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INTRODUÇÃO

A história da humanidade é permeada por simbolismos resultantes das crenças e tradições


de cada um dos povos que, através do contato e da variedade cultural existente, delineia
sua historicidade e marca seus traços de identidade no mundo. A experiência histórica de
um povo constrói seu estilo de vida, suas tradições, costumes, crenças e, tais elementos
interligados, formam sua cultura.

JUSTIFICATIVA
“Folclore é o conjunto de coisas que o povo sabe, sem saber quem ensinou". (Xavier)
É a maneira agir, de pensar e de sentir, de um povo ou grupo com as qualidades ou
atributos que lhe são inerentes, seja qual for o lugar onde se situa o tempo e a cultura. Não
é apenas o passado, a tradição; ele é vivo e está ligado à nossa vida de um jeito muito
forte. Por isso, é conhecê-lo. O saber folclórico é o que aprendemos informalmente no
mundo, por meio do convívio social - por via oral ou por imitação. Ele é universal, embora
aconteçam adaptações locais ou regionais, como conseqüências dos acréscimos da
coletividade.

OBJETIVO GERAL:
Promover o desenvolvimento integral das crianças, por meio de atividades lúdicas e
educativas.

OBJETIVOS ESPECIFICOS:
• Resgatar, vivenciar e valorizar as manifestações da cultura popular brasileira;
• Conhecer as diferentes lendas brasileiras.
• Estimular o ritmo, a criatividade e prazer pelas cantigas de roda.
• Vivenciar brincadeiras folclóricas de diversas regiões.

CONTEUDOS:
a) Conceituais: Construir conceitos com as crianças sobre o que é folclore
através de experiências vivenciadas por elas.
b) Procedimentais: Permitir que as crianças se apropriem de conhecimentos
da cultura humana como novas formas de brincar, cantar, dançar, falar, etc.
c) Atitudinais: Incentivar a valorização e o respeito pelas diferentes formas de
Viver de diferentes grupos e pessoas.

ÁREAS:
a) Formação Pessoal e Social: socialização, respeito, valorização do outro,
autonomia, iniciativa.
b) Linguagem Oral e Escrita: fala, diálogo, argumentação, par lenda, trava língua,
adivinhações, cantigas, escrita, receita, leitura, lendas, textos informativos.
c) Natureza e Sociedade: história dos brinquedos e brincadeiras, diferentes
formas de cantar, brincar e contar histórias.
d) Movimento: dança brincadeiras regionais.
e) Música: cantigas.
f) Arte: dramatização de lendas.
g) Matemática: construção de brinquedos (formas, cores, medidas, receitas).

RECURSOS:
• Internet, livros e revistas (fontes de informação);
• Sucata;
• Papéis diversos;
• Cola;
• Giz de cera;
• Fantoches;
• Tesoura;
• Lápis;
• Borracha:
• Cds com histórias e cantigas;
• Máquina fotográfica;
• Fantasias;
• Brinquedos: bola, corda, elástico, peteca.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS (AÇÕES)


As atividades serão desenvolvidas de forma individual e coletiva com a interação professor
e aluno em sala de aula, no pátio e na quadra da escola.

• Conversa e registro (sondagem dos conhecimentos prévios);


• Apresentação do projeto para a turma do PROETI;
• Explicar o que é folclore: lendas, superstições, par lendas, brincadeiras, adivinhas;
• Pesquisar com pais as lendas conhecidas. Socializar as lendas na sala de aula, por meio
de recontos;
• Apresentar trava-línguas. Organizar fichas de leitura de cada um deles e fazer um
campeonato;
• Ler algumas adivinhas para a turma, que tentam descobrir as respostas.
• Representação de cantigas de roda (Escravos de Jô, Ciranda cirandinha, Caranguejo e
Capelinha de melão)
• Participarão de Jogos e brincadeiras folclóricas na quadra da escola.
• Dramatizando as lendas com fantoches;
• Construção de brinquedos folclóricos ( Pipa, peteca, pião, boneca de pano)
• Confecção de dedoches com personagens folclóricos;
• Desenhar e pintar os personagens de algumas lendas em tamanho real para montar um
painel;
• Ensaiar uma dança folclórica (Samba de Roda, Maracatu, Frevo, Baião, Catira,
Quadrilha)
• Exposição do resultado do projeto para os pais e para a escola.

AVALIVAÇÃO:
Através da participação de cada aluno de forma individual e coletiva e do desenvolvimento
da aprendizagem durante as atividades propostas.

REFERENCIAS:
http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/dancas_folcloricas.htm
http://brunaleaolobo.blogspot.com/2008/08/projeto-folclore.html
http://cantodosprofessores.blogspot.com
http://lurisso.blogspot.com/2009/07/projeto-folclore-na-educacao-infantil.html
http://www.scribd.com/doc/6689595/Projeto-Brincando-Com-Folclore
http://www.qdivertido.com.br/verfolclore.php?codigo=19
Cantigas de roda:
São brincadeiras que consistem na formação de uma roda, com a participação de
crianças, que cantam músicas de caráter folclórico, seguindo coreografias. As músicas e
coreografias são criadas por anônimos, que adaptam músicas e melodias. As letras das
músicas são simples e trazem temas do universo infantil.
Capelinha de melão
Capelinha de melão
É de São João
É de cravo, é de rosa,
É de manjericão
São João está dormindo
Não acorda, não
Acordai, acordai,
Acordai, João!
Caranguejo
Caranguejo não é peixe
Caranguejo peixe é
Caranguejo não é peixe
Na vazante da maré.
Palma, palma, palma,
Pé, pé, pé
Caranguejo só é peixe, na vazante da maré!
Ciranda cirandinha
Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia-volta, volta e meia vamos
dar
O anel que tu me deste era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou
Por isso, D. Fulano entre dentro dessa roda
Diga um verso bem bonito, diga adeus e vá-se embora
A ciranda tem tres filhas
Todas tres por batizar
A mais velha delas todas
Ciranda se vai chamar
Escravos de Jó
Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, bota, deixa o Zé Pereira ficar.
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá.

Jogos e brincadeiras folclóricas

São brincadeiras simples e fáceis, individuais ou coletivos, Usados para compor o


imaginário infantil, são parte da expressão da infância e transmitidos, também, por
gerações.
Pega-pega: Uma criança deve correr e tocar outra. A criança tocada passa ter que fazer o
mesmo.
Esconde-esconde: o objetivo é se esconder e não ser encontrado pela criança que está
procurando. A criança que deverá procurar deve ficar de olhos tapados e contar até certo
número enquanto as outras se escondem. Para ganhar, a criança que está procurando
deve encontrar todos os escondidos e correr para a base.
Bola de gude: O objetivo é bater na bolinha do adversário para ganhar pontos ou a própria
bola do colega.
Cabra cega: consiste em vendar uma criança que passará a perseguir outros amiguinhos
que participam da brincadeira, para colocá-la em seu lugar.
Queimada:Duas equipes de crianças. Uma de cada lado. Observa-se a mesma distância
no meio do campo, traça-se uma linha, chamada fronteira. A equipe fica distante da
fronteira por alguns metros. Atraz do grupo, uma segunda linha é traçada, onde fica o
cemitério local, onde vão todos que forem queimados da equipe adversária. Cada equipe
possui seu cemitério. Os componentes da primeira equipe chegam a fronteira e atiram a
bola na segundo equipe. Se a bola acertar alguma criança da segunda equipe, esta irá
para o
cemitério da primeira equipe. Se a criança consegue agarrar a bola, ela passa tentando
queimar ou para o outro da mesma equipe que se encontra no cemitério. No final, vence a
equipe que conseguir queimar todos os adversários ou a equipe tiver menor número de
crianças no cemitério. A bola é atirada com a mão

Barra manteiga: São traçadas no chão, duas linhas paralelas, distantes entre si
aproximadamente 15 metros, podem ser as margens de uma quadra, por exemplo. Atraz
das linhas, duas equipes de crianças ficam em fileiras, uma de
frente para a outra.
Em seguida, é decidido o grupo que dará início ao jogo. Este grupo, por sua vez, escolhe
um dos seus componentes, o qual deve deixar a sua fileira adversária, cujos integrantes
devem estar com uma das mãos estendidas (palmas para cima) e com os pés preparados
para uma possível corrida rápida. Ao chegar, a criança bate com uma das mãos levemente
nas palmas de seus adversários, dizendo: _barra manteiga
(batendo na mão de cada um). De repente, bate fortemente na mão de um deles e corre
em direção á sua fileira, tentando fugir do adversário desafiado que procura alcançá-lo.
Cruzando sua própria linha sem ser tocado, o desafiante está a salvo. Se alcançado, ele
deve passar para o outro grupo da criança que o alcançou. Agora, o desafiado
anteriormente, é o desafiante diante do grupo contrário. Vencerá o jogo, o grupo que em
determinado tempo limitado pelos participantes, obtiver o maior
número de prisioneiros.
OBS.: Em algumas regiões, o desafiante, enquanto passa as mãos nas palmas dos
demais, declama: "Barra
manteiga, na fuça da nega" (repete quantas vezes quiser) e de repente diz: "Minha mãe
mandou bater nessa
DA-QUI:" Nesse momento é que sairá correndo.

Danças folclóricas:
Movimentos e ritmos que acompanham a música, compondo uma coreografia.

Baião
Ritmo musical, com dança, típico da região nordeste do Brasil. Os instrumentos usados
nas músicas de baião são: triângulo, viola, acordeom e flauta doce. A dança ocorre em
pares (homem e mulher) com movimentos parecidos com o do forró (dança com corpos
colados). O grande representante do baião foi Luiz Gonzaga.

Catira
Também conhecida como cateretê, é uma dança caracterizada pelos passos, batidas de
pés e palmas dos dançarinos. Ligada à cultura caipira, é típica da região interior dos
estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás e Mato Grosso. Os instrumento
utilizado é a viola, tocada, geralmente, por um par de músicos.

Frevo
Este estilo pernambucano de carnaval é uma espécie de marchinha muito acelerada, que,
ao contrário de outras músicas de carnaval, não possui letra, sendo simplesmente tocada
por uma banda que segue os blocos carnavalescos enquanto os dançarinos se divertem
dançando. Os dançarinos de frevo usam, geralmente, um pequeno guarda-chuva colorido
como elemento coreográfico.

Maracatu
O maracatu é um ritmo musical com dança típico da região pernambucana. Reúne uma
interessante mistura de elementos culturais afro-brasileiros, indígenas e europeus. Possui
uma forte característica religiosa. Os dançarinos representam personagens históricos
(duques, duquesas, embaixadores, rei e rainha). O cortejo é acompanhado por uma banda
com instrumentos de percussão (tambores, caixas, taróis e ganzás).

Quadrilha
É uma dança típica da época de festa junina. Há um animador que vai anunciando frases e
marcando os momentos da dança. Os dançarinos (casais), vestidos com roupas típicas da
cultura caipira (camisas e vestidos xadrezes, chapéu de palha) vão fazendo uma
coreografia especial. A dança é bem animada com muitos movimentos e coreografias. As
músicas de festa junina mais conhecidas são: Capelinha de Melão, Pula Fogueira e
Cai,Cai balão.

Samba de Roda
Estilo musical caracterizado por elementos da cultura afro-brasileira. Surgiu no estado da
Bahia, no século XIX. É uma variante mais tradicional do samba. Os dançarinos dançam
numa roda ao som de músicas acompanhadas por palmas e cantos. Chocalho, pandeiro,
viola, atabaque e berimbau são os instrumentos musicais mais utilizados.

Lendas, mitos e contos folclóricos:


São histórias e personagens que têm origem anônima, ou seja, que ninguém sabe ao certo
quem as criou e que vão passando de geração em geração.
Boitatá: Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a
capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que
este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram
encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na
região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".
Boto: Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é
representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e
festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a
madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.
Curupira: o curupira habita as matas brasileiras. De estatura baixa, possui cabelos
avermelhados (cor de fogo) e seus pés são voltados para trás. A função do curupira é
proteger as árvores, plantas e animais das florestas. Seus alvos principais são os
caçadores, lenhadores e pessoas que destroem as matas de forma predatória.Para
assustar os caçadores e lenhadores, o curupira emite sons e assovios agudos. Outra tática
usada é a criação de imagens ilusórias e assustadoras para espantar os "inimigos da
florestas". Dificilmente é localizado pelos caçadores, pois seus pés virados para trás
servem para despistar os perseguidores, deixando rastros falsos pelas matas. Além disso,
sua velocidade é surpreendente, sendo quase impossível um ser humano alcançá-lo numa
corrida.De acordo com a lenda, ele adora descansar nas sombras das mangueiras.
Costuma também levar crianças pequenas para morar com ele nas matas. Após encantar
as crianças e ensinar os segredos da floresta, devolve os jovens para a família, após sete
anos.Os contadores de lendas dizem que o curupira adora pregar peças naqueles que
entram na floresta. Por meio de encantamentos e ilusões, ele deixa o visitante atordoado e
perdido, sem saber o caminho de volta. O curupira fica observando e seguindo a pessoa,
divertindo-se com o feito.

Lobisomem: Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi
atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a
capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem
ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu
coração seria capaz de matá-lo.
Mãe-D'água: Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a
mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de
peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das
águas.
Corpo-seco: É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas
estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas
ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela
terra e teve que viver como uma alma penada.
Pisadeira: É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga
das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas
vão dormir de estômago muito cheio.
Mula-sem-cabeça: Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com
um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada
num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.
Mãe-de-ouro: Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra
jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que
voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita
cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.
Saci-Pererê: é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre
com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive
aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar
comida e acordar pessoas com gargalhadas.
Cuca. É representada por uma velha, com cabeça de jacaré, que possui uma voz
assustadora. De acordo com a lenda, a Cuca assusta e pega as crianças que não
obedecem seus pais.
Acredita-se que esta lenda tenha surgido na Espanha e Portugal, onde tem o nome de
"Coca". Neste país, ela era representada por um dragão que havia sido morto por um
santo. A figura aparecia principalmente nas procissões. A lenda teria chegado ao Brasil
junto com os portugueses durante o período da colonização.Ao chegar ao Brasil, a figura
da Cuca passou a ser representada, em muitas regiões, como uma velha brava com
cabelos compridos e desgranhados, semelhante a uma bruxa.
Iara: Também conhecida como a “mãe das águas”, De acordo com a lenda, de origem
indígena, Iara é uma sereia (corpo de mulher da cintura para cima e de peixe da cintura
para baixo) morena de cabelos negros e olhos castanhos. A lenda conta que a linda sereia
fica nos rios do norte do país, onde costuma viver. Nas pedras das encostas, costuma
atrair os homens com seu belo e irresistível canto. As vítimas costumam seguir Iara até o
fundo dos rios, local de onde nunca mais voltam. Os poucos que conseguem voltar
acabam ficando loucos em função dos encantamentos da sereia. Neste caso, conta a
lenda, somente um ritual realizado por um pajé (chefe religioso indígena, curandeiro) pode
livrar o homem do feitiço.
Contam os índios da região amazônica que Iara era uma excelente índia guerreira. Os
irmãos tinham ciúmes dela, pois o pai a elogiava muito. Certo dia, os irmãos resolveram
matar Iara. Porém, ela ouviu o plano e resolveu matar os irmãos, como forma de defesa.
Após ter feito isso, Iara fugiu para as matas. Porém, o pai a perseguiu e conseguiu
capturá-la. Como punição, Iara foi jogada no rio Solimões (região amazônica). Os peixes
que ali estavam a salvaram e, como era noite de lua cheia, ela foi transformada numa linda
sereia.
Lobisomem: Este personagem possui um corpo misturando traços de ser humano e
lobo.De acordo com a lenda, um homem foi mordido por um lobo em noite de lua cheia. A
partir deste momento, passou a transforma-se em lobisomem em todas as noites em que a
Lua apresenta-se nesta fase. Caso o lobisomem morda outra pessoa, a vítima passará
pelo mesmo feitiço.
No Brasil (principalmente no sertão), a lenda ganhou várias versões. Em alguns locais
dizem que o sétimo filho homem de uma sucessão de filhos do mesmo sexo, pode
transforma-se em lobisomem. Em outras regiões dizem que se uma mãe tiver seis filhas
mulheres e o sétimo for homem, este se transformará em lobisomem. Existem também
versões que falam que, se um filho não for batizado poderá se transformar em lobisomem
na fase adulta.
Conta a lenda que a transformação ocorre em noite de Lua cheia em uma encruzilhada. O
monstro passa a atacar animais e pessoas para se alimentar de sangue. Volta a forma
humana somente com o raiar do Sol.
De acordo com a lenda, um lobisomem só morre se for atingido por uma bala ou outro
objeto feito de prata.
Bicho papão (Cabra Cabriola): Dizem que o bicho papão é um monstro que persegue as
crianças travessas.
Tem gente que diz se tratar de uma espécie de cabra, metade cabra metade monstro,
outros dizem que há vários tipos. Soltando fumaça pelas narinas, ataca crianças que
andam sozinhas nas ruas desertas nas noites de sexta-feira.
O Bicho-papão aparece realmente para levar consigo as crianças desobedientes, que
falam palavrões, mentem ele não se interessa pelas crianças obedientes e educadas.
Ele pode se esconder no quarto das crianças mal educadas, nos armários, nas gavetas,
debaixo da cama para assustá-las ao anoitecer.
Dizem também que há um tipo de bicho-papão que surge nas noites sem luar, com um
saco na mão para pegar as crianças mentirosas e fazer sabão.
Para espantar o bicho papão da redondeza a criança deve ser obediente e educada e se
por acaso fizer alguma traquinagem deve pedir desculpas, caso contrário pode receber
uma visita indesejada.

O Negrinho do Pastoreio:É uma lenda popular principalmente no sul do Brasil.


Nos tempos da escravidão no Brasil, havia um fazendeiro malvado que tinha em sua
fazenda escravos negros de várias idades, inclusive crianças.
Num dia de inverno rigoroso o fazendeiro mandou um menino fosse pastorear seus
cavalos e potros novos. Ao entardecer quando o menino voltou com os cavalos o
fazendeiro reclamou que faltava um, um cavalo baio.
Como castigo chicoteou o menino até sangrar e mandou o menino procurar o cavalo.
Apavorado o menino foi a procura do cavalo baio. Quando finalmente o encontrou não
conseguiu prendê-lo.
Ao retornar à fazenda, o menino encontrou o fazendeiro ainda mais irritado. Este resolveu
castigar chicoteou o garoto e o amarou em cima de um formigueiro. No dia seguinte o
fazendeiro retornou ao local e se assustou com o que viu: o menino estava lá, de pé, sem
nenhuma marca de chicotada, nem mordida de formigas, ao lado dele a Virgem Maria e
próximo a eles o cavalo baio.
O fazendeiro se ajoelhou pedindo perdão. O Menino nada respondeu, beijou as mãos da
Nossa Senhora, montou no cavalo baio e partiu a galope.

Adivinhas ou charada
Brincadeira para decifrar enigmas, por meio de descrição de objetos, de animais, de
pessoas e histórias – O que é o que é?:
- O que é o que é que cai em pé e corre deitado?
Resposta: a chuva
- O que é o que é que ta bom bico dentro da água ta com sede mas não bebe água?
- O que é o que é que sempre se quebra quando se fala?
Resposta: o segredo
- O que é que é que ta com o bico dentro da água tá com sede mas não bebe água?
Resposta: a canoa.
- O que é que é surdo e mudo, mas conta tudo?
Resposta: o livro

- O que é o que é que tem asas mas não voa, tem bico mas não bica?
Resposta: o bule
- O que é que passa a vida na janela e mesmo dentro de casa, está fora dela?
Resposta: o botão
- Ele é magro, tem dentes, mas nunca come e mesmo sem ter dinheiro, dá comida a quem
tem fome?
Resposta: o garfo
- Qual a única pedra que fica em cima da água?
Resposta: a pedra de gelo.
- O que é o que é feito para andar e não anda?
Resposta: a rua
- Qual é a piada do fotógrafo?
Resposta: ninguém sabe, pois ela ainda não foi revelada.
- O que é o que é que sobe quando a chuva desce?
Resposta: o guarda-chuva.
- O que é o que é que esta no centro da rua e no meio da lua?
Resposta: a letra U
- Por que a plantinha não fala?
Resposta: porque ela é muda.
- Você sabe em que dia a plantinha não pode entrar no hospital?
Resposta: em dia de plantão.
- O que é o que é que dá muitas voltas e não sai do lugar?
Resposta: o relógio
- O que é um monte de pontinhos coloridos no meio do mato?
Resposta: formigas treinando para o carnaval!
- O que é um pontinho verde brilhando na cama de um hospital?
Resposta: uma ervilha dando à luz
- O que a esfera disse para o cubo?
Resposta: deixa de ser quadrado.
- O que é o que é que esta sempre no meio da rua e de pernas para o ar?
Resposta: a letra U
- É um pássaro brasileiro e seu nome de trás para frente é igual.
Resposta: arara.
- O que é o que é que anda com os pés na cabeça?
Resposta: o piolho

Par lenda:
Brincadeiras em versos com rimas e acompanhadas por dramatizações, movimentos e
mímicas. É uma brincadeira com a palavra
Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, chegou minha vez
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis.
***
Serra, serra, serrador! Serra o papo do vovô! Quantas tábuas já serrou?
Uma delas diz um número e as duas, sem soltarem as mãos, dão um giro completo com
os braços, num movimento gracioso.
Repetem os giros até completar o número dito por uma das crianças.
***
Um elefante incomoda muita gente...
Dois elefantes... incomoda, incomoda muito mais...
Três elefante elefantes incomoda muita gente...
Quatro elefantes incomoda, incomoda, incomoda, incomoda muito mais...
(continua...)
***
– Cala a boca!
– Cala a boca já morreu
Quem manda em você sou eu!
***
- Enganei um bobo...
Na casca do ovo!
***
Mindinho
Seu vizinho,
Pai de todos
Fura-bolos
Mata-piolhos.
***
Rei, capitão,
soldado, ladrão.
moça bonita
Do meu coração

Músicas do folclore brasileiro:


A COR MORENA
A cor morena / É cor de ouro
A cor morena / É o meu tesouro

É de meu gosto / É de minha opinião


Hei de amar a cor morena Quer papai queira, quer não
(Bis)

A cor morena / É cor de prata


A cor morena / É quem me mata

É de meu gosto / É de minha opinião


Hei de amar a cor morena / Com prazer no meu coração
(Bis)

A cor morena / É cor de canela


A cor morena / É uma cor tão bela

É de meu gosto / É de minha opinião


Hei de amar a cor morena / Quer papai queira ou não
(Bis)
BALEIA
A baleia é um peixe com tamanha barbatana
Quem quiser moça bonita vá no Campo de Santa
(Bis)

O A, o B, o C, vamos todas aprender


Soletrando o bê-a-bá na cartilha do ABC
(Bis)

O A é uma letra que se escreve no ABC


Ó, Altina, você não sabe quanto eu gosto de você
(Bis)

O B é uma letra que se escreve no ABC


Ó, Belmira, você não sabe quanto eu gosto de você
(Bis)

O C é uma letra que se escreve no ABC


Ó, Cecília, você não sabe quanto eu gosto de você...
(Bis)

POMBINHA BRANCA
Pombinha branca, que está fazendo?
Lavando a louça pro casamento
A louça é muita, sou vagarosa
Minha natureza é de preguiçosa
Pombinha branca, que está fazendo?
Lavando a louça pro casamento
Passou um homem
De terno branco
Chapéu de lado
Meu namorado

Mandei entrar
Mandei sentar
Cuspiu no chão!
Limpa aí seu porcalhão!
PRENDA MINHA
Vou-me embora, vou-me embora prenda minha
Tenho muito que fazer
Tenho de parar rodeio prenda minha
(Bis)
No campo do bem querer
Noite escura, noite escura prenda minha
Toda noite me atentou
Quando foi de madrugada prenda minha
(Bis)
Foi-se embora e me deixou
Troncos secos deram frutos prenda minha
Coração reverdeceu
Riu-se a própria natureza prenda minha
(Bis)
No dia em que o amor nasceu.
NEGRINHO DO PASTOREIO
Negrinho do pastoreio acendo essa vela pra ti
E peço que me devolvas a querência que eu perdi
Negrinho do pastoreio traz a mim o meu rincão
Que a velinha está queimando, nela está meu coração

Quero rever o meu pago colorado de pitangas


Quero ver a gauchinha brincando na água da sanga

Quero trotear nas coxilhas respirando a liberdade


Que eu perdi naquele dia que me embretei na cidade

Negrinho do pastoreio traz a mim o meu rincão


A velinha está queimando aquecendo a tradição
MAÇANICO
Maçanico, maçanico
Maçanico do banhado
Quem não dança o maçanico
Não arruma namorado

Maçanico, maçanico
Mas que bicho impertinente
Maçanico vai te embora
Na tua casa chego gente

Maçanico, maçanico
Se põe na sala a dançar
Maçanico pula e corre
Bate as asas pra voar
Trava-línguas: pequenos versos em que se brinca com a fonética, a pronúncia das
palavras, através de repetições e rimas similares ou contrárias.

O peito do pé do pai do padre Pedro é preto.

A babá boba bebeu o leite do bebê .

O dedo do Dudu é duro

A rua de paralelepípedo é toda paralelepipedada.

Quem a paca cara compra , cara a paca pagará

O Papa papa o papo do pato .

Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia

Norma nina o nenê da Neuza

A chave do chefe Chaves está no chaveiro .

Sabia que a mãe do sabiá sabia que sabiá sabia assobiar?

Um limão , dois limões , meio limão .

É muito socó para um socó só coçar!

Nunca vi um doce tão doce como este doce de batata-doce!

O padre pouca capa tem, pouca capa compra .

Chega de cheiro de cera suja !

É preto o prato do pato preto

Bagre branco ; branco bagre

Um tigre , dois tigres , três tigres.


Três tristes tigres trigo comiam .

A aranha e a jarra
Debaixo da cama tem uma jarra.
Dentro da jarra tem uma aranha.
Tanto a aranha arranha a jarra,
Como a jarra arranha a aranha.

A lagartixa da tia
Larga a tia, largatixa!
Lagartixa, larga a tia!
Só no dia em que a sua tia
Chamar a largatixa de lagartixa.

Caju
O caju do Juca
E a jaca do cajá.
O jacá da Juju
E o caju do Cacá.
.

Maluca
Tinha tanta tia tantã.
Tinha tanta anta antiga.
Tinha tanta anta que era tia.
Tinha tanta tia que era anta.

Molenga
Maria-mole é molenga.
Se não é molenga
não é maria-mole.
É coisa malemolente,
nem mala, nem mola,
nem maria, nem mole.

O tecelão
Tecelão tece o tecido
Em sete sedas de Sião
Tem sido a seda tecida
Na sorte do tecelão

Atrás da Pia
Atrás da pia tem um prato
Um pinto e um gato
Pinga a pia, apara o prato
Pia o pinto e mia o gato.

Sapo no saco
Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E o papo soltando vento.

Mafagafos
Um ninho de mafagafa
Com sete mafagafinhos
Quem desmafagaguifá
Bom desmafagaguifador será.

Velho Félix
Lá vem o velho Félix,
Com um fole velho nas costas,
Tanto fede o velho Félix,
Como o fole do velho Félix fede.

Tempo
O tempo perguntou ao tempo,
Quanto tempo o tempo tem,
O tempo respondeu ao tempo,
Que não tinha tempo,
De ver quanto tempo,
O tempo tem.
Seu Tatá
O seu Tatá tá?
Não, o seu Tatá não tá,
Mas a mulher do seu Tatá tá.
E quando a mulher do seu Tatá tá,
É a mesma coisa que o seu Tatá tá,tá?

O pinto pia
O pinto debaixo da bia
A pia pinga
O pinto pia
Quanto mais
A pia pinga
Mas o pinto pia

O sabiá
voce sabia que o sabiá
sabia assobiar?

Papa papão
Se o papa papasse pão.
Se o papa papasse papa.
Se o papa papasse tudo,
Seria um papa papão.

O rato
O rato roeu a roupa,
Do rei de Roma.
e a rainha, de raiva,
roeu o resto

Bão Balalão
Bão, babalão,
Senhor Capitão,
Espada na cinta,
Ginete na mão.
Em terra de mouro
Morreu seu irmão,
Cozido e assado
No seu caldeirão
Ou Bão-balalão!(variação)
Senhor capitão!
Em terras de mouro
Morreu meu irmão,
Cozido e assado
Postado há 27th August 2010 por Educação Física

PROJETO BRINCANDO COM O FOLCLORE

Projeto Cantiga de roda para Educação Infantil


Quem Canta, seus males espanta!
Justificativa:
Cantar é maravilhoso! "Quem canta seus males
espanta". Todos gostam de brincadeiras. Essas
cantigas são muito importantes, pois pertencem à
tradição oral e são transmitidas de geração a
geração. Entre na roda, na ciranda da brincadeira e
divirta-se com a sua turma. Será super legal!
Objetivos:
• Pesquisar sobre as diferentes cantigas de roda que
existem.
• Proporcionar a leitura e a escrita das canções.
• Ampliar o repertório musical e de outras
brincadeiras de roda.
Metodologia:
• Recuperar com os pais, avós, amigos, vizinhos e em
livros, cantigas de roda.
• Trabalhar com o grupo de alunos as cantigas
• Analisar as cantigas de roda
• Criar e inventar outras cantigas de roda.

Desenvolvimento:
* Vamos cantar músicas clássicas do repertório
infantil: A dona Aranha..... Que tal fazer uma
aranha para colocar na cabeça???? Deixe que as
crianças colem os olhos ou que dobrem as
perninhas...
Mais Dona aranha... leve as partes recortadas e
permita que as crianças montem a aranha, cada um
do seu jeitinho!

Aranha feito com caixinha de ovos...


• Elaborar textos coletivos com os alunos a partir das
letras das cantigas.
• Dançar as cantigas com coreografia no pátio da
escola.
* Atirei o pau no gato to..... Para esta música que
tal fazer o gato com prato de papel:

Mais uma ideia para fazer o gato com prato de


papel - para as turmas maiores pode permitir que
eles mesmo recortem e montem o gato:
Criar outras cantigas de roda e ilustrá-las.
• Organizar um livro com as cantigas já conhecidas e
as novas criadas pelos alunos.

* Lá vem o pato, pato aqui, pato acolá... Fazer o


patinho com prato descartável!!!

* O sapo não lava o pé... não lava porque não


quer.... Olha que graça estes sapos... feitos com
carimbo das mãos e colocado num prato de papel, a
lagoa também é feita de papel!
* Como pode um peixe vivo, viver fora da água
fria.... Fazer um aquário para colocar o peixinho!!!

Se preferir, faça chapéu de peixe!!!


* Meu pintinho amarelinho, cabe aqui na minha
mão.... Montar o pintinho com prato de papel,
pintar e colar penas.

Se preferir monte um galinheiro, com os pintinhos


da turma toda!!!! (pintinho feito com prato
descartável)
• Montar o livro com a turma.
• Apresentar as músicas e as danças para os pais e
colegas com o autografo do livro de cantigas.

* Um elefante incomoda muita gente.... Fazer uma


fantasia de elefante, montar as orelhas e um
canudo de papel pode ser a tromba.
* Jacaré foi a feira não sabia o que comprar... Fazer
um jacaré com plástico bolha, pintar de verde e
fazer os olhos e boca, fazer as patas com papelão.

Produção Final:
Organizar um pequeno livro com as cantigas de rodas
com as letras e ilustradas pelas crianças.
O que pode ser trabalhado com este projeto?
• Significado das palavras
• Grafia das palavras
• Parlendas
• Trava-línguas
• Adivinhas
• Contos
• Confecção de cartazes com as músicas
• Instrumentos que revelam a interação com as
outras culturas
• Jogos populares com sucatas
• Desenvolvimento da coordenação motora
• Noção de espaço
• Danças
• O contexto, os rituais, os costumes
Poderá também gostar de:
PROJETO - CANTIGAS DE RODA
1 - PROJETO CANTIGAS DE RODA

Tema:
Cante, brinque e encante.

Justificativa:
Cantar é maravilhoso! "Quem canta seus males espanta". Todos gostam de
brincadeiras. Essas cantigas são muito importantes, pois pertencem à tradição oral e
são transmitidas de geração a geração. Entre na roda, na ciranda da brincadeira e
divirta-se com a sua turma. Será super legal!

Objetivos:
Pesquisar sobre as diferentes cantigas de roda que existem.
Proporcionar a leitura e a escrita das canções.
Ampliar o repertório musical e de outras brincadeiras de roda.
Metodologia:
Recuperar com os pais, avós, amigos, vizinhos e em livros, cantigas de roda.
Trabalhar com o grupo de alunos as cantigas
Analisar as cantigas de roda
Criar e inventar outras cantigas de roda.
Produção Final:
Organizar um pequeno livro com as cantigas de rodas com as letras e ilustradas pelas
crianças.
Atividades
Elaborar textos coletivos com os alunos a partir das letras das cantigas.
Dançar as cantigas com coreografia no pátio da escola.
Criar outras cantigas de roda e ilustrá-las.
Organizar um livro com as cantigas já conhecidas e as novas criadas pelos alunos.
Fazer a revisão do que foi copiado no quadro -negro com os alunos.
Montar o livro com a turma.
Apresentar as músicas e as danças para os pais e colegas com o autografo do livro de
cantigas. Que show!

O que pode ser trabalhado com este projeto?


Língua Portuguesa
Artes
Educação Física

Atividades
Elaborar textos coletivos com os alunos a partir das letras das cantigas.
Dançar as cantigas com coreografia no pátio da escola.
Criar outras cantigas de roda e ilustrá-las.
Organizar um livro com as cantigas já conhecidas e as novas criadas pelos alunos.
Fazer a revisão do que foi copiado no quadro-negro com os alunos.
Montar o livro com a turma.
Apresentar as músicas e as danças para os pais e colegas com o autografo do livro de
cantigas. Que show!

fonte: khouse.fplf.org.br
2 - PROJETO CANTIGAS DE RODA

Objetivo geral:

Que a criança interaja e expresse desejos, necessidades e sentimentos por meio da


linguagem oral, contando suas vivências e familiarizando-se, aos poucos, com a
escrita por meio da participação em situações nas quais ela se faz necessária.
Justificativa:
Aprender uma língua não é somente aprender palavras, mas também os seus
significados, interpretações e representações da realidade.
A aprendizagem da linguagem oral é um dos mais importantes elementos para que as
crianças ampliem suas possibilidades de inserção e de participação nas diversas
práticas sociais.
Pensando em estimular a ampliação da linguagem oral do grupo é que estamos
propondo o desenvolvimento deste projeto, onde acreditamos estar promovendo
situações em que a criança desenvolva sua capacidade de ouvir, se expressar e
amplie seu repertório de palavras.

Apresentação :

Este é um projeto que visa possibilitar o contato das crianças com as mais variadas
situações comunicativas para que assim comecem a perceber a função social da
oralidade, através das cantigas de roda, percebendo esta forma de linguagem como
veículo de comunicação e idéias.
No seu decorrer as crianças terão a oportunidade departicipar de situações de
pesquisas das cantigas a sertrabalhado, ouvir e discriminar eventos sonoros presentes
no desenvolvimento das mesmas e compartilhar o material produzido com colegas e
familiares.
Sua culminância será a apresentação de todo materialcoletado e organizado na
Mostra de Conhecimentos realizada pela escola.

Objetivos Conceituais:

• Conhecer diversas cantigas de roda.


• Lembrar de situações de seu cotidiano em que as cantigas se fizeram
presentes;
• Classificar as cantigas;
• Comentar as músicas trabalhadas;
• Conhecer, um pouco, a história das cantigas trabalhadas;
• Comparar as cantigas que conhecem;
• Interpretar as cantigas trabalhadas em sala;
• Situar a cantiga no tempo e no espaço;
• Reconhecer a linguagem oral como veículo de comunicação
social;
• Identificar algumas cantigas através de sua pista gráfica;

Objetivos Procedimentais:
• Coletar dados e informações sobre o tema em questão;
• Utilizar os conhecimentos adquiridos em diversas situações
Comunicativas;
• Recorrer à linguagem para expressar necessidades e desejos;
• Reconstruir oralmente algumas cantigas;
• Representar ou dramatizar as cantigas;
• Partilhar as cantigas em conversas e brincadeiras;
• Elaborar novas cantigas;
Objetivos Atitudinais:
• Valorizar a nossa cultura, resgatando as cantigas de roda;
• Respeitar as idéias dos colegas;
• Apreciar o tema em questão;
• Respeitar o momento de falar e de ouvir;
• Partilhar o conhecimento adquirido;
•Cooperar com o desenvolvimento das apresentações das cantigas;

Intervenção I:

Objetivo: Apresentar o projeto, levantando conhecimentos


Prévios dos alunos sobre o assunto.
O.D. 1: Questionar as crianças sobre o que sabem sobre as
cantigas de roda.

O.D. 2: Registrar as primeiras hipóteses.


Intervenção II:
Objetivo: Apresentar ao grupo algumas das cantigas que serão
trabalhadas.
O.D. 1: Ouvir Cd com cantigas de roda.
O.D. 2: Elaborar uma lista das cantigas;
O.D.3: Desenhar pistas gráficas das cantigas;
Intervenção III:
Objetivo: Conhecer a cantiga: “Atirei o pau no gato”, bem como
Suas características.
O.D.1: Cantar e registrar a cantiga;
O.D.2: Pesquisar informações, individualmente, sobre origem,
Personagens presentes e outros.
O.D.3: Confeccionar painel com informações coletadas;
O.D.4: Representar, em sala, esta cantiga.
O.D.5: Conhecer a versão “politicamente correta” desta cantiga.
O.D.6 Conversar sobre os cuidados com os animais;
( outras intervenções que serão elaboradas)

Situação Comunicativa:

• Confeccionar portfólio com todas as informações do projeto para


exposição;

• Cantigas de roda (apresentação do material coletado e construído


durante o projeto);
• Apresentação de brincadeiras com as cantigas estudadas;
Recursos:
• Cd’s de cantigas;
• Livros de histórias;
• Outros materiais que forem coletados;
Avaliação Formativa:
Efetuar avaliação durante todo o processo de construção de
conhecimentos pelo aluno.

CANTIGAS DE RODA

Cantigas de Roda é um tipo de canção popular, que está diretamente relacionada com
a brincadeira de roda. A prática é comum em todo o Brasil e faz parte do folclore
brasileiro. Consiste em formar um grupo com várias crianças, dar as mãos e cantar
uma música com características próprias, como melodia e ritmo equivalentes à cultura
local, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu
universo imaginário e geralmente com coreografias.
Elas também podem ser chamadas de cirandas, e têm caráter folclórico. Esta prática,
hoje em dia não tão presente na realidade infantil como antigamente devido às
tecnologias existentes, é geralmente usada para entretenimento de crianças de todas
as idades em locais como colégios, creches, parques, etc.
Há algumas características que elas têm em comum como, por exemplo, a letra. Além
de ser uma letra simples de memorizar, é recheada de rimas, repetições e trocadilhos,
o que faz da música uma brincadeira. Muitas vezes fala da vida dos animais, usando
episódios fictícios, que comparam a realidade humana com a realidade daquela
espécie, fazendo com que a atenção da criança fique presa à história contada pela
música, o que estimula sua imaginação e memória. São os casos das músicas “A
barata diz que tem”, “Peixe vivo” e “Sapo Jururu”.
Em outros casos, algum objeto cria vida, ou fala-se de amor que para as crianças é
representado principalmente pelo casamento, já que o exemplo mais próximo delas é
o dos pais. Há ainda as que retratam alguma história engraçada, divertida para as
crianças. Contudo, não podemos deixar de destacar as cantigas que falam de
violência ou de medo. Apesar de esse ser um tema da realidade da criança, em
algumas cantigas ele parece ser um estímulo à violência ou ao medo. Atualmente
algumas canções vêm sendo alteradas por pessoas mais preocupadas com a
influência das músicas na mente infantil.
http://www.infoescola.com/folclore/cantigas-de-roda/

LETRAS DAS MÚSICAS

Marcha Soldado

Marcha Soldado
Cabeça de Papel
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel
O quartel pegou fogo
A polícia deu sinal
Acorda, acorda, acorda
A bandeira nacional

Pirulito Que Bate Bate


Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
Quem gosta de mim é ela
Quem gosta dela sou eu
Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
A menina que eu gostava
Não gostava como eu.

Samba Lelê

Samba Lelê está doente


Está com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
De umas dezoito lambadas
Samba , samba, Samba ô Lelê
Pisa na barra da saia ô Lalá (BIS)
Ó Morena bonita,
Como é que se namora ?
Põe o lencinho no bolso
Deixa a pontinha de fora
Ó Morena bonita
Como é que se casa
Põe o véu na cabeça
Depois dá o fora de casa
Ó Morena bonita
Como é que cozinha
Bota a panela no fogo
Vai conversar com a vizinha
Ó Morena bonita
Onde é que você mora
Moro na Praia Formosa
Digo adeus e vou embora.

O Cravo e a Rosa

O Cravo brigou com a rosa


Debaixo de uma sacada
O Cravo ficou ferido
E a Rosa despedaçada
O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O Cravo teve um desmaio
A Rosa pôs-se a chorar.

Capelinha de Melão

Capelinha de Melão é de São João


É de Cravo é de Rosa é de Manjericão
São João está dormindo
Não acorda não !
Acordai, acordai, acordai, João !
Ciranda Cirandinha
Ciranda Cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
O Anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
Por isso dona Rosa
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá se embora

Nesta Rua

Nesta rua, nesta rua, tem um bosque


Que se chama, que se chama, Solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração
Se eu roubei, se eu roubei seu coração
É porque tu roubastes o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque eu te quero tanto bem
Se esta rua se esta rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantePara o meu, para o meu amor passar.

Atirei o Pau no Gato

Atirei o pau no gato tô tô


Mas o gato tô tô
Não morreu reu reu
Dona Chica cá
Admirou-se se
Do berro, do berro que o gato deu
Miau !!!!!!

Fui no Tororó

Fui no Tororó beber água não achei


Achei linda Morena
Que no Tororó deixei
Aproveita minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada
Oh ! Dona Maria,
Oh ! Mariazinha, entra nesta roda
Ou ficarás sozinha !
Sozinha eu não fico
Nem hei de ficar !
Por que eu tenho o Pedro
Para ser o meu par !

Pezinho

Ai bota aqui
Ai bota aqui o seu pezinho
Seu pezinho bem juntinho com o meu (BIS)
E depois não vá dizer
Que você se arrependeu ! (BIS)

Cai Cai Balão

Cai cai balão, cai cai balão


Na rua do sabão
Não Cai não, não cai não, não cai não
Cai aqui na minha mão !
Cai cai balão, cai cai balão
Aqui na minha mão
Não vou lá, não vou lá, não vou lá
Tenho medo de apanhar !

Boi da Cara Preta

Boi, boi, boi


Boi da cara preta
Pega esta criança que tem medo de careta
Não , não , não
Não pega ele não
Ele é bonitinho, ele chora coitadinho

Terezinha de Jesus

Terezinha de Jesus deu uma queda


Foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Todos de chapéu na mão
O primeiro foi seu pai
O segundo seu irmão
O terceiro foi aquele
Que a Tereza deu a mão
Terezinha levantou-se
Levantou-se lá do chão
E sorrindo disse ao noivo
Eu te dou meu coração
Dá laranja quero um gomo
Do limão quero um pedaço
Da morena mais bonitaQuero um beijo e um abraço.

Peixe Vivo

Como pode o peixo vivo


Viver fora da água fria
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Por me verem assim chorando
Por me verem assim chorando
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
O Meu Boi Morreu
O meu boi morreu
O que será de mim
Mande buscar outro ,oh Morena
Lá no Piauí
O meu boi morreu
O que será da vaca
Pinga com limão, oh Morena
Cura urucubaca .

A Rosa Amarela

Olha a Rosa amarela, Rosa


Tão Formosa, tão bela, Rosa
Olha a Rosa amarela, Rosa
Tão Formosa, tão bela, Rosa
Iá-iá meu lenço, ô Iá-iá
Para me enxugar, ô Iá-iá
Esta despedida, ô Iá-iá
Já me fez chorar, ô Iá-iá (repete)

Balaio

Eu queria se balaio, balaio eu queria ser


Pra ficar dependurado, na cintura de “ocê”
Balaio meu bem, balaio sinhá
Balaio do coração
Moça que não tem balaio, sinhá
Bota a costura no chão
Eu mandei fazer balaio, pra guardar meu algodão
Balaio saiu pequeno, não quero balaio não
Balaio meu bem, balaio sinhá
Balaio do coração
Moça que não tem balaio, sinhá
Bota a costura no chão.

Boi Barroso

Eu mandei fazer um laço do couro do jacaré


Pra laçar o boi barroso, num cavalo pangaré
Refrão Meu Boi Barroso, meu Boi Pitanga
O teu lugar, ai, é lá na cana
Adeus menina, eu vou me embora
Não sou daqui,ai, sou lá de fora
Meu bonito Boi Barroso,que eu já dava por perdido
Deixando rastro na areia logo foi reconhecido
-Refrão

Tutu Marambá

Tutu Marambá não venhas mais cá


Que o pai do menino te manda matar (repete)
Durma neném, que a Cuca logo vem
Papai está na roça e Mamãezinha em Belém
Tutu Marambá não venhas mais cá
Que o pai do menino te manda matar (repete)

Sapo Jururu

Sapo Jururu na beira do rio


Quando o sapo grita, ó Maninha, diz que está com frio
A mulher do sapo, é quem está la dentro
Fazendo rendinha, ó Maninha, pro seu casamento

Ai, Eu Entrei na Roda

Refrão - Ai, eu entrei na roda


Ai, eu não sei como se dança
Ai, eu entrei na “rodadança”
Ai, eu não sei dançar
Sete e sete são quatorze, com mais sete, vinte e um
Tenho sete namorados só posso casar com um
Namorei um garotinho do colégio militar
O diabo do garoto, só queria me beijar
Todo mundo se admira da macaca fazer renda
Eu já vi uma perua ser caixeira de uma venda
Lá vai uma, lá vão duas, lá vão três pela terceira
Lá se vai o meu benzinho, no vapor da cachoeira
Essa noite tive um sonho que chupava picolé
Acordei de madrugada, chupando dedo do pé

Cachorrinho

Cachorrinho está latindo lá no fundo do quintal


Cala a boca, Cachorrinho, deixa o meu benzinho entrar
Refrão - Ó Crioula lá ! Ó Crioula lá, lá !
Ó Crioula lá ! Não sou eu quem caio lá !
Atirei um cravo n’água de pesado fou ao fundo
Os peixinhos responderam, viva D. Pedro Segundo.
Refrão

O Meu Galinho

Há três noites que eu não durmo, ola lá !


Pois perdi o meu galinho, ola lá !
Coitadinho, ola lá ! Pobrezinho, ola lá !
Eu perdi lá no jardim.
Ele é branco e amarelo, ola lá !
Tem a crista vermelhinha, ola lá !
Bate as asas, ola lá ! Abre o bico, ola lá !
Ele faz qui-ri-qui-qui.
Já rodei em Mato Grosso, ola lá !
Amazonas e Pará, ola lá !
Encontrei, ola lá ! Meu galinho, ola lá !
No sertão do Ceará !

Que é de Valentim

Que é de Valentim ? Valentim Trás Trás


Que é de Valentim ? É um bom rapaz
Que é de Valentim ? Valentim sou eu !
Deixa a moreninha, que esse par é meu !

São João Da Ra Rão

São João Da Ra Rão


Tem uma gaita-ra-rai-ta
Que quando toca-ra-roca
Bate nela
Todos os anja-ra-ran-jos
Tocam gaita-ra-rai-ta
Tocam gaita-ra-rai-ta
Aqui na terra
Maria tu vais ao baile, tu “leva” o xale
Que vai chover
E depois de madrugada, toda molhada
Tu vais morrer
Maria tu vais “casares”, eu vou te “dares”
Eu vou te “dares” os parabéns
Vou te “dartes” uma prenda
Saia de renda e dois vinténs

Na Bahia Tem

Na Bahia tem, tem tem tem


Coco de vintém , ô Ia-iá
Na Bahia tem ! (repete)

Vamos Maninha

Vamos Maninha vamos,


Lá na praia passear
Vamos ver a barca nova que do céu caiu do mar (bis)
Nossa Senhora esta dentro,
Os anjinhos a remar
Rema rema remador, que este barco é do Senhor (bis)
O barquinho já vai longe ...
E os anjinhos a remar
Rema rema remador, que este barco é do Senhor (bis)
Roda Pião
O Pião entrou na roda, ó pião ! (bis)
Refrão Roda pião, bambeia pião ! (bis)
Sapateia no terreiro, ó pião ! (bis)
Mostra a tua figura, ó pião ! (bis)
Faça uma cortesia, ó pião ! (bis)
Atira a tua fieira, ó pião ! (bis)
Entrega o chapéu ao outro, ó pião ! (bis)

Meu Limão, Meu Limoeiro

Meu limão, meu limoeiro


Meu pé de jacarandá
Uma vez, tindolelê
Outra vez, tindolalá
Escravos de Jó
Escravos de Jó jogavam caxangá
Tira, bota deixa o Zé Pereira ficar
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue za (bis)

A Barata diz que tem

A Barata diz que tem sete saias de filó


É mentira da barata, ela tem é uma só
Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só !
A Barata diz que tem um sapato de veludo
É mentira da barata, o pé dela é peludo
Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo !
A Barata diz que tem uma cama de marfim
É mentira da barata, ela tem é de capim
Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim
A Barata diz que tem um anel de formatura
É mentira da barata, ela tem é casca dura
Ah ra ra , iu ru ru, ela tem é casca dura
A Barata diz que tem o cabelo cacheado
É mentira da barata, ela tem coco raspado
Ah ra ra, ia ro ró, ela tem coco raspado.

Pai Francisco

Pai Francisco entrou na roda


Tocando o seu violão
Bi–rim-bão bão bão, Bi–rim-bão bão bão !
Vem de lá Seu Delegado
E Pai Francisco foi pra prisão.
Como ele vem todo requebrado
Parece um boneco desengonçado

Fonte: claudiapilotto3.blogspot.com.br
Inspiração By Além da Alfabetização

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