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RESULTADOS E DISCUSSÃO:

• Parte 1: Dependência da tensão induzida no secundário com a tensão no primário em


um transformador.

Utilizando um transformador primário de 600 voltas e um secundário de 300 voltas e


aplicando diferentes valores de tensão na fonte pudemos observar, com o auxílio de um
multímetro, os potenciais de entrada e saída colocados na Tabela 1.

Tabela 1. Medidas de tensão induzida no secundário para diferentes valores de tensão


aplicados no primário.

Utilizando os dados acima e com o auxílio do SciDavis obtivemos o gráfico na Figura 2


e o seu respectivo ajuste linear, na Figura 1, onde o valor do coeficiente A deve
corresponder a razão entre o número de espiras do transformador secundário e o
primário.

Figura 1. Ajuste linear aplicado no gráfico utilizando diferentes valores de tensão na


Figura 1.
Figura 2. Gráfico de Ԑs versus Ԑp com ajuste linear.

Como observado em sala de aula o fluxo magnético (Փ) é o mesmo em todos os


instantes tanto para as espiras do enrolamento primário quanto para as espiras do
secundário e com isso podemos obter a equação 1.

Ԑs Ns
= (1)
Ԑp Np

Onde:

Ԑs = fem no secundário

Ԑp = fem no primário

Np = número de espiras do enrolamento primário

Ns = número de espiras do enrolamento secundário

Utilizando a euação geral da reta, y = ax + b, podemos fazer a seguinte associação com


a equação 1:

y = Ԑs

b=0

x = Ԑp
Ns
𝑎 =Np

Dessa forma:

aA= razão entre o número de espiras no secundário e no primário obtida no experimento.

aT = razão entre o número de espiras no secundário e no primário teórica.


Como o valor obtido experimentalmente (aA) é igual a 0,47 ± 0,01 e o valor teórico
(aT) é igual a 0,5 nesse primeiro caso podemos calcular o erro experimental utilizando a
equação (2), que é igual a 6%.
|𝑎𝑇 − 𝑎𝐴|
𝐸 (%) = × 100 (2)
𝑎𝑇

• Parte 2: Dependência da tensão induzida no secundário com o seu número de espiras.

Nessa parte do experimento, o transformador de 600 voltas foi mantido fixo como
transformador primário enquanto aplicamos uma tensão de aproximadamente 5 Volts
para diferentes transformadores secundários. Os valores observados, com o auxílio do
multímetro, estão na Tabela 2.

Tabela 2. Medidas de tensão em esquema com transformador primário e valor de tensão


fixo, 600 voltas e 5V respectivamente, e variação de transformadores secundários.

Utilizando os valores colocados na Tabela 2 pudemos construir, com o auxílio do


SciDavis o gráfico mostrando a variação de tensão de saída em com a mudança do
transformador secundário, Figura 4. O ajuste linear aplicado no gráfico, Figura 3, nos
fornece com o valor de “A” a razão entre a tensão no transformador secundário e o
número de espiras do transformador primário.

Figura 3. Ajuste linear do gráfico de tensão induzida em diferentes espiras secundárias


na Figura 4.
Figura 4. Gráfico da força eletromotriz do enrolamento secundário em função do
número de espiras do enrolamento secundário com ajuste linear. Dados obtidos na
segunda parte do experimento.

Observando a equação (1) apresentada anteriormente temos que Ɛp e Np foram


mantidos constantes e como esta é uma função linear podemos traçar um paralelo com a
equação geral de uma função linear (y = ax ). Sendo assim, temos:

y = Ɛs

x = Ns

a = (Ɛp) / Np

Como pode ser observado na Figura 3, temos que o valor experimental do coeficiente
angular (A) é igual a 0,008 ± 0,0002. Sabendo que o valor de tensão aplicado no
transformador primário é de aproximadamente 5,0 ± 0,1 V podemos utilizar esses dados
para calcular o número de espiras no enrolamento do primário com a equação (3)
chegando ao valor de 625 voltas.
εp
𝑎= Np
(3)

Utilizando a fórmula de propagação de incertezas temos a equação (4) para a


propagação de Np e com isso, temos que a incerteza é igual a 0,00016. E sendo assim o
resultado é igual a 625 ± 0,000016 voltas no transformador secundário.

(4)

• Parte 3: Dependência da tensão induzida no secundário com o número de espiras do


primário.

Na 3ª parte do experimento foi realizado o inverso da etapa anterior aqui a variação do


número de espiras ocorreu no transformador que recebia a tensão da fonte enquanto o
secundário permaneceu fixo. Os valores observados, com o auxílio do multímetro, estão
apresentados na Tabela 3.
Tabela 3. Medidas de tensão em esquema com transformador secundário e valor de
tensão fixo, 300 voltas e 5V respectivamente, e variação de transformadores primários.

Utilizando os da Tabela 3 e com o auxílio do SciDavis construímos o gráfico


relacionando as tensões com o número de espiras no transformador primário, Figura 6, e
aplicamos o ajuste adequado para obter os parâmetros, Figura 5.

Figura 5. Ajuste aplicado no gráfico da Figura 5.

Figura 6. Gráfico do esquema com o transformador secundário fixo (300 voltas) e


variação do transformador primário numa mesma tensão (5V).
Como o número de espiras do transformador secundário foi mantido constante e tensão
na fonte também podemos perceber através da equação (1) que não temos uma equação
linear e por isso foi necessário aplicar um ajuste especial no gráfico, colocado na
equação (5).
𝑎
𝑦 = 𝑥 (5)

Sendo:

y = Ɛs

x = Np

𝑎 = Ɛ𝑝 ∗ 𝑁𝑠

Assim, temos que pelo ajuste do gráfico, Figura 5, obtido com o SciDavis o valor do
parâmetro a é igual a 1521 ± 30 e relacionando esse valor com a tensão do enrolamento
primário aplicada no transformador secundário temos que o número de espiras do
transformador primário é igual 304,2.

Utilizando a fórmula de propagação de incerteza para Ns, equação (6), temos uma
incerteza igual a 8,3675 voltas.

(6)

Portanto nosso resultado experimental é igual a 304,2 ± 8 voltas para o transformador


primário com valor nominal de 300 voltas que foi utilizado. Utilizando a equação (2)
temos um erro experimental de aproximadamente 1,33%.

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