Você está na página 1de 6

A musicalidade da fala – o objeto sonoro em Freud

A musicalidade da fala
– o objeto sonoro em Freud
Cláudio Munayer David
Resumo
No Projeto para uma Psicologia Científica, Freud descreve a estruturação do aparelho psíquico
a partir do grito do recém-nascido até a palavra socialmente compartilhada, identificando a
representação sonora como elo privilegiado com o objeto de desejo na origem das pulsões.
Os sons da fala que escapam à representação de palavra interferem na semântica do discur-
so e do pensamento, em um constante jogo pela busca da satisfação do desejo. Algumas
dessas representações podem ser traduzidas pela lógica própria da linguagem musical.

Palavras-Chave
Grito – Pulsão – Desejo – Representação sonora – Sons da fala

O Projeto sonoro A diferença entre a descarga re-


flexa do grito e a projeção de um pen-
No Projeto para uma Psicologia Cientí-
samento está na forma de liberação,
fica (1895), Freud afirma que os investi-
súbita ou por somação dos afetos, mas
mentos da fala são formados pela associa-
em ambos os casos ocorre um aumen-
ção de neurônios Y (memória) com as re-
to de tensão no aparelho psíquico que
presentações sonoras, as quais se encon-
tende à descarga sonora. Não se pode
tram diretamente associadas às imagens eliminar por completo as quantidades,
motoras. O investimento nas imagens so- pois os neurônios da consciência (w)
noras permite ao próprio ego reinvestir a também devem ser concebidos como
informação de descarga, possibilitando a investidos com Q(h). ´ Por menor que
passagem de quantidades que deixam tra- possa ser a força de um pensamento,
ços na forma de lembranças (p.420). ainda assim ele é um processo de des-
A corrente de Q durante o pensa- carga sonora, o que, no final das con-
mento deve ser pequena, pois o gasto de tas, o equipara às percepções auditi-
grandes Qs significa uma perda para o vas (p.421).
ego que deve ser limitada, evitando o Ao encarnar e dinamizar as lem-
desperdício de energia necessária para branças, as representações sonoras tam-
a realização das ações específicas. As bém reproduzem padrões que escapam
representações verbais, imagens sonoras aos significantes verbais. Quando pen-
extremamente qualificadas, proporcio- samos nossas próprias idéias, utilizamos
nam um menor gasto energético. Con- imagens sonoras da nossa própria fala.
tudo, a qualificação não interrompe o Podemos representar uma pessoa no
fluxo, pois ela mesma se constitui em pensamento pelas qualidades de sua voz.
informações de descarga. “Quando pen- Se estivermos pensando em uma briga
samos com intensidade, não há dúvida calorosa, podemos chegar a gritar. Da
de que chegamos a falar em voz alta” mesma forma, se estivermos escreven-
(p.422), logo, pensamos em voz baixa. do uma declaração de amor, pensaremos
Reverso • Belo Horizonte • ano 28 • n. 53 • p. 107 - 112 • Set. 2006 107
Cláudio Munayer David

em imagens sonoras suaves e atrativas. O grito é um marco, um elo dos pro-


“A leitura em voz alta não deve ser con- cessos internos com as percepções, é um
siderada como um processo de algum ponto de referência da consciência. Os
modo diferente da leitura silenciosa, a sons emitidos e percebidos fazem a pri-
não ser pelo fato de que ela ajuda a aten- meira ponte entre a realidade interna e
ção da parte sensorial do processo de externa do bebê, representando a alte-
leitura” (1915, p.220). ração biológica no espaço auditivo que
Os lapsos de linguagem (1901) e os o cerca. As traduções sonoras são pre-
chistes (1905) podem exemplificar a cárias, seja pela defasagem na capacida-
força das representações sonoras, en- de de processamento e resposta dos apa-
tretanto, a musicalidade da fala ainda relhos envolvidos, seja porque a mãe traz
excede às representações fonéticas. As consigo um resto não traduzido do seu
imagens sonoras, como em um pensa- próprio psiquismo. Todavia, a represen-
mento musical, também representam tação materna garante ao grito a reali-
seu sentido não verbal. O sotaque par- zação da ação específica, apresentando,
ticular de um pensamento reflete algo assim, a experiência de prazer para o
das escolhas do pensador, de sua inten- recém-nascido.
ção, do seu estado afetivo, de seu con-
texto sociocultural, deslocando e con- A visão médica
densando o sentido de um discurso. Os avanços tecnológicos da obste-
Esses padrões sonoros constituem-se trícia, como o Ultra-Som 4-D, abrem
em ressonâncias pulsionais que se apre- novas janelas para as pesquisas pré-na-
sentam como distorções na cadeia de tais. O que antes era concebido exclusi-
significantes. vamente por meio do desenvolvimento
Mas é em relação à dor, “o mais im- biológico passa a ter significado psíqui-
perativo de todos os processos”, que o co. Nos últimos meses de gestação o feto
eco da descarga sonora desperta a aten- humano apresenta o mesmo tipo de ati-
ção e origina os primeiros traços de lem- vidade cerebral de um bebê em seu pri-
branças. A princípio, as ações específi- meiro ano de vida. Ele dorme e também
cas só podem ser realizadas quando a sonha. Mas sonha com o quê?
atenção de uma pessoa experiente é vol- Os estímulos auditivos são os pri-
tada para um estado infantil. A inerva- meiros a causar grande impacto no com-
ção da fala é a primeira via de descarga, portamento fetal. Aos seis meses de ges-
ela funciona como uma válvula de esca- tação, o feto já apresenta reações espe-
pe para regular as oscilações das quan- cíficas à voz da mãe, à música e à poe-
tidades somáticas até que se descubra a sia. Sua memória é de longo prazo, o que
ação específica. O grito da própria cri- quer dizer que as mesmas respostas ob-
ança qualifica o desprazer numa situa- servadas nos experimentos reincidem na
ção em que a dor impede o recebimento criança muitos anos depois do nascimen-
de boas indicações da qualidade do ob- to. As primeiras imagens registradas,
jeto. Quando o trabalho da ação espe- ainda na barriga da mãe, marcam defi-
cífica é executado no mundo externo nitivamente a estruturação do psiquis-
pela pessoa que ajuda nos cuidados da mo.
criança, esta fica em posição, por meio Conclui-se que as representações
de dispositivos reflexos, de executar no sonoras são as mais arcaicas na ontolo-
interior de seu corpo a atividade neces- gia humana. No que nos concerne, elas
sária para remover o estímulo endóge- devem estar diretamente ligadas ao sur-
no (1895, p.421-22). gimento da pulsão, antes mesmo do nas-
108 Reverso • Belo Horizonte • ano 28 • n. 53 • p. 107 - 112 • Set. 2006
A musicalidade da fala – o objeto sonoro em Freud

cimento. Ademais, a elaboração de um Para as civilizações da Antigüidade,


psiquismo fetal induz os pais a construir a organização dos sons inteligentemente
suas experiências pré-natais em um ou- era considerada a mais importante das
tro universo de significação. A visuali- ciências, a base de um governo estável
zação em tempo real das expressões fa- e harmonioso e o caminho da ilumina-
ciais e corporais do feto muda drastica- ção religiosa. Platão e Aristóteles discu-
mente a forma de os pais se relaciona- tiram seus efeitos morais e psicológicos
rem com a gravidez. em suas principais obras. A progressão
harmônica de Pitágoras, mais conheci-
A ciência dos sons da como Proporção Áurea, foi difundida
A música abrange fenômenos psí- na arquitetura romana por Virtruvius
quicos e culturais que ultrapassam as Pólio (85-26), utilizada hermeticamen-
delimitações estéticas. Ela acompanha te na construção das catedrais Góticas e
o homem desde seus primórdios, das popularizada na Renascença por Leonar-
apaziguadoras canções de ninar aos ri- do da Vinci (1452-1519) e Giacomo
tuais fúnebres. Em seus aspectos mais Barozzi da Vignola (1507-1573). No sé-
simples e primitivos, a música é consi- culo VI, O papa Gregório Magno unifi-
derada uma manifestação folclórica que cou os cânticos religiosos como recurso
espelha as particularidades étnicas de para padronizar a Liturgia. A música pro-
um povo. Ela surgiu nas mais remotas fana era punida com a fogueira da In-
culturas para a celebração de aconteci- quisição.
mentos festivos e litúrgicos. As antigas Nietzsche (1872, p.98-100) reeditou
civilizações orientais, como a chinesa e as idéias de Schopenhauer, para quem
a indiana, conheciam e tiravam partido “a música não requer palavras, é a lin-
de sua capacidade de produzir êxtase guagem universal, expressão imediata da
coletivo. vontade” (1819, p.109-111). Lacan
Da Lira de Orfeu e Davi à cítara de utilizou a equação de Fibonacci2 como
Salomão e Confúcio, a música era um base matemática para o “Objeto a” e
assunto que nenhuma corrente filosófi- para o salto estrutural realizado na en-
ca poderia ignorar. Tais conceitos e usos trada do “Nome do Pai” (1969-70,
se propagaram no Ocidente até se cris- p.148). Em suas palavras: “Seria preci-
talizarem nas escolas filosóficas gregas. so, alguma vez – não sei se jamais terei
As pesquisas realizadas por Pitágoras tempo –, falar da música, nas margens”
(580-496 a.C.) com o Monocórdio1 são (1972-73, p.158). Na ciência contem-
as precursoras das ciências modernas. porânea, Max Planck, o pai da física
Pitágoras associou os intervalos musicais quântica, balizou o salto quântico nos
ao conceito matemático de frações, in- saltos das notas musicais. Atualmente a
troduzindo no conhecimento humano as música invade os carros, as TVs, os com-
relações entre a aritmética, geometria, putadores, os esportes e incontáveis ou-
astronomia, com base em relações mu- tras cenas das atividades humanas.
sicais. Suas descobertas selaram o para-
digma das ciências, das artes e das cor- Conclusões
rentes filosóficas subseqüentes. Ouvir a voz da clínica, mas também
fora dela, é ouvir toda a gama de varia-

1
Instrumento feito a partir de uma tábua quantifi- 2
Leonardo da Pisa Fibonacci (1200) equacionou a
cada e uma única corda. Associa seqüências ma- série de números ordinários que levam seu nome;
temáticas às freqüências harmônicas dos sons. valioso esclarecimento para a Proporção Áurea.

Reverso • Belo Horizonte • ano 28 • n. 53 • p. 107 - 112 • Set. 2006 109


Cláudio Munayer David

ções de timbre, tonalidade, ritmo, inten- a sua fonte numa excitação corporal,
sidade, acentuação, enfim, um universo acaba por suprimir a tensão interna ao
de padrões acústicos que compõem a exigir da mãe a realização da ação espe-
fala. Vários desses objetos possuem uma cífica, traduzindo pela primeira vez a
representação gráfica que lhes atribui energia somática em psíquica. O inves-
um valor lingüístico, mas nem todos timento nas imagens sonoras tece uma
possuem um reflexo visual, o que lhes rede de representações associadas ao
priva de uma tradução gramatical. Es- grito que serão reativadas no estado de
sas expressões sonoras podem distorcer, desejo.
e até mesmo inverter o significado de um Através dos sons, a criança pode
discurso sem que haja, para tal, qualquer recriar o objeto de desejo no mundo in-
alteração do conteúdo semântico do terior e invocá-lo no mundo externo. Da
mesmo. mesma forma, o caçador primitivo pro-
Melodias pobres, cadência lenta, jetava sua voz sobre os sons emitidos
intensidade e tons baixos podem ser re- pelos animais, identificando-se com eles
flexos de uma estrutura depressiva na e, posteriormente, o elemento concreto
fala. Características opostas são prová- era separado de sua representação so-
veis de ser encontradas no discurso ma- nora, passando a ser o objeto da fanta-
níaco. A formalidade das imagens acús- sia que podia substituir o objeto real. A
ticas serve à estrutura obsessiva, en- reação do ambiente perante o objeto
quanto a fala do histérico se liberta do sonoro fortificava a crença na sua capa-
rigor, com variações sonoras mais ricas. cidade mágica.
A força pulsional pode silenciar o apa- Os significantes musicais também se
relho fonador na afasia motora em qua- qualificam como representações sono-
dros histéricos, ou criar padrões indese- ras. A voz é considerada o primeiro ins-
jáveis na fala, como na gagueira. Alguns trumento melódico e as mãos e os pés
casos de dissonância radical entre as re- os primeiros instrumentos de percussão.
presentações sonoras podem indicar O homem primitivo buscava harmoni-
uma falha estrutural grave no psiquis- zar seu próprio ritmo com o dos seus se-
mo. No artigo Análise de um caso de pa- melhantes. A dança e o canto se acom-
ranóia crônica (1896), Freud afirma que panhavam do bater das palmas e dos pés.
um detalhe característico do delírio pa- Ao associar a melodia cantada a uma
ranóico é que o tom do discurso pode representação de tempo, ele podia co-
suprimir por completo o conteúdo se- locar-se em uníssono com os demais,
mântico do mesmo (p.178). representando simultaneamente sua
Determinadas características rela- unidade e sua separação com um obje-
cionadas às percepções auditivas as apro- to.
ximam das pulsões mais do que outros A linguagem verbal e musical são
estímulos externos, que podem ser fa- códigos de comunicação originados da
cilmente evitados. As vibrações sonoras mesma forma de qualificação dos afetos.
são capazes de transpor e contornar pra- Dar forma aos sons na música tem o
ticamente todos os tipos de materiais, mesmo significado tranqüilizador que
deslocando-se por todo o ambiente com encontrar a palavra adequada para ex-
facilidade. A percepção auditiva desper- pressar um afeto ou uma impressão. A
ta precocemente a atenção, originando música se constitui em algo que pode ser
uma imagem sonora capaz de lembrar o descrito como uma modalidade de pen-
desprazer e, simultaneamente, reativar samento, uma idéia com uma lógica que
a experiência de prazer. O grito, que tem lhe é própria. Os sons compartilhados
110 Reverso • Belo Horizonte • ano 28 • n. 53 • p. 107 - 112 • Set. 2006
A musicalidade da fala – o objeto sonoro em Freud

dentro de uma cultura se transformam,


em grande parte, nas representações de Bibliografia
palavras, outros, em representações
ANZIEU, Didier. O eu-pele (1985). 2.ed. Trad.
musicais, alguns ainda permanecem di- Zakie Yazigi e Rosali Mahfuz. São Paulo: Casa
retamente ligados à satisfação do afeto do Psicólogo, 2000.
pela descarga pura. A música remete ao
AULAGNIER, Piera. A violência da interpreta-
próprio instante de compreensão e ao ção: do pictograma ao enunciado (1975). Trad.
prazer da descarga, através das variações Maria Clara Guimarães Pellegrino. Rio de Ja-
entre o grito e a fala. A linguagem ver- neiro: Imago, 1979.
bal se solidifica tardiamente em um jogo DIDIER-WEILL, Alain. Nota azul: Freud, La-
de relações sonoras muito limitadas e can e a arte (1976). Trad. Cristina Lacerda e
codificadas. Marcelo Jacques de Moraes. Rio de Janeiro:
Contra Capa, 1997.
Assim como nas representações
musicais, os múltiplos sentidos do ob- FREUD, S. Projeto para uma psicologia cientí-
fica (1950 [1895]). Edição Standard Brasileira das
jeto sonoro interferem na fala e no pen- Obras Psicológicas Completas de. Rio de Janeiro:
samento. A palavra evolui até alcan- Imago, 1996, v.I.
çar maior riqueza expressiva, mas não
FREUD, S. Observações adicionais sobre as
pode anular os efeitos do seu próprio neuroses de defesa (1896). Edição Standard Bra-
funcionamento. A representação ver- sileira das Obras Psicológicas Completas de. Rio
bal pode abstrair-se do objeto represen- de Janeiro: Imago, 1996, v.III.
tado, mas não pode abstrair-se da ima- FREUD, S. A psicopatologia da vida cotidiana
gem sonora, e, conseqüentemente, dos (1901). Edição Standard Brasileira das Obras Psi-
cológicas Completas de. Rio de Janeiro: Imago,
seus diversos sentidos. Os sons estão em 1996, v.V.
constante jogo pulsional, desde o pri-
meiro grito até a mais sublime canção FREUD, S. Os chistes e sua relação com o in-
consciente (1905). Edição Standard Brasileira das
espiritual. ϕ Obras Psicológicas Completas de. Rio de Janeiro:
Imago, 1996, v.VIII.
THE MUSICALITY OF SPEECH FREUD, S. O inconsciente (1915). Edição Stan-
– FREUD’S SONOROUS OBJECT dard Brasileira das Obras Psicológicas Completas
de. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v.XIV.
Abstract GREEN, André. O discurso vivo: uma teoria psi-
In the article A Project for a Scientific canalítica do afeto. Rio de Janeiro: F. Alves, 1982.
Psychology, Freud describes the structure LACAN, Jacques. O seminário, livro 16: De un
of the psychic apparatus ranging from the Otro al otro. Versión completa de la Escuela
newborn’s screams to the socially shared Freudiana de Buenos Aires, 2000.
words, identifying the sonorous represen- LACAN, Jacques. O seminário, livro 17: o aves-
tation as a privileged link to the wish object so da psicanálise (1991) Rio de Janeiro: Jorge
at the point of origin of drive. The talk soun- Zahar, 1992.
ds that escape from word representation in- LACAN, Jacques. O seminário, livro 20: mais,
terfere in the semantics of the discourse and ainda (1975) Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
thoughts, being part of a constant interplay NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragé-
in the search of wish-fulfillment. Some of dia (1872). 2.ed. Trad. J. Guinsburg. Rio de Ja-
these representations can be translated by neiro: Companhia das Letras. 2005.
the very logic of musical language. RIBEIRO DA SILVA, Antônio Franco. A me-
tapsicologia de Freud. Belo Horizonte: A. S. Pas-
Keywords sos, v. I, 1995.
Scream – Drive – Wish – Sonorous repre- SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como
sentation – Talk sounds vontade e representação (III Parte) (1819). Trad.

Reverso • Belo Horizonte • ano 28 • n. 53 • p. 107 - 112 • Set. 2006 111


Cláudio Munayer David

Wolfgang Leo Maar. São Paulo: Nova Cultura,


2000. (Os Pensadores)
TAME, David, O poder oculto da música (1984).
9.ed. Trad. Octavio Mendes Cajado. São Pau-
lo: Cultrix, 1993.
UNES, Wolney. Entre músicos e tradutores: a fi-
gura do intérprete. Goiânia: Editora da UFG,
1998.

RECEBIDO EM 30/05/2006
APROVADO EM 03/07/2006

SOBRE O AUTOR

Cláudio Munayer David


Psicólogo e Pós-graduado
em Teoria Psicanalítica pela Universidade
Federal de Minas Gerais - UFMG. Membro
do Grupo de Estudos A Pulsão Invocante do
Círculo Psicanalítico de Minas Gerais – CPMG.
Músico, compositor e produtor musical
da New Records.

Endereço para correspondência:


Cláudio Munayer David
Rua: Dr. Juvenal dos Santos, 33/303
30380-530 - Belo Horizonte - MG
Tel.: (31) 3296-4107
E-mail: claudio@eletrika.com.br

112 Reverso • Belo Horizonte • ano 28 • n. 53 • p. 107 - 112 • Set. 2006

Você também pode gostar