Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Este modelo em particular é a parâmetros concentrados, e o modelo será um sistema de equações diferenciais ordinárias
lineares a parâmetros constantes.
Equações de estado:
Variáveis de estados: mg
v(t) : velocidade vertical do bloco (variável relacionada kxe = − mg ⇒ xe = −
com a energia cinética do bloco). k
x(t) : deflexão da mola (variável relacionada com a eneria
potencial elástica da mola). Desvios em relação ao equilíbrio:
x1 = x − xe ⇒ x = x1 + xe
Entradas:
vG(t) : velocidade vertical do ponto de veículo em contato
x 2 = v − ve ⇒ v = x 2 + ve
com solo. u = vG − vGe ⇒ vG = u + vGe
Saída: Podemos reescrever as equações da seguinte forma:
x(t) : deflexão da mola.
d
x& = v − vG ⇒ (x1 + xe ) = (x2 + ve ) − (u + vGe )
Parâmetros: dt
m : massa do bloco. x&1 + x& e = x 2 − u + v e − v Ge
k : rigidez da mola (constante elástica).
b : constante do amortecimento. Como xe é constante, x& e = 0 , e verificamos também que ve
= 0 e vGe = 0, logo:
Equações de estado: x&1 = x 2 − u
Pela cinemática sabemos que:
x& = v − vG mv& = − kx − b(v − vG ) − mg ⇒
Usando o Teorema do Movimento do Baricentro:
d
mv& = − Fmola − Famortecedor − mg m ( x 2 + ve ) = − k ( x1 + xe ) − b[( x 2 + ve ) − (u + vGe )]
Sabemos ainda que: dt
− mg
Fmola = kx
E que: mx& 2 = −kx1 − bx 2 + bu − kx e − mg
Famortecedor = b(v − vG ) Como kx e = −mg
Portanto:
mx& 2 = −kx1 − bx 2 + bu
mv& = −kx − b(v − vG ) − mg
Resultando no seguinte sistema de equações de estado:
Ponto de equilíbrio:
x&1 = x 2 − u
Vamos considerar vG = 0 no equilíbrio. Por definição, no
equilíbrio as derivadas no tempo das variáveis de estado são 1
nulas: x& 2 = m [− kx1 − bx 2 + bu ]
x& = 0
ve − vGe = 0 Podemos acrescentar a equação da saída. Como a saída é a
deflexão da mola, a partir do equilíbrio, temos que:
ve = 0
y = x − xe ⇒ y = x1
mv& = 0
Rearranjando as equações:
− kxe − b(ve − vGe ) − mg = 0
Lista E – Aulas Práticas de Scilab 2
0 1 −1
1 =
x
& 1 + u
x
x&1 = + 0 x1 + 1x 2
− 1u x& 2 k b x 2 b {u
x& = − x − x + b u
k b { − − {
⇒ x& 14m4244 3
m x {m
2 m
1
m
2
m A B
0] 1 + [0]u
y = + 1x1 + 0 x 2 + 0u x
{y = [1
1
424 3 x 2 { {u
y C { D
x
O modelo do sistema é da forma:
x& = Ax + Bu
y = Cx + Du
Função de transferência:
Equações do sistema:
x&1 = x 2 − u
x& = − k x − b x + b u
2 m
1
m
2
m
Aplicando transformada de Laplace:
sX 1 − x1 (0) = X 2 − U
sX − x (0) = − k X − b X + b U
2 2
m
1
m
2
m
Impondo condições iniciais nulas: x1(0) = 0 e x2(0) = 0
sX 1 = X 2 − U
sX = − k X − b X + b U
2 m
1
m
2
m
O sistema de equações diferenciais foi transformado em um sistema de equações algébricas. Podemos resolver o sistema de
equações algébricas para calcular X1 em função de U, obtendo a seguinte resposta:
− ms
X1 = 2
U
ms + bs + k
Como y = x1:
− ms
Y= 2
U ⇒ Y = G ( s )U
ms
142 + bs
4 43 +
4 k
G(s)
Y − ms
G (s) = ⇒ G( s) = 2
U ms + bs + k
A função de transferência G(s) é a relação entre a transformada de Laplace da saída y e a transformada de Laplace da
entrada u, considerando condições iniciais nulas.
Análise Transitória
Na análise transitória estamos interessados em observar o comportamento do sistema ao longo do tempo, principalmente a
parcela transitória (aquela que diminui e desaparece ao longo do tempo). Um modo de obter a resposta transitória a partir do
modelo é a simulação numérica do modelo matemático, ou seja, fazer a integração numérica das equações diferenciais que
representam o comportamento do sistema. Isto pode ser feito no Scilab usando-se o comando csim, como visto na lista D, ou
com o comando ode (lista C), ou usando seu próprio algoritmo de integração (Lista B).
Lista E – Aulas Práticas de Scilab 3
// Simulando o sistema para uma entrada degrau (u=0 para t<0 e u=1 para t>0):
// Definindo o vetor tempo:
t=0:0.01:2;
// Definindo a entrada:
u=ones(t);
****************************************************************************************************
Observação:
Pode-se definir a função de transferêencia de outra forma:
// Montando o polinomio s:
s=poly(0,'s');
A simulação do sistema pode ser feita também usando a representação do sistema no espaço de estados,
ou seja, usando as matrizes A, B, C, e D:
// Matrizes do sistema:
A=[0 1; -k/m -b/m];
B=[-1;b/m];
C=[1 0];
D=[0];
// Montando o sistema:
suspensao=syslin('c',A,B,C,D);
// Definindo a entrada:
u=ones(t);
Exercício:
Obtenha as equações de estado e a função de transferência do seguinte sistema, e simule para uma
entrada F(t) do tipo degrau (experimente outros tipos de entrada também), considerando a deformação
x(t) da mola como saída:
k
F(t)
m
Simule o sistema para diferentes valores de m, c e k, de tal forma que se tenha uma simulação para cada
b b b
um dos três casos a seguir: ζ = <1, ζ = = 1, ζ = >1
2 km 2 km 2 km
Lista E – Aulas Práticas de Scilab 5
Lição de casa:
1 – Considerando o exercício anterior, calcule os autovalores da matriz A e calcule
as raízes do polinômio no denominador da função de transferência e compare. Estas
b
raízes (e os autovalores) são os pólos do sistema. Para o caso ζ = < 1 , observe
2 km
que as raízes (e também os autovalores) são números complexos. Verifique que o
módulo deste número complexo é igual à freqüência natural do sistema massa-mola-
amortecedor. Verifique ainda que dividindo o módulo da parte real do número
complexo pelo módulo do número complexo se obtém o coeficiente de
amortecimento. Observe que a freqüência de oscilação é igual ao módulo da parte
imaginária do pólo.
3 – Estude a Lista F.