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Politicas e Programas de Saude PDF
Politicas e Programas de Saude PDF
Programas de
Saúde
Angelita Avi Pugliesi Martins
2017
POLÍTICAS E PROGRAMAS DE SAÚDE
http://lattes.cnpq.br/2147980559828413
Resumo
O Estado deve garantir os direitos básicos dos cidadãos, e para isto lança mão da
elaboração e manutenção de políticas públicas que materializem as intenções
manifestadas antes da eleição, e que venham de encontro aos anseios dos
eleitores. As políticas públicas são formuladas para todas as áreas, como educação,
segurança, assistência social, entre outras, porém as de saúde são prioritárias,
como forma de manter a vida e promover o desenvolvimento social. Cada governo e
país formulam políticas de saúde adequadas à sua realidade socioeconômica, e o
Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS), apesar de suas dificuldades, ainda é
considerado um dos melhores do mundo. Os programas e ações do SUS dão
acesso à saúde de forma igualitária, integral e universal, onde são canalizados
maiores esforços nos serviços de maior necessidade.
Palavras-chave
Introdução
Nesta disciplina você conhecerá o conceito de política pública, quais são as políticas
de saúde no Brasil, histórico da construção do SUS, qual o direcionamento atual
destas políticas, e conhecerá os principais programas de saúde vigentes.
Desenvolvimento
Devemos observar que neste contexto a saúde mental fica evidenciada, pois o modo
de vida contemporâneo, marcado pela violência, trânsito, excesso de trabalho e
crise econômica pode causar ansiedade e outras condições de desgaste psíquico.
Para que o Estado cumpra seu dever de garantir a saúde da população, deve criar e
manter os Sistemas de Saúde, constituídos pelas políticas e programas de saúde,
onde constam as ações que direcionarão as práticas assistenciais.
Para que você observe a complexidade das ações governamentais, existe uma
teoria chamada de garbage can, ou “lata de lixo” que compara as decisões em
políticas públicas ao aproveitamento de resíduos, onde existem muitos problemas e
escassas soluções, que em algum determinado momento se encontram caso os
executores ajam como pesquisadores. Em termos governamentais, normalmente os
problemas são complexos, e as soluções idem, ou seja, os governantes devem fazer
o possível com os recursos humanos, financeiros e de infraestrutura que têm em
mãos (SOUZA, 2006).
A política pública deixa clara a visualização entre o que o governo deseja fazer e o
que realmente executa, e embora apresente efeitos em curto prazo, sempre é
planejada para dar resultados em longo prazo, e exige o envolvimento de políticos,
gestores, poderes legislativo, executivo, sociedade e também dos vários níveis
decisórios dentro destes.
Existem três esferas no âmbito das políticas públicas. A dos problemas, a da política
como um todo e a da política pública. Para que haja a abertura de uma “policy
window” (janela política ou janela de oportunidades), as três devem se encontrar,
fazendo com que determinada política pública “pule” direto para a agenda decisória,
como foi o caso da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN).
Como exemplo, podemos citar a situação que ocorreu no final da década de 1990,
na qual vários movimentos sociais propuseram políticas e iniciativas para reduzir o
problema da fome (estado das coisas) no país, sendo o sociólogo Betinho o
protagonistada iniciativa Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida
(ideia), que contou com o auxílio de outros segmentos da sociedade, comoda igreja,
intelectuais, artistas e profissionais da saúde. Com a chegada do Partido dos
Trabalhadores ao poderem 2003, houve o encontro destas três dimensões (vontade
política), quando o PNAN foi reformulado ecriados vários programas de combate à
fome, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Bolsa Família,
entre outros.
Considerando todos estes aspectos, houve uma evolução do termo Saúde Pública,
pois dentro do SUS surgiram atores sociais que defendiam a análise destas
variáveis, numa aproximação das ciências sociais com as políticas sanitárias. A
confluência e enriquecimento do debate levaram à criação do termo Saúde Coletiva,
onde a participação social é fundamental na criação das políticas.
Quando falamos em Sistemas de Saúde, devemos ter em mente que deve haver a
articulação entre as três esferas destes, a saber:
a) A esfera política – trata da gestão propriamente dita do sistema,
O Ministério da Saúde (2002) define que as condições fundamentais para que haja
saúde são: paz, habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema estável,
recursos sustentáveis, justiça social e equidade.
Observe que em 1904, Oswaldo Cruz, médico sanitarista brasileiro que estagiou no
Instituto Pasteur em Paris, foi designado como diretor do Instituto Soroterápico
Brasileiro e promoveinspeções sanitárias nos portos, demonstrando que as ações
iniciais do Estado na área da saúde pública foram para garantir as exportações
brasileiras. Também foram tomadas ações de limpeza em comunidades do Rio de
Janeiro, provocando a Revolta da Vacina, pois a população considerou tais atitudes
como arbitrárias.
O Deputado Eloy Chaves, em 1923, foi autor de um Projeto de Lei que criava Caixa
de Aposentadoria e Pensões (CAPs) para os ferroviários, o que fez com que outras
categorias profissionais e grandes empresas também criassem suas Caixas, que
propiciavam aposentadoria, pensão e assistência à saúde, com pouco ou nenhum
controle estatal.
O regime militar termina em 1985, com a eleição de Tancredo Neves (que falece
antes da posse), assumindo seu vice, José Sarney, com a promessa de estabilizar
economicamente o país.
Médicos sanitaristas e técnicos participaram pela primeira vez na discussão da
política de saúde, durante a 8ª Conferência Nacional de Saúde, cujo relatório serviu
de base para discussão da Assembleia Nacional Constituinte em 1987/1988.
As nações que garantem os direitos sociais dos cidadãos têm sistemas de saúde
universais e igualitários, portanto percebe-se que a consolidação da democracia
passa pela consolidação de um sistema de saúde integral, igualitário e democrático.
A partir desta lei foram definidas algumas atribuições do SUS, como a assistência
médica, odontológica e farmacêutica, orientação familiar, vigilância epidemiológica,
nutricional e sanitária.
A municipalização propiciou que cada município agisse de acordo com sua realidade
e demanda, aumentando a autonomia dos gestores locais e facilitando a
participação e o controle social, uma vez que a população tem maior acesso aos
gestores municipais do que estaduais.
O SUS é dividido em níveis de atenção, que faz com que seja possível aumentar o
acesso ao atendimento, já que cada um desses níveis corresponde a um conjunto
de serviços. A seguir, veremos quais e como são caracterizados os três níveis de
atenção à saúde no Brasil.
Uma grande categoria de beneficiários, que é a dos trabalhadores, conta com ações
de prevenção, assistência à saúde e vigilância relacionada ao trabalho, tais como os
Acidentes de trabalho, Agravos à Saúde relacionados ao trabalho, Doença
relacionada ao trabalho, Lesões por esforços repetitivos (LER) e vigilância dos
ambientes de trabalho.
6.8 SaúdeSuplementar
7. Os Programas de Saúde
7.5 AtençãoDomiciliar
A atenção domiciliar é uma modalidade criada para assistir usuários com agravos à
saúde e dificuldade de locomoção até a unidade de saúde.
7.6 SAMU
A dengue é uma doença causada por um vírus cujo vetor é o mosquito Aedes
aegypti, característico de áreas tropicais e subtropicais e é atualmente um dos
principais problemas de saúde pública a nível global, em virtude da quantidade de
pessoas acometidas e casos fatais.
Considerações finais
Este artigo buscou ofertar um breve resumo do amplo espectro de atuação das
políticas públicas de saúde, algumas características da dinâmica de criação e
execução destas e os principais programas de saúde do Brasil na atualidade.
Referências