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Professor: Disciplina: Ciências

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Excreção e Sistema Excretor


Entende-se por excreção o processo pelo qual os produtos residuais do metabolismo e outros materiais sem utilidade
são eliminados do organismo. Este processo é realizado pelos rins, pele e pulmões, sendo é um processo essencial em todas as
formas de vida. Não confundir excreção com secreção, quando a substância eliminada pela célula pode ter um fim específico.
No ser humano consideram-se como sistemas excretores o sistema urinário (onde é produzida a urina), a pele (que
produz suor através das glândulas sudoríparas) e o sistema respiratório ao eliminar dióxido de carbono, que é um dos principais
resíduos da respiração celular.

Sistema Urinário
A eliminação da urina é feita através do sistema urinário.
Os órgãos que compõe o sistema urinário são os rins e as vias
urinárias. As vias urinárias compreendem o ureter, a bexiga e
a uretra. O aparelho urinário tem a tarefa de separar do sangue às
substâncias nocivas e de eliminá-las sob a forma de urina. A
urina é composta de aproximadamente 95% de água. Os principais
excretas da urina humana são: a uréia, o cloreto de sódio e o ácido
úrico.
- Rins: Os rins são os principais órgãos do sistema urinário,
pois filtram o sangue. Situados na cavidade abdominal, na região
lombar, um de cada lado da coluna vertebral e rodeados por um
tecido gorduroso, os rins são órgãos em forma de feijão, de cor
vermelha escura. Têm o tamanho de um ovo de galinha, medindo
cerca de 11 cm de comprimento e 6 cm de largura. Pesam entre 115
e 155 gramas nas mulheres e entre 125 e 170 gramas nos homens. O
lado côncavo está voltado para a coluna vertebral e é por esse lado
que entram e saem os vasos sanguíneos, do qual a artéria renal e a
veia renal são os mais importantes.

- Ureteres: Conduzem a urina até a bexiga urinária.


- Bexiga Urinária: é o reservatório da urina.
- Uretra: canal mediante o qual a urina é conduzida para fora do corpo.

Os rins extraem os produtos residuais do


sangue através de milhões de pequenos filtros,
denominadas néfrons, que são a unidade
funcional dos rins. Cada néfron apresenta duas
partes principais: a cápsula glomerular (ou
cápsula de Bowman) e os túbulos renais. Nas
figuras os túbulos renais são identificados como
túbulo contorcido proximal, alça néfrica (alça de
Henle) e túbulo contorcido distal. No interior da
cápsula glomerular penetra uma arteríola
(ramificação da artéria renal) que se ramifica,
formando um emaranhado de capilares chamado
glomérulo renal. A cápsula glomerular continua
no túbulo contorcido proximal, que se prolonga
em uma alça em forma de U chamada alça
néfrica. Dessa alça segue um outro túbulo
contorcido, o distal. O conjunto desses túbulos
forma os túbulos renais.
A urina se forma nos néfrons basicamente em duas etapas: a filtração glomerular e a reabsorção renal. É na cápsula
glomerular que ocorre a filtração glomerular, que consiste no extravasamento de parte do plasma sanguíneo do glomérulo renal
para a cápsula glomerular. O líquido extravasado é chamado filtrado. Esse filtrado contém substâncias úteis ao organismo,
como água, glicose, vitaminas, aminoácidos e sais minerais diversos. Mas contém também substâncias tóxicas ou inúteis ao
organismo, como a uréia e o ácido úrico. Da cápsula glomerular, o filtrado passa para os túbulos renais. O processo em que há
o retorno ao sangue das substâncias úteis ao organismo presentes no filtrado é chamado reabsorção renal e ocorre nos túbulos
renais. Essas substâncias úteis que retornam ao sangue são retiradas do filtro pelas células dos túbulos renais. Daí passa para os
vasos capilares sanguíneos que envolvem esses túbulos.
Dos néfrons, os resíduos recolhidos são enviados através dos ureteres para a bexiga. Os ureteres são dois tubos
musculosos e elásticos, que saem um de cada um dos rins e vão dar à bexiga. A bexiga é um saco musculado, muito elástico,
com um comprimento aproximado de 30 cm, onde a urina (resíduos filtrados) é acumulada. Este reservatório está ligado a um
canal - a uretra - que se abre no exterior
pelo meato urinário, e a sua base está
rodeada pelo esfíncter uretral, que pode
permanecer fechado e resistir à vontade
de urinar. Válvulas existentes entre os
ureteres e a bexiga impedem o retrocesso
da urina.

Suor
O suor é um líquido produzido
pelas glândulas sudoríparas, que se
encontram na pele. Existem cerca de dois
milhões de glândulas sudoríparas
espalhadas por nosso corpo; grande parte
delas localiza-se na fronte, nas axilas, na
palma das mãos e na planta dos pés.
O suor contém
principalmente água, além de outras
substâncias, como uréia, ácido
úrico e cloreto de sódio (o sal de
cozinha). As substâncias contidas no suor
são retiradas do sangue pelas glândulas sudoríparas. Através de canal excretor - o duto sudoríparo - elas chegam até a
superfície da pele, saindo pelos poros. Eliminando o suor, a atividade das glândulas sudoríparas contribui para a manutenção
da temperatura do corpo

O homem é um animal homeotérmico, isto é, mantém a


temperatura do corpo praticamente constante, ao redor de 36,5°C.
Quando praticamos algum exercício físico (futebol, corrida,
levantamento de objetos pesados, etc.), a grande atividade
muscular produz muito calor e a temperatura do corpo tende a
aumentar, então eliminamos suor; a água contida no suor se
evapora na pele, provocando uma redução na temperatura do ar
que a circunda. Isso favorece as perdas de calor do corpo para o
ambiente, fato que contribui para a manutenção da temperatura do
nosso corpo.

Algumas Doenças do Sistema Urinário


Proteínuria-Albuminúria: Presença de proteínas no sangue. O caso
mais frequente é o da albumina. Este fenômeno indica que há uma
permeabilidade excessiva nos glomérulos. Quando os valores de
concentração de proteína na urina são acima do normal, mas abaixo de determinadas concentrações considera-se a doença
como microproteinúria.
Hematúria: Não é propriamente uma doença, mas sim uma manifestação que poderá ter várias origens. Caracteriza-se pela cor
avermelhada da urina, sendo na maior parte dos casos devida à presença de sangue.
Cistites: Infecções na bexiga que provocam dificuldade na micção e ao mesmo tempo uma maior necessidade de urinar. Em
casos muito graves esta doença pode originar úlceras na bexiga.
Litíase ou cálculo urinário: Problema renal que provoca a acumulação de resíduos formando pequenas “pedras”. Estas pedras
podem tomar proporções tais que têm que ser removidas cirurgicamente. Normalmente estas pedras são expelidas podendo
provocar cólicas muito dolorosas ao passarem pelos ureteres.
Infecções do trato urinário: Este tipo de infecções é provocado por bactérias que muitas vezes habitam no intestino onde não
provocam qualquer problema. Contudo quando estas são transportadas para bexiga ou mesmo os rins, podem causar problemas
graves. Dado o sexo feminino possuir uma uretra de menor comprimento, está mais vulnerável a este tipo de infecções. Além
das bactérias intestinais podem surgir outros tipos de infecções provocadas por vírus ou outros agentes que debilitem o sistema
imunitário de tal forma que os produtos tóxicos resultantes sejam nocivos aos rins.
Enurese: Problema que afeta as crianças por volta dos cinco anos. Caracteriza-se por perda de urina quer diurna como noturna.
É considerada um sintoma e não uma doença. Este problema pode estar associado a um subdesenvolvimento do diafragma
pélvico à perda incontrolada de urina.
Insuficiência Renal Aguda: É causada por uma agressão repentina ao rim, por falta de sangue ou pressão para formar urina ou
obstrução aguda da via urinária. Pode estar associado a problemas circulatórios ou problemas no controle da pressão
glomerular. A principal característica é a total ou parcial ausência de urina.
Insuficiência Renal Crônica: Estado em que o rim perdeu todas as suas capacidades funcionais. Pode ter inúmeras causas,
desde infecções a acidentes vasculares. Nesta situação podem ocorrer problemas como anemia, hipertensão arterial,
acumulação de uréia. Normalmente os doentes nesta situação necessitam recorrer à hemodiálise para sobreviver.

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