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 Kit Básico do Leitor

15/02/2018

Guia de Introdução a Opções

Introdução a Opções

Abaixo explicamos os principais conceitos para compreensão do funcionamento das opções, além de
algumas estratégias que podem ser utilizadas com esses ativos. Mas antes apresentamos um vídeo para
fixação dos conceitos.

O que é uma opção?

Opções são contratos que permitem negociar uma ação por um preço pré-estabelecido em uma data
futura.

Exemplo: um investidor tem ações que hoje valem R$ 15 cada. Ele não deseja vender as ações no
momento, mas também não quer vendê-las abaixo de R$ 13 futuramente. Ele pode garantir esse preço
de venda da ação comprando Opções de Venda (veremos mais à frente que, neste caso, ele deverá
comprar puts).

Outro exemplo: um investidor não tem dinheiro para comprar ações que hoje custam R$ 10, mas
planeja comprá-las daqui a seis meses sem pagar mais do que R$ 11. Ele pode garantir isso comprando
Opções de Compra (neste caso, ele deverá comprar calls).

Opções estabelecem um direito para quem a compra, e um dever para quem a lança.

Lançar uma Opção é vendê-la sem a possuir. O lançamento de uma opção pode ser feito por qualquer
investidor e implica em deveres para com o comprador. Antes que estranhe, sim, no mercado de
capitais é possível vender algo que você não tem. Por exemplo, você não tem uma Opção e decide
vender 100 delas. Neste caso, você se torna um lançador dessa Opção e assume obrigações

Ao adquirir uma Opção de uma ação que não possui, você se torna o comprador dela, e passa a ser
detentor de direitos sobre o ativo.

E para todo comprador há um lançador. O lançador será obrigado a cumprir o contrato, caso o
comprador assim o queira.
Prêmio (preço das opções)

Todas as Opções têm um preço, que chamamos de prêmio. Se o investidor comprar a Opção, pagará o
prêmio. Se vendê-la, receberá o prêmio. Veremos mais à frente que o prêmio depende de vários fatores.

O importante agora é saber que: 1 - Opções têm um preço; 2 - Ao comprar a Opção, paga-se o prêmio; 3 -
Ao vender a Opção, recebe-se o prêmio.

Calls (ou opção de compra)

Calls são opções de compra. Os detentores (ou compradores) de uma call possuem o direito de adquirir
a ação no futuro em uma data específica por um preço pré-determinado. É muito utilizada para
garantir um preço de compra.

Comprador da call: o investidor acredita que as ações de uma empresa subirão de R$ 10 para R$ 15. Ele
pode comprar uma call para garantir a compra da ação por R$ 11 futuramente, mesmo que ela esteja
custando R$ 15.

Os Lançadores (ou vendedores) de calls terão a obrigação de vender a ação em uma data futura
específica e por um preço pré-determinado caso os compradores dessa Opção assim o queiram. Pode
parecer loucura alguém aceitar ser obrigado a qualquer coisa, mas lembre-se de que, ao lançar (vender
sem ter) uma call, o investidor recebe o dinheiro do prêmio.

Lançador da call: um investidor tem ações que hoje custam R$ 10, e não acredita que ela subirá muito
nos próximos meses. Ele então lança uma call, recebendo o prêmio de, digamos, R$ 1.
Se a cotação não subir muito, ele não será obrigado a vender suas ações (e ainda colocou R$ 1 por ação
no bolso).

Puts (ou opção de venda)

Puts são Opções de venda. Compradores (ou detentores) de uma put possuem o direito de vender a ação
no futuro em uma data específica por um preço pré-determinado. Muitos utilizam essa estratégia para
garantir um preço de venda da ação. A Put pode ser comparada a um seguro: pagamos o prêmio e no
caso de sinistro acionamos o seguro (no caso das ações, se os preços delas vierem para baixo do preço
pré-determinado, exercemos o direito adquirido de vendermos pelo preço pré-determinado.
Comprador da put: um investidor tem ações que hoje custam R$ 20 e acredita que ela pode cair para R$
10 nos próximos meses. Em vez de vender a ação imediatamente, ele poderá comprar uma put.
Se a cotação realmente cair bastante no futuro, ele poderá vender as ações a R$ 18, mesmo com a ação
custando R$ 10.

Por outro lado, lançadores (vendedores) de puts terão a obrigação de comprar a ação no futuro pelo
preço pré-determinado, caso os compradores dessa Opção queiram. Novamente, os lançadores de put só
aceitam essa obrigação porque recebem dinheiro para isso (prêmio).

Lançador da put: as ações de determinada empresa custam R$ 30. Você acha que elas não cairão muito.
Então, poderá lançar puts dessa ação, recebendo um prêmio de R$ 1 por ação.
Se a ação não cair, você não será obrigado a comprá-la e ainda terá colocado R$ 1 no bolso.

Exemplo com calls: o investidor comprou uma call com vencimento em maio de 2017, strike em R$ 10.
Ele terá até maio de 2017 para exercer o seu direito de comprar a ação por R$ 10.
Lembre-se de que só valerá a pena exercer o direito de comprar a ação por R$ 10 em novembro de 2017
se ela estiver custando mais caro do que isso.
Não valerá a pena comprar a ação por R$ 10 se ela estiver custando R$ 8, por exemplo.

Strike (preço de exercício)

Strike ou Preço de exercício é o preço pré-determinado no contrato das Opções. É por ele que as ações
poderão ser negociadas no fim do contrato. Todas as Opções possuem um strike, seja ela uma call ou
put.

Strike de calls:

O Strike de uma call é o preço pelo qual os compradores (detentores) de calls poderão adquirir a ação
no futuro.

Para os lançadores (vendedores) das calls, o strike define o preço pelo qual eles deverão vender as
ações, caso os compradores das calls decidam pela aquisição das ações.

Strike de puts:

O Strike de uma put é o preço pelo qual os compradores dessas puts poderão vender a ação no futuro.

Para os lançadores das puts, o strike define o preço pelo qual eles deverão comprar as ações, caso os
compradores dessas puts decidam pela venda das ações.

Vencimento (data de exercício)

Todas as Opções são criadas com data marcada “para morrer”. Pode ser daqui a um mês, seis meses, um
ano, etc. A data do vencimento de uma opção é denominada Data de Exercício .
Então, os tais direitos que os compradores de Opções possuem e as obrigações que lançadores de opções
têm só valem até o vencimento. Após esse período, o contrato simplesmente deixa de existir, não
importando mais o que acontecer com a ação a partir desse momento.

Relembrando

Poderíamos passar horas (dias ou meses até) explicando a teoria. Mas seria (muito) enfadonho e pouco
efetivo. Os conceitos acima são vitais para entender o mínimo necessário sobre Opções.

Relembrando: Opções são contratos de compra (call) ou venda (put) de uma ação, por um preço
combinado (strike) sob data pré-estabelecida (vencimento).

Você compra ou vende Opções no mercado por um preço que chamamos de prêmio. Antes de operar,
esteja certo de que entendeu os termos em negrito.

Exemplo: uma call da Petrobras, com strike em R$ 15, vencimento em dezembro e prêmio de R$ 0,50.

É uma Opção que dá o direito ao comprador da call de adquirir ações da Petrobras (PETR4), a R$ 15, em
dezembro, independentemente do preço da ação nessa data. Para ter esse direito, é preciso pagar R$
0,50, que é o prêmio.

O lançador da call se compromete a vender as ações da Petrobras, por R$ 15, no mês de dezembro,
embolsando R$ 0,50.

Para puts, o raciocínio é parecido. A diferença é que seu comprador tem o direito de vender as PETR4
por R$ 15, pagando R$ 0,50.

O lançador se compromete a comprar as ações por R$ 15, recebendo o prêmio em troca da obrigação.

Dentro do dinheiro ou fora do dinheiro

(“In the Money” ou “Out of the Money”)

Opções dentro do dinheiro são Opções que, se exercidas hoje, trariam lucro aos seus compradores.

Calls dentro do dinheiro possuem strike abaixo do preço da ação. Isso porque o comprador pode
comprar a ação mais barata do que o seu preço atual, obtendo lucro.

Puts dentro do dinheiro possuem strike acima do preço da ação. Isso porque o comprador pode vender
a ação mais cara do que o seu preço atual, obtendo lucro.

Opções fora do dinheiro são as exercidas hoje, logo, não trariam lucro aos seus compradores.
Calls fora do dinheiro possuem strike acima do preço da ação. Isso porque se o comprador exercer a
Opção, ele comprará a ação acima do preço de mercado, obtendo prejuízo.

Puts fora do dinheiro possuem strike abaixo do preço da ação. Isso porque se o comprador exercer a
Opção, ele venderá a ação mais barata do que o seu preço atual, ficando no prejuízo.

Nossas estratégias

Para entender as nossas estratégias, você precisa compreender como as Opções respondem ao
movimento das ações — e como podemos ganhar dinheiro em cada caso.

Calls se valorizam quando a ação sobe. Quanto maior o movimento de alta da ação, e maior a
velocidade, mais as calls se valorizam.

Puts se valorizam quando a ação cai. Quanto mais intenso o movimento de queda da ação, mais a put se
valorizará.
Como ganhar dinheiro, aproveitando esses movimentos das Opções?

Compras de Opções

As compras de Opções (estratégias 1 e 2, abaixo) são realizadas adquirindo as Opções recomendadas.

Não é necessário ter ações , e o máximo que você pode perder nessa estratégia é o valor investido nas
Opções.

Se você comprou R$ 1 mil em Opções, poderá perder, no máximo… R$ 1 mil.

Para sair da operação, basta vender as Opções que havia comprado, e o mesmo número que havia
adquirido.

A ideia aqui é comprar a Opção barata para tentar vendê-la mais cara depois.

1. Estratégia de compra de calls: compramos calls quando temos a expectativa de que as ações subirão
rapidamente até a data de vencimento. Se isso acontece, a call fica mais cara, e a vendemos por um
preço maior do que de quando entramos, lucrando a diferença.

Risco: se as ações caem ou demoram muito para subir, as calls perdem valor. O máximo que podemos
perder na estratégia é o montante usado para comprar as calls.

Para entrar na estratégia (montagem) apenas compramos a call. Para sair (desmontagem) vendemos a
call que tínhamos comprado.

Não é necessário comprar as ações, nem exercer as Opções. Apenas as adquirimos para vendê-las mais
tarde.

Obs.: Não levamos a Opção até o vencimento nem a exercemos. Apenas a compramos e depois a
vendemos para sair da posição.

2. Estratégia de compra de puts: compramos puts quando temos a expectativa de que as ações cairão
rapidamente até a data de vencimento. Se isso acontece, ganhamos dinheiro, pois as puts se valorizam e
podemos vendê-las mais caro do que as compramos.

Risco: se o preço das ações não cai rapidamente (ou sobe), as puts se desvalorizam. O máximo que
podemos perder na estratégia é o montante usado para a compra.

Para entrar (montagem) na estratégia apenas compramos a put. Para sair (desmontagem), vendemos a
mesma put que compramos.

Não é necessário adquirir as ações em nenhuma das etapas da estratégia.

Obs.: não levamos a Opção ao vencimento nem a exercemos. Apenas a compramos e depois a vendemos
para sair da posição.
Editor
Responsável

Felipe Miranda
Editor-analista, CNPI

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