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br/br/01-143845/fundamentos-para-projetar-espacos-publicos-
confortaveis EM 13/08/2019
Paisagem. Plano Estratégico de Intervenção na Travessia Urbana de Pliego. Murcia. E. Mínguez, 2009.
Imagem Cortesia de Enrique Mínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure
Espaço de visibilidade generalizada. Centro Nacional de Arte e Cultura Georges Pompidou (Paris).
Rogers/ Piano, 1977. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera
Moure
Espaço Público Confortável. Praça das Flores. Murcia. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez Martínez,
Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure
Espaço Público Confortável. Praça das Flores. Murcia. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez Martínez,
Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure
2.2. Condicionantes
- Condições Térmicas: Dados climáticos, Materiais do Espaço Público
- Escala Urbana: Largura da Seção, Altura das Edificações
- Ocupação: Uso Previsto, Medições, Massa Crítica
- Paisagem: Atrativos do entorno
- Percepção de Segurança: Transparências e visibilidade, Ocupação
- Condições Acústicas: Decibéis dia/noite
- Qualidade do ar: T CO2 hab/ano
- Ergonomia: Qualidade do Desenho Urbano (Figura 3)
Esquema de Conforto em um mesmo Espaço Público. Superposição entre dia e noite. Imagem Cortesia de
Enrique Mínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure
Zona de Sombra. Praça de Balsa Vieja. Totana. Murcia. E. Mínguez, 2009. Imagem Cortesia de Enrique
Mínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure
Estratégias de Melhorias:
Utilizar a vegetação como elemento gerador de microclimas, zonas de sombras e corta-
ventos em ambientes muito expostos. Mediante o Indicador "Dotação de árvores para
a melhoria do confortotérmico" podemos atingir tal melhora através da sombra
produzida pela vegetação, naturalizando e conseguindo que a vegetação se integre ao
longo de todo o espaço público.
Prancha 1. Indicador Dotação de árvores para a melhoria do conforto térmico. Plano Estratégico de
Intervenção da Travesia Urbana de Pliego, E. Mínguez, 2009. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez
Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure
Considerar para melhorar a insolação: a orientação e largura das ruas, a altura das
edificações e a tipologia das edificações. Conhecer os ventos locais para alcançar o bem
estar dos espaços externos urbanos e melhorar as condições do microclima local. A
presença de quadras, edifícios e elementos urbanos, diminui as correntes de ar, com
respeito ao entorno circundante, formando uma bolsa de ar que freia outras correntes do
entorno. Se as ruas são largas e com pouca altura de edificações, as correntes de vento
são diluídas. As praças e espaços abertos precisam ser ventilados no verão e protegidos
nos meses frios através de elementos de proteção, como a vegetação, por exemplo.
3.2. Escala Urbana
A relação entre a altura das edificações e a separação dos blocos tem sido motivo de
estudos, desde o início do Movimento Moderno, por sua incidência na insolação das
habitações, ainda que sem analisar suas importâncias no espaço público. Desde este
último ponto de vista, a AEUB (ii) propõe o indicador "Proporção da rua", onde a
relação h/d é de 0,5 a 1,2 para climas frios e de 0,8 a 1,5 em climas quentes ( sendo h a
altura da edificação e d a largura da seção). (4)
A proporção da rua também é determinante para a colocação da vegetação de porte
grande ou pequeno nas calçadas, praças, jardins e a criação de corredores verdes
urbanos. A forma e o tamanho dos espaços livres devem
guardar proporcionalidade com os níveis de assiduidades e atividades esperadas, sendo
que uma maior área não pressupõe uma maior qualidade como tem demonstrado a
experiência dos espaços entre blocos da cidade funcional. Se as atividades são
multiplicadas nos espaços livres, a vida é enriquecida entre eles, aumentando o número
de usuários e os retornos dos investimentos.
Estratégias de Melhoria:
Puerta del Sol. Madri. Concentração 15 M. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez Martínez, Pablo Martí
Ciriquián, María Vera Moure
Estratégias de Melhoria:
Estabelecer um equilíbrio urbano entre espaços dedicados à funcionalidade e espaços de
permanência. Projetar atividades em planta baixa que fomentem a interação urbana
delimitando a longitudide das frentes edificadas. Potencializar o espaço de pedestres
frente ao espaço público (Figura 12)
Modelos de Controles de Ocupação no Espaço Público. Plano Estratégico de Intervenção na Travesia
Urbana de Pliego. Murcia. E. Mínguez, 2009. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez Martínez, Pablo
Martí Ciriquián, María Vera Moure
Passeio na Orla de de La Manga del Mar Menor. Murcia. E. Mínguez, 2010. Imagem Cortesia de Enrique
Mínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure
Independentemente de seu atrativo podemos criar um ambiente confortável rompendo a
monotonia e criando interesse no passante através da existência de focos de
atração intermitentes e marcos ao longo da paisagem urbana (Figura 14).
Times Square, Nova York. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María
Vera Moure
Estes focos de atração não têm necessidades em ser esteticamente atrativos, "quando
tratamos com as cidades, lidamos com a vida em toda sua complexidade e intensidade.
E como é assim, há uma limitação estética no que se pode fazer com as cidades: uma
cidade não pode ser uma obra de arte" (5). Os marcos podem ser edifícios, lojas,
elementos culturais, grupos de edifícios 'singulares', mobiliários urbanos, fontes,
esculturas, ... Em todo caso, ainda que os focos de atração projetados sejam destaques,
é importante sua integração num tecido urbano homogêneo
Estratégias de Melhoria:
Fomentar a diversidade de usos em planta baixa, projetar frentes edificadas alinhadas às
vias com uma longitude máxima de 30/40 metros, brincando com a distribuição da
arborização como elemento paisagístico de grande interesse, utilizar pavimentos
atrativos, projetando com as cores. (Figura 15)
3.5. Percepção de Segurança
Para que um local esteja livre de ameaças deve existir coesão social e deve-se projetar a
cidade de modo a potencializar a visibilidade do espaço e sua transparência, utilizando
elementos arquitetônicos que fomentem a vigilância natural entre os citadinos (Figura
16). "O sentimento de segurança precisa levar em conta os entornos físicos e sociais
conjuntamente" (6)
Espaços seguros. Plano Estratégico de Intervenção na Travessia Urbana de Pliego. Murcia, E. Mínguez,
2009. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure
Também é necessário uma ocupação mista, para evitar espaços onde unicamente
funcionem usos terciários, já que quando esta atividade cessa, aparecem os espaços
desertos. Isso ocorre em zonas exclusivamente de escritórios ou comércios, (Bairro La
Défense em Paris, La City em Londres, entre muitos outros). Devemos conseguir a
diversidade suficiente para garantir fluxos variáveis ao longo de todo o dia.
Espaços seguros. Plano Estratégico de Intervenção na Travessia Urbana de Pliego. Murcia, E. Mínguez,
2009. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure
Estratégias de Melhoria:
Utilizar elementos de proteção como a topografia, elementos vegetais ou construtivos.
Promover a diversidade para alcançar a massa crítica suficiente. Projetar traçados
urbanos que promovam a transparência garantindo a visibilidade natural. (Figura 17)
Plaza de Santa Lucia. Cartagena. Murcia. E. Mínguez, 2009. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez
Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure
Proteção acústica. Glorieta Juan Carlos I, Mula. Murcia, E. Mínguez, 2009. Imagem Cortesia de Enrique
Mínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure
Elemento vegetal como barreira antirruído. Plan Estratégico de Intervención en la Travesía Urbana de
Pliego. E. Mínguez, 2009. Imagem Cortesia de Enrique Mínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María
Vera Moure
Sistema de faixas funcionais. Glorieta Juan Carlos I, Mula. Murcia, E. Mínguez, 2009. Imagem Cortesia
de Enrique Mínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure
Ordenação por faixas funcionais. Glorieta Juan Carlos I, Mula. Murcia, E. Mínguez, 2009. Imagem
Cortesia de Enrique Mínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, María Vera Moure
Bibliografia:
1. DELGADO, Manuel. El espacio público como ideología. Barcelona: Libros de la
Catarata, 2011.
2. BEDOYA, Cesar; NEILA, F. Javier. Técnicas arquitectónicas y constructivas de
acondicionamiento ambiental. Madrid: Murilla-Leria, 1997.
3. RUEDA, Salvador (dir). Plan Especial de Indicadores de Sostenibilidad Ambiental
de la Actividad Urbanística de Sevilla. Sevilla: Agencia de Ecología Urbana de
Barcelona, 2007.
4. RUEDA, Salvador (dir). Sistema de indicadores y condicionantes para ciudades
grandes y medianas.Agencia de Ecología Urbana de Barcelona, 2010.
5. JACOBS, Jane. Muerte y vida de las grandes ciudades. Madrid: Capitán Swing
Libros, S.L., 2011.
6. RUEDA, Salvador (dir). Guía metodológica para los sistemas de auditoría,
certificación o acreditación de la calidad y sostenibilidad en el medio urbano. Madrid:
Centro de Publicaciones Secretaría General Técnica Ministerio de Fomento, 2012.