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SEMANA ESTRATÉGICA – TJ/MA

PROF. FABIANO PEREIRA


Semana Estratégica TJ-MA

PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

- Não há hierarquia entre os princípios da Administração Pública.

1. Princípio da Legalidade

- Administração Pública X Particulares.

2. Princípio da Impessoalidade

- Tratamento isonômico.

- Vedação à autopromoção (CF/88, art. 37, § 1º).


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3. Princípio da Moralidade

- Vedação ao nepotismo.

4. Princípio da autotutela x Princípio da tutela

5. Princípio da segurança jurídica

- Lei 9.784/99, art. 2º, XIII.


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01. (FCC/Analista Judiciário – TRT 12ª Região) A respeito dos princípios básicos aplicáveis à Administração
pública, considere:
I. Uma das representações do princípio da eficiência pode ser identificada com a edição da Emenda
Constitucional no 45/2004, que introduziu, entre os direitos e garantias fundamentais, a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
II. O princípio da supremacia do interesse público se sobrepõe ao princípio da legalidade, autorizando a
Administração a impor restrições a direito individuais sempre que o interesse coletivo assim justificar.
III. O princípio da segurança jurídica impede que a Administração reveja, por critério de conveniência e
oportunidade, os atos por ela praticados, obrigando a submissão ao Poder Judiciário.
Está correto o que consta em
A) I, apenas.
B) I, II e III.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I e III, apenas.
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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – LEI 8.429/1992


- Ação judicial de natureza cível;

- Abrange particulares e todas as espécies de agentes públicos;

- Responsabilidade dos herdeiros até o limite do valor da herança;

- A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o


trânsito em julgado da sentença condenatória.

- A aplicação das sanções independe da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio


público, salvo quanto à pena de ressarcimento;

- O agente pode ser processado e punido em várias esferas, simultaneamente.


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Dos atos de improbidade administrativa


- Rol exemplificativo e não taxativo.
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir
qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função,
emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: (...)
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou
dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente (...):
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder,
aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do
art. 8º-A da LC nº 116, de 31 de julho de 2003 (...).
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente (...):
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02. (FCC – DETRAN SP – Oficial Estadual de Trânsito) O servidor de um órgão público municipal
recebeu gratificação em dinheiro para a priorização de um processo administrativo de emissão
de licença, para que esta fosse emitida mais rapidamente do que a ordem cronológica
estabelece. A conduta praticada pelo servidor
A) pode ser enquadrada como ato de improbidade se ele for servidor público concursado,
porque os servidores comissionados não preenchem os requisitos para serem considerados
sujeitos ativos.
B) demanda apuração disciplinar, mas não pode ser objeto de ação de improbidade, porque
não ficou claro se a licença foi indevidamente emitida.
C) ensejará responsabilidade prioritária nas esferas administrativa e criminal, passando-se,
após a conclusão dessa apuração, à investigação de ato de improbidade residual.
D) pode configurar ato de improbidade, desde que fique demonstrada lesão ao erário.
E) configura ato de improbidade que importa enriquecimento ilícito, devendo ser demonstrado
dolo do servidor para tanto.
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CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

1. Cláusulas exorbitantes

1.1. Possibilidade de modificação unilateral

1.2. Possibilidade de rescisão unilateral

Art. 79. § 2º. Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo
anterior, sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos
regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a:
I - devolução de garantia;
II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão;
III - pagamento do custo da desmobilização.
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1.3. Possibilidade de aplicação de sanções


Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a
prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a
Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública
enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a
reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida
sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.
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- Fato do príncipe
O professor Hely Lopes Meirelles conceitua o fato do príncipe como "toda determinação estatal,
positiva ou negativa, geral, imprevista e imprevisível, que onera substancialmente a execução do
contrato administrativo".

- Fato da Administração
- Suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120
(cento e vinte) dias;
- Atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos;
- a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra,
serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais
especificadas no projeto;

- Interferências imprevistas
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03. (FCC/Técnico Legislativo – CLDF) Em contrato de construção de uma unidade prisional regido pela
Lei n° 8.666/1993 assistem às partes, Administração pública e contratada, direitos e obrigações
pertinentes ao objeto da avença, tais como:
A) à Administração pública é autorizada a edição de atos unilaterais que produzam efeitos na execução
contratual, bem como na relação contratual com os funcionários e prestadores de serviço da
contratada, como expressão de seu poder hierárquico.
B) à contratada é facultado suspender a execução do contrato diante do descumprimento, pela
Administração pública, de qualquer cláusula contratual, desde que a mora seja superior a 60 dias.
C) a incidência do poder de polícia administrativo para autorizar a limitação de direitos
contratualmente assegurados, prescindindo, nesse caso, de indenização, em razão da excepcionalidade
das medidas.
D) a possibilidade da contratada recusar alterações contratuais quantitativas que impliquem supressão
do objeto superior a 25% do valor do contrato.
E) a incidência do poder disciplinar sobre as relações contratuais, permitindo que a Administração
pública imponha alterações contratuais quantitativas e qualitativas, majorando ou suprimindo o objeto
em até 50% de seu valor, preservado seu o equilíbrio econômico financeiro.
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LICITAÇÃO
1. MODALIDADES
1.1. Concorrência
Artigo 22. § 1º. Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na
fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação
exigidos no edital para execução de seu objeto.

Artigo 23, § 3º. A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de
seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19,
como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste
último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade
dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor
do bem ou serviço no País.
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1.2. Tomada de Preços

Artigo 22. § 2º. A Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro
dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

1.3. Convite

Artigo 22, § 3º. Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao
seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela
unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e
o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
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1.4. Concurso

Artigo 22, § 4º. Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha
de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração
aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com
antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

1.5. Leilão

Artigo 22, § 4º. Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de
bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior
lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
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1.6. Pregão
Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade
de pregão, que será regida por esta Lei.
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo,
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo
edital, por meio de especificações usuais no mercado.

Art. 5º É vedada a exigência de:


I - garantia de proposta;
II - aquisição do edital pelos licitantes, como condição para participação no certame; e
III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, que não
serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de
tecnologia da informação, quando for o caso.
Art. 6º O prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias, se outro não estiver fixado
no edital.
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I - para obras e serviços de engenharia:
a) convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);
b) tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e
c) concorrência: acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); .

II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:


a) convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais);
b) tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais); e
c) concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais).

Licitação dispensável: 10% do valor.


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04. (FCC/Analista Judiciário – TRT 6ª Região) A escolha entre as modalidades de licitação,
de acordo com a Lei n° 8.666/1993,
A) dá-se sempre por opção discricionária do administrador, que deve considerar a natureza
e a relevância da contratação em prol do interesse público.
B) dá-se por determinação expressa da lei, cabendo a escolha ao administrador dentre as
diversas modalidades existentes, no caso de omissão legal.
C) é estabelecida expressamente somente em virtude do valor da contratação, aplicando-
se, nos demais casos, a modalidade que melhor atender as finalidades da Administração
pública.
D) difere conforme o valor ou o bem objeto do certame, aplicando-se o leilão na omissão
legal ou, a critério do administrador, a concorrência.
E) pode se dar em razão do valor da contratação ou da natureza do objeto, aplicando-se a
concorrência nos casos de omissão.
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ATOS ADMINISTRATIVOS
1. Elementos ou requisitos
1.1. Competência ou Sujeito: admite convalidação, salvo quando se tratar de competência
exclusiva!
1.2. Forma: admite convalidação, salvo quando a forma for essencial à validade do ato.
1.3. Finalidade: não admite convalidação!
1.4. Motivo: não admite convalidação!
1.5. Objeto: apenas admite convalidação quando se tratar de ato de conteúdo plúrimo!
(FCC – Defensor Público – DPE SC – 2017) ... é possível convalidar atos com vício no objeto,
ou conteúdo, mas apenas quando se tratar de conteúdo plúrimo.
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2. Atributos
2.1. Presunção de legitimidade e veracidade
- Presente em todos os atos da Administração, inclusive nos atos administrativos.
- É relativa.

2.2. Imperatividade
- Exige autorização legal, portanto, não se aplica a todos os atos administrativos.

2.3. Autoexecutoriedade
- Apenas quando existir previsão legal ou em situações emergenciais.

2.4. Tipicidade
- Não existe nos contratos, apenas nos atos unilaterais.
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ANULAÇÃO
- Incide sobre ato ILEGAL/ILEGÍTIMO
- Pode ser promovida pela Administração/Poder Judiciário.
- Efeitos EX TUNC

REVOGAÇÃO
- Incide sobre ato LEGAL/LEGÍTIMO, porém, INCONVENIENTE e/ou INOPORTUNO.
- Apenas pode ser promovida pela própria Administração Pública
- Efeitos EX NUNC
- Não é admitida nas seguintes hipóteses: 1) atos que geraram direitos adquiridos; 2) atos
consumados ou exauridos; 3) meros atos administrativos; 4) atos que integram
procedimento administrativo; 5) atos vinculados.
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05. (FCC/Consultor Legislativo – CLDF) Considerando um ato administrativo o
qual, contaminado por vício, tornou-se ilegal, ressalvada a apreciação judicial e
respeitados os direitos adquiridos, a Administração
A) não pode anulá-lo, já que seus efeitos são regulares.
B) pode revogá-lo, por motivo de conveniência ou oportunidade.
C) pode anulá-lo, porque dele não se originam direitos.
D) pode revogá-lo, porque dele se originam direitos.
E) não pode anulá-lo, porque dele não se originam direitos.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA


- Desconcentração x descentralização
- Criação de órgãos públicos por lei (decreto, não!)
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06. (FCC/Procurador – Prefeitura de Caruaru – PE) Em relação à organização
administrativa,
A) a criação de uma agência reguladora - autarquia em regime especial - é decorrente do
fenômeno da desconcentração.
B) uma empresa pública prestadora de serviço público é criada por meio do fenômeno da
descentralização, enquanto uma empresa pública exploradora de atividade econômica é
criada por meio do fenômeno da desconcentração.
C) no Brasil, a criação de Territórios Federais constitui hipótese de descentralização
geográfica ou territorial.
D) a criação de uma secretaria municipal é hipótese de descentralização.
E) a transferência de uma competência de um órgão superior a um órgão subalterno, sem
quebra de hierarquia, é hipótese de descentralização.
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DOS BENS PÚBLICOS

 Quanto à destinação ou ao objetivo a que se destinam


- Bens de uso comum do povo (a utilização anormal exige prévia
comunicação ao Poder Público).
- Bens de uso especial (podem ser estabelecidas regras especiais
para utilização, a exemplo da visita a museus públicos).
- Bens dominicais.
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DOS BENS PÚBLICOS


 Regime jurídico
- Impenhorabilidade
- Imprescritibilidade
- Inalienabilidade
- Impossibilidade de oneração
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07. (FCC – Procurador – Prefeitura de Caruaru PE – 2018) A respeito do regime jurídico dos
bens públicos, é correto afirmar:
A) Os bens públicos imóveis poderão ser alienados mediante autorização legislativa
prévia, salvo no caso dos bens dominicais.
B) Os bens dominicais são aqueles utilizados diretamente para a execução dos serviços
administrativos e serviços públicos em geral.
C) Os bens de uso comum do povo, por sua natureza, não permitem a cobrança de valores
pecuniários para a sua utilização.
D) Embora os bens públicos sejam dotados de impenhorabilidade, o regime jurídico
público permite que os bens públicos afetados sejam gravados com direitos reais de
garantia.
E) Afetação é o fato administrativo pelo qual se atribui ao bem público uma destinação
pública especial de interesse direto ou indireto da Administração.
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GABARITO

1.A 2.E 3.D 4.E 5.C 6.C 7.E

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