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LC 14/1991

Órgãos Judiciários:

I – Tribunal de Justiça;

II – Juízes de Direito;

III – Tribunal do Júri;

IV – Juizados Especiais e Turmas Recursais;

V – Conselho da Justiça Militar;

VI – Juízes de Paz

Ano Judiciário: inicia com a 1ª sessão do Plenário em janeiro e o fim é a última sessão em
dezembro.

Feriados Forenses:

 Sábados, domingos e feriados nacionais;


 Segundas e terças de carnaval;
 Quinta e sexta santa
 Dia 11 de agosto
 8 de dezembro

Até dia 30/11, Plenário deve expedir Resolução indicando os feriados e as suspensões de
expediente do ano seguinte.

Fora desses casos, o Presidente do TJ pode suspender expediente, em todo o Estado ou parte
dele, em caso de motivo grave indicado no ato de suspensão.

Comarcas: feriados também no dia de criação do município e feriados de lei municipal. Outros
casos, em razão de motivo gravíssimo indicado na portaria de suspensão com comunicação
imediata ao Corregedor Geral da Justiça.

Solenidades
Em comarcas - presidida pelo membro da mesa diretora do TJ, na ausência, pelo juiz diretor do
fórum (envolver mais de uma unidade jurisdicional) ou pelo próprio juiz, se for solenidade de
uma unidade jurisdicional.

Divisão Judiciária:
Divide-se em comarcas, termos e zonas judiciárias;

Comarca: pode ser constituída por mais de um termo e terá o nome da que lhe servir de sede;
divididas em 3 entrâncias:

Critérios de classificação de entrância:

a) Entrância inicial – um único juiz


b) Entrância intermediária – comarca com mais de 1 juiz
c) Entrância final – mais de um juiz e mais de 200 mil eleitores no termo sede.
Atenção: a classificação das comarcas em entrâncias não importa em diversidade de atribuições
e competências, mas visam exclusivamente à ordem das nomeações, das promoções, do acesso
e da fixação dos vencimentos.

Requisitos para criação de comarca:

a) População mínima de 20 mil habitantes e 5 mil eleitores no termo judiciário que servirá
de sede
b) Audiência prévia da Corregedoria Geral da Justiça.
c) Outros requisitos mínimos que o TJ estabelecer

Dispensa: por maioria absoluta e decisão motiva, o TJ pode dispensar no interesse da Justiça.

Termo judiciário: cada município corresponderá a 1 termo judiciário (mesma denominação).


Cada termo terá um fórum próprio (§1º, art. 8-A).

Zona judiciária: numeradas ordinalmente, constituídas de 4 unidades jurisdicionais do interior,


destinadas à designação dos juízes substitutos de entrância inicial.

Unidades Jurisdicionais de 1º grau: varas de uma comarca, as comarcas de vara única e os


juizados especiais.

O tribunal através de Resolução fixa a designação, organização e forma de determinação da


competência dos juízes.

Comarca da Ilha de São Luís: 143 juízes (101 titulares e 42 auxiliares)1; composta pelos
Municípios de São Luís, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar. O termo judiciário de
São Luís possui 88 juízes.

Os juízes de direito auxiliares de entrância final terão jurisdição em toda a Comarca da Ilha de
São Luís, conforme designação do corregedor-geral da Justiça.

Plantão Noturno, feriados e fim de semana: funciona no Fórum de São Luís, participando dele
todos os juízes auxiliares e titulares da Comarca da Ilha de São Luís.

Central de Inquéritos e Custódia: apenas uma, com competência para o processamento dos
inquéritos policiais da Comarca da Ilha de São Luís, decidindo seus incidentes e medidas
cautelares, ressalvados os de competência da 1ª Vara Criminal. Regulamentada por resolução
do Tribunal de Justiça e jurisdicionada por até cinco juízes auxiliares, designados pelo
corregedor-geral da Justiça e aprovados pelo Plenário, com prazo mínimo de um ano.

Criação de Vara
Enquanto não for instalada, permanecerá a competência fixada na lei anterior da vara antiga;

Instalada a 2ª Vara em uma comarca, o juiz titular da unidade jurisdicional fará opção para em
qual das duas varas será titularizado.

Instalada vara com competência exclusiva para determinada matéria retirada de outra unidade
jurisdicional, também com competência exclusiva da matéria, será facultado ao juiz da unidade
anterior fazer opção pela nova vara, antes da apreciação dos pedidos de remoção.

1
alteração em julho de 2019.
Alteração de denominação e competência de vara:
Por maioria absoluta do TJ, através de Resolução. Mas apenas ocorre nas varas que se
encontrem vagas.

Compensação
No caso de suspensão ou impedimento, o feito é redistribuído mediante posterior
compensação.

Não havendo outra unidade jurisdicional na comarca com a mesma competência, o Corregedor
Geral da Justiça designará outro juiz.

Acumulação de turma recursal ou jurisdição plena em mais de uma unidade jurisdicional


Será atribuído 1/10 do subsídio de seu cargo, correspondente aos dias trabalhados.

Sendo acumulada mais de duas unidades, além da qual é titular, o valor único a ser acrescido
será de 15% do subsídio.

O Tribunal de Justiça

Composição: 30 desembargadores, com 1 Presidente, 1 Vice e 1 Corregedor Geral da Justiça.

Escolhidos por votação secreta pelo Plenário, na última sessão plenária do mês de dezembro
dos anos ímpares, a escolha será dentro os juízes mais antigos.

Mandato de 2 anos, proibida reeleição.

Na mesma data será escolhido o Diretor do Fórum da Comarca de São Luís, mandato de 2 anos.

Impedimento: quem tiver exercido qualquer dos cargos de direção nos 4 anos ou de Presidente
não será elegível. Perdura esse impedimento até se esgotarem os nomes da lista de antiguidade.

 Exceção: não há impedimento no caso do eleito apenas para completar mandato


inferior a um ano. Também não incide vedação da reeleição.

A aceitação do cargo é obrigatória, salvo recusa manifestada e aceita antes da eleição.

1/5 Constitucional: entre advogados de notório saber jurídico com + de 10 anos de efetiva
atividade profissional + MPE de notório merecimento com + 10 anos de carreira.

 Indicados em lista sêxtupla  TJ forma uma lista tríplice  encaminha ao Chefe do


Executivo para escolha em 20 dias.
 Vacância do cargo: será preenchida por representante da categoria que originou a vaga
observando o §1º do art. 100 da LOMAN.
 Atenção: para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o advogado nomeado
desembargador terá computado como tempo de exercício da advocacia até no máximo
15 anos.

Posse: em sessão solene na última sexta-feira última sessão em plenária do mês de abril do ano
subsequente.

Funcionamento:

Plenários – funcionará com a presença de pelo menos 16 membros, incluindo o Presidente,


reúne-se 1x por semana.
Uma Seção Cível – funcionará com ao menos 10, não incluído o Presidente, reúnem-se 1x por
bimestre. Seu Presidente será o Vice-presidente do TJ, não será o relator nem revisor.

Câmaras reunidas: são 3, reúnem-se 2x por mês. Cada Uma possui 9 membros, totalizando 27,
já que o Presidente, Vice e Corregedor não integram.

 Câmaras civis reunidas: são 2, basta no mínimo 6 membros, inclusive o Presidente que
será relator e revisor.
 Câmaras criminais reunidas: 5 membros, incluindo o seu Presidente que será relator,
revisor e vogal.

Câmaras isoladas: existem 09, com 3 desembargadores, reúnem-se 1x por semana cada uma.
Presidida em sistema de rodízio, pelo mais antigo, que será relator, revisor e vogal.

 03 câmaras isoladas criminais


 06 câmaras isoladas cíveis.

Encaminhamento de Processos
Afastamento por período 30 < período < 60 -> serão encaminhados ao magistrado convocado
para substituição. Exceção: se já lançou relatório ou pedido de inclusão em pauta.

Afastado revisor: será encaminhado ao substituto mesmo que incluído em pauta.

Afastamento período > 60 dias -> todos os processos são encaminhados, mesmo as exceções
acima.

Afastamento 3 dias < período < 30 dias -> serão redistribuídos (com compensação) os:

 HC
 MS
 Ag de instrumento
 Outros sob fundada alegação do interessado

O pedido de redistribuição é analisado pelo Vice-presidente.

Atenção: redistribuição e substituição para atuar no feito não autoriza concessão de nenhuma
vantagem.

Convocação de Juiz:

Para atingir o quórum de instalação do Plenário, Câmaras Reunidas e Câmaras Isoladas.

Apenas quando não for possível convocar outro Desembargador de outra câmara;

Feita por sorteio entre juízes da entrância final

Não pode participar:

 Quem já foi sorteado no ano;


 Respondendo procedimento do art. 27 da LOMAN (perda de cargo);
 Punido nas penas do art. 42, I, II, III e IV (advertência, censura, remoção compulsória e
disponibilidade)
Sessão Extraordinária:
Sempre que restarem em pauta ou Mesa mais de 15 feitos sem julgamento – Plenários, Câmaras
Reunidas ou Isoladas;

Mais de 10 feitos – Seção Cível

A juízo do Presidente do TJ, da Seção Cível, dos Presidentes das Câmaras reunidas ou Isoladas
quando requerido pelo interessado.

Competência do TJ

Art. 30: Processar e julgar originariamente:

a) ADI de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da CE;

b) os Deputados Estaduais, os Secretários de Estado, os Procuradores Gerais de Justiça, do


Estado e da Defensoria Pública, bem como os Membros do Ministério Público nos crimes
comuns e de responsabilidade; ADI 2553.

c) os Prefeitos, nos crimes comuns;

d) os Juízes de Direito nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da


Justiça Eleitoral;

e) o HC quando forem pacientes quaisquer das pessoas referidas nos incisos anteriores;

f) o HD e o MS contra atos do Governador do Estado, da Mesa, da Assembleia Legislativa, dos


TCE e dos Municípios, dos Procuradores gerais, dos Secretários de Estado, do próprio Tribunal,
do seu Presidente ou de suas câmaras, do Presidente destas, do Corregedor Geral da Justiça, e
de Desembargador;

g) o MI, quando a elaboração da norma reguladora for atribuição de órgão ou entidade ou


autoridade estadual da administração direta e indireta ou do próprio Tribunal;

h) as execuções de sentenças nas causas de sua competência originária;

i) os conflitos de jurisdição entre os Magistrados de entrância, inclusive os da Justiça Militar e os


conflitos de atribuição entre autoridades judiciárias e administrativas do Estado;

j) a representação do Procurador-Geral da Justiça que tenha por objeto a intervenção em


Município;

k) os recursos das decisões da Corregedoria Geral da Justiça;

l) Ações Rescisórias e Revisões Criminais em processo de sua competência.

Corregedoria Geral da Justiça

Órgão de fiscalização, disciplina e orientação administrativa.

Exercido por 1 Desembargador e auxiliado por juízes de Direito (juízes corregedores), escolhidos
pelo Corregedor e aprovado pelo Tribunal.
 Desembargador: ficará afastado de suas funções judicantes, salvo quanto aos processos
a que esteja vinculado, apenas tomando parte do Plenário em discussão e votação de
matéria constitucional e de todas as votações e questões administrativas.

 Juízes de Direito designados ficarão afastados de suas funções judicantes e serão


substituídos até o retorno as suas Varas de origem pelos Juízes de Direito Auxiliares.

Corregedor Geral da Justiça será substituído em suas férias, licenças e impedimentos pelo
Desembargador Decano do Tribunal.

Contra decisão do Corregedor cabe recurso no prazo de 5 dias para o Tribunal.

Juízes de Direito

O ingresso se dá no cargo de Juiz Substituto de entrância inicial.

Cabe proceder correições em sua unidade jurisdicional e serventias extrajudiciais, pelo menos
1x por ano.

Assim como encaminhar até 31/03 a Corregedoria, relatório completo da situação estrutural e
do movimento forense em sua unidade jurisdicional.

Remeter até o dia dez de cada mês, mapa do movimento forense mensal, salvo se tal relatório
puder ser obtido pela coleta de dados dos sistemas de informática e for dispensado pelo
corregedor-geral.

Modificação de entrância da Comarca, não importa em promoção ou disponibilidade do Juiz,


que nela permanecerá com os mesmos vencimentos, até ser promovido ou removido.

Se promovido por antiguidade ou merecimento o juiz de comarca que tenha sido elevada de
entrância, poderá ele requer ao Tribunal (prazo de 5 dias da sessão que o promoveu) que a
promoção se efetiva na comarca ou vara de que era titular. Esse pedido:

 Primeiro será ouvido o Corregedor


 Decidido por maioria de votos em Plenário

Atenção: recente - As férias dos Desembargadores e juízes não poderão, em nenhuma hipótese,
serem gozadas por menos de 10 dias.

Opção por permanecer na mesma unidade


Juiz promovido para entrância final que tenha mais de 5 anos em comarca de entrância
intermediária com mais de 150 mil habitantes no termo sede, pode optar por permanecer na
entrância intermediária.

Deverá fazer esse pedido quando da inscrição da promoção.

Parecer positivo do Corregedor Geral da Justiça + maioria absoluta do Plenário.

Deferido o pedido, o Juiz permanecerá na sua posição na lista de antiguidade,


independentemente de titularização.

Diretor do Fórum de Comarca de entrância Intermediária:


Escolhido pelo Corregedor para o período de 1 ano.
A designação observará a ordem de antiguidade.

Não seguirá a ordem se o juiz mais antigo declinar da designação.

Dos Juízes de Direito Auxiliares de Entrância Final


42 – na comarca da Ilha de São Luís

Atribuições:
I - jurisdicionar cumulativamente com o titular na Comarca da Ilha de São Luís quando
designados pelo corregedor-geral da Justiça;

II - substituir os titulares nas varas da Comarca da Ilha de São Luís, nos casos de impedimento
eventual, férias, licenças ou vacâncias;

III - jurisdicionar, com os titulares, o serviço de plantão da Comarca da Ilha de São Luís;

IV - realizar outras atividades judicantes e proceder a correições, sindicâncias e a inquéritos


administrativos, quando designados pelo corregedor-geral da Justiça;

As vagas de titulares de unidades jurisdicionais que surgirem na Comarca da Ilha de São Luís e
não preenchidas por remoção (sempre apreciadas antes), serão preenchidas pelos juízes
auxiliares, obedecida à ordem de antiguidade, sem direito à recusa.

 na falta de juízes auxiliares, por juízes de direito de entrância intermediária (antiguidade


e merecimento alternadamente).

Juízes de Direito Substitutos de Entrância Inicial

Haverá um juiz substituto de entrância inicial para cada grupo de 4 juízes titulares -> comarcas
de entrâncias inicial e intermediária.

Podem, por designação da Corregedoria Geral exercer trabalhos de correição, bem como
presidir inquéritos ou sindicâncias.

As vagas de titulares de entrância inicial serão preenchidas pelos juízes substitutos, obedecida
à ordem de antiguidade, sem direito à recusa.

 Mas antes, são apreciados os pedidos de remoção.

Tribunal do Júri

Ao menos 1 em cada Município.

Composição nos termos do CPP, garantido o sigilo das votações, soberania dos vereditos e
plenitude de defesa.

Nos termos judiciários de todas as comarcas, o Tribunal do Júri reunir-se-á, ordinariamente em


qualquer dia útil do mês.

 As datas de reuniões são encaminhadas à Corregedoria


 As não ocorrências deverão tbm ser comunicadas
Reunião extraordinária:

 não se puder efetuar a reunião ordinária ou


 quando houver processo de réu preso há mais de 60 dias.

Atenção:

- Não entrarão em gozo de férias os Juízes que não cumprirem, nos devidos prazos, as
obrigações de reunião, relatórios e etc.

- Não serão promovidos, removidos ou permutados, os juízes de direito que não tenham
realizados, quando de sua competência, sessões do Tribunal do Júri, nos seis meses anteriores,
salvo motivo justificado.

Sorteio dos jurados: de 10 (dez) a 15 (quinze) dias antes da data designada para o início da
reunião ordinária do Tribunal do Júri.

Justiça Militar Estadual

É exercida:

TJ – em 2º grau

Auditoria da Justiça Militar e pelos Conselhos da Justiça Militar – 1º grau, com sede na Capital

Ao Tribunal de Justiça caberá decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da
graduação dos Praças.

Composição da Auditoria da JM: 01 Juiz Auditor, 01 Promotor de Justiça e um 01 Defensor


Público.

Serviço auxiliar: composto de 1 serventuário judicial + 2 oficiais de justiça.

Juiz Auditor -> exercido por um Juiz de Direito da Comarca de São Luís. Competência:

I – Presidir os Conselhos de Justiça, relatar todos os processos e redigir as sentenças e decisões


do Conselho;

II – Expedir alvará, mandados e outros atos, em cumprimento às decisões dos Conselhos ou no


exercício de suas próprias funções;

III – conceder HC, quando a coação partir de autoridade administrativa ou judiciária militar,
ressalvada a competência do TJ;

IV – Exercer supervisão administrativa dos serviços da Auditoria e o poder disciplinar sobre


servidores que nela estiverem lotados, respeitada a competência da Corregedoria de Justiça.

Sistema de Juizados Especiais:

I – Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais;

II – a Turma de Uniformização de Jurisprudência (interpretação): presidida pelo Vice-Presidente


do TJ
III – as Turmas Recursais;

IV – os Juizados Especiais Cíveis e das Relações do Consumo;

V – os Juizados Especiais Criminais;

VI – os Juizados da Fazenda Pública;

VII – os Juizados Especiais Cíveis e Criminais.

VIII - Juizados Especiais do Trânsito.

Composição
Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais (que faz parte da organização do Plenário):

I – o corregedor-geral da Justiça, que o presidirá;

II – o presidente da Turma de Uniformização de Jurisprudência;

III – o juiz coordenador;

IV – um juiz das turmas recursais;

V – um juiz dos juizados especiais cíveis, da Fazenda Pública ou do Trânsito;

VI – um juiz dos juizados especiais criminais.

É ele que defini o número de conciliadores para cada juizado;

Turmas Recursais:
Compostas por 03 Juízes titulares e 03 suplentes, togados e em exercício no 1º grau de
jurisdição, designados pelo Presidente do TJ.

Presidia pelo juiz mais antigo.

MS impetrados contra ato de Juiz de Turma Recursal ou contra decisões por ela emanadas, serão
processados e julgados pela própria Turma Recursal, convocado em qualquer caso, um suplente
que será o relator.

Atualmente, existem 02 turmas recursais permanentes.

Juizados Especiais

Cada um corresponderá a uma unidade jurisdicional. Podem funcionar em horário noturno,


sábados, domingos e feriados e podem atuar de forma móvel ou itinerante.

Poderá contar com auxílio de juízes leigos, conciliadores e, eventualmente, juízes de paz.

As atividades dos juízes leigos e conciliadores, exercidas voluntariamente por não servidores do
Poder Judiciário, serão consideradas serviço público relevante, não importando em vínculo
estatutário ou trabalhista com o Poder Judiciário, mas constituindo títulos em concurso para
provimento de cargos do Poder Judiciário.

Ao funcionário do Poder Judiciário, pelo exercício das atividades de conciliador, se bacharel em


Direito, será atribuída uma função gratificada.
§5º - os serventuários dos juizados acumularão as funções de escrivães, contador e partidor e
os oficiais de justiça de avaliador.

Os conciliadores e juízes leigos são auxiliares da Justiça:

 Conciliadores são recrutados dentre bacharéis em Direito, e


 Juízes leigos dentre advogados com mais de cinco anos de prática forense,

Ambos ficarão impedidos do exercício da advocacia perante o Sistema dos Juizados Especiais da
respectiva comarca, enquanto desempenharem tais funções.

Atenção: no caso de juízes leigos com atuação em juizados especiais da fazenda pública, ficam
impedidos de advogar perante todo o Sistema Nacional de Juizados da Fazenda Pública.

Seleção de juízes leigos:


serão recrutados por prazo determinado, permitida 01 recondução, mediante processo seletivo
público de provas e títulos, ainda que simplificados, cujo concurso será iniciado por provocação
do Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais e aprovação do Plenário. Atenção – o concurso
é previsto na hipótese em que for remunerado.

O acesso ao Juizado Especial Cível independerá, em primeiro grau de Jurisdição, do pagamento


de custas, taxas ou despesas.

Justiça de Paz

Exercida por juízes de paz remunerados, eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com
mandato de quatro anos, permitida uma reeleição.

Haverá um juiz de paz para cada Serventia Extrajudicial de Registro Civil existente no Maranhão.

As datas das eleições e posse de juiz de paz serão marcadas pelo TJ, através de resolução.

Processo eleitoral para a eleição do juiz de paz será presidido pelo juiz eleitoral da comarca a
qual a serventia extrajudicial esteja vinculada.

Considera-se eleito o candidato que obtiver maioria de votos, e seus suplentes os 02 que se
seguirem na ordem decrescente da votação.

Condições para exercício do mandato:

I - ser brasileiro nato ou naturalizado;

II - estar em pleno exercício dos direitos civis e políticos;

III - estar em dia com as obrigações eleitorais;

IV - se do sexo masculino, estar quite com as obrigações militares;

V - possuir domicílio eleitoral, há pelo menos um ano antes da data da eleição, no município
sede da serventia;

VI - ser maior de 21 (vinte e um) anos de idade;

VII - ser pessoa moralmente idônea, mediante atestação de autoridade judiciária;


VIII - ensino médio completo;

IX - não ser filiado a partido político.

X - não ter processo criminal em andamento ou condenação criminal.

Atenção: irão tomar posse, prestar compromisso e entrar em exercício concomitantemente no


prazo de 10 dias perante o diretor do fórum.

Extinção do Mandato:

a) Renúncia
b) Morte
c) Perda do cargo

A renúncia deve ser feita por escrito ao juiz diretor do fórum.

Perda do cargo:
I - Pelo abandono das funções, configurado pela ausência continuada e injustificada por mais de
30 dias consecutivos, ou mais de 90 intercaladamente, em 01 ano;

II - pelo descumprimento das prescrições legais ou normativas;

III - por procedimento incompatível com a função exercida;

IV - por sentença judicial transitada em julgado.

A perda é decretada pelo TJ que designa o suplente. Não havendo suplente:

 Falta + 2 anos pro término do mandato: nova eleição suplementar em 60 dias

Atribuições:

 Presidir processo de habilitação e a solenidade da celebração do casamento


 Atribuições conciliatórias

Prazos para posse e exercício juiz:

Desembargador: Exercício imediatamente após a posse

Juiz substituto de entrância inicial: 30 dias para posse e 30 dias para exercício

Juiz promovido, removido ou permutado: 15 dias para exercício

Juiz substituto titularizado: 15 dias para exercício

Juiz auxiliar de entrância final: 3 dias para entrar em exercício, quando titularizado.

O exercício do juiz substituto será precedido de exame de sanidade física e mental.

Não será permitida a desistência da promoção, remoção e permuta após a posse. O não
exercício após o prazo = abandono do cargo.

Juiz substituto de entrância inicial e auxiliar de entrância final:

 ñ podem recusar titularização (que ocorre pelo critério da antiguidade). Será


considerado abandono de cargo.
 Tomam posse perante o Presidente do TJ e entram em exercício perante o Corregedor
Geral da Justiça.

Dos Serviços Judiciais e Servidores

Os serviços auxiliares da Justiça são executados nas seguintes secretarias:


I – secretaria do Tribunal de Justiça;

II – secretaria da Corregedoria Geral da Justiça;

III – secretarias judiciais;

IV – secretarias de diretoria de fórum.

Secretarias judiciais: secretarias das varas, secretarias dos juizados especiais e turmas recursais
e secretarias dos serviços de distribuição, contadoria, avaliação, partilha e depósito judicial. Será
indicado pelo juiz de direito ao Presidente do TJ, os portadores de diploma de curso superior,
preferencialmente bacharel em Direito, depois de ouvido o Corregedor-Geral da Justiça.
 Cada secretário terá substituto permanente para ausências, impedimentos, férias e
licenças.
 Secretário de distribuição: comissionado, indicado pelo CGJ, com diploma de curso
superior.

Secretaria do TJ e da CGJ: Dirigidas por diretores, nomeados em comissão, dentre bacharéis em


Direito, pelo presidente do Tribunal, após aprovação do Plenário.

Secretaria de Diretoria do Fórum: comarcas com mais de três varas, a diretoria do fórum terá
uma secretaria. O secretário é indicado pelo juiz diretor do fórum ao Presidente do TJ, que
nomeará após ouvir o CGJ.

Dos Servidores do Poder Judiciário


São servidores do Poder Judiciário: os serventuários judiciais e os funcionários do Tribunal de
Justiça e da Justiça de 1º Grau.

Plenário, anualmente, com dados objetivos de demanda, estabelecerá (resolução), a quantidade


de servidores a ser lotada nas unidades jurisdicionais e nas unidades administrativas, do 1º e do
2º Graus.

Nomeação: pelo Presidente do TJ

Posse: 30 dias após a publicação. Pode ser prorrogado por mais 30 dias pelo presidente do TJ.

Servidor nomeado para o TJ: Presta compromisso e tomam posse perante o Diretor de RH.

Servidor nomeado para 1º grau: toma posse perante o juiz da unidade jurisdicional da lotação.

Exercício: 30 dias, improrrogável.

Sem efeito o ato de nomeação se o servidor -> se após nomeado, não tomar posse;

Exonerado -> se tomar posse e não iniciar o seu exercício.


Licenças:

Licença gestante: 180 dias consecutivos, que poderá ter início no 1º dia do 9º mês.

Aborto ou natimorto: 30 dias de repouso.

Licença paternidade: 20 dias

Faltas Graves do Servidor:

a) referir-se, por qualquer meio, de forma depreciativa, a magistrado de qualquer grau, ainda
que na ausência deste; ou ao Tribunal de Justiça ou a qualquer outro Tribunal do País;

b) desrespeitar determinações legais das autoridades a que estiver direta ou indiretamente


subordinado;

c) dar preferência às partes, preterindo outras que as antecedam, no pedido de atendimento;

d) prestar, pessoalmente ou por telefone, a qualquer pessoa que não for parte no feito ou seu
procurador constituído, informações sobre atos de processo que corram em segredo de
Justiça;

e) revelar fato ou informação de natureza sigilosa de que tenha ciência, em razão do cargo ou
função, salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial ou inquérito policial ou
administrativo.

Penas disciplinares:

 advertência;
 Repreensão;
 suspensão;
 demissão.

a) Advertência: por escrito, em caso de negligência


b) Repreensão: por escrito, nos casos de reincidência da falta apenada com advertência e
falta de cumprimento dos deveres previstos na LC.
c) Suspensão:
i. praticarem a mesma falta pela qual tenham sido punidos com repreensão;
ii. não mantiverem devidamente escriturados e atualizados os livros que lhes são
afetos;
iii.não remeterem, diariamente, para a publicação no Diário da Justiça os resumos dos
despachos e sentenças dos juízes e das decisões e acórdãos do Tribunal, de suas
Câmaras e dos relatores;
iv. não derem os recibos devidos por lei ou exigidos pelas partes;
v. portarem-se com notória e reiterada incontinência pública ou privada;
vi.insultarem ou criticarem superior hierárquico, dentro ou fora das funções, mas em
razão delas;
vii. recusarem-se à prática de atos de seu ofício ou ao fornecimento das certidões
que lhes couber expedir ou, ainda, deixarem de cumprir quaisquer de suas
atribuições.

Também é aplicada da suspensão:


viii. ao secretário da contadoria que deixar de comunicar à autoridade judiciária,
quando constatar, a cobrança indevida de custas ou emolumentos;

ix. ao secretário judicial que não fizer conclusos os autos dentro de vinte e quatro
horas, sempre que se fizer necessária tal providência, ou deixar de executar os atos
processuais no prazo estabelecido por lei ou fixado pelo juiz ou, ainda, não
existindo esses prazos, no prazo de três dias

x. ao secretário judicial que, independentemente de provocação da parte, não cobrar,


dentro de 24hs, os autos que não tenham sido devolvidos à secretaria no
vencimento do prazo de vista; ou não comunicar, no caso de não atendimento da
devolução, a ocorrência à autoridade judiciária;

xi. ao secretário da distribuição que fizer distribuição contrariamente à ordem


estabelecida em lei, neste Código ou em provimento da Corregedoria Geral da
Justiça;

xii. ao oficial de justiça que não cumprir, no tempo e forma estabelecidos na lei, os
mandados judiciais que lhe forem entregues, ou desatender às ordens e instruções
da autoridade judiciária a que estiver subordinado.

A suspensão por mais de 30 dias aplicada sobre:


 Cargo comissionado -demitido
 Função gratificada – destituído da FG

Pena de Demissão:
a. crimes contra a administração pública;
b. abandono de cargo;
c. ofensa física em serviço contra servidor ou particular, salvo se em legítima
defesa;
d. reincidência em falta de insubordinação;
e. aplicação irregular de dinheiro público;
f. transgressão à proibição legal, se comprovada má-fé ou dolo;
g. reincidência habitual em penalidade de suspensão, desde que superior a 180
dias no ano;
h. recebimento indevido de custas.

Competência para aplicar pena:


Juiz: advertência, repreensão e suspensão igual ou inferior a 30 dias

Presidente do TJ ou CGJ: advertência, de repreensão e de suspensão até 90 dias.

Tribunal: advertência, repreensão, suspensão e demissão;

Reconsideração: a autoridade pode revogar a penalidade aplicada.

Cancelamento do registro:
Advertência e repreensão: 2 anos
Suspensão: 4 anos

Afastamento do Servidor:
Presidente do TJ ou CGJ, nas seguintes situações
a) Estiverem sendo criminalmente processados, enquanto tramitar o processo;
b) Condenados;
c) Pendente de execução, a pena não privativa de liberdade, ou havendo suspensão da
mesma;
d) A demissão não for pena acessória.

Afastamento preventivo em razão de PAD: ATÉ 30 dias, prorrogáveis, não podendo exceder 90
dias

Prescrição
1 ano – advertência e repreensão
2 anos – suspensão
4 anos – demissão

PAD
Mandados de citação, intimação e notificação – oficial de justiça ou secretários das comissões.

Notificação – antecedência mínima de 3 dias (nulidade)

Prazo do recurso – 15 dias

Efeito suspensivo – recurso contra decisão que aplica pena disciplinar

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