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Funções

• Uma função é uma regra ou um mecanismo que transforma uma


quantidade em outra ou, dito de outra forma, transforma uma
entrada em uma saída.

Estruturas Discretas x

Funções f

2º. Semestre 2013 y

Uma função pode ser encarada como uma máquina, em que se


introduz uma entrada, aperta-se um botão e uma resposta é
obtida.

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Entradas e Saídas Propriedade da Consistência


• As entradas e saídas de uma função muitas vezes são • É essencial que a função forneça sempre a mesma resposta
números, mas podem ser outros objetos, como: para a mesma entrada.

• Assim, se uma determinada saída for gerada quando uma


– cadeias de caracteres, entrada for introduzida em uma função, essa mesma saída
terá que ser obtida sempre que essa mesma entrada for
– figuras geométricas, novamente apresentado à função.
– conjuntos,
– outros objetos. • Essa é uma propriedade básica da função e é chamada de
propriedade da consistência.

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Definição de funções Definições de função por uma regra geral

A função pode ser definida: • Quando a função é definida por uma regra de associação entre entradas
• Por uma regra geral que define explicitamente como gerar saídas a e saídas, essa função é expressa por uma fórmula matemática.
partir das entradas. • Nesse caso usamos variáveis para representar os valores de entrada e
de saída.
– Por exemplo, podemos definir uma função que, dado um número natural, calcula e • Por exemplo - Função quadrado:
“devolve” como saída o dobro desse número. O cálculo do dobro é então a regra
pela qual eu obtenho a saída, a partir da entrada.
• f(x) = x2 (x é a variável e f é a função – Lê-se: f de x é igual a x
– Essa é a forma mais conhecida de definir uma função elevado ao quadrado).
• x → x2 (x “vai em” x2)
• Como um conjunto de pares de entrada e saída sem definição da • y=x 2 ( x representa o valor de entrada e y representa o valor
regra que associa as entradas às saídas. de saída, calculado a partir de x. Por essa razão dizemos que x é a
variável independente e y é a variável dependente nessa função)

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Definição de função como um conjunto de pares


Definição genérica de função

• Podemos definir função, que chamamos de f, como um • Restrição básica que se impõe a uma relação para que ela seja também
tipo especial de relação (conjunto de pares ordenados) uma função:
afirmando que:
não é possível ter mais de um par de valores com o primeiro elemento
• Uma relação f é chamada função desde que igual e o segundo diferente.

(a,b) ∈ f e (a,c) ∈ f implique b=c.


• Isso equivale a dizer que a função tem que satisfazer a propriedade da
consistência:
(Para nomes de funções são usadas as letras do meio do
alfabeto, como f, g, h.) não é permitido que a mesma entrada gere saídas diferentes.

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Exemplos Notação de função
• A notação na forma de pares, como se usa para relações, não é a
• f = {(1,2), (2,3), (3,1), (4,7)} preferida quando tratamos de funções.

é uma função, pois não existe mais de um par com o primeiro elemento • Podemos definir a notação de função como:
igual.

• Seja f uma função e seja a um objeto. A notação f(a) é definida


• g = {(1,2), (1,3), (4,7)} desde que exista um objeto b tal que (a,b) ∈ f. Nesse caso, f(a) = b.
Se não existir par ordenado (a, -) em f, f(a) não está definida.
não é uma função, pois os pares (1,2) e (1,3) estão na relação, o que não
satisfaz a restrição colocada anteriormente, para que uma relação • Logo, a notação (1,2) ∈ f é equivalente a notação f(1) = 2.
seja uma função.

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Exemplos Domínio e Imagem


• Na função f = {(1,2), (2,3), (3,1), (4,7)} • Seja f uma função.
temos:
f(1) = 2, f(2) = 3, f(3) = 1, f(4) = 7.
• O conjunto de todos os primeiros elementos possíveis dos
pares ordenados de f é chamado de domínio de f, denotado
por dom f.
• b) Na função g = {(1,2), (3,2), (4,7)}
temos:
f(1) = 2, f(3) = 2, f(4) = 7. • O conjunto de todos os segundos elementos possíveis dos
pares ordenados de f se chama imagem de f, denotado por im
f.

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Exemplos
• Em outra notação:
• a) f = {(1,2), (2,3), (3,1), (4,7)}
dom f = {1, 2, 3, 4} e im f = {2, 3, 1, 7}
dom f = {a | ∃b, (a, b) ∈ f} e
im f = {b | ∃a, (a, b) ∈ f}
• b) f = {(1,a), (2,b), (3,c), (4,a), (5,c)}
dom f = {1, 2, 3, 4, 5} e im f = {a, b, c}
ou

dom f = {a | f (a) está definido} e


im f = {b | b = f(a) para algum a}

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Função de um conjunto A para um conjunto B

• c) f = {(1,1), (2,2), (3,3), (4,4), (5,5)} • Até este momento tratamos uma função como um
dom f = {1, 2, 3, 4, 5} e im f = {1, 2, 3, 4, 5} conjunto de pares e definimos o domínio e a imagem de
uma função. Agora vamos definir uma função de um
• d) f = {(x,y)| x, y ∈ Z, y = x2} conjunto para outro.
O domínio de f é o conjunto de todos os inteiros;
A imagem de f é o conjunto de todos os quadrados perfeitos. • Seja f uma função e sejam os conjuntos A e B. Dizemos
que f é uma função de A para B se
dom f = A e im f ⊆ B. Escrevemos:

f:A→B

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Exemplo
• Sejam A ={ a, b, c, d} e B = {r, s, t, u}.
•Dizemos também que: • Definimos uma função f de A para B por:

“f é uma aplicação de A em B”. f:A→B

•O conjunto B pode ser chamado de contra-domínio f = {(a,s), (b,u), (c,r), (d,s)}


de f.
• Note que a imagem de f está contida em B, mas não é exatamente igual a
B:
im f = {r, s, u}.

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Representação gráfica de funções Gráficos de funções de R para R

• Existem duas formas para se representar graficamente as • Considere uma função f de R para R. A função f é um conjunto
funções: de pares e f é um subconjunto de R × R = R2 .

• Gráficos no plano cartesiano: • R2 pode ser representado pelo conjunto de pontos no plano.
– São maneiras de visualizamos funções cujas entradas e saídas são
Para traçar o gráfico de uma função, marcamos um ponto no
números reais. plano das coordenadas (x,f(x)) para todo x ∈ dom f.

• Diagramas de setas: • Os valores de entrada da função são assinalados no eixo x e


– São usados para representar funções sobre conjuntos finitos ou os valores de saída são assinalados no eixo y.
sobre os conjuntos N e Z.

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Teste da reta vertical
a) f : R → R b) f : R → R • Para que f seja uma função, é necessário que cada entrada x esteja
f(x) = x+2 f(x) = x2 associada a apenas uma saída y.

y
• Com a representação gráfica podemos verificar se um gráfico representa
f f uma função, usando o teste da reta vertical:
y=f(x)=x+2
y=f(x)=x2
• qualquer reta vertical traçada no plano só pode interceptar o gráfico de
uma função no máximo em um ponto.
x x x
x
• De fato, se uma reta vertical interceptar o gráfico da função em mais de
um ponto, significa que existe mais de um valor de saída associado a
a) b) cada valor de entrada.
Gráficos de funções a) f(x) = x+2; b) f(x) = x2

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Representação gráfica para funções Exemplo


sobre conjuntos finitos
• Para conjuntos A e B finitos, a maneira de representar graficamente f: A → B
funções f: A → B é pelo diagrama de setas, semelhante ao usado f = {(a,s), (b,u), (c,r), (d,s)}
para representar relações.
a
r
• Desenha-se um conjunto de pontos para A, à esquerda e um
conjunto de pontos para B à direita. b
s

• Traça-se uma seta de a para b quando f(a) = b. c


t

• Todo ponto à esquerda (em A) tem exatamente uma seta partindo d


dele e terminando à direita (em B). u
A B

• É possível que um ou mais elementos de B não sejam apontados por


nenhum seta no diagrama. Diagrama de setas da função f do Exemplo

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Observação Função Identidade
• Nem todas as funções podem ser representadas adequadamente
• Seja A um conjunto qualquer.
com gráficos, seja o gráfico de coordenadas ou o diagrama de setas.
Por exemplo:
• A função de A em A que associa cada elemento a si mesmo é dita
função identidade em A, usualmente denotada por 1A.
f : 2A → N definida por f(x) = |x|

1A(a) = a
• (A cada subconjunto x de A, a função f associa um número natural
que é o seu tamanho.) • Exemplo :
Seja A = R.
• Não há maneira prática de representar essa função como um gráfico. A função identidade sobre os reais é a função 1R(x) = x

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Gráfico Composição de funções


• Operações podem ser aplicadas sobre funções, produzindo, como
y resultado, novas funções.

f • A composição de funções é uma operação sobre funções


y=f(x)=x
• Considere as funções f: A → B e g: B → C.

x x • Podemos definir uma nova função de A para C, denominada


composição de f e g denotada por g ° f como:

(g ° f) (a) ≡ g(f(a))
Gráfico da função identidade.

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Exemplo
• A composição de funções g ° f corresponde a aplicação das duas
A = {1, 2, 3} B = {2, 4, 6, 8} C = {a, b, c}
funções originais em sequência: aplicação da função f e, em seguida,
aplicação da função g no resultado obtido com a aplicação da f.
f: A → B com f = {(1,2), (2,4), (3,6)}
• Para aplicar a composição, um dos requisitos necessários é que a g: B → C com g = {(2,a), (4,c), (6,a), (8,b)}
imagem da primeira função esteja contida no domínio da segunda
função. Como a composição de f e g é definida por (g ° f) (a) = g(f(a)), temos:
(g ° f) (1) = g(f(1)) = g(2) = a
• O resultado da composição é uma nova função h de A para C, ou (g ° f) (2) = g(f(2)) = g(4) = c
seja: (g ° f) (3) = g(f(3)) = g(6) = a

h: A → C com h(a) = g(f(a)). Logo, (g ° f) : A → C com (g ° f) = {(1,a), (2,c), (3,a)}

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Exemplo
• A função f está definida para todos os elementos do domínio A – o que é
uma exigência da definição de funções – mas tem um elemento
“sobrando” no conjunto B. f: Z → Z com f(x) = x+1
g: Z → Z com g(x) = x2
• Essa situação pode ocorrer e não impede o cálculo da composição das
duas funções. (g ° f) : Z → Z

• Já a função g está também definida sobre todos os elementos de B (dom g (g ° f) (x) = g(f(x)) = g(x+1) = (x+1)2
= B), mas não é necessário que esteja para calcular a composição.
h(x) = (g ° f) (x) = (x+1)2
• Quando a composição de f e g é calculada, notamos que a função (g ° f)
está definida para todos os elementos de A, mas fica “sobrando” o
elemento b em C, ou seja, nenhuma entrada da função composta (g ° f)
gera como resultado o valor b.

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Funções Inversas
• Situações particulares acontecem quando a composição • Funções inversas são calculadas de forma semelhante às relações
de funções envolve a função identidade. Considere uma inversas.
função qualquer
• Funções são relações de um tipo especial, logo, podemos também
f: A → B. Então, considerar a inversa de uma função f, denotada por f-1, invertendo a
ordem dos pares da função.
f ° 1A = f e 1B ° f = f
• Se f é uma função de A para B, f -1 será uma função de B para A?

• onde 1A e 1B são as funções identidade em A e B,


respectivamente. • Nem sempre a inversa de uma função é também uma
função

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Exemplo
Sejam A = {0, 1, 2, 3, 4} e B = {5, 6, 7, 8, 9} • Não é uma função por duas razões:
f: A → B
• 1) Tanto (7,1) como (7,4) estão em f -1 , o que fere a propriedade de
f = {(0,5), (1,7), (2,8), (3,9), (4,7)} consistência de funções, já que temos o mesmo valor de entrada 7
levando a duas saídas diferentes, 1 e 4.
Calculando a f -1:
• 2) dom f -1 = {5, 7, 8, 9} ≠ B, o que significa que f -1 não está definida para
f -1 = {(5,0), (7,1), (8,2), (9,3), (7,4)} todos os elementos do domínio, que é o conjunto B. Nesse exemplo, f -1
não está definida para o elemento 6.

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Propriedades de Funções

• A inversa de uma função f de A para B não é necessariamente uma função • Função injetiva
de B para A.

• A inversa de f será uma função se a função f tiver certas características • Uma função f: A → B é dita injetiva (ou injetora, ou um-
específicas, caso contrário, sua inversa será uma relação. a-um), denotada por 1-1, se elementos diferentes do
domínio A têm imagens distintas, ou seja, se f(a) = f(b)
implica a = b. Em outras palavras, se a ≠ b, então f(a) ≠
f(b).

• Uma função injetiva também é chamada de injeção.

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Exemplos
a
A = {1, 2, 3, 4} e B = {1, 2, 3, 4, 5}. 1 r
1
f:A→B
b
f = {(1,2), (2,5), (3,1), (4,4)} 2 s
É injetiva, pois não tem mais que um par com o primeiro elemento 2
diferente e o segundo elemento igual. c
3 t
3
A = {a, b, c, d} e B = {r, s, t, u}. 4 d
f:A→B 4 u
5
f = {(a,s), (b,u), (c,r), (d,s)} A B
A B
NÃO é injetiva, pois o elemento a e o elemento d do conjunto A levam Função NÃO injetiva – elemento s
ao mesmo elemento s do conjunto B. Função injetiva – cada elemento de
B tem uma só seta chegandp nele tem duas setas chegandp nele

Diagrama de setas das funções do Exemplo

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Esquema de prova
Provar que uma função é um-a-um Exemplos
• Mostrar que f é um-a-um: a) Seja f : Z → Z definida por f(x) = 3x+4
Mostrar que f é um-a-um:
• Método direto:
• Supor que f(x) = f(y) e mostrar que x = y. Sejam x e y inteiros. Suponhamos f(x) = f(y).
Então 3x+4 = 3y+4.
• Contrapositiva: Sobtraindo 4 de ambos os lados, temos 3x = 3y.
• Supor que x ≠ y, e mostrar que f(x) ≠ f(y). Dividindo ambos os lados por 3, temos x = y.
Portanto, f é um-a-um.
• Contradição:
• Supor que f(x) = f(y) e que x ≠ y, mostrar que chega a uma
contradição

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Função sobrejetiva Exemplo


a) A = {0, 1, 2, 3, 4} e B = {5, 7, 8, 9}
• Uma função f: A → B é dita sobrejetiva (ou sobrejetora,
f: A → B
ou sobre) se todo elemento de B é imagem de algum
f = {(0,5), (1,7), (2,8), (3,9), (4,7)}
elemento de A, ou seja, para todo b ∈ B, existe um a ∈ A
tal que f(a) = b, ou ainda, se im f = B.
É sobrejetiva, pois todos os elementos de B são imagem de algum
elemento de A.
• Uma função sobrejetiva também é chamada de
sobrejeção. b) A ={ a, b, c, d} e B = {r, s, t, u}.
f:A→B
f = {(a,s), (b,u), (c,r), (d,s)}

NÃO é sobrejetiva, pois o elemento t ∈ B não é imagem de nenhum


elemento de A.
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Esquema de prova
Exemplo Provar que uma função é sobre
c) f: R → R • Mostrar que f: A → B é sobre:
f (x) = x-1

É sobrejetiva, pois todos os elementos de R são imagem de algum


• Método direto:
elemento de R.
– Seja b um elemento arbitrário de B. Explicar como achar ou construir
d) f : Z → Z um elemento de a de modo que f(a) = b.
f (x) = 2x

NÃO é sobrejetiva, pois os elementos ímpares não são imagem de


nenhum elemento de Z.

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Exemplo Função inversível


f: Z → Z com f (x) = x-1
• Uma função f: A → B é dita inversível se a relação inversa é uma
função de B para A.
Seja y um elemento arbitrário de Z.
Seja x = y+1.
• Para afirmar que a inversa de uma função também é uma função,
Então f(x) = f(y+1) = y+1-1 = y.
precisamos das propriedades de funções conhecidas.
Logo, f é sobrejetiva.
Teorema
f : Z → Z com f (x) = 2x
• Uma função f: A → B é inversível se e somente se f é injetiva e
Seja y = 3. Vamos tentar encontrar x tal que f(x) = 3. sobrejetiva.
Se f(x) = 3, então 2x = 3. Como 3 é ímpar, não existe x inteiro tal que
2x=3.
Logo, f não é sobrejetiva.

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Função bijetiva Exemplo
• Quando as propriedades de injetividade e sobrejetividade estão presentes a) A = {1, 2, 3, 4, 5} B = {a, b, c, d, e}
ao mesmo tempo, temos um caso específico chamado de bijetividade.
f = {(1,a), (2,e), (3,b), (4,c), (5,d)}
• Uma função f: A → B uma função bijetiva (ou bijetora) se é ao mesmo É bijetiva.
tempo injetiva e sobrejetiva.
b) Seja A o conjunto dos inteiros pares e
• A função bijetiva é chamada de bijeção.
B o conjunto dos inteiros ímpares.
A função f: A → B definida por f(x) = x+1 é uma bijeção.

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Esquema de prova Exemplo


Provar que f é bijetiva
Seja A o conjunto dos inteiros pares e B o conjunto dos inteiros ímpares. A
• Provar que f: A → B é uma bijeção: função f: A → B definida por f(x) = x+1 é uma bijeção.
Para provar que f é uma bijeção, Devemos provar que f é um-a-um e
sobre.
– Provar que f é um-a-um.
• Provar que f é um-a-um:
– Provar que f é sobre. – Suponhamos f(x) = f(y) com x e y inteiros pares.
– Então f(x) = f(y) ⇒ x+1 = y+1 ⇒ x = y . Logo, f é um-a-um.

• Provar que f é sobre:


– Seja b um inteiro ímpar. Por definição, b = 2k+1 para algum inteiro k.
– Seja a = 2k. Obviamente, a é par.
– Então f(a) = a+1 = 2k + 1 = b. Logo, f é sobre.
• Como f é um-a-um e é sobre, f é uma bijeção.

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Funções sobre conjuntos finitos e propriedades

• Queremos verificar qual a relação entre o número de elementos de A e B e


as propriedades de funções. Proposição

• Vamos verificar algumas situações possíveis sempre com A e B finitos, Sejam A e B conjuntos finitos e seja f : A → B. Se |A| > |B|, então f não
sendo |A| = a e |B| = b. Nessas condições podemos afirmar: é um-a-um. Se |A| < |B|, então f não é sobre.

• Se |A| > |B| então f não pode ser um-a-um. Como decorrência dessa proposição, podemos afirmar que:

• Se |A| < |B| então f não pode ser sobre. se f : A → B é um-a-um, então |A| ≤ |B| e

se f : A → B é sobre, então |A| ≥ |B|.

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Algumas Funções Especiais


Funções Floor e Ceiling
O que podemos afirmar sobre o número de elementos de A e B
se a função for bijetiva? A próxima proposição dá a resposta
A função Floor (ou piso) associa um número real ao maior valor inteiro que não
para essa pergunta. ultrapasse esse valor real.

A função ceiling (ou função teto) associa um número real ao menor valor inteiro
Proposição que ultrapasse esse valor real.

Sejam A e B conjuntos finitos e seja f : A → B. Seja x um número real qualquer. Então x está entre dois inteiros:
Se f é uma bijeção, então |A| = |B|.
x , dito floor de x, denota o maior inteiro n tal que n ≤ x.

 x, dito ceiling de x, denota o menor inteiro n tal que n ≥ x (n não é


menor do que x).
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Função valor inteiro
Seja x um número real qualquer. O valor inteiro de x, escrito INT(x), converte
Se x é um inteiro, x = x = x; x em um inteiro truncando a parte fracionária do número.

caso contrário, x + 1 = x. INT(3,17) = 3


INT(-8,5) = -8
Exemplos:
Observe que INT(x) = x se x é positivo e
3,14 = 3 -8,5 = -9 3 = 3
INT(x) = x se x é negativo.
3,14 = 4 -8,5 = -8 3 = 3

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Função valor absoluto


O valor absoluto de um número real x, denotado por ABS(x), ou |x| é
definido como sendo o maior dos valores entre x e –x.

Observe que ABS(0) = 0


ABS(x) = x para x positivo, x ≠ 0
ABS(x) = -x para x negativo, x ≠ 0
|x| = |-x|

Exemplos: |-15| = 15, |6| = 6, |4,56| = 4,56

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