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INFORMATIVO 939 STF – PENAL E PROCESSO PENAL COMENTADO

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INFORMATIVO 939 STF – PENAL E PROCESSO PENAL COMENTADO

FELIPE LEAL
Graduado em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (2003),
mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas pela Universidade
Federal do Amapá (2012) e Doutorando em Ciências Jurídico-Criminais
nas Universidades de Porto e de Coimbra, em Portugal (2017-2021).
Ingressou na Polícia Federal em 2005, como Papiloscopista Policial
Federal, adquirindo experiência na área pericial, e, desde 2006, é
Delegado de Polícia Federal, tendo já chefiado Delegacias Especializadas
na Repressão ao Tráfico de Drogas/PA (2006-2007), na Repressão
aos Crimes Ambientais/AP (2008-2010) e na Repressão a Crimes
Financeiros/PB (2011 -2012), bem como atuou como Chefe do Núcleo
de Inteligência em Pernambuco (2013-2014). Após, foi designado
como membro do Grupo de Inquéritos da Operação Lava Jato junto ao
Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça (2015-2016),
sendo convidado a assumir a Divisão de Contrainteligência da Polícia
Federal em Brasília (2016-2017). Na docência, é um dos responsáveis
pela formação profissional de novos policiais, com a elaboração
de Caderno Didático para a Academia Nacional de Polícia (ANP). Já
elaborou Manuais de Investigações para autoridades policiais. Tutor da
Disciplina Criminologia em Cursos de Aperfeiçoamento Profissional da
ANP. Professor em Faculdades de Direito e em curso de pós-graduação
da ANP. Coordenador Pedagógico da Escola Nacional de Delegados de
Polícia Federal.

Sumário
CPI E COMPARECIMENTO COMPULSÓRIO.................................................3
ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA E AUSÊNCIA DE DIREITO
LÍQUIDO CERTO.......................................................................................4

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CPI E COMPARECIMENTO COMPULSÓRIO

Em julgamento de Habeas Corpus, a Segunda Turma do STF entendeu por não

haver compulsoriedade de comparecimento do paciente perante comissão parla-

mentar de inquérito (CPI), acaso intimado na condição de investigado.

Além de decidir pela facultatividade, a Turma assegurou ao paciente, caso quei-

ra comparecer ao ato: a) o direito ao silêncio, ou seja, a não responder perguntas a

ele direcionadas; b) o direito à assistência por advogado durante o ato; c) o direito

de não ser submetido ao compromisso de dizer a verdade ou de subscrever termos

com esse conteúdo; e d) o direito de não sofrer constrangimentos físicos ou morais

decorrentes do exercício dos direitos anteriores.

O ministro Gilmar Mendes (relator) entendeu que, por sua qualidade de inves-

tigado, o paciente não pode ser convocado a comparecimento compulsório, menos

ainda sob ameaça de responsabilização penal.

HC 171438/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento 28.5.2019. (HC-

171438)

Veja como esse assunto pode ser abordado em concurso para Delegado

Questão: Na condição de investigado, o intimado tem o dever de comparecer à

Comissão Parlamentar de Inquérito, porém pode invocar o direito ao silêncio, que

assegura a não produção de prova contra si mesmo, como pedra angular do siste-

ma de proteção dos direitos individuais e expressão do princípio da dignidade da

pessoa humana.

Resposta: Errado.

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ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA E AUSÊNCIA DE


DIREITO LÍQUIDO E CERTO

A Segunda Turma do STF entendeu inexistir direito líquido e certo a compelir o

Ministério Público à celebração do acordo de delação premiada.

Na decisão, a Turma fez uma distinção entre colaboração premiada e acordo de

colaboração premiada. Pode-se cogitar que o acusado ostente direito subjetivo à

colaboração (atividade, e não negócio jurídico), mas não se pode impor ao Minis-

tério Público o dever de celebrar negócio jurídico processual personalíssimo. Assim

procedendo, o Poder Judiciário acabaria por intervir na conveniência e na oportu-

nidade do acordo, participando ativamente das negociações, o que é vedado no

sistema acusatório (Lei 12.850/2013, art. 4º, § 6º). Não há, pois, direito líquido e

certo de celebrar o acordo.

Ressalvou, porém, que diversos diplomas normativos antecedentes à Lei

12.850/2013 já previam essa possibilidade de concessão de sanção premial, sem a

exigência da celebração de acordo de colaboração, o qual, embora confira maior se-

gurança jurídica à esfera do colaborador, não se revela indispensável à mitigação da

pretensão punitiva. Portanto, independentemente da formalização de ato negocial,

persiste a possibilidade, em tese, de adoção de postura colaborativa e, ainda em

tese, a concessão judicial de sanção premial condizente com esse comportamento.

MS 35693 AgR/DF, rel. Min. Edson Fachin, julgamento em 28.5.2019.

(MS-35693)

Veja como esse assunto pode ser abordado em concurso para Delegado

Questão: O juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para

a formalização do acordo de colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia,

o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme

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o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor

Resposta: Certo.

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