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O Estudo livre “Defeito em peças plásticas” aborda sobre as técnicas para a perfeita
regulagem dos parâmetros na injeção de termoplásticos buscando identificar e
solucionar os principais defeitos oriundos de processo, matéria-prima, detalhes do
produto ou ferramental. As soluções reduzem as perdas decorrentes de anomalias no
processo de injeção de termoplásticos.
Fatores e condições
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08- Fatores que influenciam a temperatura do material fundido 33
09- Influência da temperatura do material fundido na qualidade /
produtividade 36
10 - Recomendações para evitar os defeitos superficiais 44
01 - Hesitação 69
02 - Efeito de racetrack / fluxo desequilibrado 72
03 - Sobrecompactação 77
04 - Efeito de underflow ou sub-fluxo 78
05 - Escorrimento pelo bico / ou entre bico e canal 79
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26 - Peças abaixo do peso ou com falha 150
27 - Baixa resistência ao tenso fissuramento /
quebra sob tensão ambiental / aparecimento de trincas 150
28 - Manchas no ponto de injeção / marcas em torno da entrada 153
29 - Estrias marrom / amarelamento / queima 155
30 - Marcas ou estrias prateadas / espirrado prateado 160
51 - Arranhões 189
52 - Tampão frio 189
53 - Jateamento / espirramento / marcas de fluxo / sulcos 191
54 - Micro trincas (microcracks) 193
55 - Trincas ao redor de insertos 193
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01 - Avaliação de defeitos em peças injetadas de termoplásticos.
Mesmo que apresentadas as possíveis ações para este fator, implicam em alterações
significativas da ferramenta sendo, geralmente necessárias revisões completas no
projeto original. Todos os tipos de problemas resultantes durante a moldagem por
injeção, são gerados por fatores diversos que para a solução, acabam de certa forma
exigindo também diversas ações que quando coordenadas, contribuem na eliminação
e base para a solução dos problemas.
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típicos nas peças plásticas é importantíssimo que seja correta a maneira como se
analise ou se faça a interpretação dos resultados encontrados na simulação.
Todos os passos devem ser registrados pois, não se sabe depois de quanto tempo
(meses ou anos) o mesmo problema pode aparecer novamente. Todo transformador
de plásticos deve guardar registros dos problemas que ele encontrou e como ele os
resolveu. Se ele compilar esta informação, ele não vai depender de adivinhação ou de
experimentações, para tentar resolver os problemas.
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O sucesso na moldagem por injeção acontece quando se produzem peças plásticas
de boa qualidade, em uma produção de ritmo contínuo. Mas, podem ser encontrados
problemas ao se trabalhar, mesmo de modo contínuo com qualquer termoplástico. Isto
ocorre principalmente quando se inicia o trabalho com um novo molde.
Três fatores: máquina, molde e material tem que ser considerados quando se trata de
eliminar defeitos e se obter ótimas condições de moldagem. Normalmente tende-se a
responsabilizar os problemas ao material ou às condições de moldagem, quando, na
realidade, a origem do inconveniente é a própria máquina não adequada ou o desenho
do molde.
Por exemplo para Injetadas curtas (Não se encheu o molde), se as cavidades não
são preenchidas por completo, as possíveis causas podem ser:
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medir a temperatura de massa do material; a mesma se controla através de pirômetro
em sucessivas purgas, para se assegurar que o cilindro esteja com o sistema de
calefação adequado.
O emprego da técnica “passo a passo” para definir a causa de um problema pode ser
tarefa fácil, no entanto, a sua correção pode levar muito tempo, em especial se
devemos ajustar a temperatura do cilindro. Isto deve ser feito diminuindo ou
aumentando de 5ºC a 1OºC de cada vez fazendo uns 10 ou 12 ciclos entre cada
modificação para ir permitindo que a temperatura da massa se equilibre com a do
cilindro.
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micro trincas, além da medição interna de componentes que somente seriam
avaliados por sistemas ópticos ou apalpadores após a destruição (corte em seção
transversal) da peça.
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dimensional nas peças, forças desequilibradas no molde, ar preso na cavidade ou na
peça, rebarba nas peças.
Na fase inicial do projeto do molde, deve-se realizar uma análise cuidadosa do modelo
da peça. O objetivo consiste em antever problemas que podem ocorrer no molde,
fazendo uma modificação à peça de forma a eliminar esses problemas. Esta análise
permite, também, verificar os mecanismos necessários para a moldagem e extração.
Uma geometria complexa da peça, por si só, é indicativa de que, se não houver um
olhar crítico dos inúmeros pormenores na fase de projeto, poderão ser sentidos fortes
problemas de qualidade, tais como defeitos de preenchimento do molde e deformação
da peça durante a solidificação, entre outros. A própria geometria implica desde logo o
uso de diversas metodologias de abordagem ao projeto, permitindo assim que a forma
exigida pelo cliente possa ser efetivamente cumprida.
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Uso de desmoldantes: entre os aditivos que podem acumular mais resultados
prejudiciais, devemos destacar os desmoldantes pois, seu uso abusivo pode criar
sérios problemas de adesão (impressão, pintado, hot stamping).
Desta maneira podem-se obter produtos sem defeitos comumente verificados, tais
como bolhas e rechupes (defeitos na solidificação do material). Alguns defeitos estão
associados à fase de preenchimento.
Para obter peças moldadas com propriedades ótimas, o tempo de recalque deve ser
determinado pelo método da pesagem, e o tempo de resfriamento deve ser reduzido
ao mínimo (normalmente, ligeiramente superior ao tempo de plastificação). Isto
pressupõe que o ponto de injeção tenha sido projetado e posicionado corretamente.
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Fontes de defeitos:
Os defeitos em peças plásticas injetadas podem ter diversas fontes diferentes, a
saber:
Instalação e Funcionamento:
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Na rosca de uma máquina de moldagem o material plástico é derretido e misturado
com aditivos e pigmentadores. O desenho das roscas e o controle dos processos têm
melhorado ao longo dos anos com o intuito de otimizar o processo e redução dos
ciclos, tanto quanto possível, porém com seu desgaste, seu poder de homonegeização
fica deteriorado.
Além disso, o cilindro tem que ser plenamente aquecido a partir do exterior, a fim de
fundir o plástico o mais rápido quanto possível. Estes dois efeitos elevam a
temperaturas de formas desiguais na massa fundida tanto sobre a seção transversal
bem como em todo o curso de dosagem.
Também é possível se utilizar um filtro de partículas antes, para impedir que qualquer
partícula pare no seu interior.
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Problemas de qualidade que podem ser resolvidos com um bocal de mistura.
Muito dos problemas de qualidade na moldagem por injeção tem sua origem na
temperatura irregular, viscosidade e velocidade do material fundido. A utilização de um
bocal de mistura trás como consequência uma melhoria de homogeneização e os
parâmetros ajudam a melhorar as tolerâncias e evitar efeitos indesejáveis como áreas
de superfície maçante ou brilhante.
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Desvio de temperatura ao longo de um curso de injeção
O bocal de mistura assegura que uma constante tonalidade de cor pode ser obtida,
independente do tipo de máquina que se efetua a moldagem por injeção e parâmetros
de processamento utilizados.
Além disso, o consumo de masterbatch e cores líquidas pode geralmente ser reduzido
de 5% a 25%, dependendo do tipo e da cor em aplicação. Isto é devido a eficiente
quebra de aglomerados de pigmentos de cor e distribuição homogênea das partículas
de pigmento.
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Melhoria da eficiência energética e menor tempo de ciclo:
Devido aos tamanhos e formatos diferentes e variados das partículas dos reciclados,
sua homogeneização no interior da rosca não é constante e muito deficiente.
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Uma excelente aplicação é a integração de homogeneizador estático com o objetivo
de melhorar a homogeneização térmica do plástico reciclado para melhor o
processamento dos reciclados.
Por último, mas não menos importante, a instalação de um bocal de mistura é muito
mais rápida e mais eficiente em comparação com a instalação de um novo parafuso.
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Há casos em que um homogeneizador estático não pode ajudar a melhorar o
processo: Um bico homogeneizador não pode compensar um sistema desigual de
distribuição com masterbatch pobres. A concepção e o dimensionamento correto do
homogeneizador é essencial para se obter o máximo de benefício dentro do padrão
estabelecido pelo fabricante do máster batch.
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menos do que, por exemplo, a limpeza de uma secção de tubo vazio ou a limpeza da
rosca de plastificação.
O problema mais grave é a falta de espera de segurança após o cilindro ter chegado
na temperatura ajustada.
Quando o indicador do painel indica que a temperatura ajustada foi atingida, indica
que a temperatura do cilindro foi alcançada, e nada quer dizer que a massa plástica
esteja fundida. Por isto é obrigatório que se espere aproximadamente 10 minutos após
todas as temperaturas tenham atingido o valor ajustado.
Quando se tenta injetar com a massa parcialmente fundida, o centro está ainda sólido
e as regiões em contado com o cilindro estão fluidas. Com isto a massa sólida é
forçada contra o centro do bico homogeneizador, danificando-o totalmente.
Conclusões:
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A Velocidade de Injeção corresponde à velocidade de avanço do parafuso injetor a
frente, no momento da injeção do material para dentro da cavidade do molde (fase de
preenchimento).
Deve ser ajustada um pouco antes do completo preenchimento das cavidades para
levar em consideração a inércia do parafuso injetor.
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06 - Ajuste da máquina injetora
Temperatura do fundido
Um dos mais importantes parâmetros no ajuste do processo; Valores muito baixos
podem não permitir a completa fusão do material e valores muito altos podem levar o
material à degradação.
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A temperatura do molde de injeção pode ser controlada com o ajuste da temperatura
do fluido de refrigeração utilizado. Via de regra, procura-se ajustar a temperatura do
fluido da refrigeração de 15 a 30° C abaixo da desejada na superfície do molde. A
temperatura a se ajustar para o molde varia de acordo com a resina que será
injetada e é indicada pelo fabricante .
Temperatura do molde
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Tabela com: temperatura de injeção / pressão de injeção /
temperatura do molde
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Ajuste da rotação e descompressão do parafuso injetor
Os fabricantes de resina normalmente indicam o valor ideal de rotação para diferente
diâmetros do parafuso injetor. Este valor é diretamente relacionado à taxa de
cisalhamento sofrida pelo material durante seu transporte dentro do cilindro.
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Maiores contrapressões permitem maior precisão na quantidade de material
carregada a frente do parafuso ciclo a ciclo mas acelera o desgaste do parafuso
plastificador.
Ao iniciar a máquina, deve-se ajustar tempo e pressão de recalque para ZERO para
prevenir excessos de pressão ao molde e permitir definir o ponto ideal de passagem
para recalque.
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Ajuste da velocidade de injeção.
Inicialmente, ajuste a velocidade de injeção para a máxima disponível. Dessa forma
pode-se alcançar a mínima resistência ao fluxo e maior qualidade na formação das
linhas de emenda;
Perfis de injeção devem ser utilizados, para evitar defeitos superficiais causados por
elevadas taxas de cisalhamento e marcas de queima por efeito diesel (ar
aprisionado).
O tempo de molde aberto, como todo o ciclo tem influência direta no tempo de
residência da resina dentro do cilindro de plastificação, devendo ser minimizado.
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Ajuste a abertura do molde para mínima necessária, verificando espaço necessário
para extração do produto. No caso do trabalho em semi automático, onde a extração
da peça é completada pelo operador, preveja espaço para o trabalho eficaz do
mesmo.
O curso de avanço deve ser ajustado para um valor que garanta a extração do
produto verificando o limite mecânico existente no molde. A velocidade de extração
pode ser ajustada ao máximo e reduzida gradativamente caso verificam-se marcas
indesejáveis no produto.
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Deixe ajustado o mínimo valor possível de pressão de recalque, já que esta é
causadora de tensões internas que podem contribuir para o empenamento do
produto após a desmoldagem. Esteja certo de que o colchão a frente do parafuso
injetor ao término do recalque é diferente de zero para garantir que a compensação
de material na cavidade foi a desejada.
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Deve‐ se tomar o cuidado de não colocar a pressão de travamento em excesso e
colocar proteção de molde a mais baixa possível, para garantir que caso fiquem peças
presas, não danificar o molde e ainda obter redução no consumo de energia.
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O que é comutação?
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O colchão ou almofada é o material que sobra na ponta da rosca, ele é necessário
para que o recalque possa ser eficiente na sua função. A almofada deve conter
material suficiente para compactar bem a peça. Peças mal compactadas pode ser
resultado de almofada muito baixa. Se na injeção o importante é controlar a
velocidade, no recalque é controlar a pressão e o tempo de atuação.
Deve-se ter cuidado na regulagem dos parâmetros nesta fase, pois se muito altos
forem os parâmetros nesta fase, poderão surgir problemas como: rebarbas no produto,
dificuldade de extração, tensões e outros; por outro lado se baixos demais forem os
parâmetros, poderá surgir rechupes e variações no dimensional do produto. Aqui como
na fase de injeção, esta depende da complexidade do produto a ser injetado, por isso
não se pode calcular diretamente, e sim estimar. Sendo que é aconselhável que seja
de 40% a 80% da pressão de injeção, e se possível escalonado.
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07 - Efeitos e Defeitos decorrentes de ajuste da temperatura
Ciclos mais longos: quanto maior a temperatura do material e do molde, maior será o
tempo requerido para resfriamento da peça.
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Retenção de ar: se a viscosidade do material é muito baixa e a velocidade de injeção
é muito alta, as aberturas de ar podem ser bloqueadas pelo material, antes que o ar
possa escapar do molde, podendo ocasionar assim bolhas nas peças.
Linhas de solda fracas: ocorre quando dois ou mais fluxos de material derretido se
encontram dentro do molde e não se fundem corretamente devido a baixa temperatura
do material ou do molde.
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Desgaste da injetora e do molde: com a alta viscosidade, os parâmetros de pressão
e velocidade são maiores, ocasionando assim um desgaste desnecessário na
máquina injetora e no molde de injeção.
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distribuição e molde estão bem polidas, as partes do molde podem se grudar, devido á
criação de vácuo. Com tais materiais, a exemplo dos poliuretanos elastômeros, é
aconselhável fazer um jateamento com areia no molde, canal da bucha e canais de
distribuição.
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Tabela com propriedades de polímeros
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09 - Influência da temperatura do material fundido na Qualidade/Produtividade.
A)Temperaturas altas
- Degradação Térmica: Temperaturas altas provocam a queima/ degradação térmica,
o que envolve a quebra das cadeias moleculares dos polímeros, afetando, portanto, as
propriedades do produto final.
- Rebarbas: A viscosidade é influenciada pela temperatura. No caso de altas
temperaturas, a viscosidade do material fundido pode ser reduzida a ponto de
provocar o aparecimento de rebarbas, na linha de separação do molde.
- Compactação excessiva: Algumas vezes, a viscosidade não é reduzida aponto de
causar o surgimento de rebarbas, porém provoca uma compactação excessiva na
peça, afetando, portanto o seu peso e dimensões.
- Extração Deficiente: Se a peça é compactada em excesso devido a altas
temperaturas, podemos esperar que ela se prenda mais firmemente no molde. Isto é
mais perceptível se existem cantos afiados ou pequenos rebaixos no molde. Neste
caso torna-se necessário usar maior pressão nos extratores ou extração repetitiva, o
que pode resultar em mais tensões na peça, empenamento ou marcas de extração.
- Variações na Contração: É mais difícil controlar a taxa de resfriamento da peça no
molde se uma temperatura do material excessiva for usada para preencher o molde.
Isto pode resultar em uma contração não uniforme na peça, especialmente se
existirem seções transversais grossas e finas. Em muitos casos, as peças moldadas
não se conformarão com as dimensões especificadas.
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- Variações na Cor: Variação de cor pode ser atribuída ao fato do polímero ou aditiva
amarelarem, afetando, portanto a cor da peça moldada. Além disso, o corante pode
ser degradado termicamente, perdendo o seu brilho e tonalidade. Restrições legais ao
uso de pigmentos inorgânicos termicamente estáveis, como os pigmentos de cádmio,
agravam este problema.
- Deposição de Voláteis na Superfície do Molde: A deposição de voláteis ou
monômeros na superfície do molde resulta num acabamento fosco na peça moldada.
Em muitos casos, aditivos com um baixo ponto de ebulição são volatilizados, se uma
certa temperatura de processamento é excedida.
- Deposição de Voláteis nos Canais de Saída de Ar: Voláteis podem também se
condensar e bloquear as aberturas para saída de ar do molde.
- Ciclos mais longos: Quanto maior a temperatura do material, mais tempo de
resfriamento é requerida, resultando, consequentemente, num ciclo mais longo.
- Chupagem: Quanto mais alta a temperatura do material, maior o risco deformação
de chupagem, especialmente se a peça possui seções transversais finas e grossas.
Altas temperaturas causarão um atraso na solidificação do núcleo das seções grossas,
com a possibilidade de que o resfriamento ocorra na ausência de pressão de recalque,
gerando, portanto, marcas de chupagem ou vazios na peça.
- Escorrimento pelo Bico: O calor diminui a viscosidade dos polímeros e pode
provocar escorrimento pelo bico de injeção, especialmente se os polímeros usados
possuem uma janela de processamento estreita.
- Esguichamento: Temperaturas excessivas, combinadas com pontos de injeção
restritos e altos velocidades de injeção podem provocar esguichamento e defeitos ao
redor do ponto de injeção, devido á fratura do material fundido. Se a temperatura do
material é excessivamente alta, os problemas acima descritos são encontrados, Por
outro lado, se a temperatura do material é muito baixa, outros problemas podem
também ocorrer.
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parte dele pode ser fornecido ao aço do molde. Um molde quente melhora o fluxo do
material fundido, mas também aumenta o tempo de resfriamento e resulta,
consequentemente, num ciclo mais longo.
•Extração Deficiente: Temperaturas altas demais na superfície do molde causarão
um atraso no resfriamento e solidificação da peça moldada. A extração da peça do
molde também é ligeiramente prejudicada, podendo resultar num ciclo mais longo.
•Sobre- Compactação /Rebarbas: Já que o material fica mais fluido a temperaturas
mais altas, e o molde é preenchido muito rapidamente, pode ocorrer sobre -
compactação e rebarbas.
•Retenção de Ar: Se o material fundido é muito fluido e a velocidade de injeção é
muito alta, as aberturas de escape de ar podem ser bloqueadas pelo material, antes
que o ar possa escapar do morde.
Chupagem e Vazios: Chupagem e vazios podem se formar devido ao fato deque
seções grossas da peça ainda permanecerão derretidas, após a solidificação do ponto
de injeção: esta região, portanto, vai se resfriar sem a aplicação de nenhuma pressão
de recalque.
C) Temperaturas baixas
• Peças incompletas
• Formação de linhas de fluxo
• Acabamento superficial ruim
• Aparência leitosa (em peças transparentes)
• Linhas de solda fracas
• Cristalinidade incompleta, afetando:-contração da peça-contração pós-moldagem-
empenamento
• Alto nível de tensões residuais
• Desgaste excessivo na máquina e moldes
• Peça não compactada
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• Perda de propriedades mecânicas
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preenchimento completo do molde Estas condições de processamento extremas são
prejudiciais tanto para o molde como para a injetora, no que diz respeito ao desgaste.
• Peças não Compactadas: Baixas temperaturas do material podem reduzir a
facilidade de compactação do molde, resultando em peças sub-compactadas, que
exibem instabilidade dimensional e propriedades mecânicas inferiores. Parte da
equação calor/temperatura está relacionada com as temperaturas da superfície do
molde: se muito altas ou muito baixas, uma variedade de problemas pode ocorrer.
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Quando as dimensões de peças que trabalham em alta temperatura diminuem
com o tempo, em geral, a causa é a temperatura da cavidade muito baixa. Isto
porque, com temperaturas do molde muito baixas, a contração de moldagem pode ser
muito pequena, porém, a contração pósmoldagem será substancialmente mais alta.
Se um longo tempo de start-up é necessário até que as dimensões diminuam para os
valores corretos, isto é um sinal de um controle de temperatura inadequado na
ferramenta.
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Recomendações para ajustar a temperatura da cavidade corretamente
Recomendações importantes:
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comumente, por um termômetro portátil. A superfície da sonda do termômetro deve
ser de leitura rápida.
A temperatura da ferramenta deve ser medida em várias posições, não apenas uma
vez de cada lado. Uma vez medidas as temperaturas, deve-se ajustar as unidades de
controle para conseguir a temperatura mais adequada no molde. As fichas técnicas
dos materiais sempre indicam a temperatura correta da ferramenta. Estas
recomendações sempre representam o melhor compromisso entre um bom
acabamento superficial, propriedades mecânicas, contração e ciclo.
Consistência no processo:
Índice de preenchimento
Para aplicações de paredes finas, o material deve ser injetado no molde o mais rápido
possível para evitar que o plástico congele antes que a peça esteja completamente
preenchida. As mais nova resinas e tecnologias de máquina dessa área quase sempre
se concentram em aumentar a capacidade de preenchimento, o moldador pode
economizar resina enchendo moldes mais finos ou alcançar maior produtividade
usando moldes maiores, com maior número de cavidade.
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10- Recomendações para evitar os defeitos superficiais
‘Chupagem’- Quando a peça possui uma deformação devida à falta de matéria prima
em uma determinada região.
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Empenamento - Quando a peça deforma ao ser retirada ainda quente do molde.
Furos tampados - Quando pequenos furos (para parafuso) são obstruídos com
matéria-prima devido à pressão de injeção ou a fluidez do material não estarem de
acordo com o especificado.
Para limpar a máquina, PS, PEAD ou uma mistura de 50/50% de acrílico / PSAI
também podem ser usados. Deve-se evitar os seguintes materiais: Nylon, PP, POM,
PEBD, ABS e PVC por degradarem em altas temperaturas ou reagirem com outras
resinas, podendo causar inclusive (no caso do POM) explosões no canhão.
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Após a limpeza da máquina, com os materiais citados anteriormente, deve-se retirar
do cilindro o material de limpeza, utilizando o material que será injetado. Pode-se
utilizar material 100% moído.
A tabela abaixo mostra quais são os melhores materiais para purga prévia ao
processo de injeção.
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- Regiões de final de preenchimento;
- Regiões aonde se concentram as linhas de emenda fria;
- Regiões de menor espessura;
Uma boa análise pode sugerir algumas alterações para o controle da contração
revendo-se alguns pontos que influenciam diretamente na injeção. Quanto maior a
densidade e temperatura da matéria-prima, espessura da parede do produto e
temperatura do molde, maior a contração. Já o ponto de injeção com boa área, um
ciclo maior de injeção e uma maior pressão favorecem menor contração.
Processo da Contração:
Da mesma forma que todos os materiais ao serem submetidos a ação de calor tendem
a aumentar de volume (expandir), o mesmo acontece com os materiais plásticos
durante o processo de moldagem pois ,inversamente esses materiais se contraem
quando submetido a ação de resfriamento. O plástico ao ser injetado formando o
produto desejado, através do sistema de refrigeração ao encontrar com a superfície
fria sofrera um processo inverso a plastificação endurecendo, deixando o produto
sólido e com as mesmas características iniciais.
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citadas em desenho de produto. À contração de cada produto deve ser acrescentado
corretamente (%) para que o produto tenha as dimensões finais corretas.
Este percentual deverá ser correspondente ao material a ser injetado e para maior
segurança, deverá ser informado pelo fabricante da matéria prima. Os valores
indicados pelo fabricante são obtidos através de testes efetuados em condições
específicas, e não possuem as mesmas condições particulares da máquina injetora
utilizada, podendo haver variação dos valores de contração devido ao processo. A
adição de cargas no material como, por exemplo, fibras de vidro, micro esferas de
vidro e talco também alteram a contração.
A contração do produto sempre ocorrerá por sobre o macho, que trabalha com menor
temperatura, afastando-se da cavidade facilitando a extração, pelo fato do sistema
extrator localizar-se do lado móvel e ainda por causa dos ângulos de saída, uma
conicidade obrigatória para tornar possível a extração do produto dos machos.
Para determinarmos as medidas para o molde, devemos inicialmente jogar com as
tolerâncias do produto, observando sempre que no macho as tolerâncias vão para
mais e na matriz as tolerâncias vão para menos.
Existem estudos e tabelas variadas dos valores de contração dos mais diversos tipos
de materiais sendo de maneira geral, expressos em porcentagem. Com este valor pré-
definido, é possível prever-se o quanto a peça plástica irá encolher e perder no
dimensional, dependendo do tipo de material utilizado e considerando-se também o
projeto e condições de moldagem.
Esta pressão força a entrada de mais material para a cavidade do molde, minimizando
a contração e o aparecimento de rechupes. É importante que o recalque seja aplicado
até que o material tenha se solidificado completamente em toda a peça. Materiais
plásticos amorfos apresentam menor contração que os materiais cristalinos (ou
semicristalinos), além disso solidificam no molde mais lentamente o que possibilita
aplicar o recalque às peças por mais tempo, reduzindo a contração.
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moldagem que expandem o polímero fundido forçando-o contra as paredes do molde,
o que atua como uma pressão de recalque interna ao material.
O projeto do molde tem que observar as situações que se apresentam para o produto
e trabalhar com valores compensatórios que permitam após injeção, um ajuste
adequado do dimensional e não a falta de reserva para o mesmo (reservas de material
nas cavidades e machos). A homogeneidade de temperatura do molde nas faces da
cavidade é um fator de muita importância, pois junto com a temperatura de processo,
influência diretamente na troca de calor e na maneira e tempo como se solidifica a
matéria prima durante a injeção.
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As cadeias moleculares, durante o processamento sofrem um grau variado de
orientações e se o grau de orientação for excessivo, as consequências nas peças
moldadas serão perceptíveis. Estas cadeias moleculares orientadas desenvolvem
tensões internas (no interior) nas peças pois, as cadeias sempre tendem a retornar ao
seu estado original (memórias do polímero).
Este estado de tensionamento pode ser forçado tanto em polímeros amorfos como
cristalinos, um efeito imaginável é que a resistência mecânica será diferente no
sentido de orientação (maior resistência); quanto maior o grau de orientação, mais
intenso será esse efeito. Em resumo, a contração tenderá a ser maior no sentido da
orientação que no sentido transversal. Essa diferença de contração será responsável
pelo “empenamento” das peças.
Em certos tipos de produtos, peças com comprimento bem acima das medidas
laterais, costuma-se trabalhar com tempo de recalque e elementos.
Existe uma preocupação constante no desenvolvimento de componentes de material
plástico para a obtenção de peças com excelentes propriedades mecânicas, visual e
dimensional e de custo compensador, sendo que em muitos casos essas
características não são atingidas devido ao empenamento.
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material amorfo moldadas por injeção, avaliando a tensão residual produzida nas
fases de empacotamento e resfriamento. Outros estudos comparam os
resultados de tensão residual previstas a partir de simulação com valores
experimentais obtidos pelas técnicas de remoção de camadas.
Observações na moldagem:
Durante a moldagem, a temperatura do material deve ser alta o suficiente para
possibilitar uma fusão homogênea. Se esta temperatura for baixa em excesso,
ocorrerá uma fusão incompleta dando origem a diferentes graus de contração que
podem promover problemas de rechupe na peça.
Em tempo de ciclo muito rápido resultará em extração de peças que não tenham sido
resfriadas de acordo para conseguir manter uma estabilidade estrutural. Com ciclo
rápido ocorre um alívio de tensão padrão e conforme as tensões são aliviadas,
qualquer contração não uniforme resultará em rechupe e ainda não há risco de
empenamento durante extração. Se o pistão de injeção é recolhido antes da entrada
fechar, o material terá o seu fluxo interrompido na cavidade do molde, causando uma
baixa e não uniforme pressão na cavidade resultando em uma maior e não uniforme
contração.
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moldada e o projeto do molde, assim como também otimizar as condições de
processamento. Muitos problemas potenciais, tais como peças incompletas,
localização indesejada de linhas de solda e aprisionamento de ar podem ser
detectados antes da fabricação do molde.
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Defeitos em peças com paredes grossas
As peças plásticas devem conter raios generosos nos cantos para melhorar o
preenchimento da cavidade do molde pelo material e evitar a concentração de
tensões, que são mais frequentes em cantos vivos.
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Ressaltos em que parafusos serão atarraxados, devem-se ter um controle dimensional
no diâmetro interno e na espessura de parede, para não ocorrer problemas na hora da
montagem.
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-- Temperatura do molde–temperaturas elevadas baixam a viscosidade do polímero
fundido, permitindo que mais material seja “empacotado” no molde e reduzindo a
contração.
Para solucionar um defeito em uma peça injetada, um plano deve ser traçado e
executado passo a passo usando uma abordagem sistemática, lógica e organizada.
Além disso, todos os passos devem ser registrados, pois ninguém sabe quando o
defeito poderá ocorrer outra vez!
Todos os passos devem ser registrados: ninguém sabe, depois de quanto tempo
(meses ou anos) o mesmo problema pode aparecer novamente. Depender da
memória pode ser decepcionante. Todo transformador de plásticos deve guardar
registros dos problemas que ele encontrou e como ele os resolveu. Se ele compilar
esta informação, ele não vai depender de adivinhação ou de uma experimentação
entediante, para tentar resolver os problemas.
Estes registros podem ser usados para refrescar a memória, se forem lidos
periodicamente, a fim de manter ativas as habilidades em resolver problemas de
moldagem. Uma abordagem sistemática consta nas folhas que se seguem a esta
introdução.
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Muitas variáveis estão além do controle do operador, a despeito do grau de
habilidades que ele tenha adquirido, problemas irão ainda ocorrer, causados por
circunstâncias fora do seu controle. Uma influência comum na qualidade das peças e
produtividade é o projeto da peça e a construção do molde. Seções transversais
extremamente grossas causarão chupagem. Algumas vezes, é impossível livrar-se
deste defeito, a menos que o projeto do molde seja modificado e o ponto de injeção
seja colocado em outra região da peça.
Peças e moldes que possuam um projeto deficiente são exemplos de problemas com
os quais um operador tem que conviver, tendo que ajustar o seu processo e ciclo para
acomodar essas eventuais deficiências de projeto.
Outra variável que não pode ser influenciada pelos operadores é a seleção do
material. Em muitos casos, quando um material é muito “grosso” para encher um
molde, um “grade” de resina mais fluido pode resolver o problema. O operador, neste
caso, pode apenas relatar o problema, mas ele não possui a palavra final para
determinar a substituição do material.
Aditivos que são incorporados ao polímero podem causar defeitos. Quando são
usados corantes termicamente instáveis nas temperaturas ótimas de processamento
do material, eventuais mudanças de cor na peça podem ocorrer e a culpa ser atribuída
ao operador. A adequação da injetora ao processamento é um outro fator além do
controle do operador. Um molde é construído e alocado para operar com uma
máquina que possui uma certa força de fechamento. Às vezes, pode haver a formação
de rebarbas e o operador não pode eliminar as rebarbas somente pelo ajuste das
variáveis de processamento (temperatura, pressão e velocidade). Neste caso, uma
máquina com uma força de fechamento maior é necessário. O operador pode somente
sugerir esta solução, mas ele não tem como implementar a sua recomendação.
56
a) Pressão de injeção:
A pressão de injeção é a força que expele o material para fora do canhão e o injeta
através do bico de injeção, canal da bucha, canais de distribuição e pontos de injeção
para o interior das cavidades do molde, criando uma pressão nas cavidades, tão logo
que elas são preenchidas com o polímero. Esta pressão é também conhecida como
pressão do primeiro estágio de injeção, ou pressão de enchimento.
Falta de preenchimento
Acabamento superficial pobre
Linhas de solda fracas
Rechupes
Compactação excessiva
Formação de rebarbas
Alto nível de tensões residuais
b) Pressão de Recalque
A pressão de recalque é menor que a pressão de injeção. O material fundido é
compressível, o que provoca uma queda na pressão. Durante o resfriamento, a
pressão de recalque é aplicada até que o ponto de injeção se solidifique, a fim de
evitar que o material retorne para fora da cavidade. Ela também ajuda a compensar a
contração da peça, durante o resfriamento, pois introduz uma quantidade extra de
material, proveniente do colchão.
-- A pressão de recalque tem muitas funções no processo de injeção. Ela mantém todo
o material fundido na cavidade, durante o resfriamento e processo de contração (evita
57
a retro-descarga de material para os canais de alimentação)ela também compensa a
contração de volume durante o resfriamento, suprindo material do colchão para as
peças contraídas, o que mantém as dimensões e peso das peças conforme planejado.
-- Se a pressão de recalque for alta em demasia, podem resultará em peças altamente
tensionadas, e variações na contração podem ocorrer.
-- Quando a pressão de recalque é baixa demais, ocorrerá uma retro-descarga do
material para os canais de alimentação, assim como vazios e chupagem na peça
moldada.
-- A aplicação da pressão de recalque deve ocorrer durante o resfriamento do material
fundido, enquanto os pontos de injeção estão ainda derretidos, não solidificados. Se a
pressão de recalque é removida antes que os pontos de injeção se solidifiquem,
ocorrerão os mesmos problemas que existem quando nenhuma pressão de recalque é
aplicada. Por outro lado, manter a aplicação da pressão de recalque depois que os
pontos de injeção se solidificaram é um desperdício de energia e tempo no ciclo. Logo
que o ponto de injeção se solidifique, a pressão de recalque deve ser removida.
Pressões não são transmitidas através do polímero sólido.
-- A pressão de recalque desempenha um papel importante na contração da peça e,
portanto, as tolerâncias dimensionais podem não ser atingidas, se for usada uma
pressão de recalque ou tempo de recalque inadequados.
Compactação excessiva
Formação de rebarbas
Alto nível de tensões residuais
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c) Contrapressão
A contrapressão é exercida durante o retorno da rosca. Ela adiciona mais trabalho ao
material, obrigando a rosca a exercer uma maior força durante a sua retração. Ela
permite que qualquer porção de ar existente entre os grânulos de plástico na zona de
alimentação da rosca seja expelido. Além disso, a contrapressão melhora a mistura do
material e a sua plastificação, produzindo um material fundido de consistência mais
homogênea. Se este ar permanece no canhão e se desloca além da zona de
compressão da rosca, ele vai ficar aprisionado na peça moldada, gerando bolhas de
ar.
-- A contrapressão gera mais trabalho sobre o material e melhora, portanto, a
dispersão e homogeneidade do material fundido.
-- Uma contrapressão alta demais vai retardar o instante em que a rosca atinge a sua
posição final de recuo; consequentemente, a rosca continua a girar, causando
degradação do material.
-- Por outro lado, uma contrapressão baixa ou igual a zero aumentará as chances de
bolhas de ar na peça e de um material mal disperso e não homogêneo.
A contra pressão baixa favorece:
Má homogeneização do fundido.
Má dispersão de pigmentos aditivos.
Rechupes
Contrapressão
Corresponde à pressão aplicada na direção oposta ao retorno do parafuso injetor
durante a dosagem (recuo do parafuso).
59
Provoca aumento rápido da temperatura do fundido quando comparado ao
aumento da temperatura de controle do cilindro de plastificação.
d) Pressão de Fechamento
A pressão de fechamento é a pressão exercida na placa móvel para manter o molde
fechado durante a aplicação da pressão de injeção. A pressão de fechamento deve
ser maior do que a pressão de injeção, caso contrário o molde se abrirá.
Uma outra pressão que pode ser ajustada, e que é essencial para o fechamento do
molde, enquanto o material está sendo injetado, é a pressão de fechamento. A
pressão de fechamento é a pressão mais alta na máquina e deve sempre ser ajustada
60
para exceder a pressão de injeção. As máquinas injetoras são especificadas pela
pressão de fechamento (mais precisamente, pela força de fechamento, em toneladas)
•Altas pressões de fechamento podem ser um risco para as colunas-guia. Elas podem
também achatar e bloquear os canais para remoção de ar do molde coma
compactação excessiva do molde.
•Baixas pressões de fechamento podem causar rebarbas na linha de separação do
molde.
e) Pressão de extração
Os extratores podem ser empurrados com um grau variável de força, criando, portanto
uma pressão na peça que está sendo extraída Se a força de extração é grande
demais, os pinos extratores deixarão uma marca indesejável nas peças e, em alguns
casos os pinos extratores podem perfurá-las, originando buracos.
61
Ciclos muito curtos: podem provocar uma extração deficiente e também marcas
causadas pelos extratores, já que a extração pode ocorrer enquanto a peça ainda não
está completamente solidificada.
-- Pela mesma razão, deformação e empena mento da peça podem ocorrer, já que a
peça é empurrada para fora do molde ainda amolecida.
-- A contração não é bem controlada em peças prematuramente extraídas.
-- Altos níveis de tensão podem permanecer na peça.
b) Velocidades
Altas velocidades de injeção:
-- Quanto maior for a velocidade de injeção, mais rápida é o enchimento do molde;
todavia, certo limite tem que ser observado. Velocidades muito altas criam um
cisalhamento excessivo, o que pode causar degradação térmica, assim como uma
viscosidade muito baixa no material, além de esguichamento, turbulência e fratura do
material fundido na região do ponto de injeção.
-- Velocidades de injeção extremamente altas podem, algumas vezes, deslocar o
material ao redor do ar que deve escapar do molde, impedindo que este alcance as
aberturas por onde é removido, causando retenção de ar no molde e marcas de
queima.
-- Altas velocidades normalmente causam mais desgaste, tanto na máquina quanto no
molde.
62
-- Uma baixa velocidade provoca a solidificação do material fundido antes que as
cavidades estejam completamente cheias, o que resulta na formação de peças
incompletas.
-- Pode causar também linhas de solda indesejáveis, bem como linhas defluxo e
acabamento superficial ruim.
-- Se a velocidade não é rápida o suficiente, a peça demorará mais tempo para ser
preenchida. Isto pode gerar risco do ponto de injeção se solidificar antes da
compactação da peça e da aplicação da pressão de recalque.
c) Tempos
Quando se fala em tempos, as velocidades também estão incluídas, pois existe uma
proporcionalidade entre velocidade e tempo. O tempo de injeção refere-se ao tempo
gasto pelo material para encher as cavidades de um molde. Ele é, em outras palavras,
a velocidade com a qual o polímero escoa e enche o molde. O tempo de recalque é
simplesmente o tempo de aplicação da pressão de recalque, afim de compactar o
material no molde, até que o ponto de injeção se solidifique. A velocidade de abertura
e fechamento do molde, extração, etc, controlam a duração do ciclo, ou seja, a
produtividade do processo e o custo da peça moldada.
Tempo de residência:
O tempo de residência é definido como o tempo de permanência do material no
canhão de injeção desde a sua entrada no funil até o instante em que ele passa pelo
bico de injeção. Ele se refere ao tempo em que o material está submetido ao
aquecimento. Se o tempo é longo demais! vai ocorrer degradação térmica. O tempo de
permanência do material no canhão depende da duração do ciclo e da razão entre a
capacidade de injeção da injetora e peso total da moldagem. Se uma máquina com
capacidade de injeção de 2400 gramas é usada numa moldagem com peso total de
120 gramas, o material no canhão permanecerá lá por 20 ciclos. Se o ciclo é de 30
segundos, isto significa que o material permanecerá sob aquecimento por 10 minutos
(20 ciclos x 0,6 minuto/ciclo = 10 minutos). Neste caso, o material provavelmente
queimará.
Tempo de injeção:
O tempo de injeção deve ser tão curto quanto possível, a fim de reduzir a duração do
ciclo e encher o molde enquanto o polímero ainda está derretido (antes que ele
comece a se solidificar).
Tempo de recalque:
O tempo de recalque é importante para manter o material sob pressão, até que o
ponto de injeção se solidifique, evitando o fluxo reverso de material para fora das
cavidades.
Tempo de resfriamento:
A eficiência da troca de calor entre o fluido de resfriamento e o sistema depende da
temperatura do material derretido e do conteúdo de calor do processo de troca
térmica. O tempo de resfriamento é o tempo gasta para resfriar o material no molde e
solidificá-la, até um ponto em que possa ser extraído. E o tempo mais longo, de todo o
63
ciclo. A configuração da peça, especialmente seções transversais grossas exercem
um importante papel na duração do resfriamento. Os controles de temperatura do
liquido de refrigeração são também um outro fator importante.
Tempo e Velocidades de abertura e fechamento do molde:
A abertura e fechamento do molde normalmente são considerados como um tempo
morto. Quanto mais rápido o molde abrir e fechar, mais rápido é o ciclo. E importante
levar em consideração à extração da peça, assim como a retração dos pinos
extratores. Isto evidentemente pode limitar a velocidade.
Tempo e Velocidades de retração da rosca / R.P.M.
Uma velocidade de rotação da rosca (r.p.m.) alta pode causar um cisalhamento
excessivo e degradação térmica. Uma retração muito lenta é indesejável, pois é um
desperdício de tempo do ciclo e energia. Contra pressões altas normalmente
desaceleram ou até mesmo interrompem o recuo da rosca.
64
Os técnicos de processamento e controle de qualidade se encontram numa situação
em que, normalmente, não podem influenciar o processo de tomada de decisões e
tem que encontrar suas próprias soluções. A qualidade e produtividade podem muitas
vezes ser prejudicadas. Para corrigir um defeito, quaisquer mudanças nos parâmetros
devem ser feitas uma de cada vez e ser registradas e documentadas. Os problemas
de processamento e peças defeituosas são algumas vezes gerados por uma
multiplicidade de erros e não somente por uma única fonte.
Estas condições geram tensões resultantes da fricção entre camadas, que serve para
“orientar” as moléculas na direção do fluxo e que se estabelecem na massa moldada
antes que as macromoléculas possam se acomodar novamente e se livrar dessas
tensões ou deformações do seu estado natural. Concluindo, podemos dizer que as
Tensões Residuais se originam basicamente quando “uma massa quente entra em
contato com uma superfície muito mais fria”.
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Temperado:
O temperado é utilizado para minimizar as Tensões Residuais que não são eliminadas
variando os parâmetros de moldagem e que podem estar limitadas pelo desenho da
peça, ciclo de moldagem, etc. A operação de temperado consiste em colocar as peças
em um forno com circulação de ar ou em um recipiente com água quente. Para
determinar a temperatura do forno ou d'água, temos que conhecer o ponto de
deformação térmica da peça. O temperado se realiza a 5ºC por baixo deste valor
durante aproximadamente 2 horas. O tempo depende da espessura da peça. “O ponto
de deformação térmica é a temperatura na qual se observa a deformação da peça, e
não o ponto de deformação ASTM do material”. As peças logo do temperado devem
voltar a provas, submergindo-as em solventes adequados para verificar se esta
operação tem sido eficaz.
Veja tabelas no link http://moldesinjecaoplasticos.com.br/tabelas-com-valores-para-
aplicacoes-de-termoplasticos/
Tabela com relação material solvente para teste do temperado
66
Determinação
Para determinar a magnitude das Tensões Residuais que podem afetar a performance
final de uma peça moldada, se empregam as seguintes técnicas.
Visual
Se utilizando luz polarizada, as áreas de maior magnitude aparecerão como
concentrações locais de espectros iridescentes. Aplica-se a plásticos transparentes.
Térmica
Aplica-se o mesmo sistema que o utilizado para determinar a temperatura de
temperado, utilizando deformações de variado nível (em diversas condições de
moldagem) como uma medida da magnitude das tensões.
Química
As peças moldadas se submergem durante um tempo predeterminado em reativos
específicos para cada tipo de material. A peça é atacada unicamente nos lugares com
tensões provocando fissuras ou rachaduras. A maior magnitude ou evidência destas
frestas estará em relação direta com a maior tensão residual existente.
O ponto chave para o funcionamento ideal de uma câmara quente a fim de que se
obtenha um produto final compatível com a demanda e qualidade exigida pelo
67
mercado é o seu balanceamento térmico, que deve ser sempre o mais equalizado
possível, a fim de evitar problemas durante o processo de injeção.
Ocorre quando algum componente em contato com uma das faces do manifold tem
um coeficiente de condutividade térmico muito elevado em relação ao material do
manifold e o perfil da resistência não existe ou não é suficiente para contrabalancear
essa perda. Isso acarreta em uma grande transferência de calor do manifold para as
placas do sistema. Um ponto frio pode fazer com que a resina se esfrie muito dentro
do canal, aumentando a pressão no interior do manifold.
68
Esse problema não só afeta o manifold, como também as placas, pois quando muito
calor está sendo transferido a partir do manifold, as placas irão ficar com a
temperatura elevada, exigindo mais da refrigeração interna, fato que muitos
fabricantes de moldes para injeção de termoplásticos não levam em consideração
como deveriam. Com a temperatura das placas elevada, todo o dimensional dos
componentes da câmara quente será afetado, podendo ocorrer outros problemas com
o molde, principalmente se esse contiver componentes que não sejam resistentes a
temperatura.
Hot Spot
Esse outro fenômeno, como o próprio nome já diz, tem o efeito inverso do cold spot, não
interferindo, entretanto, nas placas ou outros componentes do molde, pois é um problema
somente do manifold.
Um ponto mais quente no manifold irá interferir diretamente com as propriedades da resina,
ocasionando sua degradação precoce e prejudicando a qualidade do produto final.
Quando ocorre esse problema se tem um perfil de resistência inadequado com o perfil do
manifold.
Duas resistências com zonas de controle diferentes podem interferir uma com a outra,
chegando ao ponto de uma região se aquecer mito mais do que a outra.
69
A hesitação é um defeito causado pela estagnação do fundido numa zona com
variações significativas de resistência ao fluxo. Isto é, quando o fundido é injetado
numa cavidade com grandes variações de espessura tende a encher primeiro as
zonas que oferecem menor resistência ao fluxo, ou seja, as zonas mais espessas.
Assim, o fluxo pode estagnar nas zonas mais frias resfriando a medida que o fundido
enche as restantes zonas da cavidade. No final do enchimento e dependendo do
estado de solidificação do material, a pressão de injeção pode não ser suficiente para
fazer o fundido fluir da zona de hesitação. Mesmo que isto não aconteça pode ficar
sempre uma marca na superfície da peça devido à hesitação.
Quando o fundido entra numa cavidade e estiver enchendo uma secção fina e uma
secção espessa, tenderá a encher primeiro a secção espessa, porque este
percurso oferece menor resistência ao fluxo. Esta tendência pode fazer com que o
fundido na secção fina pare ou abrande de forma significativa.
O fundido arrefece mais rapidamente à medida que abranda, de forma que a
viscosidade aumenta. Por sua vez, esta maior viscosidade inibe o fluxo ainda mais,
causando um arrefecimento ainda mais rápido, pelo que o problema se autopropaga.
A hesitação pode ocorrer em nervuras e em secções finas de peças com alterações
significativas na espessura da parede.
70
região periférica da cavidade. Em seu centro, ocorre atraso no fluxo (hesitação) devido
à restrição causada pela pequena espessura.
Em ultimo caso, alterar o molde afastando o ponto de injeção da região em que ocorre
a hesitação, pois assim as alternativas de caminhos de fluxo serão menores e a
redução da velocidade em áreas finas serão minimizadas e ainda aumentar
espessuras de parede onde ocorre a hesitação.
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Detalhe em lupa
Afaste o ponto de injeção do polímero da área de hesitação para que a maior parte da
cavidade seja cheia antes do fundido alcançar a área fina. A ausência de caminhos
alternativos do fluxo dará menos tempo ao polímero para hesitar.
Mova o ponto de injeção do polímero para um local onde aplique uma maior pressão
onde a hesitação ocorre. É útil que nervuras/saliências finas sejam o último ponto a
encher, para que toda a pressão de injeção seja aplicada nesse ponto.
Utilize um material menos viscoso (isto é, um material com um índice de fluidez mais
elevado).
Aumente a temperatura do fundido para que flua nas áreas finas mais prontamente.
Este efeito ocorre quando o escoamento é mais rápido em regiões mais espessas da
peça, pois oferecem menor resistência ao fluxo gerando linhas de emenda que não
existiriam normalmente e gases aprisionados. O fluxo corre por secções espessas de
uma cavidade antes de as secções finas terem sido preenchidas.
72
Muitas vezes, sob o ponto de vista do projeto do produto, diferenças em espessuras
são necessárias. No entanto, o balanceamento do fluxo através de alterações em
espessura pode solucionar o problema. Observar sempre que reduzir espessuras ao
invés de aumenta-las, reduz o peso do produto.
Uma grande diferença na espessura da parede de uma peça pode causar problemas;
mas é por vezes necessária do ponto de vista de desenho. No entanto, no desenho
anterior, o efeito racetrack nas regiões espessas não é realmente o problema. O
problema é o fluxo desequilibrado que permite que o efeito racetrack ocorra. Se o
plástico chegar a todas as partes do bordo espesso ao mesmo tempo, o efeito
racetrack não ocorrerá.
73
Cada caminho do fluxo tem um comprimento diferente. Portanto, se a peça tiver uma
espessura uniforme, o caminho de fluxo 1 encherá primeiro, seguido do caminho de
fluxo 2, seguido de caminho de fluxo 3.
Por exemplo, se optar por um único ponto de injeção que defina alguns caminhos de
fluxo com três ou quatro vezes o caminho de outros, então é quase impossível
equilibrar fluxos. Tente mover o ponto de injeção do polímero para uma posição que
defina tamanhos de caminhos de fluxo semelhantes. Ou então, visualize a cavidade
em secções mais pequenas e manejáveis. Depois utilize vários pontos de injeção, um
por sub secção.
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- A tensão de corte em cada cavidade (ignore os canais) é inferior ao limite
recomendado para o material escolhido.
Os orientadores e defletores de fluxo podem ser utilizados para garantir que todos os
caminhos em uma cavidade sejam preenchidos ao mesmo tempo com fluxo
equilibrado.
Muitas vezes, o ponto de injeção adequado do polímero não define caminhos de fluxo
iguais e a utilização de vários pontos de injeção do polímero cria linhas de solda extra
e indesejáveis. Alterar a espessura nas especificações do desenho pode ser o mais
apropriado para equilibrar caminhos de fluxo.
O diagrama seguinte de uma placa quadrada com uma espessura uniforme e com um
ponto de injeção do polímero no centro demonstrará o fluxo. A peça à esquerda
mostra um padrão de fluxo radial com enchimento desequilibrado, criando áreas que
ficam cheias primeiro para ficarem sobrecompactadas, causando possíveis problemas
de distorção.
75
A sequência a seguir mostra como a alteração da espessura em uma parte de uma
peça, pode criar um padrão de fluxo mais equilibrado. Os orientadores e defletores de
fluxos criarão um padrão de enchimento mais próximo de fluxos equilibrados e poderá
ser efetuado um melhoramento adicional para melhor equilibrar os fluxos.
Observações:
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-- Uma vez que a contração é uma função da espessura, tenha em consideração os
possíveis efeitos que as alterações na espessura possam ter no empeno da peça.
Este efeito ocorre quando uma porção do produto já está sendo compactada enquanto
outras ainda estão sendo preenchidas causando diferenças de contração volumétrica
entre diferentes regiões do produto gerando distorções e empenamento. Em outras
palavras ocorre quando material extra é comprimido num caminho do fluxo enquanto
outros caminhos do fluxo ainda se encontram em enchimento.
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Utilizando se o método da simulação que oferece precisão, ganha se tempo na
resolução do problema pois, o método empírico ( aquele onde se ajusta e experimenta
varias vezes até dar certo) toma muito mais tempo e ainda pode alterar a figura do
desenho e forçar ainda a colocação de postiços.
Como alternativas:
Ocorre quando frentes do fluxo de duas direções se encontram, param por uns
momentos e depois um dos fluxos inverte a direção e volta para trás entre as
camadas exteriores solidificadas. Quando o fluxo inverte a direção a camada
solidificada volta a fundir-se parcialmente, devido ao aquecimento por corte.
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A seta mostra a direção do sub-fluxo.
Esta inversão do fluxo confere uma má qualidade á peça, tanto do ponto de vista
da superfície como do ponto de vista estrutural.
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- Conferir raio do bico e do molde.
A extração com o produto ainda muito quente sem rigidez irá marcar bastante a peça
com a deformação. A quantidade de extratores no conjunto devem ser suficiente para
retirar o produto injetado do molde sem excesso de pressão e a área dos extratores,
também suficientes para não se ocorrer o risco de furar o produto moldado .
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Marcas de extratores na superfície
Causa física
As causas para a deformação das peças podem ser classificados como segue:
- as forças necessárias para extrair as peças não podem ser aplicadas sem danificá-
las
A força de extração aplicada é fator crucial para que este fenômeno ocorra e deve ser
mantida no menor nível possível. Entretanto, a contração do material tem impacto
direto na força de extração necessária. Tanto a contração do material quanto a força
de extração são consistentemente influenciadas pelas condições de processamento
do material.
Possibilidades de ajuste
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Peça trincando na extração para o poliestireno:
82
07 – Rebarbas / Excesso de rebarba:
As rebarbas são sobras ou excessos de material, que não fazem parte da geometria
da peça, e ocorre quando o material fundido é forçado para fora das cavidades
podendo aparecer em junções do molde, gavetas, linhas de fechamento, e até mesmo
em pontos de injeção, por falta de forças de fechamento ou ajustes. São prejudiciais
em áreas de vedação, lugares onde haverá armazenamento e ou passagem de
líquidos, comprometendo a eficiência do produto. São excessos de materiais que
aparecem junto à linha de separação das placas
Um molde é construído e alocado para operar com uma máquina que possui uma
certa força de fechamento. Às vezes, pode haver a formação de rebarbas e o operador
não pode eliminar as rebarbas somente pelo ajuste das variáveis de processamento
(temperatura, pressão e velocidade). Neste caso, uma máquina com uma força de
fechamento maior é necessário.
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84
Excesso de rebarba:
Possíveis soluções
01 - Reduzir a contrapressão
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08 – Tiro curto / falha de injeção / moldagem incompleta / falta de
preenchimento:
Na fase inicial do projeto alguns detalhes devem ser observados referentes à simetria
do molde, dimensão dos canais de alimentação e medida do ponto de injeção evitando
congelamento prematuro do material. As saídas de gases devem ser apropriadas.
86
comprimentos de fluxo versus espessura. Este fenômeno está relacionado com o peso
molecular médio, distribuição de peso molecular, viscosidade, conteúdo de calor, etc.
O projetista deve levar estas propriedades em consideração, quando for projetar uma
peça. O comprimento do fluxo versus a espessura da peça é um fator decisivo quando
se regula à distância que o polímero irá fluir sob condições normais de
processamento, para encher completamente as cavidades do molde, antes de se
resfriar e se solidificar. Como regra geral, o fluxo dos polímeros é melhorado quando o
ponto de injeção é localizado na seção mais grossa da peça.
Em muitos “designs”, o material é posto para percorrer seções finas, inicialmente e
depois seções grossas. Neste caso, pode ocorrer a formação de peças incompletas.
Estas violações no projeto não podem ser corrigidas por mudanças nos parâmetros de
processamento, sem comprometer outras propriedades. O projeto deve ser otimizado.
Obstrução:
Obstruções no trajeto do material resultará em peças incompletas. Obstruções parciais
podem ocorrer na garganta do canhão, ou no funil de alimentação e, mais
frequentemente, no bico de injeção. Uma remoção inadequada de ar do molde pode
causar aprisionamento de ar.
Este ar aprisionado gera resistência ao fluxo, pela formação de bolsões de ar que
obstruem e impedem o enchimento do molde. Quando altas pressões são aplicadas, o
ar aprisionado é altamente comprimido e pode causar a carbonização do polímero.
Uma remoção inadequada de ar pode ser devida a canais de remoção projetados
inadequadamente ou ao fato dos canais estarem bloqueados pela deposição de
voláteis. É recomendável que os canais de remoção de ar sejam limpos uma ou duas
vezes, a cada turno.
Alimentação:
Uma alimentação insuficiente resultará em peças incompletas. Muitos fatores
contribuem para uma alimentação insuficiente, sendo a mais comum o uso de uma
injetora sub-dimensionada, que não pode suprir material suficiente para encher o
molde de uma só vez. Uma outra causa pode ser um ajuste inadequado da posição de
recuo da rosca. Deve-se ter certeza que um volume de material suficiente está
disponível para a injeção. Um colchão de material defronte à rosca é necessário. Uma
válvula de retenção danificada pode provocar uma variação na injeção do material;
este tipo de variação também pode ser provocado por um bloqueio parcial na garganta
de alimentação.
Temperaturas:
O fluxo de polímeros num molde é proporcional ao conteúdo de calor do material
fundido. Se a temperatura do material é muito baixa, ele se solidificara antes de
encher o molde completamente. A temperatura da superfície do molde pode
desempenhar um importante papel, mantendo o material a uma temperatura mais alta,
durante a sua entrada nas cavidades do molde.
O aumento na quantidade de calor transmitida para o material via resistências elétricas
é somente um modo de aumentar a temperatura do material fundido para os níveis
ideais, Em muitos casos, é recomendado que mudanças na temperatura do material
fundido sejam conseguidas através de ajustes na R.P.M. ou contra-pressão.
Velocidade-Tempo de Injeção:
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A fim de encher completamente o molde e alcançar os detalhes requeridos na
superfície da peça, o polímero fundido deve fluir tão rápido quanto possível, a fim de
alcançar um enchimento completo, no espaço de tempo mais curto possível, antes que
o material comece a se resfriar e tenha a sua viscosidade alterada. Já que uma
velocidade de injeção rápida pode criar outros problemas, tais como degradação
térmica, esguichamento e marcas ao redor do ponto de injeção, o técnico deve ajustar
a velocidade de injeção sem comprometer outras propriedades.
Pressões:
A pressão de injeção é a força necessária para bombear o material fundido do canhão
até o molde. Uma força suficiente deve ser usada para assegurar o enchimento e
compactação do molde. Porém, pressões excessivas podem resultar na formação de
rebarbas e no desenvolvimento de tensões na peça. As cavidades devem ser
preenchidas com a menor pressão de injeção possível. É recomendável fazer os
ajustes na alimentação, velocidade de injeção e temperaturas, antes de aumentar a
pressão de injeção.
O nível da pressão de recalque deve ser mantido num patamar mínimo, suficiente
apenas para evitar um fluxo reverso de material da cavidade para os canais de
distribuição do molde, durante o resfriamento e contração. O recalque pode também
empurrar uma quantidade extra de material, do colchão para as cavidades, a fim de
compensar a contração, durante o resfriamento inicial da peça.
A pressão de recalque tem que ser aplicada até que a solidificação do ponto de
injeção se complete. Se a pressão de recalque não é corretamente aplicada e não
existe um colchão, menos material irá permanecer nas cavidades do molde, dando
origem a chupagens ou vazios e também peças incompletas. A capacidade de injeção
da máquina versus o peso de material a ser injetado devem ser comparados.
A capacidade da máquina é avaliada em termos do número de gramas de poliestireno
introduzidos nas cavidades, a cada ciclo. Se um outro polímero diferente do
poliestireno está sendo moldado, a sua densidade deve ser levada em conta. Ao peso
da peça, canal da bucha e canais de distribuição devem ser adicionados 2% amais
para o colchão. Ë essencial que não exista nenhuma obstrução ao longo do trajeto do
material, tal como um bico de injeção parcialmente bloqueado, garganta de
alimentação bloqueada, válvula de retenção defeituosa, etc. Um material
uniformemente plastificado e com fluxo desimpedido é necessário para o
preenchimento completo do molde.
Uma vez que a adequação da máquina está clara, o próximo passo é a verificação do
“design”. O projetista pode prever quando uma cavidade vai ser parcialmente
preenchida, devido á solidificação da frente de material antes que o molde seja
completamente compactado. Se o problema existe, o projetista pode tanto aumentar a
espessura da parede da peça como especificar um “grade” de resina com maior índice
de fluidez. Transições entre sucessivas espessuras de parede da peça do tipo
“paredes grossas-paredes finas-paredes grossas” são comuns e devem ser
corrigidas, se possível.
Pontos de injeção múltiplos são sugeridos, no caso do projetista não ter flexibilidade
para mudar o projeto do produto, deforma a adequar o fluxo. Ajustes adicionais na
temperatura do material fundido são feitas, de preferências, por mudanças na RPM. da
rosca e na contra-pressão. Algumas vezes, também é necessário aumentar o calor
introduzido pelas resistências elétricas do canhão e do bico de injeção. Se o polímero
88
se degrada sem que se consiga um enchimento completo das cavidades, a
temperatura do molde deve então ser aumentada para permitir que o material escoe
para a periferia do molde, antes de se solidificar; observe que isto pode aumentar a
duração do ciclo. Se o problema ainda persistir, a velocidade de injeção deve ser
aumentada, a fim de reduzir a possibilidade de que o material se solidifique, antes que
o molde se encha completamente.
Velocidades de injeção mais altas agem de dois modos:
a) uma quantidade extra de calor é adicionada ao material, pelo cisalhamento no ponto
de injeção;
b) o fluxo de material é acelerado, e se consegue um melhor enchimento. Todavia,
mudança na velocidade tem limites Velocidades muito altas podem produzir fratura do
material fundido e podem causar esguichamento e marcas na área do ponto de
injeção. Pode ser necessário abrir os pontos de injeção ou usar uma entrada em
leque. O último recurso para encher completamente as cavidades é o uso de pressão.
Existem duas pressões a serem consideradas:
- a pressão de injeção (ou primeiro estágio, ou ainda, pressão de enchimento);
- a pressão de recalque (ou segundo estágio, ou ainda, pressão de compactação).
A pressão forçará o material fundido a se deslocar mais longe no molde, antes de se
solidificar, A pressão de injeção (primeiro estágio) é responsável pelo enchimento de
95% a 100 % das cavidades do molde. Pressões de injeção altas podem adicionar
tensões á peça, o que pode fazer com que elas falhem durante o uso. Esta é a razão
pela quais altas pressões de injeção devem ser usadas somente como último recurso.
A peça não deve ser deixada resfriar no molde sob esta alta pressão, caso contrário o
nível de tensões é aumentado bastante. Para aplicação de uma pressão de recalque
mais baixa. o material começa a se resfriar sob uma pressão reduzida, gerando,
portanto, menos tensões, A função desta pressão é evitar uma retro-descarga do
material, das cavidades para o bico, durante o período de contração (resfriamento).A
pressão de recalque consequentemente controla as dimensões e peso da peça.
Enquanto o ponto de injeção não se solidifica, o material pode saindo molde, durante a
contração. Da mesma forma, o material pode fluir para dentro do molde para
compensar a redução de volume e peso durante a contração da peça, pelo uso de
uma quantidade extra de material do colchão. O tempo de recalque deve ser apenas
ligeiramente maior que o tempo gasto pelos pontos de injeção para se solidificar. Se a
pressão de recalque é aliviada antes que o ponto de injeção se solidifique, aparecerão
chupagens ou vazios na peça. Neste caso, ainda se considera que a peça não foi
completamente cheia.
Peças incompletas: a frente de material que preenche a cavidade se solidifica antes
da peça ser completamente preenchida.
Possibilidades de ajuste
89
Pesquisa de causas:
Correções:
Dicas:
- Selecione um plástico menos viscoso com maior fluidez. Este plástico irá preencher
as cavidades mais difíceis de alcançar.
- Considere a geração de gás projetando o molde de modo que o gás não fique preso
dentro do molde e seja adequadamente ventilado.
Verificar ainda:
– Carga de material.
– Secagem do material.
– Trabalhar recuando o bico a cada injeção.
– Aumentar tempo e curso de comutação.
-- Verificar o funil de alimentação (entupimento).
91
Preenchimento insuficiente: os contornos do produto não são preenchidos
totalmente, pois não existe enchimento volumétrico. Em especial em áreas de paredes
finas, nervuras, cúpulas ou na área da linha de junção de fluxo podem ocorrer
preenchimentos insuficientes.
A figura representa a falha de preenchimento da peça que, neste caso, pode ter
ocorrido, devido uma restrição na espessura da peça ou posição inadequada do ponto
de injeção.
Outros procedimentos
92
-- O defeito ocorre sempre no mesmo lugar da peça?
Os defeitos superficiais podem ser causados por muitos fatores diferentes como:
-- Aditivos;
93
3. Defeitos cobrindo grandes áreas
Este tipo de defeito normalmente se estende sobre toda a peça e pode ser observado
também no canal de alimentação. Aqui deve-se checar se houve degradação do
material. Isto pode ser feito purgando o material do cilindro e observando se houve,
por exemplo, formação de bolhas.
No caso de câmaras quentes, este método também pode ser usado, porém, com
limitado sucesso. A decomposição do material pode ser devido a degradação do
polímero ou de aditivos, causadas por superaquecimento ou excessivo tempo de
residência.
Recomendações Gerais
O material frio vindo do bico de injeção ou do bico da câmara quente deve ser
interceptado por um poço frio para que o mesmo não entre na peça. Diferentes
defeitos superficiais podem aparecer simultaneamente, o que torna qualquer
investigação das causas do problema e a sua eliminação muito mais difíceis.
94
10 – Fragilidade/ peças quebradiças: (problema de moldagem)
Um problema comum na injeção de peças plásticas é a quebra inesperada da peça
durante o uso. Este problema pode ser atribuído a vários fatores:
Material:
Algumas vezes, o material errado é usado numa aplicação que exige um polímero
mais tenaz. Muitos polímeros são quebradiços por natureza e não irão suportar
impacto e dobramento. O ataque químico é uma causa frequente de falha nas peças.
Portanto, a escolha do tipo de material a ser usado deve levar em conta a resistência
química e compatibilidade da resina.
Outro fator relacionado com o material é o uso de resina reprocessado. O teor de
material reprocessado deve ser testado antes da produção, a fim de determinar a
percentagem máxima permissível que pode ser usada sem causar falha mecânica na
peça. A condição do material reprocessado é também vital para a resistência da peça.
Qualquer tipo de contaminação do material pode ser danoso para a resistência da
peça.
Projeto:
Um projeto adequado é essencial para garantir a resistência da peça, independente do
tipo de material escolhido. Como regra básica, cantos afiados irão agir como um
entalhe e causará colapso nas peças, qualquer que seja o material usado. Variações
na espessura da parede podem resultar em problemas: transições frequentes de
seções grossas para seções finas exigirão maior pressão de injeção para encher o
molde, e quanto mais alta a pressão de injeção, mais alta as tensões produzidas na
peça.
A pressão e o tempo de recalque podem também influenciar a resistência da peça,
especialmente em seções finas que se solidificam enquanto as seções grossas ainda
permanecem derretidas. O projeto da peça também influencia a formação de uma
linha de solda. Linhas de solda fracas podem causar a ruptura de uma peça.
Construção do Molde:
A posição e tipo do ponto de injeção irão influenciar indiretamente a resistência da
peça, permitindo um melhor fluxo ou impedindo o fluxo de material para o interior do
molde. Uma remoção adequada de ar do molde é necessária, para evitar a
degradação do material causada pela sua queima devida á compressão excessiva do
ar nas cavidades. O resfriamento do molde é um fator que pode influenciar o fluxo do
material derretido.
Moldes frios prejudicam o fluxo e requerem pressões mais altas para encher e
compactar as cavidades do molde. Níveis mais altos de tensão são congelados na
peça durante a etapa de resfriamento. A extração também pode influenciar a
resistência da peça. Uma força de extração excessiva pode causar um
enfraquecimento da peça no ponto de contato entre a peça e os pinos extratores.
Novamente, tensões são adicionadas à peça. O efeito cumulativo de todas tensões
adicionadas à peça pode ser tão alto que a menor força aplicada a ela, durante o uso,
pode causar a sua quebra e fragmentação.
Parâmetros de Processamento:
95
Propriedades físicas e mecânicas da peça podem se deteriorar pela degradação
térmica (queima). Isto pode ocorrer no canhão de injeção, devido ao fornecimento
excessivo de calor pelas resistências elétricas, pela fricção excessiva criada pela
rotação da rosca ou pelo uso de uma alta contra-pressão.
Um tempo de residência muito longo também causa a queima do material. O bico de
injeção, canal da bucha, canais de distribuição e pontos de injeção podem também
contribuir para a degradação térmica. Por outro lado, se as temperaturas do material
forem baixas demais, o plástico não vai ser adequadamente fundido, comprimido e
compactado no molde, tendo como resultado peças fracas.
A velocidade de injeção deve ser tão alta quanto possível, a fim de eliminar a
possibilidade de solidificação da frente de material, antes que a peça seja
completamente cheia, altas velocidades de injeção através de canais de distribuição e
pontos de injeção estreitos podem causar degradação térmica: isto deve ser
cuidadosamente monitorado. Muitos polímeros são submetidos a uma degradação
hidrolítica, quando processados com um pequeno teor de umidade. Por exemplo, o
policarbonato não deve ser processado com um teor de umidade superior a 0,02%.
Fragilidade
96
A fragilidade resulta de um menor comprimento da cadeia molecular (portanto, menor
peso molecular). Como resultado, a integridade física da peça é substancialmente
inferior à especificação. A fragilidade é uma condição em que a peça fissura ou quebra
a um nível de tensão muito mais baixo do que seria expectável, tendo em conta as
propriedades do material virgem.
97
Possíveis soluções
-Reduzir a contrapressão.
98
Pesquisa de Causas
Alternativas:
Para item referente ao dimensional, os parâmetros deverão ser ajustados dentro das
possibilidades, considerando que o projeto fez um estudo adequado do valor de
contração.
No caso de ajustes:
99
02 – Reduzir velocidade de injeção
03 – Reduzir pressão de injeção
04 – Reduzir temperatura no cilindro
05 – Aumentar a temperatura no cilindro
06 – Reduzir todos os templos de ciclo
07 - Aumentar o tamanho do ponto de injeção e/ou alterar a localização
08 – Aumentar a temperatura do bico de injeção.
Para itens referentes ao dimensional, os parâmetros deverão ser ajustados dentro das
possibilidades, considerando que o projeto fez um estudo adequado do valor de
contratação. No caso de ajustes:
14 – Deformação /ovalização
Medidas de correção:
100
Deformação por ovalização
101
cada fluxo. Isto causa empenamento. Este fenômeno é muito visível na moldagem de
caixas ou peças grandes para automóveis.
É recomendável que um molde de três placas ou um molde de canais quentes seja
usado com múltiplos pontos de injeção, distribuídos ao longo da superfície da peça.
Entradas em aresta, de diferentes configurações, podem ser usadas, mas a resolução
do problema do empenamento criará um outro problema -linhas de solda. Entradas em
filme, ao longo de todo o comprimento da peça, podem eliminar tanto o empenamento
como as linhas de soldagem, mas é muito Importante que a espessura da parede da
peça e da entrada em filme sejam uniforme.
Dispositivos de resfriamento podem ser usados para manter as peças quentes(logo
após serem extraídas) no seu formato desejado, evitando que elas empenem durante
o resfriamento. Deve ser notado que este processo pode “congelar” tensões na peça
que podem empenar a peça mais tarde, durante o uso, ou quando submetida ao
aquecimento.
Dicas:
- Assegure-se de que o tempo de resfriamento seja suficientemente longo e que seja
lento o suficiente para evitar o desenvolvimento de tensões residuais bloqueadas na
peça.
- Projete o molde com espessura de parede uniforme e para que o plástico flua em
uma única direção.
- Selecione materiais plásticos que são menos propensos a encolher e deformar.
Materiais semi-cristalinos são geralmente mais propensos a deformações.
Pesquisa de Causas
- Aquecimento e resfriamento desiguais
- Espessura da parede desigual
- Tempo e pressão de recalque excessivo
- Localização dos pontos de injeção
102
Encolhimento diferencial e empenamento
Contração volumétrica:
A contração volumétrica é a contração do polímero devido a alteração de temperatura,
da temperatura do fundido para a temperatura ambiente.
Uma alta contração volumétrica pode causar o empenamento da peça, chupagem,
alteração de dimensões críticas de forma demasiado para pequenas e vazios internos.
Uma espessura excessiva da parede e uma compactação inadequada podem
contribuir para uma alta contração volumétrica numa peça.
103
O desenho da peça, como a espessura da parede.
Contração de moldagem
É a diferença de medida que existe entre a peça injetada quando alcança o equilíbrio à
temperatura ambiente e a medida da cavidade em que foi moldada. Está relacionada
com o desenho do molde e as condições de moldagem. Qualquer fator que tende a
aumentar a pressão efetiva dentro da cavidade reduzirá a contração.
104
paredes. O primeiro material que entra na cavidade congela sempre junto à entrada
(gate). As diferentes camadas de material escoam com diferentes velocidades, onde a
velocidade da camada junto à parede do molde é ZERO e ao centro é máxima.
A tensão de corte é a tensão aplicada ao fundido à medida que este flui através do
molde. Esta tensão é causada por excessiva fricção entre camadas do plástico fluindo
na cavidade.
Este tipo de tensão pode ocorrer quando a viscosidade do material é alta e/ou o
caudal do material é alto. A tensão de corte manifesta-se frequentemente em torno do
ataque, devido às elevadas velocidades de injeção, e no fim do fluxo, se for utilizado
um caudal constante. Uma alta tensão de corte pode causar a degradação do plástico
e falhas devido a quebras de tensão. A linha vermelha no diagrama seguinte
representa a área de máxima tensão de corte. Fica entre a camada solidificada a azul
escuro e o fundido a azul claro.
Empenamento
105
Impacto do ajuste do processo na pressão de injeção:
Extração da peça muito quente também é causa frequente, podendo deixar marcas
visíveis de extratores. O projeto em alguns casos prevê reforços nas seções mais finas
para amenizar o problema. Os pontos de injeção devem estar bem posicionados.
106
Surgimento diferenciado de contração e de empenamento dependem de parâmetros
de processamento (por exemplo, pressão e temperatura),do material ( cargas de
reforços, amorfas, parcialmente cristalinas), do molde ( tolerâncias )e da geometria
das peças. Uma contração constante e independente da direção ao longo de todo o
componente conduziria a peças isentas de empenamento.
Peças injetadas com materiais não reforçados devem ter espessuras uniformes.
Acúmulos de material devem ser evitados sempre que possível. Entradas múltiplas
podem ser usadas para conseguir minimizar a perda de pressão e, desta forma,
reduzir as diferenças de contração ao mínimo.
Evidências provam que para minimizar as deformações irregulares nas peças, ter um
fluxo longitudinal para peças retangulares é ótimo e um fluxo radial para peças
circulares.
107
No caso de soluções imediatas:
Empenamento excessivo
108
Trocar localização das entradas de material.
Reposicionar canais de refrigeração.
Pontos de contração são baixos relevos na superfície, que muitas vezes são
identificáveis por reflexões diferenciadas de luz e de brilho. Ela se dá pela variação de
contração em toda a região da peça, principalmente se a grandes diferenças de
espessuras de paredes. Pontos de concentração ocorrem em áreas típicas como
nervuras de grande massa, regiões de paredes espessas, castelos de fixação,
elevações cilíndricas, etc.
109
Rechupe entre nervuras
- As nervuras estão localizadas normalmente em zona onde a peça fica muito presa ao
molde e consequentemente, a força de extração requerida é elevada. Assim para que
a peça não seja deformada pelo extrator, este deve ter uma área de contato com a
peça tão grande quanto possível, o que não se consegue com um extrator cilíndrico
(que obviamente, terá que ter um diâmetro reduzido e logo, pequena área de contato,
devido às dimensões da nervura). Os extratores de lâmina, devido à sua forma
retangular, permitem aumentar a área de contato extrator/peça, diminuindo assim, o
risco de deformação da peça;
- Como as nervuras devem ter uma espessura menor que a das paredes da peça,
para evitar os rechupes, são normalmente as últimas partes a serem preenchidas,
110
dificultando ou mesmo impossibilitando a saída do ar, com o consequente
aparecimento de queimados ou de preenchimentos incompletos. A folga existente
entre os extratores e os furos onde estes estão alojados, permite o escape do ar,
evitando os defeitos anteriormente apontados.
111
Seções espessas têm maior tendência de apresentar rechupes, pois apresentam
maior contração e são mais difíceis de recalcar, principalmente se estiverem distantes
do ponto de injeção. Quando os canais são muito longos, há necessidade de aumentar
a pressão de injeção e/ou o diâmetro dos canais, pois o material pode congelar no
percurso causando entupimento ou falta de preenchimento da peça. Esse problema já
não acontece em moldes com canais quente, pois o calor gerado pelas resistências
impede que o canal se solidifique nas paredes do canal.
112
18 - Chupagem
113
Causa física
As marca de chupagem ocorrem durante o resfriamento do material se a contração do
material não pode ser compensada em certas áreas.
A última região a se solidificar será onde esta concentrado maior volume de material, e
quando isto acontecer a grande contração resultante desta solidificação não terá de
onde retirar material e sugará as paredes da peça provocando concavidades em suas
superfícies. Este fenômeno é conhecido como “chupagem”.
114
Conteúdo de calor do polímero
Processamento:
- Alimentação insuficiente
- Pressão de injeção insuficiente
- Tempo de enchimento do molde insuficiente (injeção)
- Pressão de recalque baixa ou inexistente
-Tempo de recalque muito curto
Projeto do Molde:
- Geometria da peça (fina-grossa)
- Localização e tamanho do ponto de injeção
- Ponto de injeção muito comprido
- Solidificação prematura
- Resfriamento inadequado
- Necessário texturização para camuflar chupagem
- Usar agente de expansão
- Usar injeção a gás
- Mudar o processo para espuma estrutural
- Mudar projeto do molde do molde
Equipamento:
Válvula de retenção defeituosa ou mal assentada, resultando em perda depressão
Possibilidades de ajuste
115
Importante: Após remover as marcas de chupagem, verifique se não há bolhas
internas próximo ao ponto onde a chupagem ocorria. O colchão residual deve ter entre
2 e 5 mm
Outras Providências:
Para o POLIESTIRENO
116
Pressão de recalque baixa - Aumentar pressão de recalque
Temperatura do cilindro e molde altas - Diminuir temperatura do cilindro e molde
- Trocar localização das entradas de mat.
A diferença entre uma linha de soldadura e uma linha de união é determinada pelo
ângulo de convergência das frentes do fluxo que se encontram.
117
Linhas de união
As linhas de fluxo são estrias, padrões ou linhas, normalmente desbotadas em cores,
que aparecem em parte do produto como consequência do caminho físico e do perfil
de resfriamento do plástico derretido, conforme flui para a cavidade do molde.
Os defeitos na linha de fluxo são causados pela velocidade variável na qual o plástico
derretido flui conforme muda de direção através dos contornos dentro da cavidade.
Outro motivo é a passagem através de seções com diferentes espessuras de parede,
ou quando a velocidade de injeção é muito baixa, fazendo com que o plástico se
"solidifique" em diferentes velocidades.
118
As linhas de união são normalmente mais fortes do que as linhas de soldadura e
menos visíveis. O termo linha de vazamento é frequentemente utilizado para referir
linhas de soldadura e de vazamento.
Se não for possível remover uma linha de soldadura/união, esta deve ser posicionada
una área o menos sensível possível. Evite linhas de soldadura em áreas que
necessitem de resistência, ou que tenham de ter um aspeto perfeito. Isto pode ser feito
alterando o ponto de injeção do polímero para um ponto na cavidade da ferramenta
com paredes finas ou alterando a espessura da parede para definir um diferente
tempo de enchimento. Com um diferente tempo de enchimento, as frentes do fluxo
podem encontrar-se num ponto diferente e, portanto, a linha de soldadura/união é
deslocada.
Mover:
Melhorar a qualidade:
119
Nota: As condições de processamento ajudam a determinar a qualidade da linha de
soldadura/união que se forma. Um bom vazamento ocorre quando a temperatura do
fundido não é inferior a 20°C abaixo da temperatura de injeção.
Ocorrem quando duas frentes de material fundido se juntam, sem uma fusão completa
entre elas. Se o fluxo de material fundido é dividido em várias correntes, devido a um
orifício, saliência ou inserto na peça, o material se movimentará ao redor do obstáculo
e se rejuntará no lado oposto.
Se a fusão das correntes de material é completa, resulta uma linha de solda invisível e
resistente. Mas se a pressão, velocidade e temperatura não são suficientes para
manter o material absolutamente fluido, as frentes de material não se fundirão
adequadamente e o resultado é uma linha de solda pobre, fraca e visível, a qual pode
provocar uma falha na peça ou a sua rejeição. Em qualquer hipótese, sempre existirá
uma linha de solda, forte ou fraca, visível ou não visível, desde que duas correntes de
fluxo ou diferentes frentes de material fundido se juntem. Certa medida tem que ser
tomadas, para evitar, eliminar e reduzir problemas com linhas de solda.
Linhas de junção de fluxo são visíveis através de figuras "em forma de linhas"
(ranhuras) na superfície da peça moldada e conduzem deste modo a falhas de
superfície. Isso ocorre em função do encontro de frentes de massas fundidas com
diferenças de temperaturas e motivadas por pressão muito baixa na zona onde se
forma a solda, também por material ou molde muito frio principalmente no ponto de
entrada, por gás retido na cavidade, baixo fluxo e ainda casos de dois ou mais gates
mal distribuídos.
Na área da linha de junção de fluxo resultam pontos fracos mecânicos. Esta falha
ocorre principalmente em termoplásticos reforçados com fibras, pois na área da linha
120
de junção de fluxo está presente uma forte anisotropia das características. Esta linha
será tanto mais frágil quanto menor for a temperatura da frente de fluxo, pois esta
ocasionará uma solda deficiente do material.
Quando duas frentes de massa fundida se entrechocam, então forma-se uma linha de
junção de fluxo. Como o polímero na parede do molde esfria repentinamente, as
frentes de fluxo abauladas na área da linha de junção de fluxo não podem alinhar-se
totalmente.
Com a pressão interna do molde aumentada, estas frentes de fluxo altamente viscosas
são prensadas uma à outra. As frentes de fluxo inicialmente abauladas são achatadas
na área da linha de junção de fluxo, as cadeias de moléculas são estiradas.
Essa linha pode ocasionar o rompimento prematuro da peça, ou seja, perde suas
características mecânicas. Estas linhas são inevitáveis, mas podem ser movidas para
regiões escondidas do produto. A formação das linhas de emenda a temperaturas
mais elevada, permitem aumentar sua resistência mecânica. É importante prever na
região onde há encontro das linhas de emenda a colocação de saída de gases, caso
não existam.
121
As linhas de solda também são denominadas, de solda fria, e ocorre quando o
polímero fundido é injetado numa cavidade com mais de um ponto de injeção,
tornando se frentes de enchimento que possuem ter direções opostas e se encontram.
Essas linhas são indesejáveis, pois, afetam a durabilidade e a aparência da peça.
Material:
- Geometria da rosca
- Bombas de pressão para injeção
- Obstrução no bico de injeção
Processamento:
- A temperatura do molde está muito baixa
- A velocidade de injeção está muito baixa
- A pressão de injeção está muito baixa
- Pressão de recalque
Projeto da peça e do molde:
- Localização, tipo e tamanho inadequado do ponto de injeção
- Temperatura do molde está muito baixa
- Remoção de ar do molde é deficiente
- Tamanho dos canais de distribuição é inadequado
- Poços frios
- Projeto da peça
- Aba para transbordamento pode ser necessária
- Espessura de parede não uniforme.
122
03 - Aumentar a velocidade de injeção
04 - Otimizar ou aumentar a pressão de injeção a nível ideal
05 - Aumentar a contrapressão
06 - Aumentar a pressão de injeção e/ou tempo de recalque
07 - Diminuir a velocidade de dosagem
08 - Aumentar o tempo de ciclo
09 - Verificar se há resina degradada, contaminantes ou outro tipo de resina no cilindro
10 - Mudar para um plástico menos viscoso ou outro com uma temperatura de fusão
mais baixa
Linhas de emenda são formadas quando duas ou mais frentes de fluxo se encontram
e se soldam. Este processo requer adesão entre as frentes de fluxo, que a esta altura
já se encontram com material com alta viscosidade. Se a pressão e a temperatura não
são altas o suficiente, os cantos do encontro das frentes não irão se desenvolver por
completo e tem-se a formação de um entalhe. Além disso, por mais que o material
esteja quente e a pressão seja alta, exagerando-se, a linha de junção pode ser
entendida como a adesão das partes da peça e, portanto, a resistência das linhas de
emenda jamais se compara a das demais partes da peça, sendo portanto um ponto de
fraqueza da peça moldada. Se a resina utilizada na injeção contém aditivos, como
pigmentos, é possível haver uma forte orientação destes aditivos próximos à esta linha
de emenda e isto pode levar à mudanças de cor próximo à linha de emenda. Melhoria
significativa da qualidade da linha de emenda pode ser obtida trabalhando-se com
altas temperaturas de molde. Entretanto, sabe-se que um aumento de um grau Celsius
causa aumento em torno de 2% no tempo de ciclo.
Possibilidades de ajuste
123
Linha de solda
124
Ação -- Limpar a superfície do molde.
Imaginando uma peça com um ponto de entrada e uma longa distância a ser
percorrida pelo polímero (Chamado de FR – fluxo de recorrência) para preenchimento
total da cavidade, irão ocorrer vários itens de dificuldade:
Para solucionar estes problemas, imagine uma peça longa como um painel de veículo.
125
fluxo predeterminado, podemos reduzir também as forças exigidas da máquina e
termos um ganho no investimento do equipamento além de maior qualidade no
produto final. O sistema valvulado é bastante sofisticado e indicado para a fabricação
de peças em moldes onde existam mais de um ponto de injeção. Ele permite a
fluência “inteligente” do material dentro do molde, e tem como finalidade evitar o
surgimento de linhas de emenda ou de pontos com menor resistência mecânica.
126
Linhas de junção fracas no caso do Poliestireno:
O material plástico é injetado a uma grande velocidade através de uma entrada para
uma zona espessa, sem bater nas paredes próximas do ponto de injeção.
O Jato livre ou Jetting refere-se a uma situação em que o plástico derretido não
adere à superfície do molde devido à velocidade da injeção. Sendo fluido, o plástico
fundido solidifica em um estado que mostra as dobras onduladas da corrente de jato
na superfície da peça moldada.
O material que penetra no molde adquire uma aparência semelhante a uma “cobra”,
devido a uma redução brusca da viscosidade do plástico derretido e á sua propulsão
numa área aberta da cavidade. O jato de material solidifica-se parcialmente e não se
funde com o material derretido remanescente na cavidade, quando a peça se
solidifica.
127
O material deve se chocar contra uma seção sólida do molde, a fim de evitar a
projeção direcional que ele adquire ao passar pelo ponto de injeção.
Normalmente ocorre com:
a) Entradas restritas: é necessário aumentar o tamanho do ponto de injeção, para
eliminar este defeito. Pode ser necessário substituir por uma entrada em leque.
b) Velocidade de injeção alta demais: em combinação com um ponto de injeção
pequeno, cria um alto cisalhamento, o que provoca uma considerável queda na
viscosidade, aumentando a fluidez do material. Algumas vezes, este problema é
resolvido através da mudança de posição do ponto de injeção, para uma área onde o
material pode colidir com uma parede, ao invés de esguichar ao longo da cavidade do
molde. Algumas vezes, um pino acionado com mola, localizado próximo a ponto de
injeção, faceando-o, irá agir como um meio para quebrar a propulsão do jato de
material.
c) Ponto de injeção em área aberta: permite que o fluxo não sofra nenhum tipo de
restrição ao entrar na cavidade. Dessa forma a frente de enchimento em alta
velocidade preenche a peça como se fosse um spray. O ponto de injeção deve ser
novamente projetado ou reposicionado. A solução para esse tipo de efeito da frente de
enchimento é providenciar uma forma de quebra de fluxo na frente de enchimento.
128
Aparece quando a frente de fluxo possui uma velocidade muito elevada ou quando o
material possui uma temperatura baixa, prejudicando o seu fluxo. Quando as
cavidades do molde aumentam de dimensão durante o caminho de preenchimento do
material, este defeito também pode ocorrer.
Opções de entrada:
Possibilidades de ajuste
129
Recomendações:
02 – Aumentar o ponto de injeção – bucha e/ou diâmetro do bico a fim de evitar uma
alta velocidade de fluxo nestas regiões
130
21 - Canal de injeção principal e / ou canal de alimentação preso ao
molde:
Pesquisa de Causas
-Verificar se o molde apresenta negativos e/ou se o ângulo de desmoldagem é
insuficiente
131
12 - Garantir que está a ser utilizado o tipo de ponteira correto para o material em
questão
11 - Certificar-se de que o raio do bico de injeção é menor do que o raio da bucha.
12 - Aumentar a conicidade do canal
Carbonização
A carbonização ocorre quando o ar no molde é aprisionado pelo avanço da frente de
material, sendo comprimido ao extremo. A temperatura pode subir instantaneamente a
132
níveis acima do ponto de queima do polímero. O polímero é queimado tão
violentamente, na presença de oxigênio, que o esqueleto da molécula orgânica é
transformado em carvão. A causa desta queima severa é o aprisionamento de ar, o
qual queima e carboniza o polímero ao seu redor. O aprisionamento de ar pode ser
causado por:
-- canais de saída de ar insuficientes ou bloqueados;
-- a velocidade de injeção demasiadamente alta que o material flui ao redor do ar e
bloqueia a sua saída. Para resolver este problema, é necessário adicionar canais de
remoção de ar adequados ao molde e manter estes canais limpos e sem obstrução.
Os canais devem ter uma profundidade e largura adequada de acordo com a matéria
prima – veja tabela.
O ar deve sair para a atmosfera ao redor do molde. Esses canais devem ser
posicionados generosamente ao redor das cavidades.
Pinos e placas de extração podem desempenhar o papel de canais de saída de ar. O
seu uso com esse objetivo está se tornando mais popular. Os pinos podem ser
adicionados em áreas que não podem ser acessadas por canais para remoção de ar.
Tabela com valores recomendados para saída de gases em moldes, de acordo com
matéria prima injetada.
133
Reduza as velocidades de injeção
Otimize a ventilação e a desgaseificação de gás
Reduza as temperaturas do molde e derreter
Possíveis soluções:
Possibilidades de ajuste
134
135
Marcas de queimado:
Causas:
136
Providências:
-- Elimine prisões de ar. Para evitar marcas de queimado, mova prisões de ar para
locais onde possam ser ventiladas ou onde possam ser adicionados extratores.
137
-- Otimize a temperatura do fundido. Reduza a temperatura para evitar a
degradação do material por sobreaquecimento. Note que a tensão residual pode
aumentar quando a temperatura do fundido é reduzida.
138
Causa física
A delaminação é causada pela insuficiente adesão existente entre as camadas
adjacentes de material. As diferentes camadas de material são formadas por
diferentes efeitos de fluxo e condições de resfriamento em função da seção
transversal.
Altas tensões de cisalhamento e danos térmicos podem ser causados por altas
velocidades de injeção e altas temperaturas da massa fundida enquanto a presença
de material não homogêneo pode ser causada por contaminações com outros
materiais, corantes ou masterbatches incompatíveis, presença de umidade no material
ou material sem a devida plastificação.
139
do ponto de injeção quanto maior melhor e ainda, a localização do mesmo também
tem influência. Saídas de ar bem planejadas ajudam eliminar o problema.
Possibilidades de ajuste
140
Providências imediatas:
141
01 – Pré- secar o material corretamente
02 - Verificar se o material foi contaminado. Podem ter sido acidentalmente misturadas
resinas ou corantes incompatíveis, provocando o aparecimento desta condição.
03 - Aumentar a temperatura do molde.
04- Ajustar a velocidade de injeção.
05 - Aumentar a temperatura de fusão.
06 - Mistura insuficiente. Verificar a homogeneidade do fundido e o desempenho da
plastificação
07 - Alisar cantos e curvas fechadas no design do molde para evitar mudanças
bruscas no fluxo de fusão
08 - Analisar extração para reduzir ou eliminar a dependência de agentes
desmoldantes
Esfoliação:
142
Alternativas:
1- Diminuir a velocidade de injeção, respectivamente, perfilar o fluxo de volume.
2- Elevar a temperatura da massa.
3- Elevar a temperatura do Molde.
24 – Descoloração:
Causa:
Degradação do material. Isto pode ser causado por excesso de velocidade de injeção,
tempo de permanência ou temperatura do fundido. Um desenho do dosificador ou do
sistema de alimentação impróprios pode também levar à degradação do material
143
máquina com o tamanho certo para um determinado molde. Isto ajudará a evitar
que o material permaneça no cilindro aquecido por longos períodos de tempo.
Providências:
06 - Reduzir a contrapressão
12 - Mudar o molde para uma para uma máquina com menor capacidade de injeção
144
25 – Bolhas / vazios a vácuo / aprisionamento de gás / fissuras internas
no produto:
A distinção entre os dois tipos de defeitos é difícil, pois apresentam o mesmo aspecto
visual.
Vazios são bolhas de vácuo dentro do material, formados pela contração do material.
145
Vazios a vácuo são frequentemente causados por solidificação irregular entre a
superfície e as seções internas do produto. Isso pode ser agravado quando a pressão
de recalque for insuficiente para condensar o plástico derretido no molde (e, assim,
forçar a saída de ar que, de outra forma, ficaria presa). Os vazios também podem se
desenvolver a partir de uma peça que é moldada a partir de um molde com duas
metades que não estão alinhadas corretamente.
Dicas:
Se possível mude para um plástico menos viscoso. Isso garantirá que menos gás fique
preso, já que o ar pode escapar mais rapidamente.
146
Um sistema de refrigeração do molde eficiente que permite um controle adequado à
temperatura do molde é importantíssimo para evitar este problema. Este tipo de falha
somente é visível em peças transparentes. Por falta de arejamento no molde o ar
existente é encapsulado na massa fundida e eventualmente é comprimido fortemente.
Bolhas
Ao contrário de um vácuo, o gás preso pode também aparecer junto das paredes.
bolhas
147
01 - Variação de espessura nas paredes do produto
02 - Falta de saída de gases
03 - Diferença de temperatura na ferramenta
04 - Runner pequeno demais
Correções possíveis:
Possibilidades de ajuste
148
Peça oca (bolhas internas) para o POLIESTIRENO
149
26 - Peças abaixo do peso ou com falha:
Providências possíveis:
São tipos de problemas que tem muito em comum, devido a tensão residual no
produto moldado e que são próprios para alguns formatos de produtos e que de certa
forma sofrem solicitações no uso. A experiência de trabalho do projetista pode
colaborar na perfeição e melhoria do produto. Em análise, verificar as possibilidades
de aumento nos diâmetros do sistema de alimentação prevendo-se a redução da taxa
de cisalhamento, eliminando-se entradas inadequadas.
150
Cantos vivos nas cavidades devem ser evitados e tentar mover as linhas de emenda
para a região de menor solicitação. A matéria prima tem grande responsabilidade, pois
pode haver a degradação do material devido a umidade nos grânulos e a temperaturas
muito altas do fundido. O excesso de material reciclado e a incompatibilidade com a
resina além da alta taxa de fluidez são outros itens que interferem na qualidade.
Causas:
Providências:
151
Para: Temperatura do molde e/ou da resina muito baixa
Ação: Aumentar a temperatura da resina e/ou do molde
Rachadura, fissuração
152
-Secar o material.
-Aumentar a temperatura do cilindro.
-Aumentar a temperatura do molde.
-Aumentar a temperatura do bocal.
-Alterar a velocidade de injeção.
-Se o material for parcialmente cristalino, pode ser útil reduzir a temperatura do molde
e/ou de fusão.
-Se o material for amorfo, pode ser útil aumentar a temperatura do molde e/ou de
fusão.
153
Possibilidades de ajuste
Pesquisa de Causas
Material:
- Pesquise a velocidade de fluxo e a viscosidade do material
- Pesquise o agente de compatibilização, no caso de blendas.
- Verifique se há contaminação
Equipamento:
- Cisalhamento excessivo pela rosca
- Restrição no bico de injeção
Processamento:
- A velocidade de injeção é alta demais
- A temperatura do material fundido é baixe demais
- A temperatura do bico de injeção precisa se ajustada
Projeto do Molde:
- Arestas afiadas, na região do ponto de injeção (abrir o raio / colocar entrada em
leque).
- Necessário prover o molde com poço frio
- Pontos de injeção restritos.
154
01 – Aumentar um pouco a temperatura do bico de injeção.
02 – Verificar a possibilidade de reduzir a velocidade de injeção ou usar um perfil de
injeção iniciando a injeção a baixas velocidades e aumentando posteriormente.
03 – Reduzir temperatura do molde.
04 – Reduzir a quantidade de material no funil e ainda, considerar que o canal de
entrada pode estar pequeno.
Manchas de Queimado
muita alta). A temperatura da massa deve ser medida com um termômetro de contato
durante a purga do material.
155
A degradação térmica tem impacto negativo nas propriedades mecânicas do material
mesmo que nenhum problema de superfície possa ser visto.
A estabilidade térmica tanto do polímero como dos aditivos deve ser pesquisada.
Normalmente, o fornecedor da resina recomenda o intervalo de temperatura de
processamento de um dado ‘grade’ de material. Se o uso de temperaturas de
processamento mais alto torna-se necessárias para encher completamente o molde,
outras alternativas devem ser consideradas, tais como usar um “grade” de material
com melhor características de fluxo ou um projeto mais otimizado do molde e da peça.
A umidade, em muitos materiais, pode causar a quebra da molécula de polímero, o
que, através de uma reação em cadeia, agrava a degradação térmica
progressivamente. Se o material refugado é reaproveitado no processo, pesquise a
156
ocorrência de contaminação e finos. Inspeção visual pode não ser suficiente e uma
análise do índice de fluidez pode ser exigida.
Equipamento:
A geometria da rosca deve ser compatível com a sensibilidade do material usado ao
cisalhamento. Os fornecedores normalmente recomendam configurações específicas
para as roscas. Um maior cisalhamento pode resultar de uma obstrução ao longo do
trajeto do material. Se a válvula de retenção não está bem assentada ou tem uma
fissura, o material fundido pode infiltrar-se nesse espaço, ficar estagnado e queimar-
se, sendo periodicamente descarregado junto com o fluxo de material, como uma
estria marrom.
157
Os bicos de injeção são uma causa notória de queima. Se o bico de injeção não está
completamente limpo ou não possui uma abertura adequada, o material pode cisalhar-
se e queimar seriamente, Nenhum ponto morto é permitido ao longo do trajeto do
material, pois eles agem como bolsões que retém pequenas quantidades de polímero,
fazendo com que estes se queimem, em virtude de permanecerem parados.
Processamento:
O tempo de residência pode aumentar a exposição do material ao calor, pois submete
a massa de polímero fundido a períodos de tempo mais longos no interior do canhão.
Isto é causado pelo uso de uma máquina com capacidade superdimensionada em
relação ao peso do material injetado por ciclo. Ou por um ciclo longo, quando não se
pode retardar o início da dosagem do material (que é uma opção não disponível em
todas as injetoras).
A despeito do perfil de temperatura, o que realmente conta é a temperatura do
material fundido. É aquela temperatura que decidirá por um fluxo de polímero sem
cisalhamento excessivo e com a viscosidade correta. A temperatura do material
fundido é melhor medida por um pirômetro bem preciso, durante a purga e em
intervalos de l0 a 20 minutos, no começo da primeira hora de produção.
Tanto a velocidade de rotação da rosca (RPM) como a contra-pressão podem
aumentar o cisalhamento do material e causar a degradação térmica, quando se usa
um colchão excessivo, que algumas vezes não é totalmente usado pela aplicação da
pressão de recalque. Este material adicional permanecerá na frente da rosca até o
próximo ciclo e pode tornar-se ligeiramente degradado
158
O surgimento de estrias de coloração marrom, amarelada ou mesmo preta na peça
injetada ocorre devido a degradação do polímero.
159
30 – Marcas ou estrias prateadas / espirrado prateado na superfície.
Estrias prateadas
160
ser também o tempo de residência muito elevado ou cisalhamento elevado do
polímero no cilindro de plastificação e/ou dentro do molde.
Providências:
01 – Reduzir a temperatura do fundido, reduzindo a temperatura do cilindro e contra
pressão dosagem.
02 – Reduzir a velocidade de injeção (faça um perfil).
03 – Reduzir o tempo de ciclo, ajustando um retardo de dosagem, (ou utilizar
máquinas de menor capacidade).
Pontos pretos ou “chips” encravados na peça plástica indicam que uma severa
degradação térmica ocorreu, causando a carbonização das moléculas. Na maioria dos
casos, o polímero carbonizado é depositado na superfície interna do canhão, bico de
injeção ou sobre a rosca, na forma de um filme de carbono. Periodicamente, o fluxo do
material fundido vai desbastar e descamar este filme, carregando as escamas ao
161
longo do trajeto do material. Este filme é normalmente formado quando se deixa o
material fundido por muito tempo no interior do canhão, sem reduzir as suas
temperaturas ou sem purgar a máquina, quando uma parada longa é necessária.
O único modo de eliminar os pontos pretos consiste em esfregar a rosca e a superfície
interna do canhão com escovas de cobre. Purgar pode não eliminar as escamas
pretas completamente, mesmo que seja feita com um composto de purga. Outra fonte
de pontos pretos pode ser contaminação ou finos existentes no material. Algumas
vezes, pontos pretos já estão presentes no material fornecido pelo fabricante.
Normalmente, relata-se que todo o lote de polímeros contém uma certa quantidade de
pontos pretos, os quais ocorrem durante os estágios de polimerização ou aditivação.
Quando a frequência de ocorrência e o tamanho de partícula desses pontos pretos
são altos, é que eles se tornam inaceitáveis.
Possibilidades de ajuste
162
Para o POLIESTIRENO
Pontos queimados
163
Os agentes de purga, soluções para a limpeza de extrusoras e máquinas de
moldagem por injeção auxiliam na solução de problemas relacionados ao processo de
troca de cor e de material e ajudam a eliminar as “pintas pretas”, um fenômeno
associado à carbonização que pode surgir durante a degradação térmica do
termoplástico. O uso de agentes de purga podem gerar redução de custo que varia de
50% a 70%, diminuindo consumo de material, tempo de parada das máquinas e taxas
de refugos. A economia varia de acordo com as condições e com o processo de
fabricação.
- Material degradado:
Providências:
164
As manchas negras e faixas castanhas aparecem como manchas ou faixas escuras
na peça moldada e são normalmente causadas por danos térmicos durante a fusão.
Possíveis soluções
165
32 - Pontos foscos:
Algumas regiões da peça são brilhantes, outras não. Na fase de projeto todos os
pontos são importantes, mas para este tipo de problema, a dimensão do ponto de
injeção é importantíssima. Pontos muitos pequenos são prejudiciais pois, aumentam a
pressão de entrada de material no molde. Existe uma condição de arredondar-se o
ponto de injeção, de maneira que resulte velocidade de cisalhamento e tensões
menores na massa.
Pesquisa de Causas:
- Verifique o acabamento das superfícies do molde: regiões polidas e não polidas
- A temperatura do material fundido é muito baixa
- A velocidade de injeção é muito alta (não há tempo para a peça replicar o
acabamento da superfície do molde)
- A direção do fluxo de material fundido muda abruptamente.
- Porções frias de material que resfriaram no bico de injeção penetram na cavidade.
- Excesso de desmoldante na cavidade
- O material contém excesso de aditivos de processamento
- Óleo e água vazam para o molde, dos extratores e canais de refrigeração.
- Pressão de Injeção insuficiente
Providências:
166
33 - Não homogeneidade de cor/ má dispersão de cor:
Alguns componentes da matéria-prima como o máster pode ter influência direta neste
tipo de ocorrência. Uma incompatibilidade com a resina, uma baixa taxa de fluidez,
uma mistura inadequada e porcentagem fora de padrão podem causar as diferenças
na cor.
Pesquisa de Causas:
- Pesquise a compatibilidade dos pigmentos com a resina
- Verifique a contra-pressão
- Pesquise a unidade de injeção (se a rosca está gasta ou possui um“design”
inadequado, a dispersão de cor no plástico não é completa)
- Verifique se o sistema de pigmentos requer agentes dispersantes
- Verifique a estabilidade térmica do sistema de pigmentos.
Providências:
167
material degradado e ainda contaminação. Verificar e se necessário purgar resina do
cilindro. As alternativas são feitas em função da falta de plastificação da resina.
Alternativas possíveis:
35 – Porosidade :
Para este tipo de alteração, é importante que as saídas de gases sejam suficientes e
estejam limpas. A resina deve estar de acordo com as normas do fabricante e livre de
contaminação. O processo de secagem merece uma atenção especial.
168
As manchas de umidade, geralmente prateadas, aparecem na superfície da peça
como traços na direção do fluxo do material. A superfície próxima destas manchas é
geralmente rugosa e porosa.
Causa Física
Durante a composição, estocagem e transporte, a resina absorve umidade. Esta
umidade se transforma em vapor d'água no fundido. Devido à velocidade de injeção
da frente de injeção, bolhas de gás são empurradas para a superfície do molde.
169
Em caso de providências:
01 – Verificar a contrapressão.
02 – Verificar se há água na base do funil.
03 – Secar material.
Possibilidades de ajuste
37 - Estrias de umidade:
170
38 - Ar aprisionado no molde:
Providências:
171
Uma teoria por trás desse fenômeno diz respeito ao conteúdo de calor da massa de
material. Quanto maior o calor, maior o aumento de volume (expansão) durante o
aquecimento, consequentemente maior a contração após o resfriamento.
Parâmetros de processamento que influenciam a contração:
a) pressão e tempo de recalque
b) temperaturas do material fundido e do molde
A pressão de injeção e a velocidade de injeção têm muito pouca influência na
contração. No caso de um molde com cavidades múltiplas, todas as cavidades devem
começar a serem preenchidas exatamente ao mesmo tempo, a fim de evitar peças
sub-compactadas e sobre-compactadas, dentro do mesmo molde. A temperatura da
superfície do molde deve ser igual em todas as áreas da ferramenta.
Uma distribuição não homogênea do resfriamento ou aquecimento irá causar
variações na contração dentro do molde. O ponto de injeção deve estar situado na
seção mais espessa da peça. O fabricante de moldes deve ser bem experiente com
cálculos de fatores de contração. Hoje em dia, existem programas de computador
disponíveis para calcular a contração em configurações complicadas (CAE). Para
manter uma contração fixa, um colchão deve ser mantido na frente da rosca. É
recomendável que ele não exceda o intervalo de 3 mm a 6,5 mm.
Pesquisa de Causas
Material:
- Estrutura molecular: polímero cristalino/amorfo
- Orientação direcional
- Cálculo do fator de contração
- Viscosidade/fluxo do material (sub-compactação / sobre-compactação)
- Sequência de enchimento e comprimento do fluxo
- Lubrificante em excesso ou mal disperso
Equipamento:
- Problemas de alimentação com a rosca
- Colchão
- Temperatura do material muito alta.
172
Molde:
- Temperatura do molde: incorreta ou variável/ajustar
- Canais de alimentação com “design” incorreto
- Espessura da peça
- Tipo e localização do ponto de injeção
- Insuficiente conicidade ou ângulo de saída.
- Extratores tortos
Providências:
A causa mais provável é a velocidade de injeção lenta nas quais fazem o fluxo na
cavidade do molde dar varias paradas formando as ranhuras em forma de disco.
173
Quando se injeta um material em uma cavidade, uma camada solidificada periférica é
formada atrás da frente de fluxo devido às altas taxas de resfriamento. O resfriamento
desta camada periférica, também causa o resfriamento das áreas da frente de fluxo
próximas à parede do molde. Se a taxa de resfriamento é muito alta, especialmente
nos casos em que a velocidade de injeção é muito baixa, estas frentes de fluxo com
viscosidade muito alta ou até mesmo congelada, podem impedir o fluxo frontal direto
do fundido contra a parede do molde.
Para toda injeção deve ser preparado material com secagem apropriada. Para o molde
os acabamentos são necessários prevendo-se superfícies com polimento adequado.
As cavidades devem estar limpas, principalmente saída de gases eliminando-se a
presença de materiais estranhos como água, graxa, óleo ou excesso de desmoldante.
Causa física:
- temperatura de massa muito baixa
- velocidade de injeção muito baixa
- temperatura do molde muito baixa
Alternativas:
01 -- Verificar a fluidez do concentrado e resina
02 – Aumento da velocidade de injeção da frente de fluxo, de forma progressiva
03 – Aumentar a temperatura do fundido e do molde para facilitar escoamento
04 – Aumentar temperatura do cilindro e do bico
174
05 – Aumentar a pressão de injeção
06 – Observar a existência de poço frio e se necessário aumentar para evitar entrada
de material frio na cavidade
07 – Otimizar pressão e tempo de recalque
08 – Deslocar o ponto de injeção para alterar fluxo
09 -- Se possível usar bico valvulado e parafuso
Providências:
Possibilidades de ajuste
175
Alternativas em processamento:
No interior dos moldes, detalhes complexos que envolvem nervuras, elevações, torres,
curvas e mudanças de espessuras de paredes provocam turbulências e alterações ou
desvio de fluxo que acabam aprisionando o ar e na sequência o mesmo decorrente do
processo sobressai na superfície em forma de estrias de ar. Também pode ocorrer
entrada de ar por um recuo axial exagerado da rosca, favorecendo a ocorrência de
estrias junto ao canal de injeção.
176
Visual para manchas de ar
Alternativas possíveis:
Casos de plástico reforçado com fibra de vidro onde a mesma aparece na superfície.
Manchas brilhantes e superfícies rugosas podem aparecer quando se usa material
reforçado com fibra de vidro. O brilho metálico das fibras de vidro causa o efeito de
manchas na superfície da peça.
Devido à grande diferença na contração entre o polímero e a fibra de vidro, surgem
superfícies ásperas ou rugosas. Outra causa da formação das estrias é o
envolvimento insuficiente da fibra de vidro pela massa fundida da resina. As fibras
podem ficar aparente de forma parcial ou em todo o produto, decorrentes de alta
porcentagem de fibras, situações da matéria-prima que provavelmente está em
desacordo e que talvez possa ser corrigida com procedimentos especiais.
Pesquisa de Causa:
- Temperatura do molde muito baixa. (Temperatura recomendada entre 1O5º e125º).
- Velocidade de injeção baixa demais
- Temperatura do material fundido baixo demais
- Pressão na cavidade baixa demais
177
- Resfriamento / aquecimento do molde não uniforme
- Reforço com Fibra de vidro inadequado
Resinas celulósicas
Acetato de celulose, butirato de celulose, propionato de celulose somente são
adequadas para moldagem quando aditivadas com plastificantes. Plastificantes podem
ser poliméricos (sólidos) ou monoméricos (líquidos). Durante o período de secagem,
num dessecador, os plastificantes líquidos podem evaporar, resultando em:
a) moldagem torna-se quebradiça;
b) regiões oleosas na superfície da peça ou bolhas de ar, como defeitos nointerior da
peça. Para secar resinas celulósicas, é recomendável usar um fornode ar circulante e
a resina deve ser colocada numa bandeja em camadas quenão excedam 1,25cm, a
uma temperatura em torno de 60º
Se forem usados secadores, a temperatura de secagem não deve exceder 60º, com
uma baixa circulação de ar. O tempo de secagem deve também ser aumentado em
uma hora.
Providências:
178
44 - Estrias de cores:
A matéria-prima tem que ser tratada com todos os cuidados indicados pelo fabricante
e a sua qualidade deve ser rigorosa para que a mistura de pigmentos seja
homogênea. A distribuição desigual dos pigmentos quando da dissolução e tingimento
também é prejudicial. A contaminação do material pode levar a estria de cores sendo
bem caracterizado pela alteração de cores nas estrias.
Providências:
45 - Furos na peça:
Citamos as principais ocorrências que provocam furos nas peças como extratores
avançados, falta de preenchimento, material sem aquecimento apropriado, parede do
produto muito fina, parede fina com massa não adequada. Os postiços ou pinos com
retorno provocado pela pressão de injeção devem ter ajuste sem interferência para
que trabalhem livres.
Alternativas:
179
09 - Tentar encher cavidade por igual.
10 - Diminuir tempo de resfriamento e pausa.
A taxa de fluidez da resina sendo baixa pode causar pouco brilho. O processo de
secagem da matéria prima é importante já que a umidade em nenhuma situação é
favorável, pois ajuda na perca das características das resinas. Observar também que
não haja umidade do molde .
Providências:
180
Para: Baixo polimento da superfície do molde
Ações: Limpar ou polir a superfície do molde
Cromar a superfície do molde
Para o POLIESTIRENO
181
47 - Divergências de brilho:
Em uma peça com acabamento liso fica simples a verificação do realce causado pelo
brilho pois, a superfície surge brilhante. Existem casos em que se faz necessário a
mudança do ponto de injeção. No estudos da refrigeração a de ser considerar que
inserto , gavetas e pinos extratores trabalharão na mesma temperatura do molde para
que não haja choque para a matéria-prima. As medidas para processamento serão
executadas de acordo com a área da divergência no brilho.
182
Para área de cantos.
01 - Aumentar a temperatura da massa.
02 - Aumentar a temperatura do molde.
183
Excesso de gases no molde. Limpar e /ou aumentar saídas gases
Molde com ranhuras. Polir o molde
Umidade no material. Secar o material em estufa
Contaminação do Material. Utilizar resina virgem
48 - Contaminações:
A peça injetada apresenta pontos escurecidos que podem ser de forma localizada em
algumas áreas da peça moldada ou também de maneira generalizada por todas as
superfícies, o que inclusive facilita a detecção do problema.
184
Alternativas:
Medidas de correção
As principais causas das tensões internas são as tensões congeladas devido ao fluxo
do material e tensões internas devido à expansão do material, este tipo de tensão
interna favorece o aparecimento de stress crack nas peças.
Tensões externas são criadas quando a peça é extraída do molde com pressões
residuais internas. Quando estas peças com pressões residuais são subitamente
expostas à pressão atmosférica devido à extração, há a expansão das peças. Então
as camadas internas da peça aplicam tensões nas camadas exteriores.
185
Os principais fatores que impactam na extração de peças com pressão residual são
moldes dimensionados inadequadamente ou altas pressões de injeção e recalque.
Estas tensões geram fissuras que podem se formar lado a lado na superfície da peça.
Por causa dessas tensões existentes na camada superficial da peça, surgem
rachaduras de imediato ou algum tempo após injeção. As fissuras são resultados de
tensões de tração geradas por influência internas ou externas. Podem ocorrer também
fissuras de tensão, na frente de fluxo através do procedimento da corrente de fluxo.
Alternativas :
186
50 - Bolsada de contração:
Por meio de ajustes de parâmetros pode ocorrer a bolsada de contração devido a uma
baixa pressão de recalque, retorno de massa pelo ponto de injeção, mudança
prematura de pressão de pressão de injeção para pressão de recalque e trabalho sem
almofada onde a construção térmica não pode ser compulsada.
Alterações de parâmetros:
187
03 - Prolongar o momento de comutação do ponto de injeção / tempo.
04 - Ajustar uma maior almofada de massa.
05 - Elevar o curso de dosagem.
06 - Reduzir a diferença entre a temperatura da massa e a temperatura de moldagem
do molde.
Bolsadas de contração:
2. O ponto de injeção após a fase de pressão de recalque ainda não está lacrado,
ocorre um refluxo da massa para dentro da antecâmara da rosca da máquina.
188
51 – Arranhões
Consideramos este tipo de defeito como falha na construção ou ajuste no molde e
ainda conservação inadequada. Inicialmente a de ser observado no tipo de ranhuras
existente a possibilidade de surgimento após a injeção, sendo que os mesmos devem
aparecer constante nos mesmos locais.
O ajuste de fechamento entre cavidades e partes componentes não deve estar forçada
pois ao longo do trabalho pode ocasionar pontos negativos que riscam o produto. Face
em qualquer posição do molde que esteja com pontos danificados (batidos, marca de
usinagem, matéria-prima anexada), pode deixar arranhões.
Alternativas :
189
04 - Utilizar bico valvulado.
05 - Controlar, se os canais que direcionam a massa fundida dentro do molde estão
em ordem.
06 - Diminuir o comprimento do bico da Máquina.
Material frio, vindo da bucha de injeção ou do canal quente para o molde causa
marcas com aspecto de caudas de cometa. Elas podem aparecer próximas ao ponto
de injeção ou espalhadas por toda a peça.
O material frio também pode causar linhas de emenda caso o material frio interrompa
parte da entrada, forçando o fluxo do material a se dividir.
Causa física
As gotas de material frio são formados quando o material fundido se solidifica no ponto
de injeção ou na bucha de injeção antes do material ser injetado e é então
transportado para o molde durante o enchimento da peça. Se a porção fria de material
não se funde novamente, irá causar o aparecimento de marcas conhecidas como
cauda de cometa.
Gotas frias são geralmente causadas por controle inadequado da temperatura do bico
ou relacionadas com restrições da unidade de plastificação. Buchas de injeção com
diâmetro restrito também tem efeito negativo sobre este defeito.
190
Olhos de peixe
Resumo de causas
-- Baixa temperatura do fundido. Se a temperatura do fundido for demasiado baixa
para fundir o material completamente, misturam-se granulados com o fundido, que
danificarão a superfície da peça.
Providências;
191
Isto acontece frequentemente quando a peça possui aumentos descontínuos de sua
seção transversal em combinação com altas velocidades de injeção, ou quando o
ponto de injeção está colocado em uma posição direta à linha de enchimento da peça.
O jateamento também é facilitado pela posição do molde na máquina. Para evitar este
defeito, recomenda-se que as cavidades não devem ser preenchidas de cima para
baixo.
Pesquisa de Causas
-Temperatura do material fundido está muito baixa
- Temperatura do molde está muito baixa
- Velocidade de injeção está muito baixa
- Relação entre espessura da parede e comprimento do fluxo não observado
- Pressão de injeção baixa demais
- Espessura irregular da parede da peça
Providências:
192
54 - Micro trincas (Microcracks)
Fissuras visíveis
A colocação de insertos exige uma técnica especial baseado em diversos fatores que
incluem o tipo de material plástico empregado, o efeito da pressão de moldagem
requerida, a direção do fluxo de material plástico dentro da cavidade e a diferença de
contração entre material plástico e o metal insertado.
Nem todo polímero é adequado para moldagem com insertos. Normalmente, plásticos
com uma resistência muito alta ao fluxo a frio ou resistência ao escoamento sofrem
193
trincamento ao redor de insertos. O plástico ao redor de um inserto está normalmente
muito tensionado e pode ocorrer fratura.
Polímeros cristalinos são mais adequados a moldagem com insertos do que polímeros
amorfos. Em muitos casos, os trincamentos são causados por material insuficiente ao
redor dos insertos. Se for usar inserto metálico, assegure-se de que ele está limpo de
óleo e graxa. Verifique também se o material reprocessado está isento de
contaminação e material degradado.
O inserto metálico é um recurso muito utilizado quando peças de materiais termofixos
ou termoplásticos possuem regiões sujeitas a solicitações e esforços que ultrapassam
aqueles que podem ser suportados pelo referido material. Este recurso também é
utilizado quando a peça possui uma geometria que dificultaria a construção do molde,
como por exemplo, um furo com rosca, o qual exige um macho de forma de pino
roscado que gire durante a extração da peça; o uso de inserto roscado, neste caso,
simplifica bastante a construção do molde.
-- Altas temperaturas do molde: devem ser usadas (90º C ou acima) para minimizar
a contração total (soma da contração de moldagem e da contração pós-moldagem).
Sob temperaturas mais baixas a contração de moldagem é realmente menor, mas a
contração pós-moldagem é muito maior.
Pesquisa de Causas
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- Concentração excessiva de tensões
- Aqueça os insertos antes de usá-los
- Normalmente não se usa material reprocessado, na moldagem de peças com
insertos.
- Projeto da peça deficiente
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No caso de persistência do defeito e na busca de uma solução é valido inicialmente a
limpeza frequente do alojamento, averiguação dimensional dos insertos para descartar
variações, treinamento com operadores da máquina, pode ser inserido o uso ou
adaptação no dispositivo auxiliar de colocação dos insertos, pode ser utilizado outra
máquina ( inversão de horizontal para vertical ou ao contrário).
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57 - Formação de fio no ponto de injeção / fiapos do canal frio
03 - Diminuir a temperatura do bico e da zona de alimentação. Isso vai fazer com que
gere um fiapo menor.
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58 – Gotinha na ponta do bico / problemas no uso de câmara quente
Essa bolinha que surge na ponta do bico ocorre devido ao gás formado dentro da
câmara quente. Como a câmara está sob pressão, o gás empurra esse pouquinho de
material para fora (ponta do bico).
C - Quebra da ponteira:
- Frente da ponteira em contato com o molde. A face da ponta não pode tocar o molde
após expansão.
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F - Vazamento pela ponteira:
- Ajuste inadequado ou danificado
- Diâmetro de vedação danificada por falta do anel centrador.
O – Roscas Engripadas:
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- Aquecimento para limpeza (serviço técnico)
- Usar sempre graxa-anti-engripante nas roscas.
Recomendações Finais:
Uma equação que reúna de forma simples essas varáveis não é possível. É cada
vez maior o desafio de se conseguir peças plásticas de boa qualidade, devido o
aumento da complexidade dos produtos moldados, bem como a crescente
necessidade de redução dos custos de produção e a exigência de prazos cada vez
menores para o desenvolvimento dos mesmos.
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Dessa forma, a simulação é a alternativa para prever o comportamento do processo
de injeção, otimizando o desenvolvimento de peças em termoplásticos. Com a
interpretação correta dos dados é possível definir o projeto de novos produtos,
evitando problemas de qualidade na peça acabada e gastos desnecessários com
retrabalho no ferramental.
Fontes:
http://processamentodeplastico.blogspot.com.br
http://www.engeplas.com.br/solucoes/moldagem.asp
www.ingaprojetos.com.br/download/problemas_moldagem.ppt
http://moldesinjecaoplasticos.com.br/a-analise-termica-ideal-de-um-sistema-com-camara-
quente-pode-levar-ao-sucesso-no-processo-de-injecao-de-plasticos/
http://moldesinjecaoplasticos.com.br/a-simulacao-de-injecao-no-desenvolvimento-e-
fabricacao-de-pecas-e-moldes-para-injecao-de-termoplasticos/
http://moldesinjecaoplasticos.com.br/a-influencia-da-contracao-na-moldagem-de-pecas-
plasticas/
http://www.petrobras.com.ar/Imagenes/eInnova/Manual_de_Injecao.pdf
http://www.petropol.com.br/pt/arquivos/ProblemasdeInjecao-OsDezMais.pdf
http://www.producao.joinville.udesc.br/tgeps/tgeps/2006-02/2006_2_tcc13.pdf
https://www.milacron.com/pt-pt/ferramentas-e-recursos/biblioteca-de-recursos/biblioteca-
de-recursos-mold-masters/guias-tecnicos-e-resolucao-de-problemas/#q1
Agradecemos !!
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