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SEMINÁRIO PRESBITERIANO REVERENDO DENOEL NICODEMOS ELLER

ARTHUR PROFIRO DA COSTA

SERMÃO: ECLESIASTES 1.12-2.11

Belo Horizonte
2019
ARTHUR PROFIRO DA COSTA

SERMÃO: ECLESIASTES 1.12-2.11

Pregação apresentada à disciplina Prática de Pregação


IV, do Seminário Presbiteriano Rev. Denoel
Nicodemos Eller, como requisito parcial à obtenção
do título de Bacharel em Teologia.

Prof.: Rev. Leonardo Flavio Leão de Carvalho

Belo Horizonte
2019
3

INTRODUÇÃO

No capítulo 4 do evangelho de João temos o encontro do Senhor Jesus com a mulher


samaritana. Jesus disse à mulher: “Quem beber dessa água tornará a ter sede; aquele, porém,
que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede [...] Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me
dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la”. (Jo 4.13-15)1. Jesus
e a mulher não estavam falando a mesma língua. O foco de Jesus estava na vida espiritual
daquela mulher, enquanto ela estava pensando numa água que matasse sua sede fisiológica.
O homem natural está sempre em busca de algo que mata a sua sede, algo traga sentido
à sua vida. Vivemos num tempo profundamente hedonista, a busca pelo prazer a todo custo. A
alma humana é sedenta, no entanto, o homem não consegue saciá-la. Como disse Dostoiévski,
“o homem tem um vazio do tamanho de Deus”2. Ou seja, somente em Deus o homem pode
encontrar o real sentido da sua existência.

NARRATIVA

Esse sentido da existência é o assunto do livro de Eclesiastes. Nos versículos que lemos,
vemos que o Pregador nos informa a sua experiência em relação a tudo que há “debaixo do
sol”, expressão que significa este mundo. A conclusão que o Pregador chegou é que tudo é
“vaidade”. A palavra hebraica é ‫( הֶ בֶ ל‬hevel) que significa “vapor, vazio, nada; algo
transitório”3. O Pregador concluiu que a vida “debaixo do sol” é algo transitório, vazia e sem
qualquer finalidade maior, por isso, a proposta do livro é apresentar uma perspectiva correta da
vida em relação com o Criador4.
O livro de Eclesiastes era lido no Judaísmo durante o terceiro dia da Festa dos
Tabernáculos. É provável que a leitura servia para fazer com que os israelitas refletissem acerca
da brevidade e seriedade da vida focando no fato de que a vida é dom de Deus. Portanto, a
finalidade de Eclesiastes era levar o povo a viver e gozar de todas as coisas boas da vida através
do temor e da obediência ao Senhor5.

1
BÍBLIA SAGRADA. Revista e Atualizada. João Ferreira de Almeida. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
2
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Disponível em: https://www.pensador.com/frase/NjAxMTU1/. Acesso em 20 de agosto
de 2019.
3
HOLLADAY, William L. A Concise Hebrew and Aramaic Lexicon of the Old Testament. Based upon the Lexical
Work of Ludwig Koehler and Walter Baumgartner. Boston, 2000. BibleWorks 10.0.
4
KAISER Jr., Walter C. Eclesiastes. São Paulo, SP: Cultura Cristã, 2015, p. 47.
5
Ibid.
4

De acordo com o v. 12 o Pregador era rei de Israel. Segundo Fausset o termo hebraico
é melhor traduzido por “fui rei”6, enquanto que Kidner concorda que a melhor tradução seja
“me tornei rei”7. Diante disso, Ryken afirma que alguns estudiosos defendem que o livro foi
escrito tendo como modelo a vida de Salomão, mas ele acredita que o livro foi escrito pelo
próprio Salomão8. Diante de tamanha indefinição prefiro realizar a exposição sem levar em
consideração a autoria do livro.
Nos versículos anteriores (1.1-10) temos a apresentação do Pregador e um
questionamento: “Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga
debaixo do sol?” Logo em seguida, o Pregador afirma que o mundo gira, a vida segue, geração
após geração onde nada é novo; tudo se repete diariamente, anualmente, secularmente. O
passado é esquecido e o presente se tornará passado chegando ao mesmo fim.
No texto que lemos (1.12-2.11) o Pregador informa que aplicou o coração em conhecer
tudo o que há neste mundo e que experimentou todos os prazeres que a vida pode proporcionar,
mas concluiu que tudo isso é transitório. Diante disso, podemos propor que o texto lido pode
ser resumindo na seguinte afirmação: AS ATIVIDADES DESTE MUNDO SÃO
INSUFICIENTES PARA SATISFAZER OS ANSEIOS HUMANOS. Entendemos que essas
atividades se resumem em duas formas de buscar satisfação.

1. A BUSCA INSACIÁVEL PELO CONHECIMENTO (1.12-18)

O Pregador disse que se dedicou em obter a maior quantidade de informação possível a


respeito de tudo que sucede “debaixo do sol”. Ele se atentou para todas as obras humanas,
reconheceu que ninguém foi maior do que ele em conhecimento, obteve larga experiência e
afirmou que tudo isso é um enfadonho trabalho que Deus impôs aos homens.
No Éden Deus ordenou ao homem guardar e cultivar a criação (Gn 2.15). Essa
ordenança não foi alterada após a queda, porém, por causa da queda o trabalho foi amaldiçoado
tornando-se em algo cansativo (Gn 3.17-19). O homem deve cultivar, pesquisar, analisar,
produzir, mas essa tarefa foi manchada pelo pecado. Nas palavras do Pregador, executar uma
pesquisa sobre tudo que há debaixo do sol é algo enfadonho e causa profunda tristeza.

6
Disponível em: https://www.biblestudytools.com/commentaries/jamieson-fausset-
brown/ecclesiastes/ecclesiastes-1.html. Acesso em 20 de agosto de 2019.
7
KIDNER, Derek. A mensagem de Eclesiastes. São Paulo, SP: ABU Editora, 1989, p. 13.
8
RYKEN, Philip Graham. Estudos bíblicos expositivos em Eclesiastes. São Paulo, SP: Cultura Cristã, 2017, p. 40.
5

Segundo o Pregador a busca pelo conhecimento é cansativa tendo em vista a quantidade


de objetos de estudo. Se pensarmos em nossos dias poderíamos descrever a quantidade de
cursos existentes nas ciências exatas, humanas, biológicas e etc. Dentro do nosso estudo
teológico é possível perceber a quantidade de assuntos. As áreas de estudo teológico são
enormes, só em Teologia Sistemática existem sete departamentos contendo dezenas de
unidades de estudo. Na grade curricular do Curso de Teologia da IPB há 36 disciplinas
obrigatórias, fora as disciplinas eletivas. Tudo isso para estudar desde Língua Portuguesa a
Exegese Bíblica. Deste modo, percebemos que a conclusão do Pregador é corretíssima, de fato
o estudo é algo cansativo.
O Pregador ainda afirma que a busca pelo conhecimento causa tristeza. Mas, por que
tristeza? Porque quanto mais conhecimento é adquirido maior é o reconhecimento de que há
muito mais a se conhecer. Após horas, dias, anos de estudo, chega-se à conclusão de que apenas
alguns porcentos de conhecimento foram adquiridos. Assim, o Pregador informa à sua
audiência que o conhecimento pelo conhecimento não nos conduz a lugar algum, só causa
cansaço, ansiedade, tristeza e desânimo. T. S. Eliot disse que “nosso conhecimento só nos
aproxima ainda mais da nossa ignorância” 9.
Na Grécia Antiga os filósofos se esmeraram na busca do conhecimento. Em nossos dias
experimentamos um intelectualismo profundo. A ciência avança dia após dia. O número de
brasileiros que ingressam nas Universidades aumentou assustadoramente. A busca por títulos
acadêmicos (Bacharel, Mestre, Doutor, PhD) é cada vez mais almejado. E tudo isso, não é
diferente dentro do campo eclesiástico. Vivemos no tempo dos congressos, seminários,
simpósios e etc. Estamos na geração “reform” – livros sendo consumidos aos montes,
Congresso Fiel (Pastores e líderes, mulheres, jovens), discussões teológicas nas redes sociais e
tantas outras situações. Podemos perceber que o homem é um ser que ama o conhecimento. No
entanto, todo conhecimento “debaixo do sol” com o fim em si mesmo é vazio, é transitório.
Por intermédio do profeta Jeremias o Senhor disse: “Assim diz o SENHOR: Não se
glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o
que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço
misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR”. (Jr 9:23-
24). O conhecimento pelo conhecimento é um trabalho enfadonho, desanimador e vazio.
Portanto, todo conhecimento pode e deve ser alcançado, não com o fim em si mesmo, mas com
os olhos acima do sol – para a glória de Deus.

9
WIRSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Poéticos. Santo André, SP: Geográfica, 2010, p. 460.
6

2. A BUSCA INSACIÁVEL PELO SENTIDO DA VIDA (2.1-11)

Nestes versículos o Pregador aponta atividades que exercera, mas que não saciaram a
sua sede. Após todas essas atividades o Pregador reconheceu que também era vaidade e correr
atrás do vento. Ele listou cada uma dessas aventuras hedonistas:

A. Alegria (v.1-2)
O Pregador menciona que a alegria não satisfez seu coração. Sendo assim, nenhum dos
judeus deveria confiar que a alegria pudesse saciar a sede de suas almas. Por mais que a alegria
produzisse uma boa sensação, ela também era vaidade.
Muitos recorrem à comédia como algo para satisfazer o vazio da alma. Há aqueles que
passam horas na frente do computador ou do celular assistindo vídeos de comediantes a fim de
satisfazer-se. Piadas, filmes, séries, desenhos, são artifícios utilizados para tentar dar sentido ou
uma pitada de alegria diante dureza da vida. Todavia, o Pregador afirma que a alegria tendo o
fim em si mesmo é “correr atrás do vento”.

B. Bebida (v. 3)
O Pregador afirma que se entregou ao vinho em busca de sentido, se entregou à loucura.
Buscou satisfazer-se em cálices e mais cálices de vinho. Porém, isso também era vaidade.
Há muitos que possuem a falsa sensação de que o sentido da vida está em “beber até
cair”. Procuram preencher o vazio de seus corações consumindo muita bebida. O prazer é
encontrado numa garrafa de vinho, mas no fim isso também é correr atrás do vento.

C. Propriedades (v. 4-8a)


O Pregador declara que se empenhou em muitas construções, plantações, jardins,
colheitas; adquiriu servos e servas; animais no pasto; uma conta bancária robusta, porém, tudo
isso era vaidade, transitório.
A corrida pelo sucesso é uma das marcas da nossa sociedade. Cada vez mais impérios
são construídos em busca de satisfação, deleite. Os bens são almejados, por isso, tem crescido
tanto a Teologia da Prosperidade. Ela tem vendido o produto que a sociedade quer comprar. No
entanto, o Pregador afirma que as propriedades adquiridas “debaixo do sol” também é “correr
atrás do vento”. É buscar sentido naquilo que não pode satisfazer realmente o homem.
Tom Brady, um jogador de futebol americano, ao ser entrevistado no Programa "60
minutes" após seu terceiro título de Super Bowl (2004) disse: "Porque eu tenho três taças do
7

Super Bowl e mesmo assim continuo pensando que ainda há algo maior me esperando lá fora?
Sério, talvez muitas pessoas diriam: 'Olha aí, cara, as coisas não ficam melhores do que isso'.
Alcancei minha meta, meu sonho, minha vida. E eu fico pensando: 'Deve existir algo a mais do
que isso'. Quero dizer, isso não é, isso não pode ser tudo o que a vida tem a oferecer". E o
entrevistador perguntou: "Qual é a resposta?" Ele disse: "Eu gostaria de saber, eu gostaria de
saber"10. Eu não sei o que Tom Brady estava pensando, mas uma coisa eu sei, ele tem razão de
que o sucesso “debaixo do sol” não é tudo.

D. Música (v. 8b)


O Pregador buscou satisfazer-se na música. Provavelmente, se cercou do que havia de
melhor naquele tempo. Buscou os melhores músicos, os melhores cantores. Deleitou-se na
qualidade musical de seus músicos, mas reconheceu que por mais que a música pudesse trazer
um misto de sensações ao seu coração, a música com fim em si mesmo era vaidade.
Principalmente a juventude tem buscado satisfação nas baladas. Dentre tantas opções
existentes nestes locais, a música é um ponto forte. Inclusive, há muito conteúdo pornográfico,
violento, sensual. Ritmos, harmonias e melodias que produzem as mais diversas sensações.
Outros buscam diversas sensações ouvindo Bach, Mozart, Vivaldi se deleitando na beleza de
suas obras. No entanto, segundo o Pregador, a música como satisfação em si mesma é “correr
atrás do vento”. Tudo isso faz parte deste lado de cá da vida, da vida “debaixo do sol”.

E. Sexo (v. 8b)


O Pregador se deleitou em mulheres, muitas mulheres. Usufruiu do prazer no sexo. Teve
a experiência de se deitar com várias mulheres, cada uma com suas particularidades. Decidiu
satisfazer-se, encontrar sentido no prazer sexual. Porém, o Pregador conclui que o sexo é
vaidade, é transitório, correr atrás do vento.
O sexo desde o princípio é uma busca insaciável dos homens por satisfação nessa vida.
Desde a revolução sexual dos anos 50 tem crescido assustadoramente os debates relacionados
à vida sexual. Segundo R. C. Sproul a revolução sexual foi a revolução mais danosa que ocorreu
nos Estados Unidos11. Ela conduziu a sociedade à diversidade sexual como objeto de satisfação
e sentido para a vida. Seja o sexo heterossexual ou homossexual tem sido almejado. Mas o
Pregador afirma que é transitório, é vaidade, é correr atrás do vento.

10
RYKEN, 2017, p. 58.
11
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RoxwVwipxKI&t=52s. Acesso em 20 de agosto de 2019.
8

F. Outros desejos do coração (v. 9-11)


O Pregador declara se engradeceu e buscou fortemente a sabedoria; tudo o que o seu
coração desejou ele não negou, buscou satisfazer-se. Porém, tudo era correr atrás do vento,
vaidade, transitório.
O hedonismo (busca pelo prazer) é uma grande marca do nosso tempo. Em busca da
felicidade os homens se entregam aos mais diversos desejos de seus corações. A bandeira
erguida é “o que importa é ser feliz”, por isso, não há moral, ética ou padrões – a jornada pela
satisfação própria é empenhada a todo e qualquer custo.
De acordo com Derek Kidner “nos aproximamos muito do nosso próprio tempo com o
seu culto irracional em suas variadas formas, desde o romantismo até a ânsia que manifestam
os diferentes estados de consciência, e daí ao niilismo, que cultiva o feio, o obsceno e o absurdo,
não por divertimento, mas como um ataque aos valores racionais”.
De acordo com a canção “Tocando em frente” de Almir Sater e Renato Teixeira, “cada
um de nós compõe a sua história; cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz”12. Esse
é o grande desejo existente no coração humano – ser feliz. A nossa sociedade tem uma busca
existencialista, voltada ao desejo de dar sentido à existência. Porém, a sua felicidade tem sido
buscada naquilo que está “debaixo do sol” e isso é vaidade, correr atrás do vento.

CONCLUSÃO

O objetivo do Pregador é levar a sua audiência, no caso os judeus e posteriormente cada


um de nós, a refletir a respeito da vida, da sua brevidade e de como devemos vive-la. Tiago em
sua epístola afirma que somos “como neblina que aparece por instante e logo se dissipa” (Tg
4.14)13. Então, o Pregador declara à sua audiência que “nada há melhor para o homem do que
comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho [...] é dom de Deus que possa
o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho” (Ec 2.24; 3.13)14. O Pregador
afirma que o homem deve desfrutar de todas essas coisas como presente divino como meio de
glorificar a Deus. Nenhuma dessas coisas deve ter fim em si mesmo. O homem deve se alegrar,
desfrutar da arte, de sua mulher, do trabalho, do conhecimento, porém tudo isso deve ser feito
para a glória de Deus. Por isso, no fim do livro a suma é temer a Deus e guardar os seus
mandamentos.

12
Disponível em: https://www.letras.mus.br/almir-sater/44082/. Acesso em 20 de agosto de 2019.
13
BÍBLIA SAGRADA, 1999.
14
BÍBLIA SAGRADA, 1999.
9

O apóstolo João disse: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém
amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência
da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do
mundo”. (1 Jo 2:15-16)15. Isso significa que não podemos usufruir daquilo que está no mundo?
Não, mas que nosso coração não se satisfaz nas coisas que há no mundo, mas que elas são meios
pelos quais nos satisfazemos em Deus e em obedecê-lo.
Todo o exercício debaixo do sol tendo fim em si mesmo é inútil. Paulo disse aos
coríntios que “se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos”
(1Co 15.32b)16. Com isso, Paulo quis dizer que o foco da nossa vida não está aqui “debaixo do
sol”, mas acima do sol. Por isso, mais à frente ele disse: “[...] sede firmes, inabaláveis e sempre
abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co
15.58)17. As nossas atividades não são vãs quando as realizamos para a glória de Deus. Nesse
sentido, John Piper defende o “hedonismo cristão” onde glorificamos mais a Deus quando nos
satisfazemos nele18.
O ímpio buscará satisfação e sentido na vida através daquilo que a vida proporciona. No
entanto, a alma humana só pode encontrar satisfação em Cristo. Jesus é aquele que preenche o
nosso ser, que dá sentido à nossa existência, nele há verdadeira alegria e prazer. Uma vida
“debaixo do sol” sem Cristo é uma vida inútil, sem perspectiva; ela se resume ao presente,
enquanto que uma vida vivida “debaixo do sol” com os olhos voltados para “acima do sol”, em
Cristo, nas belezas de Cristo, na Obra de Cristo, é possível usufruir de tudo que a vida possa
proporciona com a finalidade de glorificar a Cristo.

APLICAÇÃO

Em primeiro lugar, usufrua dos meios legítimos que a vida nos proporciona (trabalho,
arte, família, amizades, propriedades, comida, bebida) a fim de glorificar a Cristo.
Em segundo lugar, conhecimento pelo conhecimento para satisfação própria é inútil.
Conduza o teu conhecimento aos pés de Cristo – um conhecimento piedoso.
Em terceiro lugar, se há alguém buscando satisfação nas coisas desta vida, saiba que
isso é uma vida inútil. Se volte para Cristo, pois somente nele saciamos a nossa sede.

15
Ibid.
16
Ibid.
17
Ibid.
18
Disponível em: https://www.desiringgod.org/. Acesso em 20 de agosto de 2019.
10

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BÍBLIA SAGRADA. Revista e Atualizada. João Ferreira de Almeida. Barueri, SP: Sociedade
Bíblica do Brasil, 1999.

BROWN, Jamieson-Fausset. Ecclesiastes. Disponível em:


https://www.biblestudytools.com/commentaries/jamieson-fausset-
brown/ecclesiastes/ecclesiastes-1.html. Acesso em 20 de agosto de 2019.

DESIRING GOD. Disponível em: https://www.desiringgod.org/. Acesso em 20 de agosto de


2019.

DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Disponível em: https://www.pensador.com/frase/NjAxMTU1/.


Acesso em 20 de agosto de 2019.

HOLLADAY, William L. A Concise Hebrew and Aramaic Lexicon of the Old Testament.
Based upon the Lexical Work of Ludwig Koehler and Walter Baumgartner. Boston, 2000.
BibleWorks 10.0.

KAISER Jr., Walter C. Eclesiastes. São Paulo, SP: Cultura Cristã, 2015.

KIDNER, Derek. A mensagem de Eclesiastes. São Paulo, SP: ABU Editora, 1989.

LETRAS. Disponível em: https://www.letras.mus.br/almir-sater/44082/. Acesso em 20 de


agosto de 2019.

MACARTHUR, John. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=RoxwVwipxKI&t=52s. Acesso em 20 de agosto de 2019.

RYKEN, Philip Graham. Estudos bíblicos expositivos em Eclesiastes. São Paulo, SP: Cultura
Cristã, 2017.

WIRSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Poéticos. Santo André, SP: Geográfica,
2010.

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