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JURISDIÇÃO PENAL
12.1- Conceito
O caráter é subjetivo, significa que não cabe a nenhuma das partes afirmar onde
se encontra a razão, sob pena de invadir a esfera jurídica. A busca pela razão
se dará por meio do Estado que de forma isenta e racional busca a resolução do
conflito.
12.4-Espécies
jurisdição como um todo não possui divisões. Aceitar esta afirmativa seria dizer
que não existe unidade no Estado. o que existem são classificações de jurisdição
que podem ser apresentadas da seguinte forma: critério de objeto, penal ou civil.
Critério de órgãos judiciários de exercício, especial ou comum. Critério de
hierarquia, superior ou inferior. Critério de fonte de direito, direito ou equidade. A
jurisdição penal é exercida por juizados estaduais comuns, juizados militares
estadual, justiça militar federal e pela justiça eleitoral. Vale ressaltar que a justiça
do trabalho é isenta de competência penal. A jurisdição civil é exercida pela
justiça estadual, federal, trabalhista e eleitoral. Em sentido estrito é exercida pela
justiça estadual e federal.
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
13.COMPETÊNCIA
13.1- Conceito
Após fixado o foro competente, bem como a justiça competente é possível que
existam mais de um juiz competente, sendo que será prevento o juiz que
adiantar-se aos demais na prática de algum ato ou medida a este relativa, ainda
que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa (decretação da prisão
preventiva, concessão de fiança e etc).Não havendo prevenção processar-se-á
a distribuição realizada por sorteio para fixação de um determinado juiz dentre
os competentes.
§ 2.º, artigo 70, CPP :Quando o último ato tiver sido praticado fora do território nacional, será
competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia
produzir seu resultado
§ 3.º, artigo 70, CPP :A competência será firmada pela prevenção, quando incerto o limite
territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração
consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições
artigo 71, CPP: A competência, ainda, firmar-se-á pela prevenção, na hipótese de infração
continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições
§ 2.º, artigo 72, CPP :O juiz que primeiro tomar conhecimento dos fatos será competente quando
o réu não tiver residência certa ou paradeiro desconhecido
artigo 73 do CPP :Nos casos de ação penal privada exclusiva, o querelante pode preferir o
domicílio ou residência do réu para dar início à ação penal, ainda que conhecido o lugar da
infração, ou seja, tal disposição trazida pelo, constitui exceção à regra da fixação de competência
pelo lugar da infração
Justiça Especial:
• Militar: consoante artigo 124 da CF, cabe à Justiça Militar julgar os crimes
militares assim definidos em lei (Código Militar, Lei n. 1.001/69);
• Eleitoral: Julga os crimes eleitorais e seus conexos (art. 121, combinado
com o art. 109, IV, ambos da CF).
Justiça Comum:
Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo
da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no
Brasil, será competente o juízo da Capital da República
“Art. 106. Considera-se aeronave todo aparelho manobrável em voo, que possa sustentar-se e
circular em espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas e
coisas”.
13.12 Desaforamento
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade
do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do
assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá
determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não
existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas.
(...)
CPP - Art. 76. A competência será determinada pela conexão (quando existe algum elo/vínculo
entre dois delitos):
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias
pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por
várias pessoas, umas contra as outras;
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou
para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;
III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir
na prova de outra infração.
II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte,
e 54 do Código penal
Observações :
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração,
ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
§2 Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o
juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu
resultado.
§ 3 Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a
jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições,
a competência firmar-se-á pela prevenção.
O art. 78, CPP estabelece uma série de regras para definir de quem será a
competência:
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as
seguintes regras.
I. No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá
a competência do júri;
II. No concurso de jurisdições da mesma categoria.
a) Preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;
b) Prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas
penas forem de igual gravidade;
c) Firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos;
III. No concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação; IV.
No concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.
13.18 Questões
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave; (Redação dada
pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
b) b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as
respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
C) Cheque sem fundo dado em Uberlândia, faz compra em Uberaba e cheque de agência de
Goiânia. Qual juiz tem a competência pra julgar?
Resposta: O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a
modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a
recusa do pagamento pelo sacado. Nesse caso em Goiânia
D) Qual a diferença entre prorrogação e deslocamento de competência?
Na prorrogação do foro competente para o ato, ocorre quando aquele juiz não é competente para
o julgamento daquele delito, sendo esta prorrogação realizada pelas partes, e assim outro juiz
seria nomeado para dar continuidade ao processo. O incidente de deslocamento de
competência, mais conhecido como a federalização das graves violações aos direitos humanos,
é a possibilidade de transferência da competência da Justiça Estadual para a Justiça Federal,
nas hipóteses de graves violações aos direitos humanos que afrontem obrigações assumidas
pelo Brasil em tratados internacionais. Este instrumento só poder ser suscitado pelo Procurador
Geral da República ao Superior Tribunal de Justiça – STJ.
F) Assinale a opção correta acerca do processo penal segundo o CPP e o entendimento do STF
e do STJ.
1-A prevenção no processo penal, em diversas situações, constitui critério de fixação de
competência, como na hipótese em que for possível a dois ou mais juízes conhecerem do mesmo
crime — seja por dividirem a mesma competência de juízo, seja pela incerteza da competência
territorial — ou, ainda, nos crimes continuados ou permanentes.
2-De acordo com a jurisprudência do STF, é imprescindível a transcrição integral dos diálogos
colhidos por meio de interceptação telefônica ou escuta ambiental.
4-A notícia anônima sobre eventual prática criminosa, por si só, é idônea para a instauração de
inquérito policial ou a deflagração de ação penal.
I. Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição
por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições,a
competência firmar-se-á pela prevenção, cuja inobservância constitui nulidade relativa, de
acordo com a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal.
II. A competência será determinada pela continência quando duas ou mais pessoas forem
acusadas pela mesma infração e no caso da infração cometida nas hipóteses de concurso formal
de crimes, erro na execução e resultado diverso do pretendido.
III. De acordo com a jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, a atração por
continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos
denunciados não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal.
IV. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no processo da
sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que
desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará
competente em relação aos demais processos.
A. I e III apenas.
B. II e IV apenas.
C. I, II e IV apenas.
D. I,II,III e IV.
Resposta: D
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até
o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade
policial, auxiliar da justiça ou perito;
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a
questão;
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até
o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
O Juízo da Vara Única de uma Comarca do interior, que concentra todas as competências
jurisdicionais do local, julgou procedente ação civil pública para destituir o réu da função de
Conselheiro Tutelar daquela cidade, decretando ainda sua inelegibilidade para a mesma função.
Os mesmos fatos que sustentaram a condenação do réu na ação civil pública foram utilizados
pelo Ministério Público para denunciá-lo pelos crimes tipificados no Art. 216-A, no Art. 65 do
Decreto-lei nº 3688/41 e do Art. 240, § 2º, I, da Lei nº 8069/90.
Em relação ao fato de a ação penal ser conduzida pelo mesmo magistrado que proferiu a
condenação na ação civil pública, é certo dizer que:
A. o rol de causas de impedimento do Art. 252 do CPP não é taxativo e pode ser ampliado pela
via da interpretação;
B. pela via de interpretação é possível a criação de hipótese de impedimento estranha às
previstas no Art. 252 do CPP;
C. nas causas de impedimento do Art. 252 do CPP não é possível ao Judiciário legislar para
incluir causa não prevista pelo legislador, seja por analogia, seja por interpretação extensiva;
D. o mesmo fato (conduta humana), com repercussões administrativas, cíveis ou penais, deve
ser julgado por juízes diferentes, sob pena de impedimento;
E. há comprometimento do julgador com as consequências dos atos por ele reconhecidas em
julgamento anterior, na mesma instância, porém em outra esfera.
Resposta: C
N- João foi prefeito municipal de 2009 a 2012, tendo após o término do mandato se dedicado
unicamente à sua clínica particular, como médico. Foi denunciado agora junto com corréus pelo
delito de corrupção passiva, por fatos ocorridos durante sua gestão à frente da Prefeitura e
ligados à secretaria da saúde. Diante disso,
A. caso a ação penal esteja instruída por inquérito policial, é desnecessário que a defesa de João
apresente resposta à acusação.
B. caso houvesse concurso com outro crime, de competência da Justiça Federal, João deveria
ser processado perante o Tribunal Regional Federal respectivo.
C. João deve ser processado perante o Tribunal de Justiça Estadual respectivo.
D. a ação penal contra João deve seguir o procedimento especial do capítulo do processo e
julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, previsto no Código de
Processo Penal.
E. João deve ser processado na comarca do local onde ocorridos os fatos.
Resposta: E
O- A Constituição do Estado X estabeleceu foro por prerrogativa de função aos prefeitos de todos
os seus Municípios, estabelecendo que “ os prefeitos serão julgados pelo Tribunal de Justiça” .
José, Prefeito do Município Y, pertencente ao Estado X, está sendo acusado da prática de
corrupção ativa em face de um policial rodoviário federal.
Com base na situação acima, o órgão competente para o julgamento de José é
A. a Justiça Estadual de 1ª Instância.
B. o Tribunal de Justiça.
C. o Tribunal Regional Federal.
D. a Justiça Federal de 1ª Instância.
Resposta:C
P-A Constituição do Estado “ X” estabeleceu foro por prerrogativa de função aos Prefeitos de
todos os seus Municípios, estabelecendo que “ os prefeitos serão julgados pelo Tribunal de
Justiça". José, Prefeito do Município “ Y” , pertencente ao Estado “ X” , mata João, amante de
sua esposa. Pergunta‐se, qual o órgão competente para o Julgamento de José?
A. Justiça Estadual de 1ª Instância;
B. Tribunal de Justiça;
C. Tribunal Regional Federal;
D. Justiça Federal de 1ª Instância
Resposta: A
Q- Paulo reside na cidade “ Y” e lá resolveu falsificar seu passaporte. Após a falsificação, pegou
sua moto e viajou até a cidade “ Z” , com o intuito de chegar ao Paraguai. Passou pela cidade
“ W” e pela cidade “ K” , onde foi parado pela Polícia Militar. Paulo se identificou ao policial
usando o documento falsificado e este, percebendo a fraude, encaminhou Paulo à delegacia. O
Parquet denunciou Paulo pela prática do crime de uso de documento falso.
Assinale a afirmativa que indica o órgão competente para julgamento.
A. Justiça Estadual da cidade
B. Justiça Federal da cidade
C. Justiça Federal da cidade
D. Justiça Estadual da cidade
Resposta:B
14 PROCESSO
TIPOS:
Pressupostos de existência:
.
15. Sujeitos Processuais
15.2Classificação:
b) Não interessados: Não possuem direito a ser tutelado na causa, tal como a
testemunha, o perito, escrevente, oficial de justiça e etc.
17. EXCEÇÕES
17.1 NOÇÕES
Aquelas exceções que põem fim à relação jurídica, se acolhidas, são chamadas
de peremptórias. Já as que meramente ocasionam a extensão do curso
processual são conhecidas por dilatórias. Dentre as primeiras tem-se a exceção
de coisa julgada e litispendência e, quanto à segunda espécie, podem-se
relacionar as demais (suspeição, impedimento e incompetência do juízo). A
exceção de ilegitimidade de parte poderá ser considerada peremptória ou
dilatória se se referir à titularidade do direito de ação ou à capacidade de
exercício, pois nesta derradeira hipótese é possível a ratificação por quem de
direito, o que não ensejará o término da respectiva ação penal até mesmo por
questão de economia e celeridade processual, respeitados todos os direitos e
garantias constitucionais da defesa.
DELIMITAÇÃO E HIPÓTESES
e) tiver aconselhado qualquer das partes: neste caso o ato do juiz acaba por
revelar a sua intenção sobre o assunto que irá apreciar o que macula o exercício
da jurisdição;
Pode o magistrado dar-se por suspeito sem provocação das partes, isto é, ex
officio, caso em que deverá fundamentar sua decisão e providenciar a remessa
dos autos ao seu substituto legal, intimando as partes (art. 97, CPP).
A exceção deverá ser arguida logo após o conhecimento da parte sobre sua
existência. Assim, a defesa “deve promovê-la não quando lhe aprouver, mas logo
em seguida ao interrogatório, ou na defesa prévia” (MIRABETE, 2001, p. 210).
Entretanto, pode acontecer de a circunstância motivadora da suspeição somente
surgir ou vir a se tornar conhecida da parte após a apresentação da defesa
prévia, o que não a impedirá de manifestar sobre sua ocorrência.
Da decisão que reconhece a suspeição arguida pelo interessado não cabe
recurso, tendo, parte da doutrina, admitido apenas a correição parcial na
hipótese de o juiz declarar-se suspeito espontaneamente.
.OBSERVAÇÕES
PROCEDIMENTO E EFEITOS
NOÇÕES
17.5. LITISPENDÊNCIA
b) para a discussão de coisa julgada é preciso que haja uma ação em fase de
conhecimento e outra em fase de cumprimento de sentença (ou com quitação);
d) litispendência e coisa julgada não estão no rol dos arts. 525, §1º, e 535 do
CPC. A alternativa identificada para o enfrentamento da questão é a ação
rescisória, com fundamento no art. 966, IV, do CPC.
Caso o juiz reconheça como procedente a exceção, esta pode ter dois
andamentos. Se a exceção for por uma ilegitimidade ad causam, o processo
sofre de nulidade absoluta, ou seja, é anulado ab initio; caso a ilegitimidade seja
ad processum, há uma nulidade relativa, que admite convalidação, conforme
estipula o artigo 568 do Código de Processo Penal. Nesse segundo caso, a
nulidade pode ser sanada mediante ratificação dos atos processuais (conforme
art. 568 do CPP). Dessas decisões, segundo as quais há procedência da
exceção, cabe recurso em sentido estrito. Caso haja improcedência da exceção,
não cabe recurso. Não há suspensão do processo para a apreciação da exceção
nem prazo para sua arguição.
Para que a parte possa opor a exceção de coisa julgada é necessário que na
segunda ação tenha o juiz recebido a denúncia ou a queixa. Se apenas for
instaurado um segundo inquérito policial, caberá à parte impetrar ordem de
habeas corpus visando seu trancamento.
Observa-se, por fim, que havendo duplo julgamento pelo mesmo fato, sendo em
ambos proferidos sentença condenatória, prevalecerá a que primeiro transitou
em julgado.