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Apesar da liberdade religiosa não ser mencionada na Bíblia, existem elementos que
promovem isso. A liberdade religiosa foi uma ideia dos filósofos iluministas que
reagiram à intolerância e ao fanatismo dos religiosos. A declaração universal dos direitos
humanos, diz o seguinte: “Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento,
consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a
liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e
pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.”
Portanto, os cristãos devem ser os primeiros a compreenderem isso, para facilitar a
pregação do evangelho, uma vez que defender o direito do outro é também defender o
seu direito pregar e cultuar a Deus.
Introdução
Era por volta do ano 27 d.C, quando João Batista foi preso (Mc 6:17-20). Em função desse
ocorrido, os líderes religiosos soltaram rojões e fogos de artifícios para comemorar, uma
vez que a pregação do Batista ofuscava a importância deles. O problema é que os
fariseus não contavam com a ascensão meteórica de Jesus. O ódio deles se acentuou
ainda mais com a notícia de que Jesus fazia mais discípulos do que João.
Ilustração
Por volta do ano 2000, um jovem colportor, estudante de teologia, estava de porta em
porta, compartilhando literaturas para custear os seus estudos. Ele estava trabalhando
na região sul do Brasil, quando numa manhã, bateu à porta de um pequeno comércio.
O contato inicial com o proprietário foi o melhor possível. Prolongando a conversa,
ambos sorriam até o momento em que o assunto religião dominou a pauta. Os dois eram
cristãos, de igrejas diferentes, mas que não compreenderam a missão do Cristo. Ao
abrirem a Bíblia, um tentava convencer o outro de que a sua religião era a melhor. Em
determinado momento da conversa, o proprietário do estabelecimento, ao perceber
que havia perdido nos argumentos para aquele jovem, decidiu ofender o jovem
estudante chamando-o de cavalo. Isso mesmo! Aquele senhor, mencionou que todas as
pessoas que não faziam parte da sua religião eram animais. O jovem discordando, travou
um duelo de palavras sem ofender o senhor, mas foi surpreendido não somente com
palavrões, mas também com um inesperado soco no rosto. Sem reação e em respeito a
idade do homem, pois ele já tinha acima de 70 anos, aquele jovem estudante decidiu
sair do estabelecimento. Voltou cabisbaixo e muito envergonhado. A sorte é que
ninguém presenciou aquela horrível cena. O dia foi terrível para aquele estudante! Ele
simplesmente não conseguiu dar sequência no trabalho. Ficou questionando a Deus o
dia inteiro...
Quero dizer que, o jovem dessa história, sou eu. Não desisti da fé e nem da colportagem
devido a esse incidente. No entanto, o Senhor Deus me ensinou que discutir religião é
algo extremamente perigoso, pois tira a racionalidade das pessoas. Jesus sabia muito
bem disso, quando retirou-Se de Jerusalém em direção a Galileia. Ele viu o animo
acirrado das pessoas que o odiavam. (Célio Barcellos)
Conclusão
Portanto, mesmo que na Bíblia não apareça o termo liberdade religiosa, o modelo de
vida de Jesus, deixa claro que a Sua tolerância e respeito para com o semelhante, são
exemplos contundentes para que os cristãos respeitem e promovam a liberdade
religiosa. Apesar de termos clara a mensagem do Grande Conflito, devemos aproveitar
o máximo de liberdade para nos achegarmos às pessoas. E mesmo que em algum
momento não exista a liberdade religiosa, devemos como Jesus, nos aproximar das
pessoas e com prudência, apresentarmos o Seu amor que transforma vidas e quebra
barreiras.
REFERÊNCIAS
Célio Barcelos: pastor distrital da IASD Central de Pirassununga na APaC. Bacharel eem
teologia pelo SALT/FadBa, mestrado em teologia pelo Unasp-EC. Casado com Salomé
Barcellos e pai do Kairos e da Krícis. Apaixonado pela liberdade religiosa e escritor.