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Resumo
A VISION OF DYSFUNCTION
NEUROPSYCHOMOTOR OCCURRING IN
LEARNING SCHOOL
Abstract
The psychomotricity is the set of physiologic, intersensory and psychological factors that
turns in an active cognition.The balance of these fountains allows a person to find forms to
carry out the apprenticeship, already, the lack of harmony of these factors, can take as a
consequence difficulties identified by symptoms like lack of attention, logical reasoning,
incompetence of reading and writing fluently, and other consequences.The objective of this
article is to substantiate the determinative cause of these difficulties on the psychomotor
factors. Through a bibliographical revision it was possible to realize the factors that compose
the psychomotricity as important tools in order that we detect possible symptoms of
difficulties of apprenticeship, and to treat them as an efficient form.
1. INTRODUÇÃO
2. HISTÓRICO DA PSICOMOTRICIDADE
mínimas, onde encontrou fundamentação para sua teoria perceptivo motora, afirmando a
ligação das disfunções perceptivas, visuotátil motoras e a formação de conceitos como
responsáveis pelas dificuldades de cognição em muitos dos casos estudados.
Mas a grande base para todo esse conhecimento vem dos estudos de Jean Piaget sobre
o desenvolvimento do pensamento humano. Apesar de não ter dedicado sua obra ao estudo da
psicomotricidade contribuiu muito com a teoria da Epistemologia Genética, pontuando fatores
importantes para o desenvolvimento cognitivo.
Um desses fatores é a equilibração que para Piaget (1976) é a aquisição do
componente exógeno para construir o conhecimento, através da assimilação incorporando
componentes exteriores ao esquema conceitual do sujeito e a acomodação especificando
particularidades a fim de categorizá-las. Esses dois componentes da aprendizagem devem ser
recíprocos, criando subsistemas cada vez mais capazes de detalhar elementos, mas
reorganizando o sistema cognitivo a fim de manter o equilíbrio, garantindo a continui dade da
totalidade a ser acomodada e não a troca de um conhecimento por outro.
Atualmente a Neurociência estuda o funcionamento do sistema nervoso e se destacou
das teorias anteriores porque além de dar continuidade a elas permitiu a descoberta das
disfunções orgânicas e suas diversas ramificações como causa das alterações impeditivas da
aprendizagem do sujeito. A cada dia esta ciência comprova que o desenvolvimento fisiológico
e o ritmo de ação de cada ser humano, responsáveis por sua aprendizagem, são únicos e
indissociáveis das características adquiridas pelo meio.
Uma das áreas que compõem a Neurociências é a psicomotricidade, entendendo o
cérebro como principal fator que através das conexões neurais, forma o ato intencional.
Seres unicelulares, pluricelulares e metazoários funcionam rusticamente com o mesmo
processo celular humano. Através dos conceitos de irritabilidade, condutibilidade e
contratilidade, a célula recebe o estímulo o encaminha para uma outra célula e possibilita a
resposta em forma de movimento (Relvas, 2011).
O movimento existe desde a criação dos seres mais primitivos em organização celular,
como as amebas, e foi ao longo da evolução se tornando complexo através da especialização
das células, para reagirem de forma diferenciada a cada informação recebida do meio.
A alta capacidade neuronal permite que o movimento em resposta ao estímulo seja
consciente e voluntário, proporcionando compreensão do todo adquirindo como consequência
a aprendizagem.
3. PSICOMOTRICIDADE
O estágio das Operações Concretas é onde o indivíduo deveria estar apto para
desenvolver o raciocínio lógico, que consiste na contextualização dos conceitos de seriação,
inclusão, categorização, conservação e reversibilidade, já vivenciados nos períodos sensório-
motor e pré- operacional. Agora organizadas permitirão a ordenação, a procura de resultados
por experimentação e a simultaneidade de ações no sentido de encontrar soluções.
O principal fator no processo do raciocínio lógico apresentado neste estágio parece ser
a questão da reversibilidade, exigindo o retorno do sujeito a um nível anterior do processo
cognitivo, onde o objeto tinha significado único, para voltar ao estágio das Operações
Concretas, onde o objeto é variável, de acordo com as diversas possibilidades.
Essas operações estão em constante movimento, pois há sempre o desequilíbrio,
desestruturando o sistema organizado para acomodar novas questões, retornando ao equilíbrio
inicial.
Muito se sabe da relação mente corpo e ação, mas pouco ainda se compreende do
processo pelo qual essa tríade funciona.
No século XVI estudiosos afirmavam essa conexão, porém sem instrumentos e estudos
específicos para comprová-la ignoravam a atividade neural, dando ênfase a uma teoria
espiritual, onde as funções executivas eram comandadas por entidades extrassensoriais, que
habitavam o cérebro.
Com a propagação do mecanicismo a ciência encontrou respostas fisiológicas para os
estímulos entre cérebro e corpo, admitindo funções específicas dos neurônios para cada pulso
elétrico. Esses pulsos elétricos entre os neurônios, chamados de sinapses, são capazes de
controlar, regular e coordenar todas as funções do corpo humano. Diferente de outras células
do organismo, os neurônios processam informações, criando conexões que fornecem dados ao
longo das membranas, interagindo com músculos e órgãos.
O impulso nervoso recebido pela célula através de estímulos internos ou externos
chama-se potencial de ação, um processo químico capaz de tornar a célula permeável e
suscetível a alterações elétricas, e só se torna possível através das sinapses, gerando para o
neurônio incontáveis mensagens ao mesmo tempo. Cada ramificação dos teledendrites possui
inúmeros neurotransmissores que recebem e aguardam o potencial de ação para serem
liberados na fenda sináptica e captados por receptores específicos, dentro de um ciclo que
provocará outro potencial de ação, porém deve haver equilíbrio total neste processo, pois se
os neurotransmissores liberados em excesso não forem recaptados, a célula se manterá sempre
em estado de excitação, não retornando ao estado original de inibição e impedindo um novo
estímulo, incapacitando a produtividade do sistema nervoso.
De acordo com Fonseca (2008), muitos autores desde a década de 1950 sugerem que a
fragilidade dessa estrutura neurológica é a responsável pelas alterações no estado de atenção
do sujeito, já que a excitação celular excessiva não permite o recebimento de novos estímulos
dentro de um espaço temporal adequado.
5.1. DESEQUILÍBRIOS
Ler e escrever são de fato uma simbiose entre razão e emoção, construída através da
interação perceptiva e do amadurecimento de células que transformam em ação a
informação obtida do meio (RELVAS, 2012).
As ações executivas realizadas pela criança possuem intrínseca ligação com a atenção,
pois sem ela o ato de executar as funções desejadas se torna falho ou incompleto, para
Fonseca (2008) o desenvolvimento motor destas crianças se encontra efetivo, porém mal
regulado.
Sabe-se que a relação do indivíduo com o ambiente desde o nascimento é importante
para o desenvolvimento positivo dos conceitos, formando sua cognição, pois para perceber,
seriar, classificar e ordenar é necessário atenção e para isso todos os conceitos devem estar
formados e interligados, proporcionando ao indivíduo a assimilação e acomodação dos novos
conhecimentos, onde de acordo com as etapas do amadurecimento, ele seja capaz de abstraí-
los.
Os estudos de Cruickshank e diversos colaboradores sugerem a distratibilidade e a
hiperatividade como decorrentes de um desequilíbrio no processo de excitação- inibição
celular, onde a excitação cortical prolongada escapa aos processos de auto - regulação. Os
impulsos excitatórios que se tornam mais difíceis de inibir provocam a falta de atenção,
prejudicando as respostas motoras e a captação de estímulos sensoriais (Fonseca, 2008).
A aprendizagem escolar através da análise e síntese dos estímulos recebidos exige do
sujeito a capacidade de organizar ideias, correlacionar os conhecimentos, construir estratégias
e resolver problemas, tornando a atenção essencial para executar essas ações e atingir um bom
rendimento escolar.
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6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FONSECA, Vitor da. Desenvolvime nto Psicomotor e Aprendizagem, São Paulo, Artemed
Editora S.A, 2008.
G.HERMANT. Tradução de Maria José Perillo Isaac e Maira Salete Bento Cicarone.
Atualização em Psicomotricidade - O Corpo e Sua Me mória, São Paulo, Manole Ltda,
1988.
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IVIC, Ivan. Tradução de José Eustáquio Romão. Lev Semionovich Vygotsky - Coleção
Educadores, Recife, Massangana, 2010.
JOBIM, Ana Paula. ASSIS, Ana Eleonora Sebrão. Psicomotricidade: Histórico e Conceitos.
Disponível em: http://guaiba.ulbra.br/seminario/eventos/2008/artigos/edfis/358.pdf. Acesso
em: 08/10/2013
PIAGET, Jean. Tradução de Marion Melone dos Santos Penna.A Equilibração das
Estruturas Cognitivas - Proble ma Central do Desenvolvime nto, Rio de Janeiro, Zahar
Editores, 1976.
PIAGET, Jean. Tradução Álvaro Cabral. Epistemologia Genética, 3ª Edição, São Paulo,
Martins Fontes, 2007.
RELVAS, Marta. Que Cérebro é Esse que Chegou á Escola? - As Bases Neurocientíficas
da Aprendizagem, Rio de Janeiro, Wak Editora, 2012.