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Estruturas Discretas x
Funções f
A função pode ser definida: • Quando a função é definida por uma regra de associação entre entradas
• Por uma regra geral que define explicitamente como gerar saídas a e saídas, essa função é expressa por uma fórmula matemática.
partir das entradas. • Nesse caso usamos variáveis para representar os valores de entrada e
de saída.
– Por exemplo, podemos definir uma função que, dado um número natural, calcula e • Por exemplo - Função quadrado:
“devolve” como saída o dobro desse número. O cálculo do dobro é então a regra
pela qual eu obtenho a saída, a partir da entrada.
• f(x) = x2 (x é a variável e f é a função – Lê-se: f de x é igual a x
– Essa é a forma mais conhecida de definir uma função elevado ao quadrado).
• x → x2 (x “vai em” x2)
• Como um conjunto de pares de entrada e saída sem definição da • y=x 2 ( x representa o valor de entrada e y representa o valor
regra que associa as entradas às saídas. de saída, calculado a partir de x. Por essa razão dizemos que x é a
variável independente e y é a variável dependente nessa função)
• Podemos definir função, que chamamos de f, como um • Restrição básica que se impõe a uma relação para que ela seja também
tipo especial de relação (conjunto de pares ordenados) uma função:
afirmando que:
não é possível ter mais de um par de valores com o primeiro elemento
• Uma relação f é chamada função desde que igual e o segundo diferente.
é uma função, pois não existe mais de um par com o primeiro elemento • Podemos definir a notação de função como:
igual.
• c) f = {(1,1), (2,2), (3,3), (4,4), (5,5)} • Até este momento tratamos uma função como um
dom f = {1, 2, 3, 4, 5} e im f = {1, 2, 3, 4, 5} conjunto de pares e definimos o domínio e a imagem de
uma função. Agora vamos definir uma função de um
• d) f = {(x,y)| x, y ∈ Z, y = x2} conjunto para outro.
O domínio de f é o conjunto de todos os inteiros;
A imagem de f é o conjunto de todos os quadrados perfeitos. • Seja f uma função e sejam os conjuntos A e B. Dizemos
que f é uma função de A para B se
dom f = A e im f ⊆ B. Escrevemos:
f:A→B
• Existem duas formas para se representar graficamente as • Considere uma função f de R para R. A função f é um conjunto
funções: de pares e f é um subconjunto de R × R = R2 .
• Gráficos no plano cartesiano: • R2 pode ser representado pelo conjunto de pontos no plano.
– São maneiras de visualizamos funções cujas entradas e saídas são
Para traçar o gráfico de uma função, marcamos um ponto no
números reais. plano das coordenadas (x,f(x)) para todo x ∈ dom f.
y
• Com a representação gráfica podemos verificar se um gráfico representa
f f uma função, usando o teste da reta vertical:
y=f(x)=x+2
y=f(x)=x2
• qualquer reta vertical traçada no plano só pode interceptar o gráfico de
uma função no máximo em um ponto.
x x x
x
• De fato, se uma reta vertical interceptar o gráfico da função em mais de
um ponto, significa que existe mais de um valor de saída associado a
a) b) cada valor de entrada.
Gráficos de funções a) f(x) = x+2; b) f(x) = x2
1A(a) = a
• (A cada subconjunto x de A, a função f associa um número natural
que é o seu tamanho.) • Exemplo :
Seja A = R.
• Não há maneira prática de representar essa função como um gráfico. A função identidade sobre os reais é a função 1R(x) = x
(g ° f) (a) ≡ g(f(a))
Gráfico da função identidade.
Exemplo
• A função f está definida para todos os elementos do domínio A – o que é
uma exigência da definição de funções – mas tem um elemento
“sobrando” no conjunto B. f: Z → Z com f(x) = x+1
g: Z → Z com g(x) = x2
• Essa situação pode ocorrer e não impede o cálculo da composição das
duas funções. (g ° f) : Z → Z
• Já a função g está também definida sobre todos os elementos de B (dom g (g ° f) (x) = g(f(x)) = g(x+1) = (x+1)2
= B), mas não é necessário que esteja para calcular a composição.
h(x) = (g ° f) (x) = (x+1)2
• Quando a composição de f e g é calculada, notamos que a função (g ° f)
está definida para todos os elementos de A, mas fica “sobrando” o
elemento b em C, ou seja, nenhuma entrada da função composta (g ° f)
gera como resultado o valor b.
Exemplo
Sejam A = {0, 1, 2, 3, 4} e B = {5, 6, 7, 8, 9} • Não é uma função por duas razões:
f: A → B
• 1) Tanto (7,1) como (7,4) estão em f -1 , o que fere a propriedade de
f = {(0,5), (1,7), (2,8), (3,9), (4,7)} consistência de funções, já que temos o mesmo valor de entrada 7
levando a duas saídas diferentes, 1 e 4.
Calculando a f -1:
• 2) dom f -1 = {5, 7, 8, 9} ≠ B, o que significa que f -1 não está definida para
f -1 = {(5,0), (7,1), (8,2), (9,3), (7,4)} todos os elementos do domínio, que é o conjunto B. Nesse exemplo, f -1
não está definida para o elemento 6.
• A inversa de uma função f de A para B não é necessariamente uma função • Função injetiva
de B para A.
• A inversa de f será uma função se a função f tiver certas características • Uma função f: A → B é dita injetiva (ou injetora, ou um-
específicas, caso contrário, sua inversa será uma relação. a-um), denotada por 1-1, se elementos diferentes do
domínio A têm imagens distintas, ou seja, se f(a) = f(b)
implica a = b. Em outras palavras, se a ≠ b, então f(a) ≠
f(b).
Exemplos
a
A = {1, 2, 3, 4} e B = {1, 2, 3, 4, 5}. 1 r
1
f:A→B
b
f = {(1,2), (2,5), (3,1), (4,4)} 2 s
É injetiva, pois não tem mais que um par com o primeiro elemento 2
diferente e o segundo elemento igual. c
3 t
3
A = {a, b, c, d} e B = {r, s, t, u}. 4 d
f:A→B 4 u
5
f = {(a,s), (b,u), (c,r), (d,s)} A B
A B
NÃO é injetiva, pois o elemento a e o elemento d do conjunto A levam Função NÃO injetiva – elemento s
ao mesmo elemento s do conjunto B. Função injetiva – cada elemento de
B tem uma só seta chegandp nele tem duas setas chegandp nele
• Vamos verificar algumas situações possíveis sempre com A e B finitos, Sejam A e B conjuntos finitos e seja f : A → B. Se |A| > |B|, então f não
sendo |A| = a e |B| = b. Nessas condições podemos afirmar: é um-a-um. Se |A| < |B|, então f não é sobre.
• Se |A| > |B| então f não pode ser um-a-um. Como decorrência dessa proposição, podemos afirmar que:
• Se |A| < |B| então f não pode ser sobre. se f : A → B é um-a-um, então |A| ≤ |B| e
A função ceiling (ou função teto) associa um número real ao menor valor inteiro
Proposição que ultrapasse esse valor real.
Sejam A e B conjuntos finitos e seja f : A → B. Seja x um número real qualquer. Então x está entre dois inteiros:
Se f é uma bijeção, então |A| = |B|.
x , dito floor de x, denota o maior inteiro n tal que n ≤ x.
HAC ED 2013 59