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Histórico
No Brasil, apesar de muito utilizados, os produtos derivados
de plantas,que são consumidos e comercializados, não eram
passíveis de nenhum tipo de controle. Assim, considerando
que:

até a existência da Portaria n.6/SVS, de 31 de janeiro de


Profª. Rozimar de Campos Pereira 1995, do Ministério de Estado da Saúde, todas as inúmeras
tentativas de normatizar as pesquisas e o registro de
Setembro 2013 fitoterápicos foram extra-oficiais;
" os produtos fitoterápicos estavam isentos de registro no
Ministério da Saúde, de acordo com o Artigo 28 do Decreto
n.79.094, de 5 de janeiro de 1977, deste Ministério;

Histórico Histórico
sob o rótulo de "produto natural" escondia-se sempre Portaria nº 971/06 de 03 de maio de 2006
pelo menos dois tipos de preparação: (a) um tipo de
produto, que por ser de uso tradicional, podia servir a Política de caráter nacional que recomenda a adoção
pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito
inúmeras finalidades, mais comumente conhecido
Federal e dos Municípios, da implantação e
como "panacéia", e, como tal, não possuía implementação das ações e serviços relativos às
comprovação científica pré-clínica e/ ou clínica; e Práticas Integrativas e Complementares.

(b) aquele que, por ser natural, não apresentava Define que os órgãos e entidades do Ministério da
nenhum efeito adverso e, portanto, não necessitava ser Saúde, cujas ações se relacionem com o tema devem
investigado toxicologicamente. promover a elaboração ou a readequação de seus
planos, programas, projetos e atividades, na
conformidade das diretrizes e responsabilidades
estabelecidas.

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Áreas contempladas Política Nacional de Plantas Medicinais e


Fitoterápicos.
* Plantas Medicinais e Fitoterapia
Decreto 5813 de 22/06/06
* Homeopatia
 Aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos e institui Grupo de Trabalho
* Medicina Tradicional Chinesa / Acupuntura
Interministerial, para elaborar o Programa Nacional
de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
* Termalismo Social / Crenoterapia

* Medicina Antroposófica
(Port. nº 1600 de 17/7/06 - Aprova a
constituição do Observatório das experiências de
Medicina Antroposófica no SUS).

Princípios norteadores Grupo de Trabalho Interministerial


* Ampliação das opções terapêuticas aos usuários do SUS Ministério da Saúde (coordenação)
* Inclusão social - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
* Desenvolvimento da cadeia produtiva - Fundação Oswaldo Cruz
* Fortalecimento da indústria nacional Casa Civil da Presidência da República
* Desenvolvimento científico e tecnológico Ministério da Integração Nacional
* Redução da dependência tecnológica
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
* Enfrentamento das desigualdades regionais e inclusão
social Ministério do Desenvolvimento Agrário
* Uso sustentável da biodiversidade
Ministério da Ciência e Tecnologia
* Valorização, valoração e preservação do conhecimento
tradicional Ministério do Meio Ambiente
* Interação entre o setor público e privado.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome

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Metodologia de trabalho
Objetivo geral
Subgrupos de Trabalho, de acordo com os eixos
* Regulamentação sanitária
* Cadeia produtiva e desenvolvimento sustentável
* Pesquisa e Desenvolvimento Garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso
* Acesso a plantas medicinais e fitoterápicos racional de plantas medicinais e fitoterápicos,
promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o
desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria
Subsídios para discussão e elaboração da nacional.
proposta
* Recomendações e documentos oriundos de Fóruns,
* Conferências, Reuniões Técnicas
* Legislação

Objetivos específicos Objetivos específicos


Ampliar as opções terapêuticas aos usuários, com garantia de
acesso a plantas medicinais, fitoterápicos e serviços Promover o desenvolvimento sustentável das cadeias
relacionados à fitoterapia, com segurança, eficácia e produtivas de plantas medicinais e fitoterápicos e o
qualidade, na perspectiva da integralidade da atenção à
fortalecimento da indústria farmacêutica nacional neste
saúde, considerando o conhecimento tradicional sobre
campo.
plantas medicinais.

Construir o marco regulatório para produção, distribuição e Promover o uso sustentável da biodiversidade e a
uso de plantas medicinais e fitoterápicos a partir dos repartição dos benefícios decorrentes do acesso aos
modelose experiências existentes no Brasil e em outros recursos genéticos de plantas medicinais e ao
países. conhecimento tradicional associado.

Promover pesquisa, desenvolvimento de tecnologias e


inovações em plantas medicinais e fitoterápicos, nas diversas
fases da cadeia produtiva.

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Diretrizes Fomentar pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação


Regulamentar o cultivo, o manejo sustentável, a produção, a com base na biodiversidade brasileira, abrangendo espécies
distribuição e o uso de plantas medicinais e fitoterápicos, vegetais nativas e exóticas adaptadas, priorizando as
considerando as experiências da sociedade civil nas suas necessidades epidemiológicas da população.
diferentes formas de organização.
Promover a interação entre o setor público e a iniciativa
Promover a formação técnico-científica e capacitação no privada, universidades, centros de pesquisa e organizações
setor de plantas medicinais e fitoterápicos. não-governamentais na área de plantas medicinais e
desenvolvimento de fitoterápicos.
Estabelecer estratégias de comunicação para divulgação do
Apoiar a implantação de plataformas tecnológicas piloto para
setor plantas medicinais e fitoterápicos.
o desenvolvimento integrado de cultivo de plantas medicinais
e produção de fitoterápicos.
Incentivar a formação e a capacitação de recursos humanos
para o desenvolvimento de pesquisas, tecnologias e Incentivar a incorporação racional de novas tecnologias no
inovação em plantas medicinais e fitoterápicos. processo de produção de plantas medicinais e fitoterápicos.

Garantir e promover a segurança, a eficácia e a qualidade Promover a inclusão da agricultura familiar nas cadeias e
no acesso a plantas medicinais e fitoterápicos. nos arranjos produtivos das plantas medicinais, insumos e
fitoterápicos.
Promover e reconhecer as práticas populares de uso de
Estimular a produção de fitoterápicos em escala industrial.
plantas medicinais e remédios caseiros.

Estabelecer uma política intersetorial para o


Promover a adoção de boas práticas de cultivo e
desenvolvimento socioeconômico na área de plantas
manipulação de plantas medicinais e de manipulação e
medicinais e fitoterápicos.
produção de fitoterápicos, segundo legislação específica.
Incrementar as exportações de fitoterápicos e insumos
Promover o uso sustentável da biodiversidade e a relacionados, priorizando aqueles de maior valor agregado.
repartição dos benefícios derivados do uso dos
conhecimentos tradicionais associados e do patrimônio Estabelecer mecanismos de incentivo para a inserção da
genético. cadeia produtiva de fitoterápicos no processo de
fortalecimento da indústria farmacêutica nacional.

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ASPECTOS LEGAIS E ÉTICOS

• Resolução SES/RJ N.º 1590 de 12 de Fevereiro de 2001–


Prática da Fitoterapia
• RE nº 89, de 16 de março de 2004 – ANVISA
Registro de medicamentos fitoterápicos
• Dec. Pres. 17/2/05 – GT p/ formular proposta
de Política Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos
• PORTARIA Nº 971, DE 3 DE MAIO DE 2006
Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) no SUS
• Código de ética médica

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FITOTERAPIA
FITOTERAPIA

“Terapêutica caracterizada pela “Modalidade terapêutica caracterizada pela


utilização de plantas medicinais prescrição individualizada – segundo quadro
e suas diferentes preparações clínico – de formulação, contendo uma ou
farmacêuticas, sem a utilização de
substâncias ativas isoladas, ainda que de
mais espécies medicinais de reconhecida(s)
origem vegetal” ação(ões) farmacológica(s) em diferentes
preparações, sem adição ou acréscimo de
PNPIC – Port. MS 971 – 03/5/06 substâncias isoladas, ainda que de origem
vegetal”

(Res.SES/RJ-1590-12/2/2001)

DEFINIÇÕES:
Fitoterápicos - medicamentos cujos ativos podem ser
somente derivados de drogas vegetais

Derivados - produtos de extração : extratos, sucos, óleos,


resinas, graxas, frações semi-purificadas, etc. , menos substâncias
puras.
Drogas vegetais - essencialmente, a planta ou suas partes,
após processos de coleta, estabilização e secagem, podendo ser
íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada.

Não se registram mais drogas vegetais como


medicamentos ! – PROBLEMÁTICA DA VENDA
DOS PÓS DE PLANTAS POR FARMÁCIAS E
MERCADOS MUNICIPAIS PERMANECEM !!!!!!!!!!
Excipientes e outros componentes não ativos da fórmula podem
ser de outras origens que não a vegetal.

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Possibilidades O cultivo de ervas medicinais exige gastos iniciais


da ordem de R$ 30 mil entre três e cinco hectares.
O mercado de plantas medicinais está movimentando O produtor precisa de tecnologia, conhecimento e
no mundo cerca de US$ 17 bilhões com um infra-estrutura.
crescimento de 10% ao ano.

Do total plantado no Brasil, apenas 10% têm


No Brasil, a movimentação é de cerca de US$ 600 qualidade excelente. Os produtores não investem
milhões por ano e, apesar da grande variedade de mais na qualidade porque a indústria não quer
espécies, ainda são importados US$ 5 milhões em absorver os custos.
plantas medicinais.

As vendas ao consumidor final são realizadas por


Os principais elos das cadeia produtiva de PM são: variados estabelecimentos varejistas, de diferentes ramos.
1. Fornecedores de insumos: são os responsáveis em ofertar à
A cadeia comercial é constituída por:
unidade produtiva, as condições necessárias para que a
produção seja efetiva. Quem e quantos são - Laboratórios e indústrias produtoras de fito-derivados
2. Unidade produtiva: envolve todos os aspectos relacionados na forma de matéria-prima vegetal;
ao produtor e à produção, como a mão-de-obra utilizada, - Indústrias de produtos farmacêuticos;
qualidade da matéria-prima, investimentos e produtividade.
- Indústrias de essências e aromas;
3. Sistema de transformação: abrange todas as etapas de
industrialização do produto, como processamento, - Indústrias de cosméticos e perfumaria;
beneficiamento, função social, escala de produção, marketing, - Farmácias tradicionais;
competitividade, etc.
- Farmácia de manipulação;
4. Distribuição: engloba atividades como o transporte do
produto, sua armazenagem, órgãos responsáveis pela - Redes de supermercados ou pequenos
intermediação, os mercados atacadistas e varejistas; estabelecimentos;
importação e exportação. - Indústrias de produtos de limpeza;
5. Consumidor: quem e quantos são - Herbanários

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 Mercado mundial Mercado nacional


O mercado de plantas medicinais está em expansão Balança Comercial
há duas décadas e, havendo estimativas de que o volume Uma base de dados, no âmbito de exportação e
importação de especiarias, plantas medicinais, extratos vegetais e
óleos essenciais, é a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).
Entretanto há grande dificuldade para se medir.
drogas 127%
Em 1998 o Brasil importou ... e exportou ...
fórmulas baseadas em plantas medicinais 20%
Exportação: ipê-roxo,
espinheira-santa, erva-
alimentos com ervas 16% de-bicho, fáfia, catuaba,
59,1 milhões / 1997 chapéu-de-couro e
produtos de beleza com ervas 49% capim limão/cidró
64,7 milhões/1997
Importação: babosa,
suplementos que contém ervas 59% arruda, erva-doce,
sabugueiro, sálvia,
gingko, alfazema e
arnica

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Os principais locais de venda da produção são:


Comércio Interno - CEASA – 4% (folhas verdes em maço)
- Supermercado – 9%
- Lojas de produtos naturais – 17%
Em relação ao mercado interno de plantas
Atacadista
medicinais, calcula-se que o Brasil comercializa
um volume em torno de 500 milhões de Aspectos que diferenciam a qualidade do produto:
dólares/ano - Valorização dos produtos com garantia de origem;
- Organização dos agricultores;
- Melhorias no processo de produção;
- Capacitação de recursos humanos;
- Avanços tecnológicos;
- Certificação;
- Mecanismos legais

BAIXA QUALIDADE DO PRODUTO


BAIXO PREÇO PAGO
ECONÔMICOS:
Produtor  Comprador
 MAIOR RENTABILIDADE COMPARADA
1 HA DE PLAMED EQÜIVALE ALTO INVESTIMENTO INICIAL
A 7 HA DE SOJA E A 10 HA DE MILHO
RETORNO DE MÉDIO E LONGO PRAZOS
 ATIVIDADE EM CRESCIMENTO: 10% A.A.
 ALTO CUSTO DE PRODUÇÃO
 TENDÊNCIA MUNDIAL:
 AUSÊNCIA DE PROGRAMAS DE FINANCIAMENTO
MAIOR CONSUMO DE PRODUTOS NATURAIS
CERTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS BANCÁRIO ESPECÍFICOS PARA A ÁREA
RASTREABILIDADE
 VÁRIOS USOS PARA UMA MESMA ESPÉCIE
EX. ALIMENTÍCIA, MEDICINAL,
CONDIMENTAR, INDUSTRIAL, OUTROS

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SOCIAIS: BIOLÓGICOS
 REQUER GRANDE QUANTIDADE DE MÃO DE OBRA  DIVERSIDADE DO CLIMA E SOLO PERMITE:

1 TRABALHADOR FIXO E ATÉ 3 SAZONAIS/HA CULTIVO DE UM GRANDE NÚMERO DE ESPÉCIES

 CARACTERÍSTICAS DE AGRICULTURA FAMILIAR MERCADO INTERNO E EXPORTAÇÃO


 BAIXO NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO: SUBSTITUIÇÃO DE ITENS IMPORTADOS
DOS PRODUTORES
 COLETA DESENFREADA DE ESPÉCIES NATIVAS
DA PRODUÇÃO
DA COMERCIALIZAÇÃO EX. FÁFIA, ESPINHEIRA-SANTA, CARQUEJA,

 A ATIVIDADE EXIGE UMA BOA FORMAÇÃO ETC.


CULTURAL e NÍVEL DE ESCOLARIDADE

TÉCNICOS: AGRONEGÓCIO
CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS
ALTO ÍNDICE DE CONTAMINAÇÃO DO PRODUTO E CONDIMENTARES.
BAIXOS TEORES DE PRINCÍPIOS ATIVOS  CUSTO POR HECTARE:
R$ 2.000 a 3.500 HA/ANO
 RECEITA BRUTA:
 POUCA DISPONIBILIDADE DE INFORMAÇÕES R$ 2.800 a 12.000 HA/ANO
TÉCNICAS  MARGEM BRUTA:
R$ 1.600 a 9.000 HA/ANO
ESPÉCIES NATIVAS E INTRODUZIDAS
 TEMPO DE RETORNO DO PROJETO: 3 ANOS
 INFORMAÇÕES DE MERCADO:
MAIOR PARTE DO SISTEMA DE CULTIVO
APESAR DO MERCADO LIMITADO
AINDA SE BASEIA NO USO DE QUANDO COMPARADAS COM OS CULTIVOS
AGROQUÍMICOS; COMERCIAIS, APRESENTAM MAIOR
RENTABILIDADE

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