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Prêmio Carlos Gomes 2009 - melhor cenário pela ópera O Castelo do Barba-Azul
Carlos Serroni
Cenógrafo, figurinista e arquiteto especializado em
espaços teatrais. Um dos mais respeitados e premiados profissionais
do setor, foi um dos coordenadores do Departamento de Cenografia
da Rádio e TV Cultura e por mais de uma década coordenou o
Núcleo de Cenografia do CPT – Centro de Pesquisas Teatrais do Sesc-
SP. Publicou o livro “Teatros do Brasil”, e está trabalhando no
próximo livro, intitulado “História da Cenografia
Brasileira”. Atualmente, é o coordenador geral do Espaço O COLECIONADOR DE CREPÚSCULOS
Texto e Direção: Vladimir Capella
Cenográfico de São Paulo, um laboratório permanente de reflexão e
J.C. Serroni e Telumi Hellen vencedores do APCA de
pesquisa cenográfica, que mantém um curso de cenografia. Em 11 figurino, categoria Teatro para Crianças.
Formou–se em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-
USP) em 1977. No período de 1977 a 1982, foi cenógrafo-figurinista e um dos coordenadores do Departamento de
Cenografia e Arte da R.T.C – Rádio e Televisão Cultura de São Paulo, onde realizou inúmeros projetos de cenografia e
figurinos, como: Teatro 2, Telecurso 2ºgrau, Musicais, Shows, Tele-Aulas, Tele-Contos, etc. Realizou também, como
cenógrafo free lancer, alguns projetos para a TV Globo e para a MTV – São Paulo.
Como surgiu o seu amor pela cenografia? Como você descobriu esse ramo
dentro do teatro?
Minha paixão pela cenografia começou logo que tive o contato com o
teatro, onde comecei nas artes plásticas, pintando. Fui convidado pelo
Vendramini, diretor de teatro amador na época, 1969, para pintar uns telões
para uma peça que ele montava: “A Sagrada Família”. Topei e fui enfrentar o
desafio de fazer telões enormes, eles tinham 5 x 8 metros, eram cinco no
total, cada um retratando um momento e um espaço do espetáculo. Pintei
os telões, fiz os adereços e acabei inclusive atuando na peça, no coro e tive a
minha primeira, única e desastrosa participação como ator num espetáculo.
Acabei me envolvendo com o teatro, especialmente na cenografia e percebi
que fui mordido pelo bichinho teatral. Nunca mais me afastei da área. Vim
para São Paulo fazer arquitetura, já pensando na cenografia.
Na equipe do Banquete estão ainda o estilista Fause
Haten (figurino), o visagista Anderson Bueno, a iluminadora Drika
Matheus, o DJ Felipe Venâncio(trilha sonora), e o cenógrafo José
Carlos Serroni.