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Banda, conjunto ou grupo musical.

É uma reunião de músicos formada com o intuito de


tocar arranjos musicais.

No Brasil, inicialmente a expressão 'banda de música' ou


simplesmente 'banda' foi utilizada para definir a formação musical
composta por madeiras, metais e percussão. Essa é a tradicional banda de
música a que se refere a famosa canção A Banda, do compositor Chico
Buarque de Holanda.

Uma banda de música infanto-juvenil em ensaio.

Com o surgimento do rock and roll, os grupos que tocavam esse


estilo musical passaram a ser denominados 'bandas de rock' ou
simplesmente 'bandas'. A partir daí,"banda musical" ou "banda" passou
designar diferentes tipos de grupos e formações musicais.
Bandas de rock tipicamente possuem um ou
dois guitarristas, baixista, baterista e, dependendo do estilo, tecladista.
Geralmente possuem também um vocalista, que pode ser um dos
instrumentistas ou um músico dedicado exclusivamente a cantar.
Grupos de jazz variam bastante em sua formação, mas configurações
tradicionais, em geral, incluem uma seção rítmica (popularmente
chamada de "cozinha") composta por um baterista, baixista e pianista, e
uma seção de metais, com saxofonistas e/ou trompetistas. Grupos
de jazz moderno costumam adicionar guitarristas e tecladistas.

Todos sabemos que no Brasil isto não é fácil. Quem possui um


emprego fixo sabe também que não é fácil trabalhar para outras pessoas
que não compartilham dos mesmos objetivos, e os obrigam a uma relação
de trabalho hierárquica. Vou colocar aqui algumas coisas que penso ser
importante.

Primeiramente, é importante encontrar pessoas que pensem


parecido, ou seja, que tenham as mesmas vontades, os mesmos desejos
em relação ao trabalho, e que estejam afim de tocar (exclusivamente).
Neste ponto, existem pelo menos duas alternativas em relação aos
objetivos: manter um grupo fixo com ensaios regulares ou juntar pessoas
para tocar para um único concerto. A primeira escolha poupa muito
trabalho quando pensamos a longo prazo, e embora a segunda escolha
pareça dar menos trabalho com menos compromisso, é muito mais difícil
de se conseguir trabalho para o grupo, pois a produção tem sempre que
começar do zero a cada novo trabalho, e muitas vezes não agrega
credibilidade ao trabalho.

No Brasil, geralmente os grupos se formam pelo segundo método.


Só se reúnem para tocar quando tem algum dinheiro em vista, o famoso
“cachê”, por exemplo, sem o interesse de ter um trabalho regular, um
momento para trocar ideias e construir juntos o trabalho que vai ser
apresentado por todo o grupo.

A vantagem dessa escolha, ainda me refiro ao mundo do cachê, é


pouca dedicação envolvida, e muitos músicos usam como argumento que,
por já terem muita técnica, basta um ou dois ensaios para que o repertório
esteja “pronto”.

A desvantagem é a energia gasta na produção do grupo, que a cada


concerto começa tudo do zero. Precisa encontrar os músicos, definir
dia(s) e horário(s) para o(s) ensaio(s) compatíveis com a agenda de todos
envolvidos, fazer fotos do grupo (afinal, nada pior que um grupo que
divulga uma foto com músicos diferentes daqueles que se apresentam),
gravar o ensaio para poder mostrar trabalho para o patrocinador, escrever
sobre o projeto, e muito mais que só quem faz este tipo de trabalho sabe
como é.
“Estar afim de tocar” é extremamente importante porque nos
primeiros anos vocês terão muito trabalho, investimento, e pouco retorno.
Normalmente começamos a estudar música porque gostamos, mas ao
profissionalizarmos muita gente se esquece que no início gostávamos de
tocar. Nenhuma empresa nasce sem investimento, por que seria diferente
com um grupo musical? Quando gostamos, tudo isso é feito por prazer, e
os frutos serão colhidos em seguida.

Bem, por isso, é importante que esteja claro para todos que terão
que investir muito, para que no futuro tenham retorno disso. Tendo as
pessoas para tocar, é importante escolher um dia da semana, (ou dois, ou
mais), para deixar marcado um ensaio regular. São nas reuniões e ensaios
que a identidade do grupo se consolida. Se os ensaios são apenas
esporádicos e curtos, o grupo levará muito mais tempo para ter sinergia,
para criar “a liga” que é percebida facilmente pelo público durante as
apresentações.

Definir um nome para o grupo também é importante. É bom que


todos do grupo acreditem neste nome, pois levará a identidade do grupo
ao público.

Essas coisas são as primeiras e as mais fáceis.

Segundo passo:

Investimento

Nessa fase o investimento ainda não é necessariamente financeiro.

1. investimento de tempo para ensaio e estudo de cada um dos membros


do grupo

2. investimento de tempo para pesquisa de repertório (internet, bibliotecas


de partituras, flautistas, arranjos e novas composições)
3. investimento para preparar um repertório em conjunto

4. investimento para que o grupo faça aulas com um professor (para


orientar um trabalho inicial do grupo, isso ajuda muito)

Depois que o repertório estiver ficando pronto será necessário


fazer um investimento de tocar gratuitamente, sem compromisso, para um
público, mesmo que pequeno. A prática de palco é muito diferente da
prática de ensaios, pois existem coisas que acontecem no palco que não é
possível ensaiar ou prever.

Gravar algumas peças em áudio e/ou vídeo para ouvir e avaliar o


resultado, faz com que o grupo cresça também. Quando estamos tocando,
temos uma percepção individual dos acontecimentos da performance em
grupo. Essa experiência de gravar e todos avaliarem o resultado em
conjunto, faz com que tenhamos uma percepção externa de um todo, o
que facilita na busca pela identidade sonora e musical coletiva.
Talento e dedicação: estes são dois quesitos essenciais na
formação deste profissional. Além de ser apaixonado por música,
o músico precisa ter bom ouvido, habilidade manual, ser perfeccionista,
gostar de pesquisar e trabalhar em equipe, e ter disposição para estudar e
praticar bastante.

Para seguir carreira, não é necessário ter diploma. Pode-se cursar


um conservatório, frequentar escolas de música ou ter um instrutor
particular. Mas para quem quer se aprofundar nos estudos, a universidade
é de grande importância para que o músico aprimore suas habilidades no
instrumento, aprenda sobre a história da música e também saiba ler e
compor partituras e peças musicais (Daher, 2007:112).

Existem músicos populares que não sabem ler partituras, mas esse
conhecimento é indispensável em atividades como as do “arranjador,
regente, solista e músico de orquestras sinfônicas, de jazz ou bandas
militares”. Além disso, o músico costuma atuar em “grupos de vários
estilos, corais, como diretor musical, preparador vocal, produtor musical,
compondo ou selecionando trilhas sonoras para filmes e programas de
TV e, ainda, compondo jingles publicitários”, aponta Daher.

Boa parte dos músicos faz do ensino sua maior atividade. Em


escolas regulares da rede pública, é preciso ter licenciatura para lecionar.
Noutras instituições, é só ter o diploma de bacharel ou o registro da OMB
(Ordem dos Músicos de Brasil). Já na universidade, é preciso ter pós-
graduação.

Para atuar como músico profissional, exige-se também o registro


da OMB, que é adquirida através de um exame de teórico-prático. Tendo
esse registro, tanto ele pode realizar qualquer trabalho na área musical
como também tem direito de fazer concurso público para tocar em
orquestras sinfônicas.

O dia-a-dia de um músico, segundo Isaac Karabtchevsky, diretor da


Orquestra Sinfônica da Petrobrás, é dedicado essencialmente ao estudo e
aprimoramento de técnicas com o instrumento. Segundo ele, numa
entrevista ao Guia Megazine de Profissões, o que mais dá satisfação é
quando “todos, músico e maestro irmanam-se num mesmo projeto”.

O que é ser músico? (texto Leandro Schaefer)


- É apaixonar-se por um instrumento ou canto, antes mesmo de aprender
música, e sentir que é aquilo que você quer na sua vida!

- É passar horas trancafiado num quarto ou sala estudando o seu


instrumento, repetindo, incomodando os vizinhos, os familiares, com a fé
de que um dia sua música será linda.

- É trocar o dia lindo lá fora, o passeio e o lazer, pelo estudo musical.

- É enfrentar barreiras sociais, preconceitos, e pelo esforço vencê-los e


realizar o seu sonho.

- É ficar feliz com a palavra de apoio diante das dificuldades profissionais


e saber fechar os ouvidos para os conselhos que lhe sugerem a
desistência.

- É ter uma inesgotável paciência e persistência!


- É ouvir: "Mas além da música, você trabalha em quem mesmo?", e
saber perdoar a ofensa.

- É saber que a vida profissional é difícil, que há espaço para os mais


qualificados, e mesmo assim estar disposto a conquistar o seu espaço!

- É praticar centenas, milhares de horas e ouvir o seu mestre dizer: "pode


ser melhor".

- É conviver e conhecer pessoas MARAVILHOSAS, dotadas de valores,


caráter, e moral ímpares!

- É aprender que você precisa ser forte diante do desprezo de algumas


pessoas que não valorizam o que você faz.

- É receber um salário digno pela sua arte e agradecer a Deus por poder
viver daquilo que mais ama!

- É receber um salário baixo, porque o "mercado clandestino" e a


picaretagem lhe obrigam a reduzir o valor do seu trabalho.

- É ser o centro das atenções e emocionar as pessoas!

- É sentir que algumas vezes você e o seu trabalho valem menos que um
arranjo de flores de altar de igreja ou cerimônias.

- É receber o aplauso caloroso das multidões!

- É tocar com todo o seu amor e ter que se esforçar para não perder a
concentração diante das conversas e ruídos por parte de pessoas mal-
educadas da platéia.

- É ter a convicção de que a MÚSICA é um poderoso meio de


transformação e cura das mazelas do mundo!

- É saber que esse poder não é reconhecido por boa parte de gestores e
governantes insensíveis que consideram a música apenas um passatempo
e um lazer como qualquer outro.

- É escrever centenas de rascunhos antes de aprontar uma obra.

- É ter que estabelecer um preço para algo que não tem preço.
- É compor aquilo que a sua alma não consegue expressar em palavras!

- É trabalhar enquanto as demais pessoas descansam.

- É compor uma sinfonia completamente surdo!

- É compor obras que persistem no tempo!

- É ser a ponte entre a criatura e o criador!

- É compor aquela trilha que faz A DIFERENÇA no filme, no teatro, no


comercial...

- É mexer com o elemento principal e indispensável para a dança.

- É ser um eterno aprendiz e aceitar que SEMPRE haverá alguém para lhe
acrescentar algo novo na sua bagagem musical!

- É aquele que encontra na Música a paz e a serenidade para a sua


inquietação!

- É aquele que estando com a Música, nunca está só!

- É aquele que alimenta e conforta a alma dos irmãos!

- É aquele que vê nas lágrimas e nos brilhos dos olhos dos ouvintes a sua
maior recompensa!

- Ser músico é alimentar diariamente a eterna e pura criança que somos!

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