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POP’S – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO PARA ESTERILIZAÇÃO E

HIGIENIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E MATERIAIS


1.0 BARREIRAS DE CONTENÇÃO: Equipamento de Proteção Individual – EPIs

Os EPIs usados pelos cirurgiões – dentistas constituem barreiras físicas para proteger a
pele e as membranas mucosas dos olhos, nariz e boca da exposição ao material infeccioso ou
potencialmente infeccioso durante os procedimentos odontológicos. Os EPIs são máscaras ,
sapatos, gorros, óculos de proteção e jaleco.

EPIs QUANDO USAR DESCARTE


Luva cirúrgica Procedimentos críticos Após o uso

Luva de procedimento Procedimentos semicríticos Após o uso

Luva “grossa” para limpeza Manuseio de Produtos químicos Integridade comprometida


limpeza e desinfecção
Máscara descartável Procedimentos críticos A cada turno
Procedimentos semicríticos
Gorro Atendimento ao paciente A cada turno
Desinfecção e estetização
Jaleco Atendimento ao paciente A cada turno ou contaminação
Desinfecção e esterilização visivel
Oculos De Proteção Atendimento ao paciente Integridade comprometida

Avental de Chumbo e protetor da Proteção para RX Integridade comprometida


tireoide
2.0 DESCONTAMINAÇÕES DE AMBIENTE

A superfície de área de atendimento odontológico e dos equipamentos pode ser


contaminada pela deposição de aerossóis originados dos procedimentos e por contato das
mãos contaminadas, mesmo em uso de luvas de procedimentos. Para evitar a propagação dos
microrganismos é necessária utilização de barreira física.

Superfície Limpeza Método Frequência Desinfecção Barreira


Produto Produto
Banheiros Água e sabão Fricção A cada turno Hipoclorito a -
1%
Cadeira Água e sabão Fricção A cada turno Álcool a 70% Filme de PVC
odontológica ou ou
contaminação Hipoclorito a
visível 1%
Refletor Água e sabão Fricção A cada turno Álcool a 70% Filme de PVC
ou ou saquinho
Hipoclorito a plástico
1%
Bancadas Água e sabão Fricção A cada turno Álcool a 70% -
e sabão ou
Hipoclorito a
1%
Cuspideira Água e sabão Lavagem A cada Álcool a 70% -
paciente ou
Hipoclorito a
1%
Mangueira Água e sabão Sugar ½ da A cada turno Álcool a 70% -
do sugador solução ou
Hipoclorito a
1%
Equipo Água e sabão Fricção A cada turno Álcool a 70% -
ou
Hipoclorito a
1%
Portas Água e sabão Fricção Semanal Álcool a 70% -
ou
Hipoclorito a
1%
Mesas clínica Água e sabão Fricção A cada Álcool a 70% Filme de PVC
ou cirúrgica e paciente ou
mesas Hipoclorito a
auxiliares 1%
Saboneteira Água e sabão Fricção A cada turno Álcool a 70% -
de vidro ou ou
metal Hipoclorito a
1%
3.0 PREPARO DOS ARTIGOS PARA ESTERILIZAÇÃO

Definição: É o procedimento realizado manualmente para remoção de sujidade, por


meio de ação física aplicada sobre a superfície do artigo.

Objetivo:

Remover a sujidade visível para reduzir a carga microbiana e tornar segura a manipulação do
artigo para um adequado procedimento de esterilização.

Local de aplicação: Artigos odontológicos

Responsável – ASB

Autoclave – Cristofolivitale 12 litros

Técnica

1- Calçar luvas de borracha;


2- Separar os instrumentos mais delicados;
3- Manusear poucos instrumentos de cada vez
4- Abrir todos os instrumentos articulados;
5- Imergir os instrumentos em cuba contendo detergente enzimático;
6- Escovar os instrumentos tendo cuidado redobrado com pontas ativas;
7- Escovar partes serrilhadas respeitando as linhas das serrilhas;
8- Deixar por 15 minutos em solução de detergentes enzimáticos;
9- Enxaguar em água corrente;
10 - Secar os artigos completamente;
11 - Acondicionar o instrumental em papel grau cirúrgico;
12 - Identificar o pacote com o nome do responsável, período e data;
13 - Completar a carga da autoclave;
14 - Dispor a carga nas condições adequadas dentro da autoclave;
15 - Proceder à esterilização;
16 - Armazenar o material adequadamente.
2.1 Limpeza, Desinfecção e / ou Esterilização dos instrumentais.

 Caneta de Alta rotação e micromotor:

1 - “Limpeza interna”: após uso das canetas de alta rotação, promover a saída da
água utilizada para refrigerar pro um período 30 a 60 segundos, ou seja acionar
as turbinas por este período para que haja uma “limpeza interna” da saída de
água.
2 - Desinfecção: gaze ou algodão embebido em álcool 70% e friccionado sobre a
superfície da caneta. Após a evaporação do álcool e repetido o procedimento
(03 vezes no total)
3 - Lubrificação com óleo spray: realizar a lubrificação pela entrada de ar da caneta
pelo tempo recomendado pelo fabricante.
4 - Forma de acondicionamento: após a desinfecção, acondicionam-se os
aparelhos rotatórios em recipiente
 Instrumentais metálicos e plásticos (que suportam esterilização por calor)
1 - Lavagem: detergente enzimático + escovas
2 - Secagem
3 - Esterilização: Autoclave
4 - Forma de acondicionamento Kits embalados em grau cirúrgico
5 - Validade – 06 meses

OBS: A pinça perfurada de Ainswarth sofre desinfecção com gazes/algodão e álcool


70% (com Fricção)

 Instrumentais plásticos (que não podem ser autoclavados)

Artigos semicríticos:

1 - Lavagem: detergente enzimático + escovas;


2 - Secagem
3 - Desinfecção: gazes ou algodão embebido em álcool 70% e friccionando sobre a
superfície do instrumental. Após a evaporação do álcool, repetir o procedimento
(03 vezes no total);
4 - Forma de acondicionamento: após a desinfecção, são acondicionados em
recipiente ou embalagem limpa antes do atendimento do próximo paciente.

Artigos críticos:

1 - Lavagem: detergente enzimático + escovas;


2 - Secagem
3 - Esterilização química: imersão 10 minutos no ácido peracético a 0,2%. Os artigos
ficam submersos em ácido peracético em recipiente ( plástico ou vidro) com
tampa vedação.
4 - Enxague: água esterilizada ou soro fisiológico esterilizado
5 - Secagem
6 - Forma de acondicionamento: recipiente ou embalagem limpa até o seu uso caso
haja necessidade, este procedimento será repetido antes do atendimento do
próximo paciente.

 Pontas de borracha para acabamento e polimento das restaurações de resina e


amalgama, disco de lixa (plásticos) taças de borracha, escova de Robinson.

1 - Lavagem: detergente enzimático + escovas;


2 - Secagem;
3 - Esterilização química: Imersão por 10 minutos em ácido peracético a 0,2%. As
pontas acima ficam submersas em ácido peracético em recipiente (plástico ou
vidro) com tampa para vedação
4 - Enxague: água esterilizada ou soro fisiológico esterilizado.
5 - Secagem.

6 – Forma de acondicionamento: recipiente ou embalagem limpa até o seu uso.

OBS: O ácido peracético é trocado conforme orientação do fabricante. Porém, e, caso de


turvamento do liquido é realizado a troca do mesmo.

 Pontas diamantadas de qualquer granulação, brocas cabides, brocas de aço para


baixa rotação, brocas multiplatinadas para acabamento de amalgama e de resina.

01- Lavagem: detergente enzimático + escovas


02- Secagem
03- Esterilização; autoclave
04- Forma de acondicionamento:
Embalagens em Grau cirúrgico individualmente ou kits
Validade – 06 meses

3.0 Normas para a utilização dos aparelhos de Raio X

01 - Usar sempre luvas durante as tomadas radiográficas;

02 - Realizar desinfecção com álcool 70% do cabeçote e botão disparador do aparelho de raios-
X;

03 - Proteger com barreiras ( sacos plásticos ou filme de PVC ou plástico) as partes do aparelho
de raio-X a serem manuseadas durante as tomadas radiográficas;
04 – Após a tomada radiográfica, descartar as barreiras em lixo para resíduo infectante;

05 – Nunca tocar no filme com luvas contaminadas pela saliva do paciente;

06 – Ao término da utilização dos aparelhos, deixa-los na posição apropriada (cabeçote e cone


com abertura para cima) e desligados;

07 – Manter as portas fechadas devido a radiação ionizante ou permanecer por tras da parede
protetora;

08 – Quando da utilização dos aparelhos de raio X, utilizar em todos os pacientes a proteção


apropriada ( avental e protetores de tireoide de chumbo);

09 – Ao termino da utilização dos aventais e protetores de tireoide guarda-los sem dobras para
evitar danos;

10 – Caso ocorra algum problema em relação aos aparelhos, comunicar de imediato ao


gerente da unidade para as devidas providências.

4. REFERÊNCIAS

 BRASIL. Ministério da Saúde. Comissão de Biossegurança em Saúde. Classificação de


risco dos agentes biológicos. Brasília, DF, 2010a.
 SOBECC. Práticas recomendadas. 2º edição, SP, 2003.

 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html

 http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/enfermagem/Manual_Esterelizacao_SM
S_Campinas_versao_final_rev2015.pdf

Salvador, 27 de maio de 2019.

ELABORADO POR:
Daiane Araújo
Enfermeira

APROVADO POR:

Marília Claudia Solon Machado


CRM-Ba: 10705
Responsável Técnico

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