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OBJETIVOS

Através do estudo deste módulo o leitor deverá tornar-se apto a:

1. Reconhecer e identificar os fatores nocivos aos trabalhadores, inerentes às operações


de corte e soldagem, e quais os danos e lesões possíveis como conseqüência à
exposição a tais fatores;

2. Adotar as medidas de segurança necessárias durante as operações de corte e


soldagem;

3. Conhecer os equipamentos de segurança;

4. Avaliar, segundo a necessidade, quais os equipamentos de segurança a serem


utilizados e sua correta forma de utilização;

5. Identificar as instruções de segurança que um trabalhador da área de soldagem deve


receber.
Curso de Inspetor de Soldagem – Proteção na Soldagem

SUMÁRIO

1 - FATORES DE RISCO EM OPERAÇÕES DE SOLDAGEM E CORTE 01


1.1 - Radiação 01
1.2 - Calor 01
1.3 - Ruído 01
1.4 - Fumos e gases 02
1.5 - Eletricidade 03

2 - AMBIENTE DE SOLDAGEM 04
2.1 - Lay-out 04
2.2 - Piso 04
2.3 - Pintura 04
2.4 - Iluminação 04
2.5 - Ventilação 04
2.6 - Exaustão 05
2.7 - Equipamentos de Soldagem 05

3 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 06


3.1 - Proteção Ocular e Facial 06
3.1.1 - Área Protegida pelos Equipamentos
3.1.2 - Materiais Utilizados na fabricação dos Equipamentos
3.1.3 - Visor para Lente Filtrante e Lente de Cobertura
3.1.4 - Ventilação
3.1.5 - Lentes de Cobertura
3.1.6 - Lentes Filtrantes
3.1.7 - Manutenção
3.2 - Vestuário de Proteção 09
3.2.1 - Luvas
3.2.2 - Macacões, Casacos, Aventais, Mangas e Perneiras
3.2.3 - Vestuário tratado Quimicamente
3.2.4 - Capuz ou Gorro para a Cabeça
3.2.5 - Botina
3.2.6 - Protetores Auriculares
3.3 - Equipamentos de Proteção Respiratória 10

4 - CUIDADOS PARTICULARES AOS PROCESSOS DE SOLDAGEM 11


4.1 - Soldagem a Arco Elétrico 11
4.2 - Soldagem a Arco Submerso 11
4.3 - Soldagem TIG 12
4.4 - Soldagem e Corte a Gás 12

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1 - FATORES DE RISCO EM OPERAÇÕES DE SOLDAGEM E CORTE


Em uma operação de soldagem estão presentes vários fatores que, agindo isoladamente ou em
conjunto, representam sério risco à saúde do trabalhador. Tais fatores, como: calor, ruído,
radiação, fumos, gases, fogo e eletricidade devem ser mantidos sob controle, exigindo medidas
de proteção tanto individuais quanto ambientais, no sentido de proteger, não só o trabalhador
envolvido diretamente na operação, como, também, outras pessoas, máquinas, equipamentos
e instalações. A inobservância a tais fatores pode conduzir à formação de um ambiente inseguro,
com graves conseqüências, caso um acidente venha a ocorrer, levando a prejuízos, mutilações
ou até mesmo a perda de preciosas vidas.

1.1 - RADIAÇÃO
Durante os processos de soldagem ao arco elétrico são gerados raios ultravioletas de alta
intensidade, raios infravermelhos e radiação dentro do espectro visível da luz. A pele exposta à
radiação ultravioleta, mesmo que por poucos minutos, sofre queimaduras semelhantes às
provocadas pelo sol, podendo provocar ulcerações e câncer de pele. Os raios infravermelhos,
agindo sobre a pele, provocam efeito de aquecimento. Se o tempo de exposição for prolongado,
provocará, também, queimaduras. Agindo sobre os olhos, os raios infravermelhos, ultravioletas
e a radiação visível ocasionarão sérios danos aos mesmos, tais como: conjuntivite, irritação das
pálpebras, cegueira temporária e catarata. No caso de exposição prolongada ou repetida, os
danos serão maiores, podendo ocorrer uma lesão permanente.

Torna-se, portanto, necessário a utilização pelo soldador de equipamentos de proteção como


luvas, aventais, mangas compridas, polainas, óculos com lentes especiais (soldagem
oxicombustível) ou máscara de solda com lentes especiais (soldagem elétrica). A escolha da
lente adequada é de suma importância e estas são identificadas por números. Quanto maior o
número tanto maior a proteção oferecida. O soldador deve escolher sempre o maior número
possível. Caso a lente seja demasiada escura a ponto de interferir na visualização de seu
trabalho, ele deve experimentar valores inferiores, até encontrar a que melhor se adapte sem,
contudo, jamais ultrapassar o limite mínimo estabelecido, indicado em tabelas.

Os óculos de proteção servem ainda para proteger os olhos de respingos e fragmentos de


escória, projetados durante a limpeza do cordão de solda.

Caso existam outras pessoas presentes na área de soldagem, estas devem estar igualmente
protegidas pelo uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPI ou por meio de anteparos
que impeçam a propagação da radiação. Caso não seja possível, estas devem se afastar do
local até que a operação de soldagem esteja terminada.

1.2 - CALOR
É um elemento sempre presente nas operações de soldagem ou corte. Seu controle é fácil,
dependendo apenas de uma boa ventilação do ambiente, que será igualmente útil em relação a
outros fatores nocivos. O grande cuidado que se deve ter é em relação à projeção de centelhas
e metal fundido, que chegam a atingir distâncias consideráveis. Em contato com a pele do
soldador, provocará imediatamente uma queimadura. Portanto, as roupas devem ser
resistentes, as mangas compridas e as calças não devem conter dobras para fora, para que o
metal quente não fique preso a elas. As luvas devem ser de raspa de couro com proteção para
os punhos. Deve ser dada atenção à presença de materiais combustíveis ou líquidos
inflamáveis, que devem ser afastados ou isolados do local.

1.3 - RUÍDO
Presente em operações de goivagem, preparação ou reparo de juntas com o uso de esmeril,
deve ser controlado com o uso de protetores auriculares, pois a exposição contínua leva à
diminuição da capacidade auditiva, podendo levar à surdez definitiva. Os protetores auriculares
em forma de concha (tipo head-phone) têm a vantagem de proteger o pavilhão auricular contra

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a projeção de faíscas ou partículas metálicas. Os protetores tipo plug devem estar limpos antes
de serem inseridos no canal auditivo, evitando-se, desta forma, infecções. Seu manuseio deve
ser feito com as mãos limpas.

Muitas vezes o ruído é presença constante no ambiente de trabalho devido a outras operações.
É sempre mais vantajoso procurar eliminar o problema na origem (por exemplo, isolando o
agente causador em cabines), adotando-se uma atitude preventiva e evitando-se problemas
decorrentes da utilização inadequada ou mesmo da não utilização de equipamentos individuais
de proteção. A perda da audição é gradual, podendo não ser percebida no início, porém, sendo
um processo cumulativo, torna-se um dano irrecuperável.

1.4 - FUMOS E GASES


Os gases empregados nas operações de soldagem bem como os fumos emanados das peças
ou consumíveis podem provocar riscos à saúde do soldador e de outros profissionais que
trabalham na área, devido à presença de elementos químicos tais como carbono, cobre, cobalto,
alumínio, níquel, fluoretos, zinco, manganês entre outros. Além disso, a fumaça desprendida
durante a soldagem pode conter partículas sólidas também prejudiciais à saúde. Os efeitos da
exposição aos fumos, ainda que temporários são: tonteiras, náuseas, irritação dos olhos e pele.
Uma exposição constante, entretanto, pode conduzir a doenças crônicas tais como a siderose
(acúmulo de ferro nos pulmões). A tabela 15.1 mostra os valores toleráveis e os efeitos de
partículas, fumos e óxidos metálicos, recomendados pela American Welding Society.

Tabela 15.1 – Efeitos de partículas, fumos e óxidos metálicos, conforme a Ocupacional Safety
and Health Administration.
Elemento Valores Limites Toleráveis Efeitos
(mg/m3 /8 horas)
Alumínio Cádmio ND A,F
Cromo Cobre 0,1 H, F, I, M*
fluoretos (fluxos) 1,0 I, N, B
Ferro 0,1 A
Chumbo 2,5 O, L, I
Magnésio 10,0 C, B
Manganês 0,2 H, L
Níquel 15,0 A
Vanádio 5,0 H, K
Zinco 1,0 N, A
Monóxido de carbono 0,1 A
Óxidos nitrosos 5,0 B 5,5 H
Ozônio - A, C, F, O
0,2 A, E, F

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*2500 mg/m3 é FATAL ND


- não determinado
A. Inflamação do sistema respiratório e pulmão: dores de cabeça, letargia, irritação dos olhos, fluido no
pulmão;
B. Febre devido ao fumo: sabor de metal, calafrios, sede, febre, dor muscular, fadiga, dor de cabeça,
náuseas, após 3 dias desaparecimento dos sintomas.
C. Bronquite crônica
D. Distúrbios visuais
E. Crise de asma (quando em presença de elementos alérgicos)
F. Edema pulmonar
G. Enfisema
H. Intoxicação
I. Gastrite (inflamação do estômago e intestino)
J. Dispnéia (dificuldade de respiração, “falta de ar”)
K. Manganismo (efeitos neurológicos semelhantes ao “Mal de Parkinson”)
L. Anemia
M. Nefrite crônica (inflamação dos rins)
N. Possibilidade de câncer
O. Aumento da densidade dos ossos e ligamentos
nota: Dados obtidos de “Effects of Welding on Health”, American Welding Society, 1979
A maioria dos gases de proteção não apresentam toxidade, porém podem provocar asfixia por
ocupar o lugar do oxigênio na atmosfera, cujos sintomas são tonteira, inconsciência e morte. A
radiação ultravioleta, muito intensa nos processos TIG e MIG/MAG é capaz de decompor
desengraxantes utilizados na limpeza das peças, como o tricloroetileno e o percloroetileno, além
de ser grande auxiliar na formação de ozônio e óxidos nitrosos, responsáveis por irritação nos
olhos e inflamações no nariz e garganta.

Um cuidado especial deve ser tomado em relação ao Cádmio, presente em aços revestidos e
nas brasagens com ligas de prata. Mesmo uma rápida exposição a este metal tóxico pode ser
letal, com início dos sintomas em uma hora, sobrevindo a morte após cinco dias (veja tabela
15.1).

1.5 - ELETRICIDADE
A eletricidade, hoje presente na imensa maioria dos processos de soldagem e, ainda, nos
processos de corte por fusão (corte a plasma), torna nossa vida muito mais confortável. Mesmo
o corpo humano é movido por impulsos elétricos, que podem ser medidos em um
eletroencefalograma ou um eletrocardiograma. Se, entretanto, uma fonte externa de eletricidade
for “conectada” ao nosso corpo, esta certamente irá interferir em seu funcionamento. Essa
interferência poderá ser notada desde uma leve sensação de “formigamento” até a ocorrência
de queimaduras graves ou parada cárdio-respiratória, provocando a morte. A Tabela 15.2 mostra
os efeitos do choque elétrico no nosso organismo.

Tabela 15.2 - Efeitos do choque elétrico


Intensidade da corrente Efeito
até 5 mA Formigamento fraco
5 até 15 mA Formigamento forte
15 até 50 mA Espasmo muscular
50 até 80 mA Dificuldade de respiração, desmaios
80mA até 5A Fibrilação ventricular, parada cardíaca,
queimaduras de alto grau
acima de 5A Morte

Esses efeitos são conseqüência da quantidade de eletricidade que percorre o corpo humano, ou
seja, dependem da intensidade de corrente elétrica, cuja unidade é o Ampère (A), e esta é função
da tensão aplicada e da resistência elétrica oferecida.

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Obedecendo à Lei DE Ohm


V = RxI I = V/R
Da ou fórmula 1 podemos concluir que
Fórmula 1 Fórmula 2
quanto maior a tensão, maior a
corrente que fluirá pela resistência R.

E da fórmula 2 deduzimos que, para uma mesma tensão, a corrente aumentará se reduzirmos
a resistência.

Portanto, para se trabalhar com segurança, devemos possuir a MAIOR RESISTÊNCIA


POSSÍVEL e devemos trabalhar com a MENOR TENSÃO POSSÍVEL.

A maior resistência é conseguida com a utilização de materiais chamados isolantes, que estão
presentes desde a conexão do equipamento à rede até o porta eletrodo, pistola ou tocha.
Devemos, então, nos proteger do contato com a peça-obra, que estará energizada durante a
operação, e a maneira mais adequada é pela utilização de roupas isolantes, que deve estar em
boas condições e seca. Uma roupa úmida reduz acentuadamente as condições de segurança,
como indicado na tabela 15.3.

Tabela 15.3 - Variação da resistência


Elemento Resistência oferecida (Ohm)
seco molhado
Cabo de solda 0,1 0,1
Luvas de couro 10.000 50
Botas de segurança 10.000 50
Corpo humano 3.000 1.000

O choque da tensão primária do equipamento é muito mais perigoso, portanto, as tampas das
máquinas não devem nunca ser removidas. Qualquer reparo deverá ser feito por pessoal
especializado e a máquina deverá estar corretamente aterrada para, em caso de problema,
oferecer a necessária proteção.

2 - AMBIENTE DE SOLDAGEM
As operações de soldagem e corte, sempre que possível, devem ser realizadas em ambiente
apropriado, especialmente projetado para oferecer a máxima condição de segurança, além de
proporcionar conforto à pessoa que realiza a tarefa. Quando a operação for realizada “no campo”
deve-se procurar reproduzir as condições ideais, tanto quanto possível. Os aspectos abaixo
apresentados representam as condições mínimas para se ter um ambiente seguro e qualquer
melhoramento será sempre bem recebido.

2.1 - LAY-OUT
As passagens e rotas de fuga nos ambientes onde ocorrem as atividades de soldagem e corte,
devem ser mantidas obrigatoriamente livres e desimpedidas. Equipamentos, cabos, mangueiras
e demais anexos devem estar protegidos contra o calor intenso e salpicos. Para a proteção das
demais pessoas que trabalham próximas à área de soldagem, deve ser providenciada a
instalação de anteparos de madeira ou lona, em forma de cortina, biombo ou cabine. Qualquer
material combustível ou inflamável deve ser removido das oficinas de soldagem e corte, que
deve estar provida de um sistema de combate a incêndio. Em caso de impossibilidade de
remoção, estes devem estar protegidos das chamas, centelhas e respingos de metal fundido.

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2.2 - PISO
Deve proporcionar um bom isolamento térmico. Deve ser de concreto antiderrapante ou com
revestimento à prova de fogo.

2.3 - PINTURA
Devem ser utilizadas cores frias e de baixa refletividade, como o cinza azulado que neutraliza a
ação dos tons vermelhos resultantes das ações de soldagem e corte. Cores metálicas
obviamente não são recomendadas.

2.4 - ILUMINAÇÃO
O tipo de iluminação depende do tamanho e do lay-out da oficina e a prática tem demonstrado
a viabilidade de lâmpadas tubulares fluorescentes ou mistas. Quando houver boxes, estes
devem estar providos de iluminação individual. A luz do dia, mais recomendada, ou artificial,
devem incidir sobre a área de trabalho vinda do alto e por trás, reduzindo o ofuscamento e
produzir uma luminosidade uniforme. O índice mínimo de iluminação é de 250 lux.

2.5 - VENTILAÇÃO
A ventilação natural é aceitável para operações em áreas não confinadas. Em oficinas de
soldagem, para que ela ocorra de maneira efetiva, alguns pré-requisitos são necessários:

• A ventilação transversal deve ser livre, sem bloqueios por paredes, divisórias ou outras
barreiras;
• A altura do teto deve ser superior a 6 metros, necessária à criação de uma corrente de ar
por convecção;

• A área de soldagem deve conter no mínimo 285 m3 de ar, para cada soldador.

Se a ventilação natural for insuficiente, deverá ser adotado um sistema mecânico capaz de
renovar, no mínimo, 57 m3 de ar, por minuto. Sua instalação deve ser planejada de modo a
impedir a concentração de fumos em “zonas mortas” e o fluxo dos gases e fumos à face do
soldador, conforme tabela 15.4.

Tabela 15.4 – Ventilação mínima requerida em função do diâmetro do eletrodo.


Diâmetro do Eletrodo
Ventilação Mínima Requerida
Polegadas Milímetros (m3 /min, por soldador)
3/16 ou menor 4,8 ou menor 57
¼ 6,4 100
3/8 9,5 128

A concentração de substâncias tóxicas, gases e poeiras na atmosfera, depende do processo


local e tipo de material envolvido na operação de soldagem ou corte. Amostras de ar devem ser
coletadas para refletir a qualidade do ar disponível para o pessoal envolvido. Quando um
capacete ou máscara é usado, a amostra deve ser coletada sob o capacete. A ventilação, porém,
deve existir mesmo que os gases e fumos desprendidos pela soldagem ou corte, não sejam
tóxicos, pois podem irritar as vias respiratórias.

2.6 - EXAUSTÃO
Um sistema de ventilação pode controlar de forma global os níveis de poluição na área, não
significando, com isso, que esteja sendo eficiente no local onde esta poluição é gerada. Daí a
necessidade da exaustão local, empregada próxima à fonte geradora para retirada dos
elementos contaminantes antes mesmo que estes atinjam a zona de respiração do soldador. A
tabela 15.5 mostra os valores para uma exaustão adequada.

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Tabela 15.5 - Valores para uma exaustão adequada.


Zona de soldagem fluxo de soldagem Diâmetro do duto
do arco ou tocha (mm) m3 /min pol mm
100 até 150 4,25 7,8 3 75
150 até 200 12,1 3 ½ 90
200 até 250 16,6 4 ½ 115
250 até 300 5 ½ 140

A exaustão é um dos sistemas mais empregados, pois alia vantagens econômicas à eficiência
no controle dos fumos, descarregando-os para fora da oficina ou, no caso de pequena produção
de gases, aspirando-os através de filtros e devolvendo o ar filtrado para o interior da oficina.

2.7 - EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM


Os porta-eletrodos e cabos elétricos devem estar com seu isolamento em boas condições, sem
falhas e sem regiões desprotegidas, e dimensionados corretamente para as condições de
trabalho e segurança pessoal.

Na soldagem oxi-acetilênica e em todos os tipos de cortes a gás, todo o sistema deve estar
projetado para atender às condições operacionais de segurança pessoal conforme os requisitos
da norma regulamentadora NR-18.

As barras de cobre para proteção lateral na soldagem eletrogás devem ter espessura suficiente
e refrigeração adequada para evitar sua fusão durante a soldagem.

3 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Os equipamentos de proteção individual (EPI) são projetados com a finalidade de evitar ou
amenizar lesões ou ainda doenças que possam ocorrer nas operações de corte e soldagem ou
outras inerentes ao ambiente em que a tarefa for desenvolvida.

NOTA: Para este módulo será usado o termo "soldador" para designar tanto os soldadores
quanto os operadores de soldagem e os operadores de corte.

3.1 - PROTEÇÃO OCULAR E FACIAL.


Máscaras de soldador devem ser usadas pelos soldadores durante as operações de corte e
soldagem a arco elétrico, exceto para a soldagem a arco submerso. Exemplos de máscaras de
soldador podem ser vistas nas figuras 15.1, 15.2 e 15.3. Os óculos são também indispensáveis
ao equipamento do soldador, como também para todos aqueles que devem trabalhar próximos
aos locais em que se esteja realizando os serviços, como aprendizes, mestres, inspetores, a fim
de proporcionar segurança contra os danos causados pelas radiações e por objetos projetados
por operações de corte ou soldagem adjacentes. Nas operações de corte e soldagem a gás,
deve-se também usar óculos com lentes e filtros adequados para proteção.

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Curso de Inspetor de Soldagem – Proteção na Soldagem

Figura 15.1 - Máscara de Soldador com Empunhadura Manual ou Elmo Portátil.

Figura 15.2 - Máscara de Soldador com Fixação por Carneira e Visor Fixo.

Figura 15.3 - Máscara de Soldador com Fixação por Carneira e Visor Articulado.

3.1.1 - Área Protegida Pelos Equipamentos


As máscaras de soldador protegem a face, testa, pescoço e olhos contra as radiações de energia
emitidas diretamente pelo arco e contra salpicos provenientes da soldagem.

3.1.2 - Materiais Utilizados na Fabricação dos Equipamentos


As máscaras de soldador são fabricadas com materiais resistentes, leves, isolantes térmicos e
elétricos, não-combustíveis ou auto-extinguíveis e opacos. Tanto os capacetes e máscaras,
como também os óculos, devem ter a possibilidade de ser desinfectados.

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3.1.3 - Visor Para a Lente Filtrante e Lente de Cobertura


Na altura dos olhos do soldador, as máscaras de soldador têm uma abertura ou visor do qual o
soldador observa o arco. Estes visores são adequados para a fixação dos filtros e lentes de
cobertura e são projetados de modo a ser fácil a remoção e substituição destes elementos. A
grande vantagem da máscara de Soldador com fixação por carneira e visor articulado sobre a
máscara de Soldador com empunhadura manual, é a de deixar o soldador com as mãos livres,
pois não requer suporte manual.

3.1.4 - Ventilação
Os óculos devem ter condição de assegurar uma ventilação perfeita, a fim de se evitar o
embaçamento das lentes, mas de modo a não permitir a passagem lateral de raios de luz ou
projeções contra os olhos.

3.1.5 - Lentes de Cobertura


São utilizadas para proteger os filtros nos capacetes, máscaras e óculos, contra salpicos de
soldagem e arranhões. As lâminas protetoras devem ser transparentes, de vidro ou plástico
autoextingüível, e não precisam ser resistentes ao impacto.

3.1.6 - Lentes Filtrantes


As lentes filtrantes ou vidros protetores têm a função de absorver os raios infravermelhos e
ultravioletas, protegendo os olhos de lesões que poderiam ser ocasionadas por estes raios. A
redução da ação nociva das radiações também diminui a intensidade da luz, o que faz com que
o soldador não canse demasiadamente os seus olhos durante o trabalho.

Figura 15.4 - Ação da Lente Filtrante

(a) Identificação
As lentes filtrantes são marcadas pelo fabricante, a fim de que possam, por meio de leitura, ser
facilmente identificadas. Em adição, quando elas são tratadas para ter resistência ao impacto,
são marcadas com a letra "H", para designar tal resistência.

(b) Guia para seleção das lentes filtrantes


A Tabela 15.6 a seguir, sugere os tipos de lentes filtrantes a serem utilizados em função dos
vários processos de soldagem e de corte.

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Observar que o nº da lente filtrante - a numeração é padronizada - é tanto maior quanto maior
for a proteção conferida pelo mesmo.

O uso de proteção em excesso, ou seja, o uso da lente filtrante com número acima do
necessário, embora confira excelente proteção aos olhos, dificulta a execução da soldagem ou
corte, pois a visualização do local a soldar fica dificultada.

Tabela 15.6 - Seleção de Lentes Filtrantes de Proteção

PROCESSO/OPERAÇÃO DE SOLDAGEM SUGESTÃO PARA O



DE LENTE FILTRANTE

Eletrodo revestido - diâmetro até 4mm 10


Eletrodo revestido - diâmetro de 4,8 até 6,4mm 12
Eletrodo revestido - diâmetro acima de 6,4mm 14
TIG 12
MIG/MAG 12
Soldagem a gás - espessuras até 3,2mm 4 ou 5
Soldagem a gás - espessuras de 3,2mm até 12,7mm 5 ou 6
Soldagem a gás - espessuras acima de 12,7mm 6 ou 8
Corte (leve) - espessuras até 25mm 3 ou 4
Corte (médio) - espessuras de 25 até 150mm 4 ou 5
Corte (pesado) - espessuras acima de 150mm 5 ou 6

3.1.7 - Manutenção
As máscaras de solda, óculos de proteção, assim como todos os EPI necessários para um
trabalho seguro são de uso pessoal e intransferível para outras pessoas, a menos que sejam
submetidos a rigorosos critérios de limpeza, manutenção e desinfecção.

3.2 - VESTUÁRIO DE PROTEÇÃO


O vestuário protetor mais apropriado para cada tipo de corte e soldagem é variável com a
natureza, tamanho e localização do trabalho a ser desenvolvido. Estes vestuários devem ser
utilizados a fim de proteger as áreas expostas do soldador de radiações de energia emitidas pelo
arco, como também de salpicos e faíscas provenientes da soldagem.

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Figura 15.5 - Soldador com o Vestuário Completo e com Máscara do Soldador

3.2.1 - Luvas
Todos os soldadores devem usar luvas em bom estado nas duas mãos. As luvas protegem as
mãos contra queimaduras, principalmente aquelas resultantes de radiações emitidas pelo arco,
e também evitam choques elétricos, em contatos eventuais com uma peça nua sob tensão (por
exemplo: no momento de troca de eletrodos).

Para trabalhos leves, podem ser usadas luvas de raspa de couro, luvas de vaqueta ou luvas de
couro de porco. Para trabalhos pesados, devem ser usadas luvas de couro ou outro material
apropriado, resistentes ao fogo.

3.2.2 - Macacões, Casacos, Aventais, Mangas e Perneiras


Devem ser usados quando houver necessidade, em função do tipo de trabalho e do processo
de soldagem ou corte utilizado. Podem ser feitos de couro ou de outro material resistente ao
fogo, e proporcionam proteção adicional às áreas expostas do corpo do soldador contra
radiações e faíscas provenientes da soldagem ou corte. É sempre preferível que as partes do
vestuário de proteção sejam feitas de tecidos à base de amianto, pois este não se incendeia
facilmente e protege o soldador do calor emanado durante a soldagem ou corte. A superfície
exterior das roupas deve estar totalmente isenta de óleo e graxa.

Devido aos salpicos e faíscas provenientes da soldagem e corte, que podem ser arremessados
causando lesões aos soldadores, é recomendável que os punhos, golas e todas as aberturas do
vestuário sejam bem abotoadas e todos os bolsos eliminados. As roupas devem ser escuras
para reduzir a reflexão das radiações para o rosto sob a máscara;

As calças e os macacões não deverão ter bainhas;


Cuecas, meias e outras roupas feitas a partir de nylon ou poliéster, apesar de não queimarem
tão facilmente quanto às de algodão, queimam-se e derretem formando uma massa plástica
quente que adere à pele e causa sérias queimaduras.

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Curso de Inspetor de Soldagem – Proteção na Soldagem

3.2.3 - Vestuário Tratado Quimicamente


São também utilizadas vestimentas de materiais tratados com retardadores de fogo. Esta
característica não é permanente e, após cada lavagem ou limpeza, as vestimentas devem sofrer
um novo tratamento. É comum o tratamento químico do amianto a fim de reduzir a sua
combustibilidade.

3.2.4 - Capuz ou Gorro Para a Cabeça


Durante as operações de corte ou soldagem, aumenta-se a probabilidade de ocorrerem lesões
e queimaduras na cabeça do soldador. Capuzes ou Gorros devem ser fabricados em couro ou
outro material resistente ao fogo.

3.2.5 - Botina
Todos os soldadores, operadores de solda e corte devem proteger seus pés, através do uso de
botinas de segurança com biqueira de aço, solado injetado e sem cadarços (fixação por elásticos
laterais) como um EPI de uso obrigatório.

3.2.6 - Protetores Auriculares


Os protetores auriculares devem ser utilizados pelos soldadores nos lugares determinados pelo
setor de segurança no interior da fábrica. Tais protetores podem ser do tipo "plugue de inserção"
ou tipo "fone de ouvido"(concha).

3.3 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA


A utilização destes equipamentos se faz necessária quando ocorrem operações de soldagem e
corte em áreas confinadas, ou quando são usados processos e/ou materiais com alto teor tóxico,
portanto, sempre nas ocasiões em que o oxigênio for deficiente ou houver acumulação de gases
tóxicos. Um equipamento de respiração individual deve sempre ter uma boa manutenção e
quando for transferido de um trabalhador para outro, deve ser devidamente desinfectado. Em
áreas grandes e bem ventiladas (ao ar livre), onde se corta ou solda o aço carbono limpo (sem
pintura ou produtos químicos de cobertura), com ou sem proteção de gás inerte, existem riscos
mínimos à saúde.

Em áreas confinadas, tais como: tanques, flares, esferas, silos, vasos em geral, dutos, pernas
de jaqueta (plataformas de petróleo), etc., deve-se providenciar, obrigatoriamente, exaustão
local e ventilação geral para manter a concentração de gases tóxicos, fumos e poeiras abaixo
das concentrações consideradas nocivas.

Se os poluentes atmosféricos estiverem dentro dos limites de tolerância, ou porque o trabalho é


intermitente, ou por outras razões, os soldadores não precisam usar equipamentos de proteção
respiratória. Se, por outro lado, houver superação dos limites de tolerância estabelecidos, ou se
houver deficiência de oxigênio, deverá ser previsto, obrigatoriamente, um sistema de "ar
mandado", com máscaras (respiradores) tipo queixo (especialmente fabricado em conjugação
com a máscara de solda) ou um equipamento autônomo de proteção respiratória.

O "ar mandado" deverá ser limpo, sem contaminação (inclusive de óleo do compressor de ar),
dando-se preferência a um ventilador externo que canalize o ar por mangueiras adequadas.

Sob nenhuma hipótese poderá ser utilizado oxigênio para ventilar ou purificar qualquer ambiente,
sob risco de uma explosão ambiental (utilizar ar comprimido).

Quando o corte ou solda envolver metais de base com cobertura contendo elementos como
zinco, berílio, chumbo, cádmio e seus compostos, deverá haver uma ventilação geral e exaustão
local para manter os poluentes atmosféricos em concentração abaixo dos limites de tolerância
estabelecidos.

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Trabalhos de corte e soldagem ao ar livre envolvendo chumbo, mercúrio e cádmio devem ser
feitos obrigatoriamente com sistemas de proteção (respiradores com filtro).
4 - CUIDADOS PARTICULARES AOS PROCESSOS DE SOLDAGEM

4.1 - SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO


Para operações seguras dos equipamentos, devem ser seguidas as recomendações dos
fabricantes destes, e o soldador deve ser instruído de acordo com as especificações do
respectivo equipamento. Para realizar a instalação e operação das máquinas de soldagem a
arco elétrico, existem condições ambientais requeridas; os equipamentos normais são
projetados e construídos para operarem em locais onde a temperatura não é menor que 0 0 C.
Os equipamentos, porém, são adequados para operar em atmosferas contendo gases, pó e
raios de luz presentes numa soldagem a arco.

Antes de iniciar uma operação, todos os cabos e conexões devem ser examinados para
determinar se são eficazes mecânica e eletricamente para as correntes de soldagem requeridas,
e para verificar se os cabos se encontram secos e livres de óleo e graxa. Atenção especial deve
ser dada ao revestimento dos cabos, pois qualquer falha ou dano encontrado pode resultar em
uma má qualidade do isolamento e da condutividade. Inspeções periódicas devem ser realizadas
a fim de reparar ou trocar os cabos danificados, evitando-se assim a ocorrência de acidentes,
como choques elétricos.

Um bom cabo terra deve ser utilizado para se fazer o aterramento das peças metálicas sobre as
quais o soldador realiza a soldagem. Não são permitidas conexões para aterramento em
correntes, arames, guindastes, guinchos e elevadores.

Quando o soldador for interromper o trabalho por um tempo apreciável, deve desconectar o
alicate de eletrodo da fonte de energia elétrica.
O soldador nunca deve enrolar ou prender o cabo de soldagem em volta de partes do seu corpo.

O alicate do eletrodo não deve ser resfriado pela imersão em água. Devem porém ser bem
isolado, para proporcionar maior segurança ao soldador.

Quando uma máquina de solda é movida, a fonte de alimentação elétrica do equipamento deve
ser desconectada.

Os soldadores devem estar inteiramente instruídos, em detalhe, a fim de evitarem choques


elétricos, pois é do controle próprio de cada um que poderá ser impedido que ocorram tais fatos.
Por mais alta que seja a voltagem ou por mais contatos que a peça tenha, nenhum dano será
causado se todas as operações forem feitas cuidadosamente.

O processo de soldagem com eletrodo revestido, além de emitir radiações e projeções, libera
fumos e gases nocivos para a saúde. Por isso uma ventilação adequada é imprescindível para
tais operações.

4.2 - SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO


Os operadores de soldagem, devem estar bem familiarizados com as instruções fornecidas pelo
fabricante do equipamento de soldagem.

Visto que a extremidade do eletrodo (arame) e a região de soldagem estão completamente


protegidas durante todo o tempo da operação, a solda é executada sem centelhas, lampejos,

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salpicos ou fumaças freqüentemente observados em outros processos de soldagem a arco. Não


é necessário o uso de capacetes, viseiras ou máscaras de proteção, mas óculos de segurança
devem ser usados como rotina de proteção aos olhos. Os óculos podem ter filtros claros para
proteção contra lampejos e centelhas, quando o arco é inadvertidamente iniciado sem a proteção
do fluxo. Visto que a soldagem a arco submerso pode produzir gases nocivos para a saúde,
deve ser proporcionada ventilação adequada, especialmente em áreas confinadas.

As precauções com os cabos e conexões, citadas no item 4.1, aplicam-se, também, a este
processo de soldagem.

4.3 - SOLDAGEM TIG


Na soldagem por este processo, devem ser observadas as mesmas precauções que são
aplicáveis para qualquer outra operação de soldagem elétrica. O soldador deve usar uma
máscara de soldador com uma lente filtrante, que será escolhida em função da intensidade do
arco. Nesta soldagem, a quantidade de radiação ultravioleta liberada é bastante grande. A
Tabela 15.7 lista as lentes filtrantes recomendadas para diferentes faixas de corrente. Partes da
pele diretamente expostas a tais radiações queimam-se rapidamente, o que exige maiores
precauções. Estas radiações têm a capacidade de decompor solventes, liberando gases
bastante tóxicos. Portanto, em ambientes confinados, deve-se ter cuidado para que não haja
solventes nas imediações. As máquinas que fornecem energia para o arco devem ser
desconectadas eletricamente quando das trocas de eletrodos da tocha.

FILTRO Nº INTENSIDADE DE CORRENTE


DE SOLDAGEM(A)

6 até 30
8 de 30 até 75
10 de 75 até 200
12 de 200 até 400
14 acima de 400

Tabela 15.4 - Lentes Filtrantes para soldagem TIG

4.4 - SOLDAGEM E CORTE A GÁS


O oxigênio sob alta pressão pode reagir violentamente com óleo ou graxa. Logo, as válvulas que
fazem a sua regulagem devem ser isentas destes materiais. Os cilindros nunca devem ser
estocados próximos a materiais combustíveis, pois embora não se incendeiem ou explodam
sozinhos, ajudam a manter a combustão dos materiais combustíveis.

O oxigênio nunca deve ser usado para limpar roupas ou para ventilar espaços confinados. O
acetileno é um gás altamente combustível e é preciso, portanto, que seja guardado longe do
fogo, em locais limpos e secos, com boa ventilação e protegido contra aumentos excessivos de
temperatura. Os cilindros precisam ser estocados e utilizados com válvulas de segurança, em
local livre de outros combustíveis. Cilindros de outros gases combustíveis devem ser
manuseados com estes mesmos cuidados.

Os cilindros de gases liqüefeitos são construídos com paredes duplas, existindo um vácuo entre
a parede interna e parede externa. Por isso eles devem ser manuseados com extremo cuidado
para prevenir danos na tubulação interna, que poderia provocar a perda do vácuo. Tais cilindros
devem sempre ser transportados e utilizados na posição vertical, pois podem tornar-se perigosos
se virados de cabeça para baixo; todos os cuidados devem ser tomados para se evitar tal
possibilidade. Cilindros de acetileno, em particular, devem ser usados na posição vertical. Como

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prática padrão, deve-se prender o cilindro em um suporte rígido, o qual pode ter rodas para
facilitar a locomoção e posicionamento.

Somente reguladores, válvulas e mangueiras projetadas especialmente para servirem a


equipamentos de soldagem devem ser utilizados. Todas as conexões e mangueiras devem ser
firmes, bem apertadas e livres de furos e rasgos. O regulador de oxigênio deve sempre estar
limpo e o regulador de pressão deve estar completamente fechado antes da abertura do cilindro
ou da válvula da tubulação interna. Combustão interna ou retrocesso de chama pode ocorrer se
for falho o purgamento das mangueiras antes do acendimento da tocha, ou devido ao
superaquecimento da extremidade da tocha. Retrocessos são as queimas dentro ou além da
câmara de mistura da tocha. É uma condição grave, e pode ser realizada uma ação corretiva
para se extinguir essa queima, fechando-se imediatamente a válvula de oxigênio da tocha e, em
seguida a válvula do gás combustível. Válvulas de retenção (ou contra fluxo), para impedir o
refluxo dos gases e sua conseqüente mistura na mangueira ou tubulação, e válvulas corta-
chama (ou contra retrocesso), que não permitem a propagação da chama além daquele ponto,
por meio do abafamento da mesma, devem ser constantemente verificadas com relação ao seu
perfeito funcionamento.

NOTA: Para se obter informações mais completas sobre proteção recomenda-se consultar,
quando necessário, a norma ANSI/ASC Z49.1-1988 - Safety in Welding and Cutting.

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