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Segundo o texto, as formas de pensar são distintas, pode-se pensar com “p”, o
que implica em uma vivência e raciocínio puramente natural, é o viver e pensar
como consequência deste viver, contudo não é um refletir progressivo sobre a
própria vida, o que implicaria em métodos e finalidades distintos. O autor ainda
aponta que o pensar com “p”, nas relações de trabalho por exemplo, é fruto do
especialismo e tecnicismo, visto que ambos contribuem para bitolar os
indivíduos dentro de sua esfera de atuação, ignorando outros aspectos
fundamentais para a reflexão e ponderação sobre a vida, uma vez que, o
importante para tal, não é o saber sobre o que se faz, mas sim como fazer, é o
homo sapiens deixando de ser o homem que busca conhecer, abrindo mão de
sua natureza dada ao conhecimento, para se resumir em homo faber, é o
homem que apenas fabrica coisas e utensílios, mas sem qualquer significação,
nem questionamento s sobre o porquê de se fazer tal. O pensar com “P” é o
posto, por mais que seja importante o fazer puramente técnico, contribui para a
construção do que se vê, em todos os lugares, homens fabricaram tais coisas,
porém, o pensar com “P” é função extraordinária, é deixar o comum e a
alienação para descobrir o que faz, porque faz, como faz, e o que o motiva, e
ainda descobrir-se nesse caminho de conhecimento. É deixar o saber como
fazer, puramente fazer por fazer, para saber como fazer, mas pensando,
refletindo no porquê de se fazer, e por que fazer. Como MELLO e SOUZA diz:
que pensar com “P” ou “p” é “perceber a diferença que existe entre pensar
cotidianamente e pensar o cotidiano”.