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Fatores colaborativos para uma boa eficiência em moagem

A moagem é o processo em que há a diminuição do tamanho das partículas de um


material sólido, aumentando assim sua superfície específica, visando a obtenção de
características ideais específicas para o pó e melhora nas velocidades de reação, como a
queima. Contudo, a boa eficiência do processo de moagem depende de alguns fatores,
que podem garantir um bom rendimento.

No moinho de bolas, a velocidade de rotação é calculada baseada na velocidade


angular crítica. Para se obter uma velocidade ótima de rotação, deve-se observar a
densidade dos corpos moedores. Para corpos moedores de baixa densidade, indica-se
aplicar uma velocidade de rotação em torno de 75% da velocidade angular crítica,
enquanto para corpos moedores de alta densidade, esse valor é reduzido para 60%.

Dependendo da aceleração centrífuga, o ângulo formado pelas bolas é


determinante para o grau de moagem. Quando ela é inferior à aceleração da gravidade, o
ângulo formado pelos corpos moedores é menor do que 45°, gerando um baixo grau de
moagem. Quando a aceleração centrípeta se torna igual ou superior a aceleração da
gravidade, o mesmo ângulo chega a ultrapassar 90°, fazendo com que a moagem deixe
de acontecer. Para que ocorra um bom grau de moagem, a aceleração centrípeta deve ser
em torno de 60% da aceleração da gravidade, fazendo com que o ângulo das bolas varie
entre 45° e 60°. Além dos fatores já citados para uma boa eficiência do processo, é
importante ressaltar que a quantidade de bolas no moinho também auxilia nisso, sendo
preciso cerca de 50-55% da capacidade líquida do moinho ser preenchida pelos corpos
moedores.

O grau de moagem também sofre influência devido a natureza da matéria-prima a


ser trabalhada. Um fator que auxilia a moagem nos primeiros estágios seria a
granulometria inicial do material. Já outro fator primordial seria a dureza de cada um,
sendo os materiais mais duros, mais difícil de moer. Vale ressaltar que para densidade de
suspensão baixa, a granulometria da matéria-prima deve diminuir mais rapidamente,
porém a eficiência do processo de moagem chega a ser maior com o aumento da
densidade, uma vez que o rendimento final é maior. Observa-se também que para baixas
taxas de ocupação do moinho, o rendimento no inicio do estágio de moagem é maior,
entretanto, o desgaste dos corpos moedores é grande.
Portanto, pode-se notar que o grau de moagem e o rendimento dos estágios desse
processo demandam escolhas em todos os quesitos, desde a matéria-prima, quantidade de
material a ser colocado num moinho, número de corpos moedores, velocidade de rotação
e aceleração centrípeta empregada.

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