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Aliás, nas considerações técnicas do actual Plano Oficial de Contabilidade (POC) Português,
aprovado em finais de 1989, diz-se:
Por isso as obras actuais que falam na Contabilidade de Custos ou Analítica dizendo que é
tradicional, e dando relevo à Contabilidade de Gestão, têm por base muitas vezes a evolução vivida nas
fortes empresas Norte Americanas, Japonesas e dos países mais desenvolvidos na União Europeia.
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gestão racional, carece de operacionalidade na planificação, no controlo e na tomada de decisões pelos
gestores e empresários.
Porém, este detalhe económico incide sobre o desenvolvimento de cada uma das várias
actividades, de cada um dos centros de responsabilidade, de cada uma das suas famílias de bens
produzidos, dos diferentes produtos e dos serviços prestados.
Mas a Contabilidade Analítica não só pode ficar-se pelo estudo dos aspectos internos da
empresa. Este sub-sistema contabilístico tem de passar a interessar-se cada vez mais, pelos mercados e
canais de distribuição possibilitando a realização de estudos sectoriais de rentabilidade comercial e
contas de exploração elementares, actividade por actividade e segmento de mercado por segmento,
zona geográfica por zona. (Margerin, 1990).
Os registos viabilizados pela Contabilidade Analítica derivam das operações realizadas dentro
da empresa (industrial, comercial, financeira ou de serviços). Esta Contabilidade preocupa-se com a
reclassificação dos custos e dos proveitos por destino, ou seja, pela sua imputação às funções, às
actividades, aos departamentos, aos centros de análise ou às secções produtivas.
O raciocínio de Contribuição dos factores produtivos integra-se na lógica das empresas mais
avançadas, mais organizadas. Não se fica apenas pela imputação e afectação dos custos dos factores
produtivos consumidos aos produtos; as tomadas de decisão pelos gestores têm também por base “(...)
as necessidades financeiras a que esse mercado obriga, nomeadamente o montante em necessidades
de fundo de maneio (...) e dos activos fixos que lhe são exigidos” (Jordan, 1999, p. 114).
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Até hoje, na área da Contabilidade Analítica, não foram publicados planos de contas dos
diferentes sectores de actividade económica, com excepção de sectores e entidades ligadas ao Estado:
Instituições de Segurança Social (1988), Instituições Particulares de Solidariedade Social (1989),
Serviços de Saúde (1991), Serviços Municipalizados e Federações de Municípios (1993), Associações
Mutualistas (1993).
Convirá referir que em 1997 foi aprovado o Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP)
onde fica em aberta a classe 9 para a Contabilidade Analítica, pese embora não se tenham avançado
normas, ficando estas em stand by.
A União Económica e Monetária (UEM) tem sido uma ambição constante da União Europeia
(UE) desde o final da década de 60, uma vez que simboliza a possibilidade de estabilidade monetária e
representa um importante passo no processo de integração europeia.
Num recente estudo realizado pelo Centro Interdisciplinar de Estudos Económicos (CIDEC)
80% do emprego em Portugal concentrava-se em empresas de pequena dimensão. Em muitas destas
empresas concretiza-se uma forma de gestão familiar, levada a cabo por empresários com diminutas
habilitações literárias e com uma insuficiente gestão e organização. Estes dirigentes empresariais
colocam muitos obstáculos à contratação de técnicos da área de contabilidade e de gestão, apostando
maioritariamente em pessoal pouco especializado (Eiras, 2000).
Assim, neste encontro Iberoamericano, se compararmos com o exemplo espanhol, vimos que já
em Agosto 1978 o Governo de Espanha fez o desenvolvimento da classe 9 do Plano de Contabilidade,
dedicado à Contabilidade Analítica. Estabeleceu “el principio de voluntariedad, al dejar al
empresario la libertad de aplicar o no el modelo oficial” (Dopico, 1994, p. 375).
“O actual regime previsto no (...) Estatuto dos Benefícios fiscais foi introduzido como medida
pedagógica incentivadora da adopção voluntária de inventário permanente” (Decreto - Lei n.º 44
/99).
Relativamente aos três limites do art.º 262 do Código das Sociedades Comerciais:
As empresas que tenham ultrapassado dois deles em 1998, terão de aplicar o inventário
permanente no ano 2000; por sua vez, as empresas ficarão dispensadas até ao exercício económico
seguinte ao que excederem dois desses limites (Costa, 1997).
Mas a avaliação das matérias, dos produtos acabados, dos produtos e trabalhos em curso de
fabrico, dos subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos tem de efectuar-se correctamente, nas
unidades fabris. Esta avaliação, assim como a determinação do custo das vendas e dos outros custos
por função, tem de efectuar-se correctamente. “Quem não apura o custo do que fabrica e vende, tem
de contentar-se com contas de cabeça; age por palpites, segue às apalpadelas e acaba, muitas vezes,
por cair numa desorientação completa e frequentemente fatal”. (Silva, 1991, p. 38).
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Mas vejam-se dois exemplos preocupantes que existem na sociedade empresarial portuguesa.
Nas revistas de fiscalidade, contabilidade e gestão as consultas colocadas nos últimos por empresários
ou técnicos de contabilidade, respeitam em exclusivo à relação da Contabilidade Geral com a
Fiscalidade.
Todas as empresas “consideram esta questão como um “problema” que têm obrigatoriamente
de resolver pelo menos uma vez por ano, e que todas elas, à excepção de uma empresa de sector
cerâmico, admitem não o resolver da melhor forma”.
No entanto, convirá assinalar pese embora não seja efectuada a correcta avaliação dos
produtos, a “maior parte dos responsáveis pela avaliação das existências tem conhecimento dos
métodos teoricamente apontados para uma avaliação mais correcta. Contudo, a utilização de tais
métodos equivaleria, na opinião dos responsável inquiridos, a custos excessivos de obtenção de
informação quando comparados com o acréscimo de informação obtida.” (Rodrigues, 2000, p. 45).
Enquanto estes entraves culturais, de formação, e de gestão empresarial, não forem superados,
muitas das empresas portuguesas cairão numa desorientação completa e frequentemente fatal.
Neste trabalho referente à experiência portuguesa, quase seria de dizer que era importante,
nesta etapa e dada a dimensão da empresas, que a Contabilidade Analítica deveria ser manifestamente
aplicada, e que os custos de produção ou dos serviços prestados deveriam ser calculados
correctamente.
Dizendo por outras palavras. Os diferentes métodos de cálculo de resultados obtidos pela
Contabilidade Analítica, dividem-se em dois grandes grupos: Método do Sistema de Custeio Parcial e
Método do Sistema de Custeio Completo (ou Total).
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Em qualquer destes dois métodos, poder-se-á trabalhar com encargos e proveitos históricos,
exprimindo-se uma realidade passada pela empresa, ou, alternativamente, com encargos e proveitos
pré - determinados, portanto, aqueles que a unidade empresarial pensa vir a suportar num período
futuro.
O método Activity - Based Costing (ABC) ou sistema de Custeio Baseado nas Actividades
(CBA), relaciona-se com lógica de gestão das empresas mais avançadas e organizadas, dos países mais
desenvolvidos. Aqui estamos perante a mencionada análise de contribuição, onde se faz a repartição e
a optimização dos encargos indirectos pelos diversos tipos de actividade.
Contudo, com o sistema tradicional, e no caso das empresas não efectuarem produções
elevadas, têm-se custos menos elevados do que se utilizasse o CBA.
Quando as empresas têm volumes de produções elevados e fabricam muitas gamas de produtos,
e apresentam uma gestão rigorosa e actualizada, a implementação do método CBA torna-se mais
rentável, pois consomem unitariamente menos custos não relacionados com o volume de actividade.
Hoje muitos autores dizem que a Contabilidade Analítica não deve ficar pela determinação do
custo de produção, pois “cada vez mais se verifica que os maiores custos das organizações se
encontram fora da área da produção” (Almeida, 1997, p. 10).
O grande crescimento dos custos fora da área da produção, como seja o exemplo dos custos
comerciais, poderão fazer com que estes sejam afectados ou imputados aos produtos ou serviços
prestados.
Em Portugal, segundo os critérios de valorimetria das existências definidos no POC “os custos
de distribuição, de administração geral e os financeiros não são incorporáveis nos custos de
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produção” (DL n.º 410/89, 1989). No entanto, no Plano Contabilístico Francês “os gastos de
distribuição específicos” são “afectáveis aos produtos ou às encomendas a que são reportados” e “os
gastos de distribuição não específicos são imputados às contas de custo integral das encomendas”
(Margerin 1990, p. 70).
2. OS ESTUDOS PREVISIONAIS
Esta situação ter-se-á de aprofundar, pois a Contabilidade Orçamental é uma contabilidade que
permite antecipar o futuro, global e sectorialmente, fazer a associação dos valores constatados com os
previstos, e analisar detalhadamente os desvios entre esses mesmos valores. Consequentemente,
possibilitará aos gestores actuar para corrigir as acções em curso e actualizar as previsões para o
horizonte orçamentado, em função dos primeiros resultados.
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2.2 As Técnicas de Previsão
As empresas que fazem a Contabilidade Orçamental têm de aplicar técnicas de previsão, não de
forma empírica, mas com bases estatísticas adequadas.
A maioria deste tipo de métodos de previsão tem como ponto comum o de partirem de dados
históricos indispensáveis preparados pelos técnicos de contabilidade.
As técnicas mais utilizadas são três: i) as médias móveis, ii) o nivelamento exponencial e iii) a
análise de regressão simples ou múltipla.
O ponto de partida do conjunto destas técnicas é formado por uma sequência histórica de muita
informação relevante, com a ajuda da qual se procura prever o que se passará num período futuro de
curto prazo.
A elaboração de uma previsão baseia-se na hipótese de se poder encontrar uma certa tendência
inerente aos factos realizados, enfim de se poder descobrir uma determinada linha de orientação
relativamente ao que se passou anteriormente.
Posteriormente à identificação dessa tendência, esta servirá como base de previsão para o
período seguinte, o que implica admitir que tal “lei”, que tal tendência, é constante pelo menos em dois
períodos sucessivos.
Vamos agora passar a analisar três tipos de modelos correspondentes às técnicas quantitativas
de previsão, quer ao nível da Contabilidade Analítica, quer ao nível da Contabilidade Orçamental.
Qualquer que seja a técnica utilizada, convém representar graficamente a série cronológica. Na
Figura 1, em anexo, vêm-se exemplos gráficos de modelos por extrapolação.
Estes modelos previsionais admitem que o valor da variável que se pretende prever é calculado
em função de muitas outras variáveis e não somente do período do tempo considerado.
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São os chamados “Modelos Econométricos”, onde se identificam e interligam as variáveis
causais, testa-se a validade deste modelo no passado e aplica-se o modelo no futuro, quando o teste de
validade é satisfatório.
Em vez de estudar-se a evolução cronológica em função da variável tempo, como nos modelos
de série cronológica, agora identificam-se as variáveis causais que influenciam a variável dependente.
Estes modelos caracterizam-se pelo facto de poderem dar informações sobre o grau de
confiança que se pode conceder às previsões.
Convirá assinalar que após a realização de um teste de correlação entre variáveis, um intervalo
de confiança não é tão estreito como aquele que caracterizava essa correlação.
A eficiência da utilização dos métodos estatísticos depende da organização geral das empresas.
Ao nível da Contabilidade Analítica “las estadísticas representam los estados contables de
gestion descriptivos de la actividad realizada en cada período. Son documentos que se obtiene con
rapidez del tratamiento informático de los apuntes básicos (...) sirviendo a los directivos de cada área
funcional para un conocimiento y control previos del posterior y más elaborado análisis del control de
gestión periódico.”(Mallo, 1997, p. 129).
Agora não se aplica um determinado modelo estatístico, mas fazem-se previsões em função
dum julgamento de peritos. Procuram-se definir limites no interior dos quais os diferentes futuros
possíveis se deverão situar.
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Este modo de abordagem não pretende fornecer uma única resposta, nem chegar a um consenso
entre peritos. Pretende, sobretudo, estreitar o mais possível o campo de respostas, possibilitando
opiniões não conformes, desde que justificadas. É um método que pode ser utilizado, tanto interna,
como externamente à empresa.
Temos outros dois tipos de Métodos Qualitativos utilizados em Marketing: o método do Painel
dos Consumidores e o método dos Estudos do Mercado, através de Inquéritos e de Questionários. Aqui
estamos perante a função comercial, que cada vez mais importante para a Contabilidade Analítica e
para a Contabilidade Orçamental. Convirá assinalar que a função comercial, em muitas das grandes
empresas – multinacionais ou não –, nas últimas duas décadas, tem vindo a implicar custos comerciais
que inúmeras vezes ultrapassam os custos de produção.
Cada vez mais as empresas com uma gestão moderna e de rigor utilizam frequentemente, não
todas as técnicas de previsão, mas pelo menos uma combinação entre elas.
Por sua vez, as direcções das empresas elaboram planeamentos e programações em função das
previsões preparadas pelos especialistas dos métodos quantitativos, em confrontação com previsões
intuitivas decorrentes do julgamento de peritos de diferentes centros de responsabilidade.
3. FORMAÇÃO
Nas empresas portuguesas a implementação da Contabilidade Analítica, seja qual for o sistema
de custeio a optar, advém do interesse, da consciencialização, e do alcance que os dirigentes
empresariais colocarem na sua aplicação.
Para este envolvimento dos empresários, técnicos e gestores seja efectivo tornar imprescindível
a dinamização da formação. A formação sobre Contabilidade Analítica e Contabilidade Orçamental
tem de ser bem organizada, apresentada com seguras bases científicas e actualizada.
Neste contexto, vamos fazer uma análise dos objectivos da formação e dos métodos a utilizar
no ensino das tecnologias de Contabilidade Analítica e de Contabilidade Orçamental, quer segundo
meios mais tradicionais, quer on-line.
Evidentemente que a capacidade científica do formador, do orador, assim como a sua aptidão
de ministrar os conhecimentos sobre Contabilidade Analítica, Sistemas de Custeio Tradicionais ou
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Avançados, de forma ordenada e organizada, é outro factor essencial para a consecução de tal eficácia
instrutiva e de aquisição de conhecimentos.
Desde logo, continua ser essencial utilizar os equipamentos e outros recursos mais antigos tais
como o quadro, o giz, os marcadores, os textos, livros, as aplicações práticas, entre outros.
Face a esta célere e generalizada aplicação dos modernos produtos pedagógicos, os formadores
e os professores têm também de preocupar-se com a utilização eficaz e a evolução das novas
tecnologias no ensino dos conhecimentos no campo da Contabilidade e Gestão.
Estas Novas Tecnologias são aplicadas com utilidade em inúmeras instituições de ensino de
muitos países da União Europeia, quotidianamente, e podem agrupar-se em três grandes conjuntos:
A utilização deste tipo de tecnologia não significa a substituição do formador, do professor pela
informática ou pelos meios audiovisuais.
Porém, este é um obstáculo ainda posto por muitos formadores e docentes, em Portugal, do
ramo de ensino da Contabilidade. Por exemplo, no ensino de Contabilidade Analítica em muitas escola
superiores portuguesas, um número significativo de docentes não utiliza os equipamentos informáticos
e os vídeo - projectores, como ferramentas auxiliares no processo de ensino- aprendizagem.
Contudo, a realidade não pode ser esta. A eficácia destes novos equipamentos e materiais é
considerada claramente positiva, tornando-se cada vez mais senso comum o seu uso em todos os países
da União Europeia onde estamos integrados. Por exemplo, “(...) vinte e duas universidades de oito
países do Mediterrâneo assinaram no final” de Janeiro último, “em Marselha, o acto fundador da
universidade euromediterrânica “ sem muros apoiada nas novas tecnologias de ensino à distância”
(Leiria, 2000, p.29).
No entanto, seja qual for o tipo de material utilizado, inovador ou não, tem de empregar-se uma
metodologia pedagógica e didáctica adequada ao seu emprego.
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Por exemplo, não se pode utilizar em excesso qualquer tipo de material, pois a transmissão de
conhecimentos em vez de ser simplificada, torna-se complicada, torna-se fastidiosa, utilize-se o quadro
preto ou fotocópias de textos ou o microcomputador ou o videoprojector.
Isto enquadra-se num Sistema de Planificação, que tem de ser bem articulado e coordenado,
tendo em vista a consecução de um processo ensino - aprendizagem com eficácia.
Convirá referir que, muitas vezes, as instituições de ensino superior e/ou os docentes descuram
a importância da qualidade científica e pedagógica da matéria a ensinar.
Após a definição apropriada e precisa dos objectivos, tem de atender-se à Gestão Temporal
relativa ao conteúdo programático estabelecido; dar a matéria da Contabilidade Analítica a correr é
contraproducente, é fastidioso, tornando-se um desperdício temporal do ensino – aprendizagem. Os
empresários portugueses que se envolvem na implementação da Contabilidade Analítica, devem
investir numa formação cuidadosa dos técnicos responsáveis das suas empresas.
Convirá acrescentar que uma gestão do tempo embaraçosa tanto pode ser um problema
estrutural e cultural -deficiente planeamento, para determinado período de tempo- e/ou conjuntural -
dificuldades imprevisíveis e pontuais colocadas pela instituição ou atrasos às sessões por parte do
docente.
As diferentes sessões, as várias aulas, devem ser planeadas atempadamente, de tal forma que se
tornem equilibradas, harmoniosas, e homogéneas.
Quanto à motivação ela desde logo parte dos projectos que têm os formandos -alunos, técnicos
de contabilidade, gestores e empresários- quando estão a frequentar um determinado curso ou acção de
formação.
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Convirá aqui referir que as próprias instituições que promovem cursos, acções de formação,
congressos, encontros ou colóquios sobre Contabilidade Analítica - os Institutos Superiores de
Contabilidade e Administração, a Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas Portuguesa, ou Associações
Empresariais - têm também um papel determinante na satisfação e motivação do público - alvo.
As salas ou outros locais onde a formação é ministrada deve, desde logo, ter condições
apropriadas, nunca esquecendo as antigas e as novas tecnologias multimédia, para se dar uma boa
formação, nesta viragem do milénio.
Nos dias de hoje são promovidas muitas acções de formação na área de Contabilidade Analítica
e de Gestão Orçamental, sem ser nas escolas. Estas acções de formação por vezes são efectuadas na
própria empresa dos formandos.
A experiência portuguesa de muitos formadores mostra que acções de formação que decorrem
em salas das próprias empresas são, regra geral, um factor negativo quanto à motivação. Entre outros
motivos, pode destacar-se as frequentes interrupções não pedagógicas da acção, as inúmeras saídas dos
técnicos para irem resolver problemas da empresa, os atrasos no regresso às acções, e a negativa
utilização dos telemóveis, tudo isto bloqueando fortemente a eficácia do processo ensino –
aprendizagem.
Têm de tomar-se inúmeras atenções para que estes problemas não se verifiquem. No que
respeita aos métodos podemos dizer que estes são conjuntos de princípios estruturados de leccionação,
de apresentação de uma temática, e servem de guia ao professor e ao formador para ser conseguida
uma aprendizagem favorável.
Convirá sublinhar que os professores e técnicos formativos têm de ter um domínio científico do
assuntos a tratar, nunca podendo esquecer-se da actualização desses conhecimentos. Portanto, têm de
ensinar os sistemas de custeio tradicional, mas também o CBA.
Naturalmente que as aptidões naturais de cada formador também são muito importantes,
superando muitas vezes os anos de experiência dos que subestimam a didáctica e a pedagogia, e / ou
não têm vocação para o exercício de formador.
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4. CONCLUSÃO
Nos dias de hoje, têm-se deparado muitos entraves à implementação da Contabilidade Analítica
no mundo empresarial português, pelo que será importante, nesta fase, que os dirigentes empresariais
compreendam a importância da utilização dos sistemas de custeio tradicionais. Mesmo as unidades
económicas portuguesas que nos últimos anos tenham implementado a Contabilidade Analítica com
sistemas de custeio tradicionais, deverão ter alguma prudência na modificação para o CBA, optando
por aumentar o número das actividades gradualmente e a sua organização por centros de
responsabilidade.
As empresas que fazem a Contabilidade Orçamental têm de aplicar técnicas de previsão, não de
forma empírica, mas com bases estatísticas adequadas. A utilização de técnicas de previsão pertinentes
é essencial para tornar efectivo o acto de prever ao nível de qualquer unidade económica.
A eficiência da utilização dos métodos estatísticos depende da organização geral das empresas.
A utilização da estatística implica o conhecimento de conceitos matemáticos, algo facilitado pelos
meios informáticos. Contudo, para a generalidade dos responsáveis do tecido empresarial português a
estatística e a matemática, só se utilizam nos meios académicos, não sendo muitas vezes considerada
importante para as empresas. Esquecem-se que toda a investigação nesta área é efectuada nas empresas
do grupo dos países mais desenvolvidos.
Face a uma célere e generalizada aplicação dos modernos produtos pedagógicos, os formadores
e os professores têm de preocupar-se com a utilização eficaz e com a evolução das novas tecnologias
no ensino dos conhecimentos no campo da Contabilidade Analítica e da Gestão Orçamental.
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Contudo, as aptidões metodológicas da parte dos docentes, ao nível do método e técnica
didáctica a adoptar, dos recursos a usar, da sua conduta, em sentido lato, e do controlo que fazem sobre
os resultados do ensino - aprendizagem, são condicionalismos que podem levar a aumentar, a conter,
ou a diminuir a motivação do público alvo.
Convirá aqui referir que as próprias instituições que promovem curso, acções de formação,
congressos encontros ou colóquios sobre Contabilidade Analítica em Portugal, têm também um papel
determinante na satisfação, na motivação e no aprofundamento de conhecimentos dos técnicos e
gestores.
BIBLIOGRAFIA
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ANEXO - FIGURAS
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Figura 2 – Correlação entre variáveis e intervalo de confiança
Casos
Concretos
Conceitos Conceitos
Gerais Gerais
Casos
Concretos
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