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FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

CAMPUS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ

CIDADE UNIVERSITÁRIA

Tucuruí, 2019
ARTHUR VILENA PETRONILIO
GABRIEL FARIAS
PAULO VICTOR GOMES DA SILVA

CIDADE UNIVERSITÁRIA

Trabalho apresentado como requisito


parcial à obtenção de nota no curso de
Avaliação de Impactos Ambientais de
Obras Civis I, da UFPA – Campus de
Tucuruí.
Profª. Dra. Aline Louzada

Tucuruí, 2019

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SUMÁRIO

1 ESTUDO DE CASO.............................................................................................. 5

2 CARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ........................................ 5

2.1 FASE DE PLANEJAMENTO .......................................................................... 5

2.2 FASE DE IMPLANTAÇÃO ............................................................................. 6

2.3 FASE DE OPERAÇÃO................................................................................... 7

3 ÓRGÃO AMBIENTAL COMPETENTE PARA O LICENCIAMENTO ................... 9

4 LICENÇAS E AUTORIZAÇÕES AMBIENTAIS A SEREM REQUERIDAS ......... 9

5 DOCUMENTAÇÃO ADMINISTRATIVA PARA O LICENCIAMENTO ............... 10

5.1 LICENÇA PRÉVIA........................................................................................ 10

5.2 LICENÇA DE INSTALAÇÃO ........................................................................ 10

5.3 LICENÇA DE OPERAÇÃO .......................................................................... 11

5.4 OUTORGA DE DIREITO DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS ................. 11

5.5 AUTORIZAÇÃO DE SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO (ASV) ...................... 11

6 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA PARA O LICENCIAMENTO E ESTUDOS


AMBIENTAIS ............................................................................................................ 11

6.1 LICENÇA PRÉVIA........................................................................................ 11

6.2 LICENÇA DE INSTALAÇÃO ........................................................................ 12

6.3 LICENÇA DE OPERAÇÃO .......................................................................... 13

6.4 OUTORGA DE DIREITO DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS ................. 13

6.5 AUTORIZAÇÃO DE SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO (ASV) ...................... 14

6.6 ESTUDOS AMBIENTAIS ............................................................................. 15

7 RENOVAÇÃO DA LICENÇA ............................................................................. 15

8 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO EMPREENDIMENTO...................................... 16

8.1 ÂMBITO FEDERAL ...................................................................................... 16

8.2 ÂMBITO ESTADUAL.................................................................................... 17

3
8.3 ÂMBITO MUNICIPAL ................................................................................... 18

9 NECESSIDADE DA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA ........................ 19

10 VALOR DA TAXA DAS LICENÇAS AMBIENTAIS REQUERIDAS .............. 19

11 PREVISÃO DO CUSTO DA ART DO PROFISSIONAL PARA


ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS TÉCNICOS E ACOMPANHAMENTO DO
PROCEDIMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL. ......................................... 20

12 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 21

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1 ESTUDO DE CASO
Construção de uma cidade universitária de grande porte, com espaços de
sala de aula, laboratórios, biblioteca, auditório, refeitório, quadra de esportes,
ciclovia, alojamentos e hospital universitário. O local de construção apresenta
vegetação nativa.
O projeto possui um sistema de abastecimento de água com captação
subterrânea, sistema de drenagem de águas pluviais, e de tratamento dos efluentes.
Com a implantação deste empreendimento haverá no local uma maior geração de
tráfego e demanda por transporte público.

2 CARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


Segundo a Resolução do CONAMA n° 001/86 (CONAMA,1986) impacto
ambiental é: “Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do
meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que direta ou indiretamente afetam: a saúde, a segurança e o
bem estar da população; as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições
estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais”. O
conceito de Aspecto Ambiental difere de impacto ambiental, porque os aspectos
ambientais são processos que levam às consequências ambientais, e essas
consequências são chamadas de impactos ambientais.
No subtópicos seguintes seguem a caracterização quanto aos impactos
ambientais gerados pela construção de uma cidade universitária.

2.1 FASE DE PLANEJAMENTO

Atividade: Estudos topográficos


Aspecto Ambiental: Locação do eixo das vias a serem desenvolvidas as obras, com
piqueteamento da mesma, nivelamento e contranivelamento do eixo locado, nivelamento das seções transversais.
Standard Penetration test
Atividade, produto ou serviço Aspecto Ambiental Impacto Ambiental
Piquetamento, nivelamento e penetração Alteração das condições
Estudos topográficos
do solo naturais do solo
Impacto Tempo de Tempo de
Incidência Natureza Magnitude Reversibilidade Abrangência
Ambiental permanência ocorrência
Alteração
das
condições Direta Negativa Baixa Permanente Imediato Irreversível Local
naturais
do solo
Medidas de controle:
Escolha estratégicas dos locais com uso de mão de obra especializada

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Atividade: Especulação Imobiliária

Aspecto Ambiental: Valorização da área próxima

Atividade, produto ou serviço Aspecto Ambiental Impacto Ambiental

Especulação Imobiliária Valorização da área próxima Desenvolvimento econômico

Impacto Tempo de Tempo de


Incidência Natureza Magnitude Reversibilidade Abrangência
Ambiental permanência ocorrência
Desenvol-
vimento Direta Positiva Média Permanente Imediato Irreversível Local
econômico
Medidas de controle:
Fiscalização do processo de ocupação, evitando problemas urbanos futuros

2.2 FASE DE IMPLANTAÇÃO

Atividade: Preparação do terreno

Aspecto Ambiental: Corte e aterro do solo no local

Atividade, produto ou serviço Aspecto Ambiental Impacto Ambiental

Preparação do Terreno Corte e aterro no local Alteração do solo

Impacto Tempo de Tempo de


Incidência Natureza Magnitude Reversibilidade Abrangência
Ambiental permanência ocorrência

Alteração
Direta Negativa Alta Permanente Imediato Irreversível Local
do solo

Medidas de controle:

Minimizar a movimentação de terra, além de outras medidas, como o reflorestamento duma porcentagem de área
afetada.

Atividade: Limpeza da área

Aspecto Ambiental: Supressão Vegetal


Atividade, produto ou serviço Aspecto Ambiental Impacto Ambiental
Eliminação de Fauna e Flora
Limpeza da área Supressão Vegetal
local

Impacto Tempo de Tempo de


Incidência Natureza Magnitude Reversibilidade Abrangência
Ambiental permanência ocorrência

Eliminação
de Fauna
Direta Negativa Média Permanente Imediata Irreversível Local
e Flora
local
Medidas de controle:

Suprimir apenas a vegetação estritamente necessária para implantação do


campus; não queimar o material vegetal gerado, por constituir perigo a fauna/flora

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Atividade: Implantação do sistema viário

Aspecto Ambiental: impermeabilização do solo


Atividade, produto ou serviço Aspecto Ambiental Impacto Ambiental
Implantação do sistema viário impermeabilização do solo Interferência no lençol freático
Impacto Tempo de Tempo de
Incidência Natureza Magnitude Reversibilidade Abrangência
Ambiental permanência ocorrência
Interferên-
cia no
Direta Negativa Média Permanente Imediato Irreversível local
lençol
freático

Medidas de controle:

Planejamento de áreas estratégicas para livre absorção, no caso as áreas verdes (provindas do reflorestamento)

Atividade: Construção do Campus

Aspecto Ambiental: Geração de resíduos


Atividade, produto ou serviço Aspecto Ambiental Impacto Ambiental
Construção do Campus Geração de resíduos Desperdício de material
Impacto Tempo de Tempo de
Incidência Natureza Magnitude Reversibilidade Abrangência
Ambiental permanência ocorrência
Desperdício
de material
Direta Negativa alta temporário Imediato Reversível Local

Medidas de controle:

Plano de Gestão de Resíduos Sólidos da Construção Civil

2.3 FASE DE OPERAÇÃO

Atividade: Sistema de Segurança

Aspecto Ambiental: Geração de Emprego e Renda


Atividade, produto ou serviço Aspecto Ambiental Impacto Ambiental
Sistema de Segurança Geração de Emprego e Renda Elevação da economia local
Impacto Tempo de Tempo de
Incidência Natureza Magnitude Reversibilidade Abrangência
Ambiental permanência ocorrência

Circulação
econô- Indireta Positiva Baixa Permanente Imediato Irreversível Local
mica local

Medidas de controle:

Políticas de treinamento e evolução de currículo de pessoal

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Atividade: Hospitalar

Aspecto Ambiental: Geração de lixo hospitalar


Atividade, produto ou serviço Aspecto Ambiental Impacto Ambiental
Hospitalar Geração de Lixo Hospitalar Vetor de doenças
Impacto Tempo de Tempo de
Incidência Natureza Magnitude Reversibilidade Abrangência
Ambiental permanência ocorrência

Vetor de
Direta Negativa Média Permanente Imediato Irreversível Local
doenças

Medidas de controle:

Plano de Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde

Atividade: Movimentação de Veículos

Aspecto Ambiental: Circulação de Veículos


Atividade, produto ou serviço Aspecto Ambiental Impacto Ambiental
Maior Movimentação de Veículos Circulação de Veículos Poluição Sonora
Impacto Tempo de Tempo de
Incidência Natureza Magnitude Reversibilidade Abrangência
Ambiental permanência ocorrência
Poluição
Direta Negativa Média Permanente Imediato Irreversível Local
Sonora

Medidas de controle:

Residências com projeto adaptado, tendo em vista o isolamento acústico

Atividade: Operação do Transporte Público

Aspecto Ambiental: Mudança de itinerários, frequência e horários


Atividade, produto ou serviço Aspecto Ambiental Impacto Ambiental
Mudança de itinerários, frequência e Interferência na programação do
Operação do Transporte Público
horários Transporte Público
Impacto Tempo de Tempo de
Incidência Natureza Magnitude Reversibilidade Abrangência
Ambiental permanência ocorrência
Interfe-
rência na
progra-
Direta Positiva Alta Permanente Imediato Irreversível Regional
mação do
Transporte
Público
Medidas de controle:

Realizar programação das linhas de forma a bem atender os antigos beneficiados, e potencializar o bem-estar dos
alunos moradores da cidade

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3 ÓRGÃO AMBIENTAL COMPETENTE PARA O LICENCIAMENTO

É de competência do órgão ambiental do munícipio de Tucuruí o


licenciamento ambiental do empreendimento em questão, visto que este causa
impacto somente dentro da área jurisdicional do munícipio.

4 LICENÇAS E AUTORIZAÇÕES AMBIENTAIS A SEREM REQUERIDAS

Licença Prévia (LP): aprova sua localização e concepção; atestando a


viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a
serem atendidos nas próximas fases de sua implantação.
Licença de Instalação (LI): autoriza a instalação do empreendimento ou
atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e
projetos aprovados, incluindo as medidas de controles ambientais e demais
condicionantes, da qual constituem motivo determinante.
Licença de Operação (LO): autoriza a operação da atividade ou
empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das
licenças anteriores, com as medidas de controles ambientais e condicionantes
determinados para a operação.
Outorga de direito de uso de recursos hídricos: é um dos instrumentos da
Política Nacional e Estadual de Recursos Hídricos pelo qual o Poder Público
autoriza o usuário de recursos hídricos, sob condições preestabelecidas, a utilizar a
água ou realizar interferências hidráulicas nos corpos hídricos, necessárias ao seu
consumo e às suas atividades produtivas. Deverá ser requerida pelo empreendedor
ou interessado ao Órgão Gestor da Política Estadual de Recursos Hídricos e ser
apresentada ao Órgão Ambiental Licenciador durante o processo de obtenção da
Licença Prévia ou da Licença de Atividade Rural-PA (LAR-PA) na fase de
planejamento. Fez-se necessária devido ao empreendimento se utilizar da captação
de águas subterrâneas, requerido a outorga da modalidade.
Autorização de supressão de vegetação (ASV): via de regra, qualquer
atividade que envolva a intervenção em Áreas de Preservação Permanente (APP)
e/ou a supressão de vegetação nativa, independentemente do tipo de vegetação e
do estágio sucessional ou de desenvolvimento que se encontre, deverá ser
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autorizada pelo órgão ambiental competente. Logo, não se admite o corte ou a
supressão de vegetação sem que se obtenha a devida autorização. Em relação ao
órgão responsável pela emissão da Autorização de Supressão da Vegetação para
este projeto, nos termos da Lei Complementar n. 140/2011, tem-se que a supressão
de vegetação decorrente de licenciamentos ambientais é autorizada pelo ente
federativo licenciador (art. 13, § 2º). Portanto, o pedido de autorização de supressão
de vegetação deverá ser direcionado ao mesmo órgão que conduz o processo de
licenciamento do empreendimento ou atividade, que neste caso é o órgão ambiental
do município.

5 DOCUMENTAÇÃO ADMINISTRATIVA PARA O LICENCIAMENTO

5.1 LICENÇA PRÉVIA

1 – DAM (será gerado após analise previa da SEMMA/Tucuruí).


2 – Requerimento Padrão.
3 – DIA (Declaração de Informações Ambientais).
4 – CNPJ e Inscrição Estadual.
5 – CPF e RG dos Proprietários.
6 – CPF e RG dos procuradores (se houver).
6 – Contrato Social Com Devidas Alterações E/Ou Estatuto Social.
7 – Certidão Atualizada da JUCEPA.
7 – Documento do Terreno / Contrato de Locação.
8 – Publicação de Solicitação de Licença Ambiental (Imprensa Oficial do Estado-
IOEPA).
9 – Apresentar declaração da prefeitura, manifestando que o empreendimento está
de acordo com as leis de uso e ocupação do solo, obedecendo as diretrizes do
plano diretor municipal.

5.2 LICENÇA DE INSTALAÇÃO

1 – DAM (será gerado após analise previa da SEMMA/Tucuruí).


2 – Requerimento Padrão.
3 – DIA (Declaração de Informações Ambientais).
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4 – Publicação de Solicitação de Licença Ambiental (Imprensa Oficial do Estado-
IOEPA).
5 – Cópia da Licença Ambiental Prévia (LP).
6 – Alvará de Construção expedido pela Secretaria Municipal de Obras.
5.3 LICENÇA DE OPERAÇÃO

1 – DAM (será gerado após analise previa da SEMMA/Tucuruí)


2 – Requerimento Padrão
3 – DIA – Declaração de Informações Ambientais
4 – Publicação de Solicitação de Licença Ambiental (Imprensa Oficial do Estado-
IOEPA)
5 – Cópia da Licença Ambiental de Instalação (LI)
6 – Habite-se (Bombeiros)

5.4 OUTORGA DE DIREITO DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS

1 – Requerimento Padrão Outorga

5.5 AUTORIZAÇÃO DE SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO (ASV)

O interessado deverá protocolar a solicitação de ASV, no mesmo processo


administrativo do licenciamento da atividade principal, contendo toda instrução
processual necessária à viabilidade do pedido, incluindo o pagamento do
Documento de Arrecadação Estadual – DAE, correspondente ao porte da
autorização.

6 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA PARA O LICENCIAMENTO E ESTUDOS


AMBIENTAIS

6.1 LICENÇA PRÉVIA

1 – Cópia da Carteira do Conselho de Classe do Responsável Técnico


2 – ART – Anotação de Responsabilidade Técnica ou documento similar
3 – CTDAM – Cadastro Técnico de Atividade de Defesa do Meio Ambiente
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4 – Mapa Localização da área do empreendimento identificando os elementos no
entorno.
5 – Planta Baixa / Layout do Empreendimento (incluindo tratamento e disposição
final de esgoto).
6 – Projeto de Engenharia Ambiental (PEA), contendo:
- Croqui de acesso e localização do empreendimento.
- Mapa de localização da área do empreendimento em escala adequada, contendo
grade topográfica e a área de influência da cobertura vegetal.
- Memorial Descritivo contendo aspectos gerais do empreendimento (tipo de uso,
tamanho da área, número de lotes, área verde,
ruas e avenidas, área de preservação permanente, justificando a localização das
áreas no empreendimento.
- Informar qual a infraestrutura básica a ser implantada no empreendimento
(abastecimento de água, população prevista, tratamento e destinação de esgoto,
coleta e disposição final de resíduos sólidos, etc.)
- Solicitar Outorga de Água, caso o empreendimento irá captar água subterrânea
e/ou superficial.
- Descrição preliminar dos prováveis impactos ambientais e socioambientais que
poderão ocorrer durante a implantação do empreendimento, e discriminar as
principais medidas mitigadoras.

6.2 LICENÇA DE INSTALAÇÃO

1 – Cópia da Carteira do Conselho de Classe do Responsável Técnico;


2 – Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou documento similar.
3 – Cadastro Técnico de Atividade de Defesa do Meio Ambiente (CTDAM).
4 – Projeto executivo do sistema de drenagem de águas pluviais, com respectivo
ponto(s) de lançamento(s).
5 – Planta de localização indicando em um raio de 500 metros elementos que
tenham relação de impacto com o Empreendimento.
6 – Projeto executivo do sistema de abastecimento de água potável que será
adotado (público ou particular coletivo).
7 – Croqui de Acesso e Localização.

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8 – Planta Baixa / Layout do Empreendimento (incluindo tratamento e disposição
final de esgoto).
09– Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV).
10 – Outorga ou Protocolo do Direito de Uso da Água (caso use captação superficial
ou subterrânea).
11 – Outorga ou Protocolo de lançamento de efluente (caso use recurso hídrico).

6.3 LICENÇA DE OPERAÇÃO


1 – Cópia da Carteira do Conselho de Classe do Responsável Técnico.
2 – Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou documento similar.
3 – Cadastro Técnico de Atividade de Defesa do Meio Ambiente (CTDAM).
4 – Outorga ou Protocolo do Direito de Uso da Água (caso use captação superficial
ou subterrânea).
5 – Outorga ou Protocolo de lançamento de efluente (caso use recurso hídrico).

6.4 OUTORGA DE DIREITO DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS


1 - Descrição geral do empreendimento;
2 - Mapa de Localização e Vias de Acesso com coordenadas de localização do
poço;
3 - Características ambientais da área de estudo (clima, vegetação, solo,
geomorfologia, etc.);
4 - Geologia Regional e Local;
5 - Geofísica (se estiver prevista);
6 - Coletas/Análises Físico-Químicas-Bacteriológicas (Condutividade Elétrica,
Temperatura, Alcalinidade Total, pH, Cor, Turbidez, Sólidos Totais Dissolvidos, Ferro
Total, Nitratos, Cloreto, Dureza total, coliformes fecais e totais). Deverá constar na
análise parecer de laboratorista habilitado;
7 - Fluxograma de uso das águas no projeto, indicando o circuito do processo
industrial, desde a captação da água até o lançamento dos efluentes;
8 - Cálculo das demandas;
9 - Perfil Construtivo do poço (quando já construído);
10 - Vazão requerida de explotação em m3/dia e período de bombeamento em h/dia,
para atender a demanda do empreendimento;

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11 - Teste de Bombeamento: Descrição da metodologia utilizada para realização do
teste; profundidade da bomba, características do equipamento de bombeamento
(tipo de bomba, número de estágios, potência do motor e altura manométrica);
interpretação dos resultados do teste através de Gráficos Monolog, apresentar
Equações Características do Poço, Cálculo dos Rebaixamentos, Eficiência do Poço
e sua Capacidade de Produção compreendendo cálculo da Vazão Máxima
Permissível, Vazão Máxima Possível e recomendação da Vazão de Explotação
(vazão ótima); o teste deverá ser realizado por um técnico capacitado;
12 - Estudos Hidrogeológicos: caracterizar o aqüífero envolvido (profundidade,
espessura, litologias associadas, geotecnia), caracterização físico-química das
águas (Estas informações podem ser extrapoladas, em função da disponibilidade de
informações), caracterização hidráulica do aquífero (nível estático, nível dinâmico,
condutividade hidráulica, coeficientes de armazenamento e transmissividade,
velocidade do fluxo subterrâneo), cálculo da reserva reguladora e permanente;
13 - Regime de bombeamento: vazão de explotação, nível dinâmico, número de
horas diárias de bombeamento (contínuo ou intermitente);
14 - Indicar a existência ou não de hidrômetro;
15 - Formulário B: Captação subterrânea.

6.5 AUTORIZAÇÃO DE SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO (ASV)


(Caracterização da Vegetação)
1 - a descrição da atividade principal, cuja supressão de vegetação está vinculada;
2 - a definição da área de supressão, quantificando os hectares necessários para a
supressão, justificando a necessidade do pleito;
3 - os arquivos digitais no formato shapefile (.shp) ou relatório de coordenadas
(geográfica ou UTM) que descrevam a poligonal da área-alvo de supressão;
4 - a carta imagem em escala adequada, com delimitação de cada área objeto de
supressão, localização das unidades amostrais usadas no levantamento florístico
e/ou florestal, evidenciando drenagens, Áreas de Preservação Permanente – APP e
Área de Reserva Legal – ARL;
5 - a identificação dos impactos ambientais gerados pela supressão de vegetação e
suas magnitudes e medidas mitigadoras;
6 - a apresentação do Plano de Operacional de Supressão – POS, contendo a
metodologia executada na supressão;
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7 - a indicação da destinação final da matéria-prima florestal oriunda da supressão;
8 – o inventário florestal e florístico; e
9 – O Programa de Salvamento de Germoplasma Vegetal, quando couber.

6.6 ESTUDOS AMBIENTAIS


É o instrumento que tem por objetivo
apresentar o detalhamento dos planos e
Plano de Controle Ambiental (PEA)
programas ambientais a serem
executados no momento da
implantação do empreendimento
Objetiva analisar o impacto causado
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
aos arredores do empreendimento.
Visa estabelecer diretrizes para o
correto manejo e destinação
Programa de Gerenciamento de ambientalmente adequada de resíduos
Resíduos da Construção Civil (PGRCC) da construção civil, priorizando a
minimização de resíduos sólidos
gerados em canteiros de obra.
Tem o objetivo de minimizar a produção
de resíduos e proporcionar aos resíduos
Programa de Gerenciamento de gerados um encaminhamento seguro,
Resíduos de Serviços de Saúde de forma eficiente, visando à proteção
(PGRSS) dos trabalhadores, a preservação da
saúde pública, dos recursos naturais e
do meio ambiente.

7 RENOVAÇÃO DA LICENÇA
1 – Requerimento Padrão e DIA
2 – Documentos com Vencimento Anual (alvará de funcionamento, alvará da
vigilância sanitária, habite-se bombeiros).
3 – Relatório de Informações Ambientais Anual (RIAA), acompanhado de ART ou
documento similar.

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8 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO EMPREENDIMENTO
8.1 ÂMBITO FEDERAL

Lei máxima no país, que regula e


organiza o funcionamento do Estado,
Constituição Federal – CF/88
limita poderes e versa sobre direitos e
deveres do cidadão.
Dispõe sobre licenciamento ambiental;
competência da União, Estados e
Municípios; listagem de atividades
Resolução CONAMA nº 237/97 sujeitas ao licenciamento; Estudos
Ambientais, Estudo de Impacto
Ambiental e Relatório de Impacto
Ambiental.
Dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos
Lei n° 6.938/81
de formulação e aplicação, e dá outras
providências.
Dispõe sobre as restrições aos objetos
projetados no espaço aéreo que
possam afetar adversamente a
Portaria DECEA nº 957/GC3 de 2015
segurança ou a regularidade das
operações aéreas, e dá outras
providências.
Regulamenta as Boas Práticas de
Gerenciamento dos Resíduos de
ANVISA RDC nº 222/2018
Serviços de Saúde e dá outras
providências.
Dispõe a Política Nacional de Recursos
Hídricos (PNRH), é um dos
Lei n° 9.433/97 instrumentos que orienta a gestão das
águas no Brasil.

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Código Florestal, estabelece normas
gerais sobre a Proteção da Vegetação
Nativa, incluindo Áreas de Preservação
Permanente, de Reserva Legal e de
Uso Restrito; a exploração florestal, o
Lei n. 12.651/2012 suprimento de matéria-prima florestal, o
controle da origem dos produtos
florestais, o controle e prevenção dos
incêndios florestais, e a previsão de
instrumentos econômicos e financeiros
para o alcance de seus objetivos.
Dispõe a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), que procura organizar
a forma com que o país lida com o lixo e
Lei nº 12.305/2010 exigir dos setores públicos e privados
transparência no gerenciamento de
seus resíduos.

Para todos os efeitos, esta Lei,


denominada Estatuto da Cidade,
estabelece normas de ordem pública e
interesse social que regulam o uso da
propriedade urbana em prol do bem
Lei nº 10.257/2001 coletivo, da segurança e do bem-estar
dos cidadãos, bem como do equilíbrio
ambiental. Por sua natureza, enquadra
o Estudo de Impacto de vizinhança,
realizado no empreendimento neste
trabalho descrito.
8.2 ÂMBITO ESTADUAL
Dispõe sobre as atividades de impacto
Resolução COEMA Nº 120/15 ambiental local, de competência dos
Municípios, e dá outras providências.

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Dispõe sobre o prazo de validade das
Decreto Estadual nº 1.120/08 Licenças Ambientais, sua renovação, e
dá outras providências.
Altera o Decreto n° 1.120, de 8 de julho
de 2008, que dispõe sobre o prazo de
Decreto Estadual nº 1.881/09
validade das licenças ambientais, sua
renovação e dá outras providências.
Dispõe sobre a Política Estadual do
Lei nº 5.887
Meio Ambiente.
Dispõe sobre as atividades de impacto
Resolução Coema nº 116/14 ambiental local de competência dos
municípios, e dá outras providências

8.3 ÂMBITO MUNICIPAL


Altera, atualiza e consolida a Legislação
Lei n° 7.137/06
sobre a política Municipal do Meio
(Política Municipal de Meio Ambiente)
Ambiente e dá outras providências.
Aprova e Institui o Plano Diretor do
Lei n° 7.145/06
Município de Tucuruí, e dá outras
(Plano Diretor)
providências
Contém as medidas de polícia
administrativa a cargo do Município de
Lei n° 4.142/98
Tucuruí, estabelecendo as relações
(Código de Postura)
entre o Poder Público Municipal e a
população.
Regulamenta, Institui e Disciplina as
Taxas do Licenciamento e Controle
Lei n° 7.140/06 Ambiental e as Tarifas de Competência
(Lei de Taxas) da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente – SEMMA e dá outras
providências.

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9 NECESSIDADE DA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA
Conforme preconiza a Resolução CONAMA N° 009/87 abaixo:
Art. 1º - A Audiência Pública referida na RESOLUÇÃO/CONAMA/N.º
001/86, tem por finalidade expor aos interessados o conteúdo do produto
em análise e do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos
presentes as críticas e sugestões a respeito. (BENJAMIN, AHV; MILARÉ, E.
2012)
Em situações em que o empreendimento tenha baixo potencial poluidor, não
há necessidade do EIA (Estudo de Impacto Ambiental), e, portanto, para o
licenciamento ambiental, não haverá necessidade de audiência pública, que é o
caso do empreendimento em questão.

10 VALOR DA TAXA DAS LICENÇAS AMBIENTAIS REQUERIDAS


O anexo único da Resolução COEMA n° 120/15 versa sobre a Tipologia de
Impacto Ambiental Local, nela podemos fazer a classificação do empreendimento
segundo o porte e potencial degradador segundo a atividade exercida. O porte foi
definido segundo a área em m² do empreendimento, que foi acima de 10.000 m²
para a cidade universitária, caracterizado como grande. Já no caso do hospital
universitário é médio pois fica na faixa de 10 a 50 leitos. Com essa informação
podemos consultar a Lei Municipal n° 7.140/06 (Lei de Taxas) e calcular o valor da
taxa das licenças ambientais, que estão descritas na tabela abaixo:
Cidade Universitária
Porte Grande
Potencial Poluidor/Degradador III
Licença Prévia R$ 1045,00
Licença de Instalação R$ 1140,00
Licença de Operação R$ 1235,00

Hospital Universitário
Porte Médio
Potencial Poluidor/Degradador II
Licença Prévia R$ 855,00
Licença de Instalação R$ 950,00
Licença de Operação R$ 1.045,00

19
11 PREVISÃO DO CUSTO DA ART DO PROFISSIONAL PARA
ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS TÉCNICOS E ACOMPANHAMENTO DO
PROCEDIMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL.

No que diz respeito a previsão de custo da ART, consultando um engenheiro


atuante na região de Tucuruí, foi possível estimar quanto gastaríamos para realizar o
projeto. Vale a pena ressaltar que isso será o custo mensal para assinatura e
acompanhamento da obra em questão, e que os dados foram obtidos por meio
salários mínimos (consulta ao Instituto de Avalições e Perícias de Engenharia do
Pará), segue a tabela com os custos avaliados:

Tipo Valor Valor em reais


Licença de R$ 300,00 R$ 300,00
supressão vegetal
Outorga de água 0,5 Salários R$ 499,00
subterrânea Mínimos
Estudos de 1,5 Salários R$ 1497,00
impacto de Mínimos
vizinhança
Programa de 1 Salário Mínimo R$ 998,00
gerenciamento de
resíduos
hospitalares

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