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SUMÁRIO
MARCAS DE ORALIDADE 03
GERÚNDIO 05
REPETIÇÕES DE PALAVRAS 06
DEIXAR A DESEJAR NA NORMA CULTA 09
DEIXAR DE SE ADEQUAR AO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 10
MAU USO DE PREPOSIÇÕES
13
ERRAR NA REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 14
FALTA DE COESÃO: ANÁFORA E CATÁFORA 17
NÃO UTILIZAR LETRAS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS 18
ESQUECER DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA 20
/BLOG

A redação do Enem é a etapa mais desafiadora do exame nacional. Para


ser um aluno nota 1000, certamente você precisará dedicar bastante tem-
po à práticas de redação, leitura, ortografia, domínio de assuntos gerais e
atualidades.

Dominar o assunto da proposta pode te trazer muita confiança, mas al-


guns erros podem prejudicar bastante a sua pontuação, te deixando dis-
tante do sonho de passar no curso que você almeja.

Pensando em você, preparamos uma lista de 10 erros comuns que você


não pode cometer na sua redação:

1. MARCAS DE ORALIDADE

É uma tendência comum colocar em nosso discurso escrito aquilo que co-
tidianamente proferimos, por exemplo, expressões coloquiais como “fu-
lano não é flor que se cheire”.
Mas, afinal, o que significa não ser “flor que cheire”?
Essa expressão é um tanto abstrata, não adequada, portanto, para o gê-
nero dissertativo-argumentativo cobrado no Enem. Há, ainda, quem na
hora da escrita pergunta ao leitor se este concorda: “né?” Bom, não pode!
Existem formas de transformar expressões subjetivas da língua e torná-
-las concretas, além das estratégias para não dialogar diretamente com
aquele que lê.
As marcas de oralidade demonstram a não compreensão de que este é

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um gênero impessoal. Não se deve pressupor que o leitor (neste caso,


universal) irá compreender determinados modismos da língua falada. Por
isso, espera-se a adequação do texto aos moldes da norma padrão, à qual
todos, pressupomos, deveriam ter acesso e entendimento. Então, é im-
portante evitar:

INTERJEIÇÕES

As interjeições expressam sentimentos e emoções por meio das palavras,


justamente as características que são inadequadas ao gênero em ques-
tão. Evite demonstrar ao leitor que você sente alegria, alívio, desejo ou
reprovação por algo. Descarte, inclusive, palavras que denotam o senti-
mento, como dizer “infelizmente”, “dolorosamente”, ou generalizações,
como “inegavelmente” e “definitivamente”. Aquilo que é uma lástima
para você, doloroso demais, que não se pode negar ou que é definitivo,
pode não ser para outra pessoa. Pense nisso e tenha atenção.

VERBOS NO MODO IMPERATIVO

Como já mencionado, é inadequado conversar diretamente com o leitor.


O imperativo verbal expressa o desejo ou ordem do interlocutor ao cum-
primento de uma ação. Pode ser, também, um pedido, um convite ou uma
súplica. Não se deve fazer nada disso na redação. Seu papel é convencer o
leitor com seu argumentos, não exprimindo o comando de uma ação. Des-
sa forma, observe a conjugação verbal na hora de escrever e não dialogue
com o leitor diretamente.

EXPRESSÕES COLOQUIAIS

Ao conversar com amigos, geralmente usamos algumas expressões abs-


tratas para representar um pensamento, consequentemente, reproduzi-
mos isso na escrita. Dessa forma, comece a praticar a tentativa de trans-
formar essas expressões informais em colocações claras, concretas e
formais. Veja os exemplos:
Não ser “flor que se cheire” = Não ser confiável ou honesto.
Algo “pegou mal” = Algo passou uma impressão errada, gerou embaraço
ou foi desagradável.
Deixar “rolar” = Permitir que continua acontecendo, não impedir que algo

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tome seu curso natural.


“Pegar no pé” = Importunar, ser insistente.
Ter um “ganha pão” = Renda fixa, forma de sustento.
“Quebrar um galho” = Improviso para resolver uma situação.

2. GERÚNDIO

Vocêjá percebeu como o uso do gerúndio é frequentemente cobrado


como erro na redação?

Isso acontece ou porque geralmente usamos essa forma nominal do ver-


bo para não cometer algum erro, fenômeno conhecido como hipercorre-
ção, ou por não sabermos modalizar o discurso para evitá-lo. Além disso,
o gerúndio indica uma ação ainda em ocorrência, portanto, pouco prática
para as ideias que usualmente apresentamos na redação.

É importante dizer que o gerúndio faz parte da nossa língua, não há pro-
blema algum em usá-lo, desde que não seja um uso exagerado. Quando
isso acontece, é considerado um vício de linguagem, por isso, passível à
perda de pontos. Para aqueles casos em que insistentemente você se vê
usando o gerúndio na redação, separamos algumas dicas. Assim, você não
irá correr o risco de ser penalizado!

Há três formas muito básicas de “reverter” o uso do gerúndio na redação.


Veja abaixo:

A POPULAÇÃO NÃO POSSUI BENEFÍCIOS EXPRESSIVOS, FAZENDO COM


QUE OPTEM POR EMPRÉSTIMOS.

A POPULAÇÃO NÃO POSSUI BENEFÍCIOS EXPRESSIVOS, O QUE


FAZ COM QUE OPTEM POR EMPRÉSTIMOS.

 
PARA QUE ESSA REALIDADE POSSA ESTAR MUDANDO, O GOVERNO
DEVE IMPLANTAR MEDIDAS EMERGENCIAIS.

PARA QUE ESSA REALIDADE MUDE, O GOVERNO DEVE IMPLANTAR ME-

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DIDAS EMERGENCIAIS.

 
AS AUTORIDADES VÃO ESTAR PESQUISANDO ESTRATÉGIAS PARA MO-
DIFICAR O CENÁRIO.

AS AUTORIDADES VÃO PESQUISAR / PESQUISARÃO ESTRATÉGIAS PARA


MODIFICAR O CENÁRIO.

Mudar o verbo no gerúndio por outro cuja conjugação exprime uma ideia
concreta (e não em processo) ou modalizar o discurso para adequar a ex-
pressão ajuda o seu texto a não ficará preso aos modismos linguísticos.
Consequentemente, você não perderá pontos pelo uso inadequado.

3. REPETIÇÕES DE PALAVRAS

Você costuma ficar sem estratégias para variar certas palavras na hora de
escrever um texto?
No Enem, o candidato que insistentemente repete palavras ao longo do
texto perde pontos na competência 4, que avalia a capacidade deste alu-
no em selecionar sinônimos e fazer retomadas.

POR QUE AS REPETIÇÕES DEVEM SER EVITADAS?

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As repetições na redação são muitas vezes inadequadas porque tornam a


leitura cansativa e passam a impressão de que seu repertório vocabular é
limitado.

VEJA O EXEMPLO:

Muitos deixam de seguir a carreira que realmente amam por acreditarem


que a carreira certa é aquela cuja remuneração tende a ser mais alta. Es-
colher uma carreira com esse pensamento faz com que muitos passem a
vida frustrados com a escolha.

Percebem como a repetição das palavras empobrece o texto? O corretor


poderia pensar que esse aluno desconhece a possibilidade de usar sinôni-
mos para “carreira”, como as palavras profissão, ocupação, serviço, entre
outras.
Já no caso do verbo “escolher” e do substantivo “escolha”, por estarem na
mesma frase e uma derivar da outra, sonoramente fica repetitivo, mesmo
que não sejam exatamente a mesma palavra.

Agora observem como como seria possível fazer as substituições no exem-


plo:

Muitos deixam de seguir a carreira que realmente amam por acreditarem


que a profissão certa é aquela cuja remuneração tende a ser mais alta. Es-
colher um ofício com esse pensamento faz com que muitos passem a vida
frustrados com a opção feita.

Muito melhor, né? Além disso, demonstra como você é capaz de escolher
um termo correspondente para que a leitura não fique cansativa, massan-
te.
Bom, aí você me diz: mas e quando eu não souber uma palavra para subs-
tituir? Aqui vão algumas estratégias para te ajudar. Anota aí:

SUBSTITUA POR PRONOMES

Há pronomes pessoais, demonstrativos, indefinidos, adverbiais, relativos


ou numerais. Por exemplo:
Os funcionários estavam muito descontentes, por isso o gestor chamou-

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-lhes para uma reunião.


O pronome pessoal “lhes” substitui “os funcionários”, evitando, assim, a
repetição.
Outro exemplo:
Os alunos reclamavam dos materiais insuficientes, banheiros precários e
cadeiras quebradas. Tudo  isso  foi repassado à prefeitura, mas nada foi
feito para resolver.
O pronome demonstrativo  “isso”  retoma os problemas anteriormente
citados, “materiais insuficientes, banheiros precários e cadeiras quebra-
das”, para que não seja preciso dizê-los novamente.

VOCÊ PODE, AINDA, SUBSTITUIR POR PALAVRAS MAIS GENÉRICAS ALGO


QUE FOR ESPECÍFICO OU O CONTRÁRIO, UM TERMO ESPECÍFICO PARA
ASSOCIAR AO QUE FOR MAIS AMPLO.
Confuso? Calma. Olha só o exemplo:
Na casa havia girassóis, rosas, hortênsias e margaridas. Mas, infelizmen-
te, as flores morreram quando a moradora foi embora.
Girassóis, rosas, hortênsias e margaridas são espécies específicas de flo-
res. Para não citar cada uma delas novamente, só diga flores mesmo e tá
tudo certo!
A ÚLTIMA, MAS NÃO MENOS IMPORTANTE, DICA É: CRIE O HÁBITO DE
PROCURAR SINÔNIMOS.
Quanto mais você gravar, mais fácil vai ficar de substituir na hora da escri-
ta.

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4. DEIXAR A DESEJAR NA NORMA CULTA

A avaliação da norma culta na redação passa por níveis de cobrança dife-


rentes de acordo com o erro cometido. Algumas dessas dicas podem ser
fundamentais para perda de pontos na competência 1. Confira:

ESTUDE VÍRGULA  
Um erro muito comum diz respeito ao uso da vírgula. Aprendemos sobre
ela durante todo o percurso escolar, mas ela ainda é a “pedra no sapato”
de muita gente na hora de escrever. Sem contar que algumas orientações
erradas podem ser internalizadas por muito tempo, como aquela falsa re-
gra de “colocar a vírgula sempre que você parar para respirar durante a
leitura”. Imagine se essa regra fosse verdadeira? Ela iria variar entre pes-
soas com mais ou menos fôlego, não é?! Bom, não é assim que funciona.
Mas não se preocupe, listamos as principais regras de vírgula AQUI. Estu-
de-as, poupe seu fôlego e não erre mais!

ESTUDE CRASE
 Reconhecemos que o uso da crase não é fácil. Envolve uma série de nor-
mas e exceções. Ok! Mas ela é necessária, inclusive por motivos de clare-
za, então, compreender as regras é fundamental. Errar crase pode com-
prometer sua nota na competência que avalia norma culta assim como a
de coesão e coerência. Cuidado! Veja AQUI para aprender.  

REVISE PALAVRA POR PALAVRA PARA ACHAR AS QUE FAL-


TAM ACENTO  
Nem sempre temos dúvidas quanto à acentuação, mas erramos por fal-
ta de atenção! Nossa dica é que você sempre volte em palavra por pala-
vra, tendo um cuidado específico de observar se em alguma delas falta o
acento.

ESTUDE AS REGRAS DE USO DO HÍFEN


 Já tínhamos dificuldade para usar o hífen, aí veio o Novo Acordo Ortográ-
fico e…bom, continuamos não sabendo como usá-lo.

Mas é preciso correr atrás e entender, afinal, ele será cobrado.

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ESTUDE CONCORDÂNCIA  
São tantas as regras e exceções de concordância, que unidades inteiras
costumam ser destinadas ao ensino dela na gramática tradicional! Mas
vale a pena e é necessário investir na leitura sobre ela, afinal, além de
comprometer sintaticamente as orações, errar concordância empobrece
o texto e passa uma impressão ruim ao corretor. Atente-se a isso!  

PESQUISE CURIOSIDADES DA LÍNGUA  


Além de ser divertido, essa é uma forma de internalizar regras importan-
tes da língua. Por exemplo: você sabia que a palavra “quaisquer” é a única
no português que forma plural no meio? Agora que já sabe, não corre o
risco de errá-la quando precisar usar no texto.

ACOMPANHE MÍDIAS SOCIAIS QUE POSTEM DICAS DE GRA-


MÁTICA
 Estamos constantemente checando as redes sociais. Aquela fugidinha rá-
pida dos estudos não precisa significar deixar completamente de lado o
momento de aprendizagem. Basta seguir aqui e ali alguma página que
poste dicas de gramática. O Instagram da IMAGINIE, por exemplo, posta
dicas e exemplos todos os dias! Você tá ali, de bobeira, conferindo as fo-
tos dos amigos e, de quebra, aprendendo uma regrinha gramatical. Segue
a gente lá, vai!

ESCREVA
 A escrita é uma forma de praticar a ortografia correta, a acentuação, a
pontuação e a organização sintática das orações. Portanto, mão na massa!
Crie o hábito de escrever sempre, mesmo as mais básicas anotações.

FAÇA UM DIAGNÓSTICO DE SUAS DIFICULDADES


 Com a prática da escrita você irá perceber em quais tópicos gramaticais
têm mais dificuldade e poderá, então, dedicar-se ao estudo deles. Seja
seu próprio avaliador. Isso é importante pavra que você mesmo tenha a
capacidade de direcionar o que é prioridade de estudo para enriquecer
sua compreensão gramatical.

LEIA BASTANTE 
Essa dica é essencial e muito importante: a leitura nos ajuda a internalizar
regras de norma culta. Ela é necessária para várias áreas do estudo de

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redação, inclusive a gramatical. Ler palavras escritas e acentuadas corre-


tamente, por exemplo, nos faz reproduzi-las automaticamente com exce-
lência!

5. DEIXAR DE SE ADEQUAR AO NOVO ACORDO


ORTOGRÁFICO

O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrou em vigência no


dia 1º de janeiro de 2016, mas ainda existem vários alunos que não se ade-
quaram a nova forma. Qual tal finalmente sanar esse problema?

ALFABETO
Agora o alfabeto é formado por 26 letras. O ‘k”, “w” e “y” não eram consi-
derados letras, mas foram incorporados no novo acordo ortográfico.

ACENTO AGUDO
As paroxítonas (penúltima sílaba tônica) com ditongos abertos “ei”, “oi”
perdem o acento. Veja alguns exemplos:
ANTES: estréia, idéia, paranóico, assembléia, geléia, jibóia, heróico, coréia.
DEPOIS:  estreia, ideia, paranoico, assembleia, geleia, jiboia, heroico, co-
reia.
IMPORTANTE:
Nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento con-
tinua.
Exemplos: Herói, constrói, dói, papéis.
No ditongo aberto “eu” o acento também continua.
Exemplos: Chapéu, véu, céu, ilhéu.

TREMA
Com o novo acordo ortográfico o trema deixou de existir na língua portu-
guesa. Veja alguns exemplos:
ANTES: agüentar, freqüente, lingüiça, conseqüência.
DEPOIS: aguentar, frequente, linguiça, consequência.
IMPORTANTE: O trema continua sendo usado em nomes próprios. Exem-
plos: Bündchen, Müller etc.

ACENTO CIRCUNFLEXO

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O acento circunflexo dos hiatos “oo” e “ee” foram eliminados. Veja alguns
exemplos:
ANTES: enjôo, vôo, perdôo, corôo, dêem, lêem, relêem, crêem.
DEPOIS: enjoo, voo, perdoo, coroo, deem, leem, releem, creem.

ACENTO DIFERENCIAL
O acento usado em palavras homógrafas (grafia igual, mas pronúncia e
significado diferente) sai no novo acordo ortográfico. Veja alguns exem-
plos:
ANTES: pára, pêlo, pólo, péla.
DEPOIS: para, pelo, polo, pela.
IMPORTANTE: O acento diferencial permanece no verbo “poder” (3ª pes-
soa do pretérito perfeito do indicativo: “pôde”) e no verbo “pôr” para di-
ferenciar da preposição “por”.
“I” E “U” TÔNICOS
– Não se acentua mais o “i” e “u” tônicos de palavras paroxítonas precedi-
das de ditongo. Veja alguns exemplos:
ANTES: baiúca, feiúra.
DEPOIS: baiuca, feiura.

HÍFEN

– O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos termina-


dos em vogal + palavras iniciadas por “r” ou “s” (estas deverão ser dobra-
das). Veja alguns exemplos:
ANTES:  ante-sala, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, ultra-sonografia,
supra-renal, supra-sensível.
DEPOIS: antessala, autorretrato, antissocial, antirrugas, ultrassonografia,
suprarrenal, suprassensível.
IMPORTANTE: Em prefixos terminados por “r” o hífen permanece se a pa-
lavra seguinte for iniciada pela mesma letra.
Exemplo: Hiper-realista, inter-racial, super-realista, super-resistente etc.
– O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos termina-
dos em vogal + palavras iniciadas por outra vogal. Veja alguns exemplos:
ANTES:  auto-afirmação, auto-escola, auto-estrada, contra-exemplo, ex-
tra-escolar, infra-estrutura, semi-automático, ultra-elevado.
DEPOIS: autoafirmação, autoescola, autoestrada, contraexemplo, extra-
escolar, infraestrutura, semiautomático, ultraelevado.

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IMPORTANTE: Esta nova regra não se encaixa quando a palavra seguinte


iniciar por “h”: “anti-herói”, “anti-higiênico”, “extra-humano” etc.
Com o novo acordo é utilizado hífen quando a palavra é formada por um
prefixo terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal. Veja al-
guns exemplos:
ANTES:  antiinflamatório, arquiinimigo, microondas, microônibus, micro-
orgânico.
DEPOIS: anti-inflamatório, arqui-inimigo, micro-ondas , micro-ônibus,  mi-
cro-orgânico.

HÍFEN EM LOCUÇÕES

O hífen não é mais utilizado em locuções. Veja alguns exemplos:


ANTES: cão-de-guarda, dia-a-dia, sala-de-jantar, cor-de-vinho.
DEPOIS: cão de guarda, dia a dia, sala de jantar, cor de vinho.
PALAVRAS COMPOSTAS
Não é usado hífen em compostos que perdeu a noção de composição.
Veja alguns exemplos:
ANTES: manda-chuva, pára-quedas, pára-lama.
DEPOIS: mandachuva, paraquedas, paralama.

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6. MAU USO DE PREPOSIÇÕES

Constantemente somos cobrados quanto ao uso das preposições, mas,


afinal, você sabe o que elas são? Sabe quais são elas?

DEFINIÇÃO

É uma palavra invariável, ou seja, não flexiona em gênero e número. A fun-


ção das preposições é estabelecer ligações entre palavras, estabelecen-
do relações de sentido.
Quando dizemos “Este é o carro de Carlos”, a preposição “de” estabelece
uma relação de sentido = posse. O carro pertence a Carlos.

HÁ DOIS TIPOS DE PREPOSIÇÃO:

Essenciais:  unicamente classificadas como preposição. São elas: a, com,


em, por, ante, contra, entre, sem, após, de, para, sob, até, desde, perante,
sobre.
Acidentais:  vem de outras classes gramaticais, mas assumem, eventual-
mente, o papel de preposição. São elas: como, conforte, durante, fora,
mediante, segundo, senão, visto.
Importante: existem as locuções prepositivas. Veja exemplos:
abaixo de, atrás de, acima de,
por causa de, ao lado de, defronte a,
de acordo com, até a, perto de
Há, também, a contração de vocábulos:
em + as = nas
por + os = pelos
de + as = das

As preposições têm seus valores de sentidos. Abaixo, listamos quais são


eles e alguns exemplos práticos. Confira:

A = lugar  (Foram  ao  teatro),  modo  (Eles andaram  a  cavalo),  distân-


cia (Mora a 2km da quadra onde joga), tempo(Daqui a pouco iremos em-
bora).

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COM = causa  (Foi dispensado,  com  isso, vendeu o carro),  compa-


nhia  (Saiu  com  a mãe ontem),  instrumento  (Passou a camisa  com  o fer-
ro), modo (Falava com propriedade sobre o assunto), oposição (Amanda
competirá com Ana pela vaga).
DE =  lugar (Eles ainda não voltaram da escola), causa (Desistiu da corrida,
pois morria de sede), tempo (De noite, ligou para o filho), assunto (Sem-
pre que nos encontramos, falamos do passado).
EM =  lugar  (Mora  em  uma cobertura maravilhosa),  tempo  (Me cha-
ma em cinco minutos), modo (Estávamos emreunião quando fomos cha-
mados).
PARA = finalidade  (Comprou as carnes  para  o churrasco),  lugar (desti-
no) (Foi para o Nordeste nas férias).
POR = lugar (por onde) (O ônibus passa por lugares bonitos), tempo (Ele
dirigiu por doze horas), causa (Escolheram ela por ser mais estudiosa).
SOBRE = assunto  (Não gostava de falar  sobre  religião),  lugar  (A telha
caiu sobre o carro).
AS PREPOSIÇÕES SÃO FUNDAMENTAIS PARA A CONSTRUÇÃO DE FRA-
SES, INCLUSIVE GRAÇAS À CAPACIDADE QUE TÊM DE MUDAR SENTIDOS
QUANDO USADAS DE FORMA INCORRETA. PORTANTO, TENHA ATEN-
ÇÃO.
Elas estão, consequentemente, ligadas à questão da regência, já que com-
plementam os sentidos exigidos por verbos e nomes.

7.  ERRAR NA REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

Você costuma errar a crase? Já estudou todas as regras e mesmo assim


continua sendo cobrado quanto ao erro? Muito provavelmente seu pro-
blema está na compreensão da regência verbal e nominal.

O QUE É REGÊNCIA?  
A regência é uma relação de interdependência entre termos para que te-
nham um sentido específico e completo. Quando um termo regente tem
sentido incompleto, ele necessita de um  complemento, que, portanto,
será o termo regido. Entenda:
QUANDO ALGUÉM DIZ “AS ESTRATÉGIAS…” ESPERA-SE QUE ELE COM-
PLETE A IDEIA. ESTRATÉGIAS DE QUÊ?

“Afinal, as estratégias de ensino e de produção de texto devem ser pensa-

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das de forma criativa pelos educadores?”


A palavra “estratégia” é um substantivo, portanto, a regência aqui é NO-
MINAL.
CONSIDERANDO A FALA “ELE VAI USAR…” ESPERA-SE O COMPLEMEN-
TO: USAR O QUÊ?

“Além disso, ele vai usar as estratégias que aprendeu na graduação.”


Neste caso, “usar” é um verbo. Assim, a regência aqui é VERBAL.
Você percebeu que a relação entre termo regente e termo regido é esta-
belecida por uma preposição? Por isso é importante que você conheça as
preposições exigidas pelos nomes e verbos mais usados. Isso é possível
gravar com o tempo e no dia a dia, com a prática da leitura. 😉 Veja alguns
exemplos:

adepto de
ansioso por, para
benéfico a, para
composto por, de
desprezo a, por
favorável a
união com, entre, a
acreditar em
obedecer a
visar a
agradar a  
REGÊNCIA VERBAL E SUAS ESPECIFICIDADES

TRANSITIVOS DIRETOS:
Quando o verbo é transitivo direto, isso significa que não é necessário uma
preposição para estabelecer a regência. O objeto que vem depois é, por-
tanto, direto. Para saber se objeto é direto, pergunte “o quê” e “quem”. O
elemento que sofre a ação verbal só deverá vir acompanhado do artigo,
se preciso for.
“Ele fez o trabalho com antecedência, por isso tirou nota boa.”
“Ela quer um acessório novo.”
“Todos escolheram comer o pastel.”

TRANSITIVOS INDIRETOS:

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Quando o verbo é transitivo indireto, isso significa que é obrigatória a


presença de uma preposição para estabelecer a regência. O objeto que
vem depois é, portanto, direto. Para saber se objeto é indireto, pergunte
“de quê”, “para quê”, “de quem”, “para quem” ou “em quem”. O elemento
que sofre a ação verbal deverá vir acompanhado da preposição e, em se-
guida, o artigo, se preciso for.
“Ele afirmou não se lembrar da conversa.” (de = preposição + a = artigo de
“conversa”)
“A menina não respondeu à pergunta de forma clara.” (a = preposição + a
= artigo de “pergunta” = à)
As preposições usadas nos casos da regência verbal podem aparecer na
sua forma simples e também contraídas, ou seja, formadas junto aos arti-
gos e pronomes.
Exemplos de preposições: a, ante, até, após, de, desde, em, entre, com,
contra, para, por, perante, sem, sobre e sob.
Exemplos de contração de preposições: à, ao, do (de + o), das (de + as),
destes (de + estes), no (em + o), numa (em + uma), pela (por + ela).

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10 ERROS PARA NÃO COMETER NA REDAÇÃO /BLOG

8. FALTA DE COESÃO: ANÁFORA E CATÁFORA

Para que a experiência do leitor com o seu texto seja feita de forma plena,
é preciso garantir que haja coesão. A coesão é cobrada de forma criterio-
sa na competência IV do Enem, que exige do aluno: demonstrar conheci-
mento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da ar-
gumentação.

Dentro desta competência, uma importante orientação é para que o can-


didato saiba fazer retomadas. Ou seja, referenciar termos, pessoas, coi-
sas, lugares e fatos à medida que o texto vai progredindo.

Há inúmeras formas de retomar. Hoje você irá entender melhor o uso dos
pronomes anafóricos e catafóricos.
A ANÁFORA FAZ REFERÊNCIA A UM TERMO CITADO ANTERIORMENTE.
Exemplos.:
“O presidente recusou-se a falar com a imprensa. Criticá-lo  apenas fez
com que a comunicação fosse prejudicada.”
O “lo” retoma “o presidente”.
“O Brasil é o segundo maior importador de azeite. O produto é comumen-
te utilizado na culinária do país.”
“O produto” retoma e substitui a palavra “azeite”.
“Mesmo com a economia prejudicada, o que não para de crescer é a indús-
tria da beleza. Esta ainda se mantém projetando crescimentos exorbitan-
tes.”
O pronome “esta” retoma “indústria da beleza”.

A CATÁFORA FAZ REFERÊNCIA A UM TERMO QUE SERÁ CITADO POSTE-


RIORMENTE.

Exemplos.:
“A reação da sociedade mediante a um possível novo aumento dos preços
quer dizer isto: indignação.”
O pronome demonstrativo “isto” referencia o termo “indignação”.
“E lá estava ela, instaurando-se silenciosamente: a maior crise hídrica da
história.”
O pronome “ela” faz referência catafórica a “a maior crise hídrica”.

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10 ERROS PARA NÃO COMETER NA REDAÇÃO /BLOG

Para resumir, agora você saberá definir que quando precisar fazer uma re-
ferência a um termo citado anteriormente, estará fazendo anáfora. Quan-
do o termo ainda for aparecer, você estará fazendo catáfora.

9. NÃO UTILIZAR LETRAS MAIÚSCULAS E MI-


NÚSCULAS

Apesar de o uso de maiúsculas e minúsculas ser algo básico da forma-


ção de qualquer indivíduo alfabetizado, algumas dúvidas podem surgir na
hora da escrita, afinal, convencionou-se muitas regras.
  
CASOS EM QUE USAMOS LETRA MINÚSCULA:  
Dias da semana, meses e estações do ano: dezembro, inverno, sexta-feira.

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10 ERROS PARA NÃO COMETER NA REDAÇÃO /BLOG

Pontos cardeais (coordenadas): norte, sul, leste, oeste.


Obs.: quando os pontos cardeais representam uma região, deve ser es-
crita com letra maiúscula. Exemplo. Morava no Nordeste, mas mudou-se
para o Sul.
Nomes comuns que acompanham termos geográficos: rio Amazonas, oce-
ano Índico.
Palavras que indicam nacionalidade: brasileiro, norte-americano, indiano.
Palavras compostas, mesmo que formadas por nomes próprios: banho-
-maria, joão-de-barro.

CASOS EM QUE USAMOS LETRA MAIÚSCULA:  


Nomes próprios, reais ou fictícios: Capitu, Macunaíma, Ana Clara, José.
Nomes de países, cidades e estados: Brasil, Rio de Janeiro, Espírito Santo.
Nomes de instituições. Exemplos: Colégio Batista Mineiro, Instituto Paulo
Freire.
Nomes de datas comemorativas: Natal, Ano Novo, Páscoa.
Siglas, símbolos ou abreviaturas: ONU, OMS, SUS, Srta., V. Ex.ª.
Fatos ou eras históricas : Ditadura Militar, Primavera Árabe, Primeira Guer-
ra Mundial, Idade Média.
Na palavra Estado, como sinônimo de país.
No começo da citação de um autor. Thomas Hobbes afirmava que “O ho-
mem é o lobo do homem”.
Nomes de eventos: “…acontecerá na Feira Cultural”.
Nomes de leis: Lei Maria da Penha.

Casos optativos:  
Nomes de ruas ou lugares importantes: rua ou Rua das Rosas, palácio ou
Palácio da Alvorada.
Nomes de disciplinas: matemática, Português, biologia, Geografia.

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10 ERROS PARA NÃO COMETER NA REDAÇÃO /BLOG

10. ESQUECER DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA

É comum que de vez em quando nos esqueçamos de acentuar as pala-


vras. Além disso, principalmente depois da última Reforma Ortográfica
da Língua Portuguesa, na qual algumas regras mudaram, muitas dúvidas
surgem quanto à acentuação.
Esquecer um acento pode comprometer o sentido de uma palavra, conse-
quentemente a coesão textual, levando ao desconto de pontos na com-
petência I da redação. Por isso é tão importante acentuar corretamente.

Para começar, precisamos garantir que você saiba quando uma palavra
é oxítona, paroxítona ou proparoxítona.  

Em todas as palavras, há uma sílaba que é pronunciada com maior força e


intensidade. Ela é chamada de sílaba tônica.
Quando a última sílaba é a mais forte, a palavra é oxítona.
Quando a penúltima sílaba é a mais forte, a palavra é paroxítona.
Quando a antepenúltima sílaba é a mais forte, a palavra é proparoxítona.

Agora, vamos às regras de acentuação:

1) PALAVRAS OXÍTONAS QUE TERMINAM EM A(S), E(S), O(S), EM E ENS OU


EM DITONGOS ABERTOS, COMO ÉI(S), ÉU(S) E ÓI(S) DEVEM RECEBER O
ACENTO.

Exemplos: Amapá, canapé, jiló, armazém, reféns, papéis, troféus, lençóis.

2) PALAVRAS PAROXÍTONAS QUE TERMINAM EM L, I(S), N, U(S), R, X, PS,


Ã(A), ÃO(S), UM E UNS OU EM DITONGOS CRESCENTES (SEGUIDOS DE “S”
OU NÃO) DEVEM SER ACENTUADAS.  
Exemplos:  Notável, tênis, pólen, bônus, repórter, tórax, bíceps, ímã, só-
tão, fórum, álbuns.

3) TODAS AS PROPAROXÍTONAS SÃO ACENTUADAS!


Exemplos: Matemática, trânsito, farmacêutico, estético, pálido, México.

4) AS VOGAIS I E U QUANDO FOREM TÔNICOS (SEGUIDOS OU NÃO DE

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10 ERROS PARA NÃO COMETER NA REDAÇÃO /BLOG

“S”) E FORMAREM HIATO COM A VOGAL ANTERIOR, DESDE QUE NÃO


SEJAM SEGUIDOS POR “-NH”, DEVERÃO RECEBER O ACENTO.
Exemplos: Juízo, Luís, cafeína, raízes, saída, egoísta.

5) NÃO HÁ MAIS TREMA NAS PALAVRAS DA LÍNGUA PORTUGUESA.


USA-SE APENAS EM NOMES PRÓPRIOS ESTRANGEIROS, COMO  MÜL-
LER E BÜNDCHEN.

  6)  O ACENTO DIFERENCIAL NÃO É MAIS NECESSÁRIO PARA AS PALA-


VRAS HOMÓGRAFAS, SALVO PARA OS VERBOS “PODER” E “PÔR”. EN-
TENDA:
“Ele não pôde vir ontem, mas pode vir amanhã.” > (Para diferenciar Pre-
sente e Pretérito Perfeito).
“O ideal é pôr a camisa por cima da outra.” > (Para diferenciar o verbo da
preposição).
Não é tão difícil quanto parece, basta praticar e conferir sempre. Use este
material como apoio na hora de escrever a redação e não perca pontos de
bobeira, hein?

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redações do Brasil! Nossas
correções seguem os mes-
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