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Disciplina: Refrigeração e ar condicionado

Professora Dra: Thaís dos Santos Pegoretti

Refrigeração e Ar Condicionado

Aula 6: Torres de resfriamento - forma


ideal para atendimento de processos de
resfriamento
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Torres de resfriamento:
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Torres de resfriamento:

Torre de resfriamento
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Torres de resfriamento:

• Têm como função arrefecer a água utilizada na condensação


dos fluidos refrigerantes.

• O modo pelo qual se dá a condensação do fluido refrigerante


define dois tipos de equipamento: os de condensação a ar e
os de condensação a água.

• Nos sistemas de condensação a água, a torre de resfriamento


é um equipamento fundamental.

• Algumas torres são bem grandes, já que fornecem 1600TR de


capacidade de resfriamento.
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Torres de resfriamento:

• A maior parte do resfriamento que ocorre na torre resulta da


evaporação de parte da água conforme ela cai através da
torre.

• Quanto menor a Temperatura de Bulbo Úmido (TBU) do ar de


entrada, maior a eficiência da torre de resfriamento.

A temperatura de bulbo úmido é a


temperatura mais baixa que pode ser
alcançada apenas pela evaporação da
água.
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Torres de resfriamento:

• Em termos práticos, é impossível atingir a temperatura do ar.


Na maioria dos casos, a temperatura da água que deixa a
torre situa-se ente 4 e 6 oC acima da temperatura do ar.

• A faixa de operação da torre é a temperatura da água que


entra menos a temperatura da água que sai. Esta faixa deve
ser ajustada à operação do condensador para uma eficiência
máxima.
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Torres de resfriamento:

Fatores que influenciam sua eficiência:

- Diferença média entre a pressão de vapor do ar e a pressão


da água na torre.
- Tempo de exposição e quantidade de superfície de água
exposta ao ar.
- Velocidade do ar através da torre.
- Direção do fluxo de ar em relação à superfície exposta da
água (paralelo, transversal ou concorrente).
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Torres de resfriamento:
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Torres de resfriamento

A água quente oriunda do condensador


circula pela torre, entrando pela parte
superior, é distribuída através de
borrifadores pela gravidade desde ao
tanque coletor, onde é succionada por
uma bomba. O nível do tanque é
mantido com torneira de bóia. Assim a
água resfriada volta ao condensador de
modo contínuo e uniforme, de que o
calor cedido pelo fluído frigorígeno a
água de circulação é lançado ao ar na
torre.
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Torres de resfriamento

Elas são classificadas de acordo com o método de mover o ar em seu


interior:

Torre de arrefecimento por corrente natural: a água quente é pulverizada


sobre a camada de ar e cai por gravidade para a bacia coletora. Esse sistema
necessita de um espaço totalmente aberto para a corrente de ar natural.
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Torres de resfriamento:

Torre de arrefecimento por corrente de ar induzida: há a presença de um


ventilador no topo, que leva o ar atmosférico subir através da torre a medida
que a água quente cai. Seus principais componentes são:
- Ventilador: aspira o ar necessário e o descarrega mais úmido para o meio
externo
- Eliminador de gotas
- Motor do ventilador
- Borrifador de água
- Enchimento: armação entrelaçada, fabricada de materiais plásticos e
colocada no interior da torre.
- Filtro: localizado na saída da torre
- Tanque de água: onde se coleta a água arrefecida
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Torres de resfriamento:

Torre de arrefecimento por corrente de ar induzida: enchimento

O enchimento é fundamental para uma eficiente troca de calor e massa


entre água e ar. O enchimento detém a queda direta da água, aumentando a
superfície de troca e o tempo de contato.
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Torres de resfriamento:

Terminologia dos sistemas de resfriamento:

Faixa de resfriamento: é o número de graus em Fahrenheit nos quais a água


é resfriada na torre de resfriamento, ou seja, é a diferença entre a
temperatura da água quente que entra na torre e a temperatura da água fria
que sai da torre.

Aproximação (approach): é a diferença em graus Fahrenheit entre a


temperatura da água fria que deixa a torre de resfriamento e a temperatura
de bulbo úmido do ar nas vizinhanças

Carga térmica: é a quantidade de calor “jogado fora” (rejeitado) pela torre


de resfriamento em Btu por hora (ou por minuto). Ela é igual à quantidade
em libras da água circulada multiplicada pela taxa de resfriamento.
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Torres de resfriamento:

Terminologia dos sistemas de resfriamento:

Desvio (drift): é a pequena quantidade de água perdida sob a forma de finas


gotículas arrastada pelo ar de circulação. Ela é independente da perda por
evaporação e deve ser somada a essa parda.

Carga manométrica (head): é a pressão requerida para elevar a água quente


de retorno ano nível da base da torre até o alto da torre e forçá-la através do
sistema de distribuição.

Sangria ou purga: é a perda contínua ou intermitente de uma pequena


fração de água de circulação para evitar o aumento e a concentração de
substâncias químicas causadoras de incrustações na água.
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Torres de resfriamento:

Terminologia dos sistemas de resfriamento:

Reposição: é a quantidade de água necessária para substituir a água perdida


por evaporação, desvio ou sangria.
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Projeto de torres de resfriamento:

Apesar de os fabricantes fornecerem as especificações de suas torres de


resfriamento, existem alguns pontos importantes a serem lembrados:

- Em termos de toneladas de refrigeração (TR), a torre deve ser calculada


para a mesma capacidade do condensador;

- A temperatura de bulbo úmido deve ser conhecida;

- A temperatura da água que entra ou que deixa a torre deve ser


conhecida. A temperatura da água fria deve ser a temperatura da água
que entra no condensador.
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Projeto de torres de resfriamento:

Em geral, os materiais de construção de maior qualidade são:


Madeira, concreto, aço inoxidável e fibra de vidro.

Elas têm uma expectativa de vida de 20 a 30 anos, se bem cuidadas.

Problemas de manutenção:

- Produtos químicos são empregados para controlar o crescimento de


bactérias e outras substâncias.

- Incrustrações nos tubos e em partes das torres devem ser controladas


com produtos químicos.
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Projeto de torres de resfriamento:

• A capacidade de resfriamento de uma torre de arrefecimento é dada pela


equação:

𝑃𝑡𝑜𝑟𝑟𝑒 = 𝜌𝑎𝑔 𝑄𝑎𝑔 𝑐á𝑔𝑢𝑎 𝑇𝑒 − 𝑇𝑠

Onde:

𝑃𝑡𝑜𝑟𝑟𝑒 = 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑓𝑟𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑡𝑜𝑟𝑟𝑒


𝜌𝑎𝑔 = 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎
𝑄𝑎𝑔 = vazão da água circulada pela torre
𝑐á𝑔𝑢𝑎 = calor específico da água
𝑇𝑒 = temperatura da água na entrada da torre
𝑇𝑠 = temperatura da água na saída da torre
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Projeto de torres de resfriamento:

Exemplo de aplicação:

Considere um sistema de refrigeração operando com R134a


com pressões de descarga de 1000 kPa e de sucção de 200 kPa.
A condensação do sistema é a água. Para tanto, o consumo de
água no condensador é de 3,5 litros por segundo, sendo a
temperatura de entrada da água 25oC e de saída de 32 oC. A
sucção ocorre com 5 oC de superaquecimento ocorrido em um
trocador de calor localizado após o evaporador. A temperatura
do fluido refrigerante na saída do condensador é de 35 oC.
Utilizando o método gráfico, calcular a capacidade de
refrigeração do sistema e a potência de refrigeração.
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Projeto de torres de resfriamento:

Exemplo de aplicação:
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Projeto de torres de resfriamento:


Método gráfico: diagrama P vs h do R134a
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Projeto de torres de resfriamento:

Método gráfico: diagrama P vs h do R134a


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Projeto de torres de resfriamento:

Exemplo de aplicação:
𝑄𝑒 = 𝑚 ℎ1 − ℎ4´

𝑄𝑠 = 𝑚 ℎ2´ − ℎ3

Ponto 1´ = h = 400 kJ/kg Ponto 1 = hvapor = 390 kJ/kg

Ponto 2´ = h = 435 kJ/kg Pontos 3´e 4´= 250 kJ/kg


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Projeto de torres de resfriamento:

Exemplo de aplicação:

Cálculo do fluxo de massa do fluido refrigerante:


Dados necessários: ρagua = 1000 kg/m3, 𝑐𝑎𝑔𝑢𝑎 = 4200 𝐽/𝑘𝑔𝑜𝐶

𝑄𝐶 = 𝑄𝑎𝑔𝑢𝑎 = 𝑚𝑎𝑔 . 𝑐𝑎𝑔 . ∆𝑇𝑎𝑔 = 102,9 kW

O fluxo de massa
𝑄𝐶 102,9
𝑚= = = 0,55𝑘𝑔/𝑠
ℎ2´ −ℎ3 435−250
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Projeto de torres de resfriamento:

Exemplo de aplicação:

A capacidade/potência de refrigeração é dada por:

𝑄𝑒 =0,55. 390 − 250 = 77𝑘𝑊

A potência teórica de compressão é dada por:

𝑊𝑐 =0,55. 435 − 400 = 19,2𝑘𝑊


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