748. Aconteceu também a chegada ao Brasil
Mais importante era se fazer reconhecer os perímetros de dos Padres Cartógrafos Diogo Soares , que ficou dezoito anos
contato com os hispânicos, marcando e garantindo a soberania aqui (1730 - 1748) e Domingos Capassi permaneceu por onze
luso-brasileira sobre cada fração do terreno, do que ordenar os anos, no que SILVA (2005, 2006) denominou: “terceira política
arranjos políticos e administrativos internos. Contribuíam para cartográfica portuguesa no Brasil colonial que visava legitimar a
esse descaso a imensidão da área a ser ocupada e o baixo posse do enorme território brasileiro”.
contingente populacional.
A primeira expedição de que se tem notícia na região dos rios
A necessidade de se garantirem as fronteiras e tê-las reconhecidas Madeira e Javari trata de uma Ordem Real de D. José I, datada de
patrocinou a busca de conhecimentos geográficos e a execução 30 de abril de 1753, para Francisco Xavier de Mendonça Furtado
dos mapeamentos dessas áreas, em detrimento da hinterlândia. – governador do Grão Pará, onde expressou a preocupação
As demarcatórias conduzidas pelos luso-brasileiros, quando portuguesa na Amazônia, com os primeiros levantamentos de sua
Brasil Colônia, foram capítulos de uma ação política que buscou biodiversidade, após do célebre Tratado de Madrid assinado entre
expandir o domínio sobre o espaço geográfico, periferizando os Portugal e Espanha, em 13 de janeiro de 1750, tendo como base
movimentos de conquista que estruturaram o interior do território o Mapa das Cortes, orquestrado por Alexandre de Gusmão, com
como reserva de valor capaz de dar sustentação a modelagem representantes de Portugal – Visconde de Vila Nova de Cerveira,
da nação”. Tomás da Silva Teles e da Espanha – D. Joseph de Carvajal y
Lancaster da parte de D. Fernando VI. A segunda expedição data
No entender da gaúcha de Passo Fundo, Professora de História de 23 de novembro de 1758 liderada por Antônio Rolim de Moura.
da UFAC, RANCY (1986) ao explicar a participação portuguesa Sucederam-se vários tratados que foram assinados de acordo
na Amazônia: com as conveniências dos Países Ibéricos – Portugal e Espanha.

“Um dos resultantes da ação luso-brasileira, no processo de Para TOCANTINS (1979) destaca-se o Artigo VIII do Tratado
conquista e colonização da Amazônia, é o Acre, hoje, constituir- de Madri, de importância fundamental para a formação territorial
se em seu todo como um estado brasileiro. do Acre:

EDIÇÃO 162 | A MIRA | 62


SEÇÃO TÉCNICA CARTOGRAFIA

“Baixará pelo álveo destes dois rios, já unidos, o Mamoré e o ao Acre: Seabra (Tarauacá), Manuel Urbano, Vila Feijó e Sena
Guaporé, [portanto o Madeira] até a paragem situada em igual Madureira), confluência dos Rios Beni (Mamoré), na Região
distância do dito rio Amazonas ou Marañon, e da boca do dito conhecida como Departamento do Alto Acre, onde aconteceram
Mamoré; e desde aquela paragem continuará por uma linha os seguintes fatos:
leste – oeste até encontrar a margem oriental do Javari que entra
no rio das Amazonas ou Marañon pela sua margem austral; e 1) A Comissão Demarcadora Mista Brasil/Peru pesquisou em
baixando pelo álveo do Javari, até onde desemboca no rio das 1874, nas cabeceiras do Rio Javari, a primeira identificação de
Amazonas ou Marañon, prosseguindo por este rio abaixo até coordenadas 07º 01’ 17,5” de latitude sul e 74º 08’ 27,07” de
a boca ocidental do Japurá, que deságua nele pela margem longitude oeste de Greenwich empreendida pelo Capitão – de
setentrional”. – Fragata, mais tarde Almirante de Itaguaí, Antônio Luís Von
Hoonholtz – o Barão de Tefé;
No dia 12 de fevereiro de 1761, foi celebrado o Tratado de El
Pardo entre Portugal (José da Silva Peçanha) e Espanha (Ricardo 2) Foi de 17 de novembro de 1877, o termo de inauguração do
Wall), onde ficou bastante evidenciado o interesse na Amazônia. marco do Rio Madeira com as seguintes coordenadas: 10º 21’
Com a Guerra entre Portugal e Espanha 1777, os espanhóis 13,65” de latitude sul e de 65º 24’ 57,65” de longitude oeste de
tomaram a Ilha de Santa Catarina e a Colônia de Sacramento. A Greenwich, de acordo com levantamentos feitos pela Comissão
partir do Mapa da América do Sul, de autoria de Juan de la Cruz Brasil/Bolívia de (1874-1878);
Cano Y Olmedilla (1734 – 1790) basearam-se novas negociações
entre as Coroas Ibéricas.. O tema evoluiu e em 1º de outubro de 3) Em 19 de fevereiro de 1985 foi assinado na cidade do Rio de
1777 o Tratado de Santo Ildefonso tendo como diplomatas D. Janeiro o Protocolo da Demarcatória que no Art. 2º considerava
Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho (Portugal) e D. Joseph a nascente do Rio Javari a identificação realizada em 1874;
Moliño (Espanha). A Paz de Badajós datada de 06 de julho de
1801, “deu” a Portugal, boa parte das terras “reconhecidas” 4) A partir da implantação do Marco Geodésico no Madeira com a
no Tratado de Madrid. Essas indefinições fronteiriças tiveram latitude sul de 10º 21’ 13,65” inaugurado em 17 de novembro de
reflexos no Brasil já como Nação Independente após 07 de 1877, resolveu-se geometricamente, a questão da Geodésica
setembro de 1822. Exemplarmente conseguimos resolver todas Cunha Gomes, definidas topograficamente pela cabeceira do
elas. Javari, e a margem esquerda do Madeira. As interseções de
linha com os cursos dos Rios Acre, Purus, Iaco, Envira, Tarauacá,
O Acre, em 1852, foi anexado à Província do Amazonas, como Gregório, Um e Juruá.
parte da Província do Rio Negro. Sabe-se que o primeiro
brasileiro que esteve na região do Alto Purus foi Manuel Urbano 5)José de Carvalho insuflado pelo Governo do Amazonas, fêz
da Encarnação, em 1861. O primeiro Tratado de Amizade, um levante de caboclos e expulsou os bolivianos de Puerto
Limites, Navegação e Comércio, foi celebrado em La Paz, em 27 Alonso, hoje Porto Acre;
de março de 1867, através do qual o Brasil (Conselheiro Filipe
Lopes Neto) concedeu a Bolívia (Dr. Mariano Donato Muñoz) 6) Em 14 de julho de 1899, o Espanhol, nascido em Cádiz,
as lagoas de Cáceres, Mandioré, Gaíba e Uberaba. Depois, formado em Direito, Luiz Galvez Rodriguez de Árias, proclamou,
em 1898, quando o Ministro Boliviano Paravicini estabeleceu em Rio Branco, o Estado Independente do Acre. Galvez, Ex-
em Porto Alonso, hoje Porto Acre, Posto Alfandegário, no Embaixador em Roma/Itália e em Buenos Aires/Argentina,
Departamento Boliviano do Acre até a celebração do Tratado chegou em Manaus com carta de apresentação do Ministro da
de Petrópolis. Espanha no Brasil, D, José Llaveria e dirigiu-se ao Vice-Cônsul
Manoel Rodrigues Lira, trabalhou no Jornal do Comércio e na
A ocupação do Acre deveu-se ao interesse do Brasil e da Inglaterra Assembléia Legislativa. Depois em Belém foi para a Embaixada
na extração do látex da seringueira (hevea brasilienses) espécie da Bolívia onde tomou conhecimento da proposta boliviana de
nativa da região. E obter-se a partir do processo de vulcanização arrendar o Acre aos americanos. Com isso, reportou o assunto
a borracha, para a produção de pneumáticos. Assim tivemos o ao Governador do Estado do Amazonas Ramalho Júnior.;
Primeiro Ciclo da Borracha no Brasil. Com a vinda de muitos
nordestinos, principalmente cearenses, a partir de 1877. 7) A administração boliviana de Puerto Alonso foi restabelecida
em 06 de setembro de 1900, e sofreu novo ataque de um grupo
“ O seringal formou, na Amazônia a unidade econômico social liderado pelo Engenheiro Orlando Correia Lopes, também com
mais expressiva, transformando-se na primeira grande unidade o apoio do Governo do Amazonas;
de produção Amazônica e sendo, simultaneamente, agente de
profundas modificações do modo de vida da região e de seu 8) A Bolívia transferiu ao “Bolivian Syndicate” a soberania da
povo” – Zoneamento Ecológico Econômico do Acre. região contestada, em 11 de julho de 1901, acirrando ainda
mais os ânimos dos brasileiros e verificou-se a tentativa do
A famosa linha demarcatória oblíqua Linha Geodésica Capitão - imperialismo internacional;
Tenente Augusto da Cunha Gomes, o 2º Comissário Brasileiro,
ou apenas Linha Geodésica Cunha Gomes presente nos mapas, 9) O Ex-Major, Gaúcho de São Gabriel, Ex-Aluno do Colégio
que separava o Estado do Acre, do Estado do Amazonas data Militar de Porto Alegre/RS, José Plácido de Castro foi proclamado
do Tratado de Ayacucho de 27 de maio de 1867, tendo sido Comandante – em - Chefe das Forças Revolucionárias Acrianas
protocolada em 1895 e foi determinada, em 1896 pelo Coronel, em 1º de julho de 1902. A conquista de Xapuri deu-se em 06 de
depois, General Gregório Thaumaturgo de Azevedo, concluída agosto de 1902.
no ano de 1905, e que vai desde a nascente do Rio Javari até
Vila Murtinho (mais tarde acima desta Linha foram incorporadas 10) Na fronteira peruana está a Serra do Divisor, segundo a

EDIÇÃO 162 | A MIRA | 63


SEÇÃO TÉCNICA CARTOGRAFIA

denominação do Geólogo Pedro de Moura, que explorou a área - Cópia da carta da parte da fronteira entre o Brasil e a Bolívia,
em busca de petróleo. O Parque Nacional da Serra do Divisor da boca da Bahia Negra até a entrada do Canal Pedro Segundo
é uma cadeia montanhosa do Acre, e marco divisório dos Rios ou Pando, assinado por: José Candido Guilhobel e José Manuel
Ucayali no Peru e Juruá no Brasil, foi criado no ano de 1989. Fica Pando, em 1891. Neste mapa as longitudes estão referidas ao
próximo à cidade de Cruzeiro do Sul. O Ponto mais Ocidental do Meridiano do Observatório do Rio de Janeiro e possui a descrição
Brasil é a nascente do Rio Moa, situado na Serra da Contamana de todos os marcos de fronteira referentes aos Tratados de 19 de
ou do Divisor, na fronteira com o Peru tendo como coordenadas novembro de 1904 e das zonas cedidas à Bolívia pelo Tratado
07º33”13” Latitude Sul e 73º59”32” Longitude Oeste de Petrópolis de 1903;

Vale dizer que esta Linha Geodésica é considerada o limite - Cópia heliográfica da Carta do Peru e Fronteira com o Brasil,
legal que separa os Estados do Acre, Amazonas e Rondônia, confeccionada pela 3è Secção do Estado Maior do Exército
anteriormente conhecida como Beni – Javari, e/ou Javari – Beni, por Germano Eugenio Vidal, Alberto da Cunha Pita e Francisco
que teve como origem o Tratado de Petrópolis. Foi mapeada Jaguaribe Gomes de Mattos, a partir de dados cotejados no
como uma extensa linha reta que estende-se desde a cabeceira Mappa Del Peru – Paz y Soldan, Mappa do Amazonas – E.
do Rio Javari, até a confluência dos Rio Beni e Mamoré e consta Stradelli. Mappa acompanhando o Tratado de Petrópolis, na
na legislação dos três estados, por ser resultado da demarcação escala de 1:2.222.000 de 1903.
de nossa fronteira com a Bolívia. Por decisão do Supremo
Tribunal Federal foi incorporada mais 1000 (mil) quilômetros Pelo Decreto Nº 1.181 de 25 de fevereiro de 1904 autorizou
quadrados do Estado do Amazonas quando o Acre ainda era o Presidente da República Rodrigues Alves a administrar em
Território. caráter provisório o Território reconhecidamente brasileiro do
Acre. Pelo Decreto 5.188, de 07 de abril de 1904, o Território do
No dia 18 de setembro de 1902 os revolucionários acrianos foram Acre foi dividido em três departamentos: Alto-Acre (instalado
derrotados em Rio Branco, ao passo que o exército boliviano em 22 de agosto), Alto-Juruá ( 07 de setembro) e Alto-Purus (25
perdeu a batalha em 15 de outubro de1902 nesta mesma cidade. de setembro).
Já em Brasiléia os acrianos perderam para os bolivianos naquele
mesmo mês. O limite entre a Bolívia e o Peru foi estabelecido mediante acordo
de 17 de setembro de 1905. De acordo com MELLO (1990) : “As
Plácido de Castro enfrentou com suas forças acrianas, os instruções para a Comissão Mista Demarcadora foram assinadas
soldados bolivianos liderados pelo General Pando em território no Rio de Janeiro em 06 de fevereiro de 1907 e prescreveram
da Bolívia tanto em 11 de setembro de 1902, como em 08 de que seria, primeiramente, demarcada a estrema compreendida
dezembro de 1902 em Costa Rica. A conquista de Puerto Alonso entre o ponto inicial na margem direita do Paraguai e a entrada
aconteceu em 24 de janeiro de 1903. Plácido de Castro tornou- sul do canal de Pedro Segundo e, depois, a parte situada na
se então, Governador do Acre Meridional região amazônica, a partir da foz do Beni.”.

O Quartel General do Exército Boliviano ficava localizado em Após a assinatura do Tratado de Petrópolis as terras dos atuais
Riberalta. Em Barranquilla aconteceu a notificação às forças municípios de Cruzeiro do Sul (antes Centro Brasileiro), Tarauacá
e Feijó constituíam o Departamento do Alto Juruá.
revolucionárias do “ modus vivendi” com a Bolívia e então Plácido
de Castro partiu com suas tropas para o Rio Acre, em 25 de
O Tratado entre o Brasil e o Peru aconteceu em 08 de setembro
abril de 1903.
de 1909, reduzindo os limites ao sul do Acre, previamente
estabelecidos em Petrópolis. A Fronteira Oeste era definida pela
No Departamento do Alto Purus, os acreanos lutaram contra os
Serra da Contamana, no Departamento do Alto Juruá. Neste
peruanos nos anos de 1902 e 1903. O Tratado de Petrópolis,
mesmo ano Euclides da Cunha produziu um mapa do Acre e
celebrado entre o Brasil e a Bolívia, em 17 de novembro de
suas fronteiras.
1903, estabelecendo a fronteira internacional. Na ocasião
foram nomeados pelo Barão do Rio Branco os Ministros
Observa-se que foi longo o processo de divisão territorial no Acre.
Plenipotenciários Rui Barbosa e Assis Brasil, no lado boliviano O Decreto de Nº 9.831 de 23 de setembro de 1912, reordenou o
eram Fernando Guachala e Claudio Pinilla. Alterando as fronteiras Território do Acre. No então, Território do Acre surgiu em 1912 o
de Mato Grosso e da Região Amazônica. Departamento do Alto Tarauacá, desmembrado do Departamento
do Alto Juruá.
Conforme Eliane Alves da SILVA em A MIRA142 (2008) com o
tema “Princípios das demarcações de fronteiras terrestres do Origem da cidade de Rio Branco
Brasil na América do Sul”, a respeito dos termos do Tratado
de Petrópolis:“...onde pagou-se a Bolívia dois milhões de A cidade de Rio Branco teve origem a partir do Seringal Empresa,
libras esterlinas em duas prestações e deu-se a construção da por iniciativa do cearense Neutel Newton Maia em 1882, à
Estrada de Ferro Madeira - Mamoré entre Santo Antônio do margem esquerda do Rio Acre. Em 22 de agosto de 1904 foi
Rio da Madeira e Vila Bela, na confluência do Rio Beni com o elevada à categoria de vila com o nome de Volta da Empresa.
Mamoré. Em troca do atual Estado do Acre que representou Neste local aconteceram conflitos entre as tropas lideradas
um acréscimo de 191.000 quilômetros quadrados, o Brasil por Plácido de Castro e os bolivianos e foi escolhido pelo Gen.
cedeu a pequena área entre o Rio Abunã e Madeira, na margem Olímpio da Silveira em 1903, como sede do Governo Setentrional
direita do Rio Paraguai, acima da Baía Negra, e nas Lagoas do Acre e da Divisão do Exército Brasileiro. O Departamento do
de Cáceres, Mandioré e Gaíboa, que já constavam do Tratado Alto Acre foi criado pelo Decreto Federal Nº 5.188 de 07 de abril
anterior, com o total de 3.163 quilômetros quadrados. Ilustram de 1904 e instalado em 18 de agosto de 1904, pelo Cel. Rafael
este acontecimento as seguintes referências cartográficas: da Cunha Matos.

EDIÇÃO 162 | A MIRA | 64


SEÇÃO TÉCNICA CARTOGRAFIA

A sede da vila situava-se à margem direita do Rio Acre. Em Mais tarde, em 15 de junho de 1962, já na condição de Estado
07 de setembro de 1904 a vila tonou-se a sede provisória do do Acre (Lei nº 4.070), foram criados os municípios de Manuel
Departamento do Alto Acre com o nome de Rio Branco. A Urbano desmembrado de Feijó, Senador Guiomard originado
Resolução Nº 09 de 13 de junho de 1909, do Prefeito Cel. Eng. de Rio Branco e Assis Brasil de parte de terras de Brasiléia. No
Gabino Besouro transferiu-a para a margem esquerda. Pelo Aviso ano de 1975, o Estado do Acre, criou o município de Plácido de
nº 74 de 08 de maio de 1908 e do de Nº .250 de 10 de julho do Castro, em homenagem ao seu maior herói , a partir das terras
mesmo ano, do Ministério da Justiça e Negócios Interiores teve do município de Rio Branco.
seu nome mudado para Penápolis em homenagem ao Presidente
da República Afonso Augusto Moreira Pena. Na data de 23 de De acordo com o Geógrafo do IBGE, GUERRA (1955/2004): “
outubro de 1912 pelo Decreto – Lei Nº 9.831 Rio Branco passou As cidades acreanas estão na totalidade localizadas na zona
à categoria de cidade e sede do município do mesmo nome, em de fronteiras. Ao longo da Linha Cunha Gomes nos limites com
honra ao Barão do Rio Branco. O município de Rio Branco foi o Estado do Amazonas, encontram-se as cidades de Cruzeiro
criado e instalado em 15 de fevereiro de 1913. do Sul, Tarauacá, Feijó e Sena Madureira. Na fronteira com
a República da Bolívia, já no alto Rio Acre se encontram a
Através do Decreto nº 14.383 de 1º de outubro de 1920, a Linha pequena cidade de Brasiléia. Fazem exceção a esta regra as
Geodésica Madeira – Javari é a raia do Território do Acre, cidades de Rio Branco, atual capital do território do Acre e
na confrontação com o Estado do Amazonas e Rio Branco Xapuri, ambas localizadas nas margens do Rio Acre”. O colar
passou a ser a sede da capital do Território Federal do Acre, o de cidades acreanas é constituído de: Mancio Lima, Cruzeiro do
Departamento Alto Acre foi extinto. Sul, Tarauacá, Feijó, Manuel Urbano, Sena Madureira, Plácido
de Castro, Senador Guiomard, Brasiléia e Assis Brasil
Sena Madureira fundada em 25 de setembro de 1904 pelo
General de Exército José Siqueira de Menezes, após o Tratado Em 2001 o Estado do Acre possuía cinco regiões no sentido de
de Petrópolis era a sede do Departamento do Alto Purus, assim leste para oeste:
como Rio Branco era a sede do Alto Acre e Cruzeiro do Sul do Alto
Juruá. O Gen. Sena Madureira foi herói da Guerra do Paraguai e - Alto Acre – Xapuri, Assis Brasil, Brasiléia e Epitaçiolândia;
Abolicionista. Em 1º de julho de 1908, Sena Madureira foi elevada
à categoria de cidade e a 23 de outubro de 1912 passou a ser - Baixo Acre – Rio Branco, Porto Acre, Bujari, Senador Guiomard,
sede do município, instalado em 07 de maio de 1913. Acrelândia, Plácido de Castro e Capixaba;

Cruzeiro do Sul, antes denominada Centro Brasileiro, foi fundada - Purus – Sena Madureira, Manoel Urbano e Santa Rosa do
em 28 de setembro de 1904, pelo Cel. Gregório Thaumaturgo Purus;
de Azevedo. Ao passar a ser vila e a 23 de setembro de 1912
passou a ser também, sede deste município. Tarauacá, nome - Tarauacá Envira - Tarauacá, Feijó e Jordão;
indígena que significa rios dos paus ou das tranqueiras, surgiu
em 1º de janeiro de 1906, na foz do Rio Moru, Departamento - Juruá – Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto
do Alto Juruá, passou a ser cidade em 1º de outubro de 1920. Walter e Marechal Thaumaturgo
Chamava-se Município de Vila Seabra de 1933 a 1943, em
vez de Município de Tarauacá. Feijó na margem direita do Rio Cartografia acreana
Envira, afluente do Tarauacá, surgiu a partir de 1880, foi elevada
à categoria de cidade em 1939. Recebeu este nome em honra O mapeamento do Acre consta de:
ao Padre Diogo Antônio Feijó.
Cartas na escala de 1:100.000 (1978/1990 – DSG); Cartas
A cidade de Brasiléia foi criada em 1938, desmembrada de Xapuri. na escala de 1:250.000 (1981/1986 – DSG); 9 (nove) Pontos
Antes de ser denominada Xapuri, no local existia o povoado Geodésicos Geoceiver – IBGE e pontos de 1ª ordem levantados
boliviano Mariscal Sucre. Em 1904 foi elevada à categoria de pelo IBGE;
vila do Departamento Alto Acre com o nome de Xapuri em 22
de agosto de 1904. O povoado de Xapuri foi sede do Governo Coberturas aerofotogramétricas (pares de fotografias aéreas
do Acre quando da proclamação do estado independente do tridimensionais): 1:8.000 – TERRAFOTO (1980); 1:25.000 –
Acre por Plácido de Castro. Recebeu a categoria de cidade em AEROFOTO (1984); 1:40.000 – AEROFOTO (1962); 1:50.000
1905. E pelo Decreto Federal nº 9.831 de 23 de outubro de 1912 – AEROFOTO (1963) e 1:70.000 – AEROFOTO (1975).
passou a ser a sede do município de igual designação, instalado
em 1º de abril de 1913. Cobertura com RADAR –IBGE/RADAM, na escalas de
1:1.000.000 e 1:250.000 e do LANDSAT Thematic Mapper –
O Ministro Otávio Mangabeira complementou a fronteira entre a TM e do SPOT.
Bolívia e o Brasil, através do Tratado de Limites e Comunicações
Ferroviárias , celebrado na cidade do rio de Janeiro em 25 de A concepção de Florestania do Dr. Jorge Vianna fêz com que
dezembro de 1928, na presença do representante boliviano o Acre, avançasse sobremaneira em termos de legislação
Fabian Vaca Chavez. No ano de 1940, Tarauacá é finalmente ambiental, e criasse inúmeras Unidades de Conservação, tais
incorporada ao Acre, bem como Feijó e Sena Madureira. O atual como: Parque Nacional Serra do Divisor, Reserva Extrativista
Município do Alto Juruá, foi desmembrado de Tarauacá e Feijó, do Alto Juruá, Reserva Extrativista do Alto Tarauacá, Floresta
assim como, o Departamento do Alto Acre, surgindo os Municípios Estadual do Antimari, Floresta Nacional do Macauã, Estação
de Rio Branco, Xapuri e Brasiléia. Ecológica do Rio Acre e Reserva Extrativista Chico Mendes.

EDIÇÃO 162 | A MIRA | 65


SEÇÃO TÉCNICA CARTOGRAFIA
Mapa do estado do Acre
Situação atual

EDIÇÃO 162 | A MIRA | 66


SEÇÃO TÉCNICA CARTOGRAFIA

Por uma nova cartografia para o Acre que disse que estariam reconhecidos os limites pela comissão
tripartite com representantes dos Estados e do IBGE”, explicou
Em 04 de dezembro de 1996, foi julgada uma ação cível originária Nazareth.
ACO 415, tendo como relator o Ministro Néri da Silveira, no
Supremo Tribunal Federal, em Brasília-DF, tendo como autor Criada em 2004 na Assembléia Legislativa para apurar erros
o Estado do Acre e como réus os Estados do Amazonas e de cometidos pelo IBGE na elaboração das fronteiras intermunicipais
Rondônia.” no Acre, a CPI dos Limites também indicou área demarcada pela
revisão na linha Cunha Gomes, que faz a divisa entre o Acre e o
“EMENTA: ACO entre os Estados do Acre, do Amazonas e Amazonas. A redefinição da fronteira com o Estado do Amazonas
Rondônia. 2. Competência do Tribunal Federal para processar foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal após ganho de
e julgar , originariamente a demanda (Constituição, art. 102, causa do Acre em 1999 e em seguida contestada pelo vizinho.
I, letra “ f”,). Exame da matéria relativa a competência para Os limites do Acre com o Estado do Amazonas estavam traçados
causas de limites territoriais entre Estados da Federação, com a Linha Cunha Gomes, que era uma linha geodésica. Devido
desde a Constituição de 1891 (Constituição 1891, art. 59, letra aos poucos estudos geográficos da época, somente a partir de
“ c” ; Constituição de 1934, art. 76, I, de 1937, art.101, I, letra 1949 é que funcionários do IBGE descobriram que as cidades
“c”, Constituição de 1946, art. 101, I, letra “ e” ; Constituição; de Tarauacá, Feijó e Sena Madureira estavam ao norte da Linha
Constituição de 1967, art. 114, letra “d” Constitucional nº 1, de Cunha Gomes, ou seja estavam em terras amazonenses. Foi
1969, art. 119, I, letra . necessário mudar a reta da Linha Cunha Gomes nas alturas
dessas cidades acrianas por uma linha quebrada com quatro
Posição da doutrina e jurisprudência americanas sobre a espécie segmentos adotada pelo IBGE em 1942. à decisão proferida
3.Ação de limites entre os Estados litigantes deduzida à vista nesta quinta-feira não cabe mais recurso. “
art. 12, 5º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
da Constituição de 1988. Análise das normas transitórias Geopolítica na amazônia do sistema CONFEA/CREAs
sobre questões de limites entre os Estados, nos regimes das
Constituições de 1934 (art. 13 e parágrafos, do ADCT), 1937 Como parte do esforço geopolítico de fortalecer os CREAs
(art. 184 e parágrafos) e 1946 (art. 6º e parágrafos, do Ato das menores, o Presidente do CONFEA Eng. Civil de Blumenau Wilson
Disposições Transitórias da Constituição de 1937 (art. 184) e o Lang, determinou em 2005 que procurássemos estabelecer em
uti possidetis. 4. Natureza e extensão do art. 12, 5º do Ato das nossa Agenda, as Reuniões Nacionais, nos rincões brasileiros.
Disposições Transitórias da Constituição de 1988. Anteriormente As Coordenadorias das Câmaras Especializadas de Engenharia
à Constituição de 1988 mediante convênio celebrado entre os de Agrimensura - CCEEAGRIs decidiram no Encontro Anual
Estados do Acre, do Amazonas e Rondônia e a Fundação IBGE, do CONFEA, no Hotel Nacional, em Brasília, no mês de março
não só se criara uma comissão tripartite com representantes dos de 2005, realizar a IIRNCCEEAGRIs/CONFEA/CREA-MT em
Estados aludidos, colimando solver problemas de limites, mas Cuiabá (internacionalmente conhecida como o Centro Geodésico
também, a Fundação IBGE, no âmbito das atribuições que lhe da América do Sul, placa erguida na entrada da cidade, quando
conferiu o Decreto-Lei Nº 161, de 13.2.1967, se comprometeu procedemos do Aeroporto de Várzea Grande), no Hotel Taiamã,
a realizar, como efetivamente realizou os trabalhos de em julho daquele mesmo ano, e fomos calorosamente recebidos
levantamentos cartográficos e geodésicos atinentes aos limites na residência de veraneio do Conselheiro Federal e Ex-Professor
territoriais, entre si, das mencionadas Unidades da Federação. de Geodésia e Topografia da UFMT Ainabil Machado Lobo, na
Demonstração de procedimentos seguidos e dos resultados Chapada dos Guimarães, bem como na do Ex-Reitor da UFMT
apurados com debates na comissão tripartite.” e Ex-Conselheiro Federal Helmut Daltro.

Conforme FERREIRA (2008) o espaço acreano foi mais uma Em setembro de 2005, estivemos na IIRNCCEEAGRIs/CONFEA
vez redefinido: “O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu na nova sede do CREA-AC, em Rio Branco, com seu Presidente
nesta última quinta-feira, 3, pela unanimidade de seus onze o Tecnólogo de Estradas e Topografia José Carlos Shopchak
ministros, que os limites do Acre são aqueles estabelecidos pela (Ex- Sargento da ESIE e DSG) e o Conselheiro Eng. Agrimensor
Linha Cunha Gomes e referendados pelo Instituto Brasileiro de e Prof. da UFAC José Vicente Manoel, atual Representante
Geografia e Estatística (IBGE). Todos os ministros acompanharam das CCEEAGRIs na CIAM. Os trabalhos foram iniciados pelo
o voto do relator (“natural de Diamantino- MT”) Gilmar Mendes** coordenador Nacional Adjunto o Eng. Agrimensor Antônio Moacir
colocando fim do litígio de oito anos entre Acre e Amazonas. Nogueira do CREA-SP.

A definição da Linha Cunha Gomes consolida a anexação Na oportunidade, visitamos Assis Brasil, Epitaciolândia, Brasiléia,
de 1,2 milhão de hectares do complexo florestal Liberdade, Senador Guiomard, Xapuri, onde estivemos na Casa de Chico
Gregório e Mogno. Foi uma vitória muito importante comemorou Mendes e do outro lado da rua a Fundação Chico Mendes
a Procuradora – Geral do Estado, Maria Nazareth Lambert, que (onde como Professora Aposentada da UFF verificou a primeira
acompanhou a sessão do STF pela TV Justiça. homenagem póstuma, um convite vermelho, pela Turma da
Faculdade de Direito da UFF de 1989 – Turma Chico Mendes)
O IBGE definiu os limites do Acre com base nos marcos e fomos a Cobija, Capital do Distrito de Pando, na Bolívia. O
geodésicos históricos, o que foi acatado pelo STF. Há oito Governador do Acre na época era o Engenheiro Florestal Jorge
anos, entretanto o Estado do Amazonas moveu uma ação no Vianna Macedo Neves - Prêmio CREA-RJ de Meio Ambiente
Supremo e estimulou municípios localizados na fronteira com o em 2003 (entregue pelo Eng. Eletricista e de Segurança do
Acre a pedir revisão dos limites alegando prejuízo de repasses Trabalho Reynaldo Barros – Presidente do CREA-RJ, na sede
constitucionais. “ Fizemos um trabalho de convencimento com do Quitandinha em Petrópolis), hoje Senador da República
base no parágrafo 5º do artigo 12 da Constituição de 1988, irmão do atual Governador Médico Sanitarista e Ex- Senador

EDIÇÃO 162 | A MIRA | 67


SEÇÃO TÉCNICA CARTOGRAFIA

Dr. Sebastião Afonso Viana Macedo Neves, que já ocupou é o Geógrafo Sebastião Tarcisio do CREA-CE.
interinamente à Presidência do Senado Federal. No ano de
2003, a irmã da autora,a então Major enfermeira Heloisa Alves da Assim, de certo modo seguimos as trilhas do Marechal Cândido
Silva, depois Tenente Coronel do Hospital Central da Aeronáutica Mariano da Silva Rondon, que por mais de 40 anos percorreu
– HCA, entrou para a História da Região como a Primeira Oficial o Centro – Oeste e o Norte do Brasil, na maior Missão de
Brasileira a comandar uma Missão de Saúde com 14 Oficiais Engenharia Cartográfica verificada no Brasil durante 40 anos.
Médicos,Enfermeiros, Dentistas de várias partes do Brasil, no Rondon que pode ser visto imortalizado em cada rosto dos
Hospital Municipal de Eirunepé. descendentes de índios que servem nos pelotões de fronteira
do Exército Brasileiro. Este Matogrossense, neto de índios, filho
A então, Ministra do Meio Ambiente a Profa. de História Maria de gente simples como eu, pequeno grande homem do tamanho
Osmarina Marina Silva Vaz de Lima também é acriana e ex- de um marco geodésico de fronteira é o Patrono da Engenharia
seringueira e já esteve no CREA-RJ mostrando seu Programa de de Agrimensura do Brasil.
Trabalho, em solenidade presidida pelo Eng. Reynaldo Barros, em
2005. A Autora participou da recepção à Ex- Ministra de Estado, Bibliografia
Ex- Senadora, junto com a Enga. Teneuza Maria no CREA-RJ.
Também são acrianos ilustres: Francisco Alves Mendes Filho - EDMILSON, Ferreira (2008) Em votação unânime STF confirma
Líder do 1o Encontro Nacional dos Seringueiros e Ambientalista, novo mapa do Acre – Amazonas perde a questão e Linha Cunha
Jornalista e Escritor Armando Nogueira, Ministro da Saúde e Gomes está definida em favor do Acre, que tem agora mais de
Médico Cardiologista Adib Domingos Jatene, Humorista José 1,2 milhão de hectares de terra. Rio Branco. Agência de Notícias
Thomaz da Cunha Vasconcellos Neto, Cândida Pereira Lima, do Acre. 03 de abril.
Deputada Iolanda Lima Fleming, Médico e Político Éneas Ferreira
Carneiro, Ministro Cel. Jarbas Gonçalves Passarinho, Músico
GOVERNO DO ESTADO DO ACRE (2001) Guia para uso da
João Donato de Oliveira Neto e Autora de Novelas Glória Maria
terra acriana com sabedoria: Zoneamento Ecológico Econômico
Ferrante Perez.
do Acre. Coord. Marcos Sorrentino. Brasília/Rio Branco. WWF.
Em 2006, estivemos em Fortaleza/CE (junho), onde Brasil. 68p. il.
auspiciosamente foi criada a CCEEAGRI-CREA – CE com o
Geógrafo Sebastião Tarcisio Cordeiro e em Porto Alegre/RS GOVERNO DO ESTADO DO ACRE (1991) Atlas geográfico
(outubro) fomos recepcionados pela Geógrafa Aida Randazzo ambiental do Acre. Rio Branco. IMAC. Núcleo de Cartografia.
–CREA-RS, nosso convidado foi o Eng. Cart. Rodrigo Salomoni 1ª ed. 48p.il.
do INCRA-RS e Ex-Aluno da UFRGS. Em março de 2007,
tendo como Coordenador Nacional o Eng. Agrimensor e Civil GUERRA, Antonio T. (1955/2004) Estudo geográfico do Território
Walterwilson Leite do CREA-PI e a Enga. Cart./Geog. Eliane do Acre. Rio de Janeiro/Brasília. IBGE/Senado Federal –
Alves da Silva como CNACCEEAGRIs, vide A MIRA 138, o Documentos para a história do Acre. 379 pp.il.
plenário decidiu, de 18 a 20 de julho de 2007 a IIRNCCEEAGRIs/
CONFEA/CREA-RO aconteceu em Porto Velho, e estivemos em MELLO, Mauro P. de (1990) A questão de limites entre os Estados
FURNAS, onde tomamos conhecimento de detalhes técnicos do Acre, do Amazonas e de Rondônia – Aspectos históricos
das futuras usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio que e formação do território. Rio de Janeiro. Revista Brasileira de
serão construídas no Rio Madeira, como parte do Programa de Geografia. IBGE. 52(4):05-72.
Aceleração do Crescimento – PAC (Eng. Acciloy), recepcionados
pelo Pres. do CREA-RO Eng. e pela Conselheira Profa. Dra. RANCY, Cleusa M. D. (1986) Raízes do Acre (1870-1912).
e Geógrafa Madalena Ferreira da UFRO. O PAC teve início na Falangola Editora. 159 p. Il.
gestão Presidente Lula e continua na administração Presidenta
Dilma Rousseff SILVA, Eliane A da (2005) Políticas cartográficas portuguesas
no Brasil colonial. Criciúma. Revista A MIRA – Agrimensura e
Em novembro de 2007 estivemos em Brasília no CONFEA em Cartografia. 130 (15):74-79. (Nov./Dez)
reunião sobre a 1.010 e em seguida, na IIIRNCCEEAGRIs/
CONFEA/CREA-PE, no Recife, Presidente Eng. Civil Roberto SILVA, Eliane A da (2006) Políticas cartográficas portuguesas no
Lemos Muniz – Presidente do Colégio de Presidentes de
Brasil colonial. Criciúma. A MIRA – Agrimensura e Cartografia.
CREAs, dentro de nosso Projeto Político Nacional de criarmos
131 (15):74-76 . (Jan./Fev.) Parte II.
as CCEEAGRIs por todo o Brasil. Lá empreendemos uma visita
técnica ao Departamento de Engenharia Cartográfica da UFPE
SILVA, Eliane A da (2008) Princípios das demarcações de
e fomos recepcionados pelo Prof. Dr. Adeildo Antão – Chefe de
fronteiras terrestres do Brasil na América do Sul. Criciúma.
Departamento e pelo Prof. Dr. Jaime.
Revista A MIRA – Agrimensura e Cartografia. 142 (17): 70-2.
Jan./Fev.
Durante a visita na UFPE, foi interessante notar que vários
Alunos do Mestrado são oriundos do Curso de Engenharia de
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (2008) Processo ACO 415.
Agrimensura da UFAL em Maceió, que tem como Vice-Diretor do
Seção de Pesquisa de Jurisprudência pela internet. www.stj.gov.
IGDEMA o Prof. Dr. José Gomes Chaves, organizador do I SINEA
br em 06/Mai/2008.
em dezembro de 2005, onde a autora representou o CREA-RJ.
A atual Coordenadora Nacional das CCEEAGRIs é a Enga.
Agrimensora Mariângela Aparecida Braga Pinto do CREA-MG, TOCANTINS, Leandro (1979) Formação histórica do Acre. Rio
Presidenta da SEAMG e Profa. do CEFET-MG e o seu Adjunto de Janeiro. Editora Civilização Brasileira.

EDIÇÃO 162 | A MIRA | 68

Você também pode gostar