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Estressildo - Anatomia de um candidato

linhas de expressão calvície precoce


por cousa de por estar sempre
preocupações estressado

olheiras de corcunda por ficar


noites em claro horas debruçado
sobre os livros
bafo de café
com coca-cola e
bunda chata de
xarope de guaraná
tanto ficar sentado
barriga sedentário
devido a uma
^dedos calejados de
alimentação
tanto escrever
desequilibrada

REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. SEGURADOS


OBRIGATÓRIOS. CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E
ABRANGÊNCIA: EMPREGADO, EMPREGADO DOMÉSTICO,
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL, TRABALHADOR AVULSO,
SEGURADO ESPECIAL. SEGURADO FACULTATIVO: CONCEITO,
CARACTERÍSTICAS.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: artigos 12 a 14 da Lei n° 8.212/91 (Custeio),


artigos 11 a 15 da Lei n° 8.213/91 (Benefícios) e artigos 9° a 14 do
Decreto n° 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social).

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Sumário
1. INTRODUÇÃO 2
2. REGIMES BÁSICOS DE PREVIDÊNCIA 3
3. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR 3
3.1. REGIME COMPLEMENTAR PRIVADO ABERTO 4
3.2. REGIME COMPLEMENTAR PRIVADO FECHADO 4
3.3. REGIME COMPLEMENTAR PÚBLICO FECHADO 4
4. FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO NO RGPS 5
4.1. FILIAÇÃO 5
4.2. INSCRIÇÃO 5
4.3. DISTINÇÃO ENTRE FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO 6
5. BENEFICIÁRIOS DO RGPS (segurados e dependentes) 7
6. SEGURADOS 8
7. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS 8
8. DISTINÇÃO (MÉTODO DE ELIMINAÇÃO) 8
9. CATEGORIAS DE SEGURADOS OBRIGATÓRIOS 11
9.1. EMPREGADO 11
9.2. EMPREGADO DOMÉSTICO 15
9.3. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL 15
9.4. TRABALHADOR AVULSO 19
9.5. SEGURADO ESPECIAL 20
10. FACULTATIVOS 23
11. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO (PERÍODO DE GRAÇA) 25
12. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 26
13. QUESTÕES COMENTADAS 28
14. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 50
15. GABARITO 58

1. INTRODUÇÃO

Antes de analisarmos os segurados obrigatórios e facultativos


(beneficiários) do Regime Geral de Previdência Social - RGPS é importante que
façamos um breve comentário acerca dos regimes de previdência, tendo em

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vista que é comum aos candidatos confundirem as regras do Regime Geral de
Previdência Social - RGPS com as de outros regimes de previdência.

Por ser um assunto bastante cobrado, essa confusão acarreta um enorme


prejuízo aos candidatos nas provas de concursos, inclusive quanto ao correto
enquadramento das categorias de segurados obrigatórios do RGPS.

2. REGIMES BÁSICOS DE PREVIDENCIA

A previdência social brasileira possui dois regimes básicos distintos, que


são o Regime Geral de Previdência Social - RGPS, e os Regimes Próprios
de Previdência de Servidores Públicos - RPPS.

Ao RGPS estão vinculados os trabalhadores brasileiros de modo geral,


desde que não estejam vinculados a regimes próprios de previdência. O RGPS é
administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, autarquia federal
vinculada ao Ministério da Previdência Social. O empregado de uma empresa
privada (CLT) é um exemplo de segurado obrigatório vinculado ao RGPS.

Os RPPS são organizados por unidade federada (União, Estados-membros,


DF e Municípios). Cada ente federativo tem competência para criar seu próprio
regime de previdência, com contribuições cobradas de seus servidores, para
benefício destes, desde que sejam ocupantes de cargo de provimento efetivo,
caso contrário ficarão vinculados ao RGPS. Vincula-se ao RPPS o servidor
público exercente de cargo efetivo, cujo ente federativo tenha instituído Regime
Próprio através de lei.

3. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

A previdência complementar é de natureza facultativa, seu ingresso


depende da vontade de qualquer pessoa, e autônoma diante dos regimes
básicos (RGPS ou RPPS), vale dizer, o recebimento da sua complementação
independe do recebimento de benefícios dos regimes básicos.

Relativamente ao tema é fundamental destacarmos novamente um


aspecto: a adesão à previdência complementar independe da vinculação
obrigatória dos trabalhadores aos regimes básicos (RGPS ou RPPS). Portanto, a
princípio, todos podem aderir à previdência complementar.

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A previdência complementar pode ser privada ou pública, sendo que a
privada pode ser aberta ou fechada, enquanto a pública é sempre fechada.

3.1. REGIME COMPLEMENTAR PRIVADO ABERTO

Qualquer pessoa, mesmo aqueles que não exercem atividade


remunerada, pode participar de um plano de previdência complementar no
segmento aberto, usualmente mantido por entidades financeiras, como
seguradoras ou bancos. Esta flexibilidade decorre do fato de ser um seguro
privado, cujo vínculo tem natureza contratual, ou seja, depende da vontade do
segurado. Exemplo: Itaú Previdência.

3.2. REGIME COMPLEMENTAR PRIVADO FECHADO

No segmento privado fechado o ingresso é restrito à determinadas


pessoas, em geral empregados de determinada(s) empresa(s), ou associados
de determinada(s) entidade(s). Estas entidades fechadas de previdência
complementar são conhecidas como fundos de pensão, sendo responsáveis pela
gestão dos recursos acumulados em nome dos trabalhadores. Exemplo: A
FUNCEF - Fundação dos Economiários Federais é uma entidade fechada de
previdência privada sem fins lucrativos que administra o plano de previdência
complementar dos empregados da Caixa Econômica Federal. Portanto esse
plano de previdência só é acessível, de forma facultativa, aos empregados da
CEF.

3.3. REGIME COMPLEMENTAR PÚBLICO FECHADO

A Emenda 41/03 mudou as regras de aposentadorias dos servidores


públicos, dentre as modificações estabeleceu o fim da integralidade e o fim da
paridade entre ativos e inativos. Esta Emenda autorizou também a criação por
lei do regime de previdência complementar de natureza pública.

O fim da integralidade significa dizer que o servidor não irá mais se


aposentar com sua última remuneração, o valor corresponderá ao resultado da
média aritmética de suas remunerações, limitado ao mesmo teto de
aposentadoria do RGPS.

Entretanto, esse limite só poderia ser implantado com a criação por lei do
regime complementar de natureza pública para os servidores por meio de
entidade fechada. Esta regra somente atingirá os novos servidores.

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A Lei 12.618/2012 instituiu o regime de previdência complementar para
os servidores públicos federais titulares de cargo efetivo. De acordo com a lei
aprovada, quando um servidor público federal se aposentar, receberá no
máximo, o mesmo teto previsto em lei para pagamento dos benefícios do
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Para garantir um valor equivalente
ao salário que tem na ativa, a aposentadoria do servidor poderá ser
complementada pela fundação de previdência complementar relativa ao poder
para o qual trabalha, tendo em vista que o ingresso é facultativo.

4. FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO NO RGPS

4.1. FILIAÇÃO

Filiação é o vínculo jurídico existente entre o trabalhador e o Regime Geral


de Previdência Social - RGPS, sendo, sobretudo, a condição material que
assegura o direito subjetivo às prestações. Pode ser obrigatória ou facultativa.

O início da filiação ocorre a partir do exercício das atividades remuneradas


abrangidas pelo RGPS, exceto para o segurado facultativo, que depende da
formalização da inscrição com o pagamento da primeira contribuição para
constituir o vínculo (filiação) com o RGPS.

A filiação persiste enquanto ocorrer o exercício da atividade remunerada e


também nos períodos de manutenção da qualidade de segurado, prolongando-
se inclusive durante o recebimento de benefício.

Só as pessoas físicas podem filiar-se. Sempre que o trabalhador perder a


qualidade de Segurado, a filiação desaparece, mas será restabelecida se ele
voltar ao trabalho ou a contribuir.

Vários motivos põem fim à filiação: a morte, a perda da qualidade de


segurado, o afastamento do RGPS em razão do ingresso em outro regime
previdenciário.

4.2. INSCRIÇÃO

É o ato pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS, mediante


comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis à
sua caracterização, portanto é a formalização da filiação.

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A inscrição do segurado empregado e do trabalhador avulso será efetuada
diretamente na empresa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra.

Em relação ao segurado empregado doméstico, contribuinte individual,


facultativo e segurado especial a inscrição no INSS ocorre pela apresentação de
documentos que caracterizem ou não o exercício de atividade remunerada.

Atualmente, é vedada a inscrição post mortem do segurado pelos seus


dependentes, exceto no caso do segurado especial, desde que presentes e
comprovados os pressupostos da filiação. Portanto, após o falecimento dele, os
herdeiros (demonstrados os pressupostos de filiação) poderão requerer a sua
inscrição.

É importante para as provas de concurso publico lembrar que, caso o


servidor, amparado por regime próprio de previdência social, seja
requisitado para outro órgão ou entidade cujo regime previdenciário não
permita a filiação nessa condição, permanecerá vinculado ao regime de
origem, obedecidas às regras que cada ente estabeleça acerca de sua
contribuição. Seria o caso de um auditor da Receita Federal afastado para
exercer o cargo de secretário de um município que permanece vinculado à
União.

Entretanto, caso o servidor venha a exercer, concomitantemente,


atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdência Social, tornar-se-á
segurado obrigatório em relação a essas atividades. Como exemplo, vamos
supor que um auditor da Receita Federal seja contratado para ser professor de
uma faculdade privada no período noturno. Nessa situação continuará vinculado
ao seu regime próprio (União) na qualidade de auditor e passará também a ter
vinculo com o regime geral (INSS) na qualidade de professor, como segurado
obrigatório.

4.3. DISTINÇÃO ENTRE FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO

A filiação representa fato pertencente ao mundo material (trabalho


remunerado) e acontece independentemente da vontade do filiado; a inscrição,
embora materializada pela documentação, é ato formal, efetuado diretamente
na empresa ou no INSS, conforme o tipo de segurado, ou pelo recolhimento da
primeira contribuição no caso de facultativo. A filiação é condição natural e

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automática do trabalhador decorrente do exercício de certas atividades e de
disposições legais e a inscrição é um ato, material ou real que formaliza a
filiação.

Atualmente existem milhões de trabalhadores no Brasil, na economia


informal, que são filiados ao RGPS porque o vínculo decorre, de forma
automática, do exercício da atividade remunerada. Mas, em sua grande parte,
não estão inscritos no RGPS (INSS).

Essa situação acarreta duas graves consequências: esses trabalhadores


não contribuem para o INSS, cujo regime de financiamento é solidário, com
prejuízos para o sistema, e em contrapartida também não farão jus aos
benefícios da Previdência Social diante da ocorrência de certos infortúnios,
causando outro problema para a sociedade que deverá prestar assistência social
gratuita.

5. BENEFICIÁRIOS DO RGPS (segurados e dependentes)

Todo trabalhador que exerça atividade remunerada, desde que não


esteja vinculado a Regime Próprio de Previdência Social - RPPS será
considerado segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social,
independentemente da sua vontade. Portanto, a qualidade de segurado
obrigatório está insitamente ligada ao exercício de atividade
remunerada, com ou sem vínculo empregatício.

Conclui-se que o vínculo existente entre o trabalhador e o RGPS é legal e


não contratual como ocorre com a previdência complementar. Na relação
jurídica decorrente do RGPS, o Estado chama para si a função de proteger o
trabalhador diante de certas contingências previstas em lei, através de filiação e
contribuição compulsórias.

A única exceção a essa regra no RGPS decorre da aplicação do princípio


da universalidade que admite a filiação de pessoa que não exerça atividade
remunerada na qualidade de segurado facultativo, de acordo com a sua
própria vontade.

Em linhas gerais, os beneficiários do RGPG dividem-se em


segurados e dependentes. Os segurados são aqueles que, de regra,

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contribuem e fazem jus a todos os benefícios do RGPS, desde que cumpram os
requisitos exigidos em lei. Os dependentes são aqueles que não contribuem,
mas mantém dependência econômica com os segurados na forma da lei.
Possuem direito a percepção de apenas dois benefícios: pensão por morte do
segurado e auxílio-reclusão.

6. SEGURADOS

Os segurados, por sua vez, dividem-se em obrigatórios e facultativos.


Segurados obrigatórios são aqueles cujo vínculo com o RGPS decorre de lei,
portanto, independe da sua própria vontade. Exemplos: um camelô, um
ambulante, um feirante, dentre outros, ainda que não estejam inscritos no
INSS. Segurados facultativos são aqueles cujo vínculo com o RGPS depende
da sua vontade. Com fundamento no princípio da universalidade, podem ser
considerados segurados facultativos todas as pessoas que não exerçam
atividade remunerada que os vincule obrigatoriamente aos regimes básicos de
previdência. Exemplo: uma dona de casa, que não exerça atividade
remunerada.

Em resumo, a diferença básica entre o segurado obrigatório e o segurado


facultativo está no fato de que a filiação do primeiro decorre da lei, enquanto a
do segundo representa ato volitivo.

7. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

Os segurados obrigatórios dividem-se em cinco categorias: empregado;


empregado doméstico; trabalhador avulso; contribuinte individual e
especial.

8. DISTINÇÃO (MÉTODO DE ELIMINAÇÃO)

Caso o trabalhador exerça atividade remunerada e não esteja vinculado


a Regime Próprio de Previdência, estará enquadrado em uma das cinco
categorias de segurados obrigatórios do RGPS, sendo vedada a sua inscrição
como segurado facultativo.

Portanto, caso exerça atividade remunerada, pública ou privada, o


segurado estará obrigatoriamente vinculado ao regime geral ou regime próprio
e jamais poderá inscrever-se no RGPS como segurado facultativo. Esse vínculo
(filiação) como segurado obrigatório independe da vontade do segurado.

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A grande dificuldade dos candidatos nas provas dos concursos públicos,
em relação a esse tema tão importante, por ser um dos mais cobrados, é fazer
a correta distinção entre as categorias de segurados obrigatórios, face às
inúmeras hipóteses previstas na legislação previdenciária, dificultando qualquer
tentativa de uma simples memorização.

Para que possamos então resolver qualquer questão sobre esse tema
(sem decorar) com absoluta convicção, basta aplicarmos um método simples
que consiste no processo de eliminação.

De acordo com esse método, três categorias são inconfundíveis, não


costumam trazer muita dificuldade, portanto devem ser analisadas e, se for o
caso, eliminadas em primeiro lugar, a saber:

1) doméstico(a) - é aquele que trabalha de forma contínua para a


família com subordinação em atividades sem fins lucrativos. É o caso da
babá, cozinheira, jardineiro e outros. É fundamental que a atividade seja
estritamente doméstica, tanto urbana como rural, caso a atividade seja
desvirtuada, ou seja, passe a ter fins lucrativos, o trabalhador (a) enquadra-se
na condição de empregado (CLT);

2) avulso - é o trabalhador que só pode ser contratado mediante


intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do órgão gestor
de mão-de-obra - OGMO. Essa intermediação obrigatória só existe para essa
categoria de trabalhadores e tem por finalidade a sua própria proteção diante
do contratante (tomador de serviços). Portanto, observem que o avulso não
mantém vínculo empregatício nem com o contratante e nem com o
intermediário. O estivador é um dos exemplos de avulso portuário.

3) especial - é o produtor rural pessoa física, em regime de economia


familiar e os equiparados, como por exemplo, o pescador artesanal. A princípio,
a atividade do especial é de subsistência, sem o auxílio de empregados
permanentes, para aqueles que não tenham alguma outra atividade
remunerada.

Portanto, pelo nosso método, sobram apenas as duas maiores categorias:


o segurado empregado e o contribuinte individual.

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4) empregado é o trabalhador que mantém vínculo empregatício
caracterizado principalmente pela subordinação jurídica, como ocorre com o
empregado celetista. Também se enquadram nessa categoria os equiparados a
segurado empregado, como por exemplo, o exercente de mandato eletivo.

5) contribuinte individual, por eliminação, é o trabalhador que não está


enquadrado nas três primeiras categorias inconfundíveis (doméstico, avulso e
especial) e que também não possua vínculo empregatício. Não é por acaso que
esta é a maior categoria de todas (todo trabalhador que não esteja enquadrado
nas anteriores e nem vinculado a regime próprio de previdência). Exemplos:
ministro de confissão religiosa, garimpeiro, árbitro de futebol, dentre outros.

Pela sua extensão, e com base em concursos anteriores, não há nenhuma


dúvida que este assunto (segurados) será cobrado. Portanto, para resolvermos
qualquer questão sobre esse tema basta aplicarmos o processo de eliminação.

Dentre as cinco categorias de segurados obrigatórios, três são


inconfundíveis: o doméstico (trabalha para família em atividades sem fins
lucrativos), o avulso (intermediação obrigatória do sindicato ou órgão gestor
de mão-de-obra) e o especial (produtor rural pessoa física, em regime de
economia familiar e os equiparados, como por exemplo, o pescador
artesanal).

Sobram as duas maiores categorias: empregado (vínculo empregatício


caracterizado pela subordinação jurídica e equiparados) e o contribuinte
individual que é a maior categoria de todas (todo trabalhador que não esteja
enquadrado nas anteriores e nem vinculado a regime próprio de previdência).

Agora vamos por em prática a identificação das categorias de segurados


obrigatórios através do método de eliminação. Para isso vamos imaginar que
determinado trabalhador autônomo taxista seja associado à cooperativa de
trabalho para a prestação de serviços a terceiros através da cooperativa.

Inicialmente, pelo exercício de atividade remunerada, não pode ser


considerado facultativo.

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Quanto aos regimes de previdência, estará vinculado ao RGPS por não
ser servidor público exercente de cargo efetivo.

O trabalhador cooperado não pode ser segurado empregado


doméstico do RGPS porque não trabalha de forma contínua para família, em
atividade sem fins lucrativos.

Não é avulso porque não há intermediação obrigatória do sindicato ou


órgão gestor da mão-de-obra na sua contratação.

Também é incompatível com o segurado especial, tendo em vista que


este é o produtor rural ou equiparado que exerce atividade agropecuária
individualmente ou em regime de economia familiar.

Não pode ser segurado empregado porque não há vínculo


empregatício entre o cooperado e a cooperativa, embora nada impeça que a
cooperativa tenha seus próprios empregados.

Por eliminação constata-se que o cooperado é segurado


obrigatório do RGPS na qualidade de contribuinte individual. É simples
assim.

9. CATEGORIAS DE SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

Para reforçar a nossa compreensão sobre esse tema, listamos abaixo o


enquadramento dos trabalhadores em relação a cada uma das categorias
previstas na legislação previdenciária. Entretanto, reiteramos que, face à
extensão do assunto, a simples decoreba deve ser evitada.

9.1. EMPREGADO

1) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em


caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive
como diretor empregado;

A inscrição do segurado em qualquer categoria de segurado obrigatório do


RGPS exige a idade mínima de dezesseis anos, exceto como segurado
obrigatório empregado, na condição de aprendiz.

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Esta exceção decorre do art. 7 o , inciso XXXIII, da Constituição Federal,
que proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos.

2) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não
superior a três meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade
transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo
extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da legislação própria;

3) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar


como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída
sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País;

4) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar


como empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital
votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha
sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter
permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas
e residentes no País ou de entidade de direito público interno;

5) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição


consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros
dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência
permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do
país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;

6) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos


oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá
domiciliado e contratado, salvo se amparado por regime próprio de previdência
social;

No RGPS, todo brasileiro que trabalha no exterior é empregado, exceto o


brasileiro civil que trabalha no exterior em organismo oficial internacional que é
contribuinte individual (observem que esta é a única exceção), caso ele trabalhe
para a União em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro
efetivo, será considerado empregado, conforme disposto no item 6 acima.

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> Brasileiro que trabalhe para a União em 0I -> empregado.
Exemplo: uma pessoa que trabalha para a União como seu representante
na Organização das Nações Unidas - ONU

> Brasileiro que trabalhe em 0I -> contribuinte individual. Exemplo:


um pesquisador que exerce atividade privada e foi contratado
diretamente pela Organização Mundial de Saúde - OMS.

7) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições


governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local
de que tratam os art. 56 e 57 da Lei n- 11.440, de 29 de dezembro de 2006,
este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema
previdenciário local;

Auxiliar local é o brasileiro ou o estrangeiro admitido para prestar serviços


ou desempenhar atividades de apoio que exijam familiaridade com as condições
de vida, os usos e os costumes do país onde esteja sediado o posto. Por outras
palavras, é uma espécie de adido.

8) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo


com a Lei n- 11.788, de 25 de setembro de 2008;

9) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas


autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração (o servidor efetivo que exerça
cargo em comissão continua vinculado ao regime próprio);

10) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das


respectivas autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que,
nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência
social;

11) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município,


bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo

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determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público;

12) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas


autarquias e fundações, ocupante de emprego público (CLT);

Guardem bem essa dica: todos aqueles que exercem atividade pública
remunerada (empregados públicos, comissionados, temporários), com
exceção do servidor público exercente de cargo efetivo vinculado a
regime próprio, são segurados obrigatórios do RGPS como empregados.

13) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de


registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo
Regime Geral de Previdência Social;

14) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que


não vinculado a regime próprio de previdência social;

A lei 10.887/2004 reinseriu a figura do exercente de mandato eletivo


como segurado obrigatório do RGPS na qualidade de empregado, com
fundamento na EC 20/98 que prevê além da contribuição dos trabalhadores a
dos demais segurados. A intenção foi demonstrar que a partir da EC 20/98 há
fundamentação constitucional para o enquadramento do exercente de mandato
eletivo no RGPS.

Porém, o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, só


poderá ser considerado segurado obrigatório do RGPS na qualidade de
empregado, caso não esteja vinculado a regime próprio de previdência
social. Caso contrário, mesmo depois de eleito, continuará vinculado ao regime
de origem (próprio). Esta seria a situação de um auditor fiscal da Receita
Federal eleito para deputado estadual.

15) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em


funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de
previdência social;

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16) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do
art. 14-A da Lei n- 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades
de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período
de um ano.

9.2. EMPREGADO DOMÉSTICO

Aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração,


a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins
lucrativos.

9.3. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

1) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a


qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área, contínua ou
descontínua, superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em área igual
ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com
auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos;

2) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração


mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por
intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a
qualquer título, ainda que de forma não contínua;

3) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada,


de congregação ou de ordem religiosa;

4) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional


do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo
quando coberto por regime próprio de previdência social;

/ esclarecendo!

Vamos supor que um brasileiro nato civil que mora há muito tempo na
Suíça, foi contratado em Genebra para trabalhar na Organização Mundial de
Saúde tendo optado por não se filiar ao regime próprio daquela organização.
Nessa situação, Miguel é segurado obrigatório da previdência social brasileira na
qualidade de contribuinte individual.

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Por outro lado, caso esse segurado trabalhasse no exterior para a União
em organismo oficial internacional (exemplo: ONU), seu enquadramento no
RGPS seria como empregado.

5) o titular de firma individual urbana ou rural;

6) o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na


sociedade anônima;

7) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria;

8) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente


de seu trabalho e o administrador não empregado na sociedade por cotas de
responsabilidade limitada, urbana ou rural;

9) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou


entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou
administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que
recebam remuneração;

10) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a


uma ou mais empresas, sem relação de emprego;

11) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de
natureza urbana, com fins lucrativos ou não;

Essa é uma das hipóteses mais comuns (trabalhador autônomo) de


segurado obrigatório do RGPS na qualidade de contribuinte individual.
Exemplo típico dessa categoria seria o caso de três mulheres que trabalham por
conta própria e exercem suas atividades na residência de uma delas como
cabeleireira, manicure e esteticista, respectivamente.

12) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado


classista temporário da Justiça do Trabalho ou nomeado magistrado da Justiça
Eleitoral;

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13) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta
serviço à sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho
executado;

14) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C
da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo
recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em
valores fixos mensais;

a) é considerado MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da


Lei no 10.406, de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-
calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo
Simples Nacional;

b) conforme o disposto no art. 18-A, e seus parágrafos, da Lei


Complementar n° 123/2006, poderá se enquadrar como MEI o empresário
individual que possua um único empregado que receba exclusivamente um
salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional.

15) o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado aquele que


exerce atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, co-
proprietário ou promitente comprador de um só veículo;

16) aquele que exerce atividade de auxiliar de condutor autônomo de veículo


rodoviário, em automóvel cedido em regime de colaboração;

17) aquele que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco, exerce pequena
atividade comercial em via pública ou de porta em porta, como comerciante
ambulante;

18) o trabalhador associado a cooperativa que, nessa qualidade, presta serviços


a terceiros;

19) o membro de conselho fiscal de sociedade por ações;

20) o diarista, assim entendido a pessoa física que, por conta própria, presta
serviços de natureza não contínua à pessoa ou à família no âmbito residencial
destas, em atividade sem fins lucrativos;

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A diferença existente entre o diarista (contribuinte individual) e o
doméstico está na continuidade do serviço, que é essencial para esse e
inexistente para aquele.

21) o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de


cartório, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro,
não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21 de novembro
de 1994;

Somente o servidor público exercente de cargo efetivo está vinculado a


regime próprio de previdência social, portanto o tabelião está vinculado ao
RGPS como contribuinte individual.

Caso exerça a atividade de escrevente ou auxiliar contratados por titular


de serviços notariais e de registro, o enquadramento no RGPS será como
empregado.

22) aquele que, na condição de pequeno feirante, compra para revenda


produtos hortifrutigranjeiros ou assemelhados;

23) a pessoa física que edifica obra de construção civil;

24) o médico residente;

25) o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento,


em embarcação com mais de seis toneladas de arqueação bruta,
ressalvado quando na condição, exclusivamente, de parceiro outorgado,
utilize embarcação de até dez toneladas de arqueação bruta;

26) o incorporador;

27) o bolsista da Fundação Habitacional do Exército;

28) o árbitro e seus auxiliares;

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29) o membro de conselho tutelar, quando remunerado;

30) o interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de


instituição financeira.

31) a pessoa física contratada para prestação de serviço em campanhas


eleitorais por partido político ou por candidato a cargo eletivo, diretamente ou
por meio de comitê financeiro;

9.4. TRABALHADOR AVULSO

É aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana


ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a
intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra ou do sindicato
da categoria.

Podem ser considerados avulsos:

I - o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva,


conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco;

II - o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza,


inclusive carvão e minério;

III - o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de


navios);

IV - o amarrador de embarcação;

V - o ensacador de café, cacau, sal e similares;

VI - o trabalhador na indústria de extração de sal;

VII - o carregador de bagagem em porto;

VIII - o prático de barra em porto;

IX - o guindasteiro; e

X - o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em


portos.

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A definição acima de trabalhador avulso consta no art. 9 o , inciso VI, do
Regulamento da Previdência Social. Contudo, o art. 12, inciso VI, da Lei
8.212/91, traz a seguinte definição: quem presta, a diversas empresas, sem
vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no
Regulamento. Comparando as duas definições verifica-se que a do RPS é mais
completa, porém, ambas são corretas.

9.5. SEGURADO ESPECIAL

A pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou


rural próximo que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda
que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:

a) produtor, seja ele proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro


ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore
atividade:

1. agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos fiscais;

2. de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo


sustentável, de recursos naturais renováveis, e faça dessas atividades o
principal meio de vida;

b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão


habitual ou principal meio de vida; e

c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de dezesseis anos de idade


ou a este equiparado, do segurado que, comprovadamente, tenham
participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar.

Caso prático: Um lavrador que tem uma pequena lavoura de feijão em


sua propriedade rural de 2 módulos fiscais e exerce sua atividade rural apenas
com o auxílio da família. A sua mulher e os seus filhos maiores de dezesseis
anos de idade ajudam diariamente na manutenção da plantação, participando

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ativamente nas atividades rurais do grupo familiar. Nessa situação, o lavrador e
toda a sua família são segurados especiais da previdência social.

0 segurado especial, apesar de não ser segurado facultativo, pode


contribuir facultativamente como pessoa física da mesma forma que o
contribuinte individual, mas ainda que exerça essa faculdade permanecerá
enquadrado como segurado especial.

A palavra facultativamente, nesse caso, significa opção. Portanto, o


especial, apesar de ser segurado obrigatório (vínculo jurídico com o INSS) tem
duas opções: não contribuir e receber benefício de valor mínimo, ou pode optar
por contribuir e receber o benefício de acordo com a média das suas
contribuições.

Conforme estabelece a legislação previdenciária, não descaracteriza a


condição de segurado especial:

1 - a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou


comodato, de até cinquenta por cento de imóvel rural cuja área total, contínua
ou descontínua, não seja superior a quatro módulos fiscais, desde que
outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade,
individualmente ou em regime de economia familiar;

II - a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com


hospedagem, por não mais de cento e vinte dias ao ano;

III - a participação em plano de previdência complementar instituído por


entidade classista a que seja associado, em razão da condição de trabalhador
rural ou de produtor rural em regime de economia familiar;

IV - a participação como beneficiário ou integrante de grupo familiar que


tem algum componente que seja beneficiário de programa assistencial oficial de
governo;

V - a utilização pelo próprio grupo familiar de processo de beneficiamento


ou industrialização artesanal, na exploração da atividade;

VI - a associação a cooperativa agropecuária;

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0 grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo
determinado ou trabalhador eventual, à razão de no máximo 120 (cento e
vinte) pessoas por dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou,
ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado
nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-
doença.

Exemplos: o segurado especial tanto pode possuir 1 empregado durante


120 dias, como também 2 empregados durante 60 dias, ou 4 empregados
durante 30 dias, ou até mesmo 120 empregados durante 1 dia por ano. Em
todas as hipóteses a proporção é idêntica (1/120).

Não perde a qualidade de segurado especial o membro de grupo


familiar que possuir outra fonte de rendimento, decorrente de:

1 - benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão,


cujo valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da
Previdência Social, considerado o valor de cada benefício, quando receber
mais de um;

II - benefício previdenciário pela participação em plano de previdência


complementar;

III - exercício de atividade remunerada em período não superior a 120


(cento e vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil;

IV - exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da


categoria de trabalhadores rurais;

V - exercício de mandato de vereador do município onde desenvolve a


atividade rural, ou de dirigente de cooperativa rural constituída exclusivamente
por segurados especiais;

VI - parceria ou meação outorgada;

VII - atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo


respectivo grupo familiar, independentemente da renda mensal obtida,

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podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que, neste
caso, a renda mensal obtida na atividade não exceda ao do menor
benefício de prestação continuada da Previdência Social;

VIII - atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor


benefício de prestação continuada da Previdência Social; e

IX- rendimentos provenientes de aplicações financeiras.

10. FACULTATIVOS

Segurado facultativo é a pessoa física que, por ato volitivo, se inscreva


como contribuinte da Previdência Social, desde que não exerça atividade
remunerada que implique filiação obrigatória a qualquer regime de Previdência
Social no País.

De acordo com a legislação previdenciária, podem inscrever-se


facultativamente ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS as seguintes
pessoas físicas, dentre outras:

1) a dona-de-casa;

2) o síndico de condomínio, quando não remunerado;

Cuidado com as pegadinhas: vamos supor que um determinado


servidor público federal aposentado, tenha sido eleito síndico do
condomínio em que reside sem remuneração. Nesse caso, o referido servidor,
apesar de aposentado, não poderá filiar-se ao Regime Geral da Previdência
Social (RGPS) na condição de segurado facultativo por já estar vinculado a
Regime Próprio.

3) o estudante;

4) o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;

5) aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;

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6) o membro de conselho tutelar, quando não esteja vinculado a qualquer
regime de previdência social;

7) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa;

8) o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de


especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no
exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência
social;

9) o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a


qualquer regime de previdência social;

10) o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime


previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; e

11) o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que,


nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou
mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou
entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria.

A idade mínima do facultativo prevista no art. 11 do Regulamento da


Previdência Social e no art. 9 o da Instrução Normativa INSS/PRES N° 45/2010
é de 16 anos. Porém, no art. 12 da lei 8.212/91 e no art. 13 da Lei 8.213/91 a
idade mínima é de 14 anos.

A questão é polêmica, a meu ver o RPS e a IN (16 anos) estão mais


atualizados, entretanto tudo vai depender do enunciado e das alternativas da
questão.

Art. 13, Lei 8.213/91, É segurado facultativo o maior de 14 (quatorze)


anos que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição,
desde que não incluído nas disposições do art. 11.

Art. 11. RPS. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade


que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na
forma do art. 199, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o
enquadre como segurado obrigatório da previdência social.

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11. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO (PERÍODO DE GRAÇA)

A qualidade de segurado do sistema previdenciário não é perdida de


forma imediata ao afastamento da atividade laboral ou da cessação do
recolhimento de contribuições.

De acordo com norma inserida no plano de benefícios da Previdência


Social existe um período de manutenção da qualidade de segurado, é o
chamado "período de graça", em que o segurado continua tendo direito a
benefícios e serviços, embora não recolha contribuições, razão pela qual esse
período não pode ser contado como carência.

Imaginemos uma situação hipotética do segurado que está afastado de


suas atividades laborais recebendo auxílio doença. Nessa situação, a sua
condição de segurado será mantida sem limite de prazo, enquanto estiver no
gozo do benefício, independentemente de contribuição para a previdência
social.

Outro exemplo seria a situação do trabalhador que era segurado da


previdência social no período em que esteve trabalhando na empresa, mas que
cumpriu pena de reclusão devido à prática de crime de fraude contra a própria
empresa em que trabalhava. Nessa situação, tem direito de continuar como
segurado da previdência social por até doze meses após o seu livramento.

Conforme a tabela abaixo, mantém a qualidade de segurado,


independentemente de contribuições:

PERÍODO HIPÓTESES
SEM LIMITE Gozo de benefício.
ATE 12 MESES Deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela
(cabe prorrogação) previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem
remuneração.
ATE 12 MESES Doença de segregação compulsória.
ATE 12 MESES Segurado detido ou recluso.
ATE 3 MESES Prestação de serviço militar.
ATE 6 MESES Segurado facultativo.

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Mesmo que o segurado estivesse vinculado a Regime Próprio, haverá a
manutenção da qualidade de segurado no Regime Geral (período de graça) por
até 24 meses, embora os regimes sejam diferentes.

Sobre esse tema, observem o artigo 13 § 4 o , do Decreto 3.048/99,


Regulamento da Previdência Social - RPS:

Art. 13, RPS. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de


contribuições:

(...)

II - até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou


após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade
remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado
sem remuneração;

(...)

§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até vinte e quatro meses,


se o segurado já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem
interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

(...)

§ 4 a Aplica-se o disposto no inciso II do caput e no § I a ao


segurado que se desvincular de regime próprio de previdência social.

12. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO

A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do


término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para
recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do
final dos prazos fixados na tabela acima.

Exemplo: o segurado deixou de exercer atividade remunerada durante 12


meses (período de graça), de janeiro a dezembro de 2012, nesse caso, a perda
da qualidade de segurado só ocorrerá no dia 16 de fevereiro de 2013 (dia
seguinte ao do término do prazo para recolhimento da contribuição
referente ao mês imediatamente posterior ao do final do período de
graça).

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No exemplo, o mês posterior ao período de graça é janeiro de 2013, e o
prazo para recolhimento da contribuição (contribuinte individual) até o dia 15
de fevereiro de 2013.

Observem que, nesse caso, o segurado ainda ganha um período adicional


de 45 dias.

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13. QUESTÕES COMENTADAS

01- (analista tributário da Receita Federal ESAF 2012) É segurado


facultativo da Previdência Social:
a) a pessoa física que explora atividade agropecuária, em área superior a
quatro módulos fiscais.
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração
mineral - garimpo.
c) o ministro de confissão religiosa.
d) a dona-de-casa, o síndico de condomínio não remunerado, o estudante e
outros aludidos em lei ou em regulamento.
e) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com
a Lei n. 11.788, de 25 de setembro de 2008.

Comentários

A letra "a" está incorreta porque o produtor rural, pessoa física, em


regime de economia familiar é considerado segurado especial. Caso possua
empregados permanentes ou a área seja superior a 4 módulos rurais será
considerado contribuinte individual. Portanto, em ambas as hipóteses será
considerado segurado obrigatório do RGPS.

A letra "b" está incorreta porque o garimpeiro, com ou sem


empregados a seu serviço, é considerado segurado obrigatório na qualidade
de contribuinte individual, conforme estabelece a legislação previdenciária.

A letra "C" está incorreta porque, de acordo com a legislação


previdenciária, o ministro de confissão religiosa também está enquadrado como
segurado obrigatório na qualidade de contribuinte individual.

A letra "d" está correta. Em decorrência do princípio da universalidade da


cobertura e do atendimento, previsto no artigo 194, I, da CF, toda pessoa que
não exerce atividade remunerada pode filiar-se ao RGPS na qualidade de
facultativo. As pessoas citadas na letra "d" da questão estão expressamente
previstas na legislação previdenciária como segurados facultativos. Vale lembrar
que esse rol é meramente exemplificativo.

A letra "e" está incorreta porque o bolsista e o estagiário que prestam


serviços em desacordo com a legislação vigente (lei 11.788/2008) são
considerados segurados obrigatórios na condição de empregado. Como

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exemplo, podemos citar a hipótese de um "estagiário" do curso de Direito que
realize atividades que não estejam relacionadas com a sua área de formação
acadêmica.

Vejam que o estagiário só será considerado segurado facultativo quando o


estágio observar todas as prescrições legais vigentes acerca da matéria.

Gabarito: D

0 2 - (analista técnico de políticas sociais Área: Previdência ESAF 2012)


São segurados obrigatórios da Previdência Social, na categoria
contribuinte individual, nos termos do Regulamento da Previdência
Social:
I. ministros de confissão religiosa;
II. o titular de firma individual urbana ou rural;
III. o diretor não empregado e o membro de conselho de administração
na sociedade anônima;
IV. aqueles que prestam serviço de natureza contínua, mediante
remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em
atividade sem fins lucrativos.
Analisando as assertivas é correto afirmar que:
a) Todas as opções atendem ao enunciado da questão.
b) Somente a opção III atende ao enunciado da questão.
c) Somente a opção II não atende ao enunciado da questão.
d) Somente a opção IV não atende ao enunciado da questão.
e) Somente a opção I atende ao enunciado da questão.

Comentários

Para a resolução dessa questão utilizaremos o método de eliminação


em relação à distinção entre as categorias de segurados obrigatórios.

Observem que todos os segurados obrigatórios do RGPS elencados nos


itens I a III são contribuintes individuais, simplesmente porque não
podem ser domésticos (trabalham para a família em atividade sem fins
lucrativos), avulsos (a contratação depende da intermediação obrigatória do
sindicato ou do órgão gestor da mão-de-obra), especiais (produtor rural,

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pessoa física, em regime de economia familiar) ou empregados (subordinação
jurídica com o empregador).

Somente o item IV não corresponde à figura do contribuinte individual


porque o segurado que presta serviço contínuo à pessoa ou à família em
atividades sem fins lucrativos é considerado empregado doméstico, como
por exemplo, a cozinheira, a babá e a governanta.

Gabarito: D

03- (analista técnico de políticas sociais Área: Previdência ESAF 2012)


É segurado obrigatório da Previdência Social, na categoria trabalhador
avulso:
I. o amarrador de embarcação;
II. o prático de barra em porto;
III. o guindasteiro;
IV. o ensacador de café.
Analisando as assertivas é correto afirmar que:
a) Todas as opções atendem ao enunciado da questão.
b) Somente a opção III atende ao enunciado da questão.
c) Somente a opção II não atende ao enunciado da questão.
d) Somente a opção IV não atende ao enunciado da questão.
e) Somente a opção I atende ao enunciado da questão.

Comentários

O avulso é um trabalhador rústico, exercente de atividade sem vínculo de


subordinação jurídica que, de regra, exige um grande esforço físico, seja ela
portuária ou não, sempre com a intermediação obrigatória do sindicato da
categoria ou do órgão gestor da mão-de-obra na sua contratação, com a
finalidade de proteção dos seus direitos trabalhistas e previdenciários
assegurados na Constituição Federal.

O estivador é um exemplo dessa categoria de trabalhadores/segurados,


assim como todas as figuras assemelhadas que constam nos itens I a IV do
enunciado da questão, dentre outras previstas no Regulamento da Previdência
Social (Decreto 3.048/99).

Gabarito: A

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04- (analista técnico de políticas sociais Área: Previdência ESAF 2012)
Não se compreende no conceito de beneficiários do Regime Geral de
Previdência Social:
a) o aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social que voltar a exercer
atividade abrangida por este regime.
b) irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos.
c) o síndico de condomínio, quando não remunerado.
d) o tio de segurado menor de 21 anos.

e) o filho não emancipado de qualquer condição, menor de vinte e um anos.

Comentários

Inicialmente é importante lembrar que a expressão beneficiários do


RGPS abrange tanto a figura dos segurados, sejam eles obrigatórios ou
facultativos, como também a dos dependentes.

A letra "a" está incorreta porque o aposentado que estiver em gozo de


benefício sempre será considerado beneficiário do RGPS, essa condição
independe do seu retorno ao exercício de atividade remunerada, a única
diferença nessa hipótese é que o aposentado deverá contribuir
obrigatoriamente em razão do retorno a atividade.

A letra "b" também está incorreta porque o irmão, menor de 21 anos, é


considerado beneficiário na qualidade de dependente do segurado.

A letra "c" também está incorreta porque o síndico de condomínio,


remunerado ou não, é sempre beneficiário do RGPS. Quando remunerado, o
síndico é segurado obrigatório como contribuinte individual, entretanto, ainda
que não remunerado, também será considerado segurado na condição de
facultativo.

A letra "d" está correta porque o tio de um segurado menor de 21 anos


não se enquadra expressamente na legislação previdenciária como segurado
obrigatório ou facultativo e muito menos na condição de dependente. Portanto,
a simples condição de tio de um segurado não permite seu
enquadramento como segurado ou dependente no RGPS.

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Ressalvarmos que, na prática, diante de situações hipotéticas, o tio do
segurado poderia ser um segurado obrigatório, pelo exercício de atividade
remunerada ou facultativo. Porém, se observarmos atentamente, o enunciado
da questão fala em conceito no RGPS, impedindo que sejam feitas "suposições"
quanto ao exercício ou não de atividade remunerada do tio do segurado.

A letra "e" está incorreta porque o filho não emancipado, menor de 21


anos é considerado beneficiário na condição de dependente do segurado.

Gabarito: D

05- (analista técnico de políticas sociais Área: Previdência ESAF 2012)


Antonio José, arrendatário rural, trabalha exclusivamente nesta
atividade agropecuária em regime de economia familiar em área de 2
(dois) módulos fiscais. Querendo se aposentar, perante a legislação
previdenciária ele deve contribuir como:
a) segurado empregado.
b) segurado especial.
c) dependente da congregação religiosa.
d) segurado avulso.
e) segurado facultativo.

Comentários

A letra "a" está incorreta porque o segurado empregado é a pessoa física


que trabalha em atividade não eventual, mediante remuneração e sob
dependência do empregador (subordinação jurídica).

A letra "b" está correta porque o produtor rural, pessoa física, que exerce
a atividade individualmente ou em regime de economia familiar, assim como os
seus assemelhados, tais como, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rural, é
considerado segurado especial do RGPS para todos os fins, inclusive quanto à
sistemática de contribuição.

A letra "c" está incorreta porque, para fins previdenciários, o


arrendatário rural não é considerado dependente da congregação religiosa. Essa
classe de dependentes não tem amparo legal por ausência de previsão na
legislação previdenciária.

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A letra "d" está incorreta porque o avulso é um trabalhador cuja
contratação só ocorre com a intermediação obrigatória do sindicato ou do órgão
gestor da mão-de-obra.

A letra u e " está incorreta porque o segurado facultativo não pode exercer
trabalho produtivo ou remunerado.

Gabarito: B

06- (analista técnico de políticas sociais Área: Previdência ESAF 2012)


São segurados obrigatórios da previdência social, regulados pela Lei n.
8.212, de 24 de julho de 1991, e alterações, exceto:
a) o empregado que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em
caráter não eventual.
b) o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como
empregado em sucursal de empresa nacional no exterior.
c) o brasileiro militar que trabalha para a União, no exterior, em organismos
oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil não seja membro efetivo.
d) o servidor público ocupante do cargo em comissão, sem vínculo efetivo com
a União, Autarquias, inclusive em regime especial.
e) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que
não vinculado a regime próprio de previdência social.

Comentários

Em todas as letras das respostas os trabalhadores estão enquadrados


como segurados obrigatórios do RGPS na condição de empregados,
exceto na letra "c" porque esse enquadramento não se aplica ao militar que
trabalha para a União em organismo oficial internacional, ficando restrito
ao brasileiro civil. Além disso, a legislação previdenciária também exige que o
Brasil seja membro efetivo do organismo oficial internacional.

Gabarito: C

07- (auditor fiscal do trabalho ESAF 2010) Com relação aos segurados
facultativos, à luz da legislação previdenciária vigente, assinale a opção
correta.
a) Pode ser menor de 14 anos.
b) Pode ser segurado empregado.

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c) Pode ser aquele que deixou de ser segurado obrigatório da Previdência
Social.
d) Pode ser segurado especial.
e) Pode ser segurado contribuinte individual.

Comentários

A letra "a" está incorreta porque o limite mínimo de idade para o


enquadramento do segurado facultativo no Decreto 3.048/99 (RGPS) e na IN
45/2010 é de 16 anos e nas Leis 8.212/91 e 8.213/91 é de 14 anos. Portanto,
em nenhuma das hipóteses pode ser menor de 14 anos.

As letras "b", "d" e "e" também estão incorretas porque a legislação


previdenciária estabelece que é vedada a vinculação de segurado obrigatório do
RGPS de qualquer categoria (empregado, especial ou contribuinte individual) na
qualidade de facultativo.

A letra "c" está correta porque caso uma pessoa não exerça atividade
remunerada poderá inscrever-se como facultativo, sendo irrelevante o fato de
já ter exercido ou não atividade remunerada anteriormente. Em ambas as
situações a pessoa será considerada como segurado facultativo.

Gabarito: C

08- (auditor fiscal da receita federal ESAF 2009) Tendo em vista a


classificação dos segurados obrigatórios na legislação previdenciária
vigente, assinale a assertiva incorreta.
a) Como empregado - a pessoa física residente no imóvel rural ou em
aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime
de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de
mútua colaboração.
b) Como trabalhador avulso - quem presta, a diversas empresas, sem vínculo
empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento.
c) Como contribuinte individual - o síndico ou administrador eleito para exercer
atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração.
d) Como empregado - o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no
Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa
nacional no exterior.
e) Como contribuinte individual - o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio
gerente.

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Comentários

O artigo 12, inciso VII, da Lei 8.212/91 (Custeio) estabelece que é


considerado segurado obrigatório do RGPS, como segurado especial, a
pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural
próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda
que com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na
condição de:

a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado,


parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore
atividade:

1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou

2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades


nos termos do inciso XII do caput do art. 2^ da Lei nü 9.985, de 18
de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida;

b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão


habitual ou principal meio de vida; e

c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos


de idade ou a este equiparado, do segurado especial, que, comprovadamente,
trabalhem com o grupo familiar respectivo.

De acordo com o exposto, o enquadramento incorreto está na letra "a",


porque o produtor rural sem empregados permanentes e o pescador artesanal
são considerados segurados obrigatórios do RGPS como segurados especiais e
não como empregados.

Embora as demais assertivas estejam corretas, vale a pena tecer alguns


comentários sobre aspectos essenciais que são cobrados nas provas dos
concursos.

A alternativa "b" traz a definição correta do avulso, conforme o art. 12,


inciso VI, da Lei 8.212/91.

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Entretanto, o art. 9 o , inciso VI, do Regulamento da Previdência Social define o
avulso da seguinte forma: "Aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de
natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com
a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra ou do sindicato
da categoria".

Comparando as duas definições verifica-se que a do RPS é mais completa,


porém, ambas são corretas. No concurso a ESAF pode cobrar a definição na
forma da lei, como foi o caso da letra B, ou poderá exigir conforme dispõe o
RPS. Não se deixe enganar, reitero que ambas são corretas.

No caso da letra "c" é importante lembrarmos que o síndico


(administrador) remunerado sempre ser á contribuinte individual, ainda que a
remuneração seja indireta, como por exemplo, no caso de estar isento do
pagamento de sua cota condominial. Por outro lado, caso seja um síndico não
remunerado (aquele que gosta de confusão gratuitamente) só poderá inscrever-
se no RGPS na qualidade de segurado facultativo.

Em relação à letra "d" temos uma regra de ouro para as provas: a


princípio, todo trabalhador brasileiro que exerça atividade remunerada no
exterior é alcançado pelo RGPS na condição de empregado, como forma de
extensão da proteção previdenciária aquele que não se encontre em território
nacional, salvo no caso do brasileiro civil que trabalha no exterior para
organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo (contribuinte
individual).

Na letra "e" temos outro detalhe essencial. Sócio que assume a


responsabilidade de forma individual ou solidária, o administrador remunerado,
e o gerente, por exercerem atividade remunerada, são segurados
obrigatórios do RGPS como contribuintes individuais.

Portanto, aqueles que são apenas prestadores de capitais, como por


exemplo, um acionista ou um cotista de sociedade limitada que não exerçam
administração remunerada não podem ser considerados segurados
obrigatórios nesta condição.

Gabarito: A

09- (auditor fiscal da receita federal ESAF 2009) A respeito dos

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segurados facultativos da Previdência Social, é correto afirmar que:
a) a pessoa pode ser segurado facultativo independente da sua idade.
b) o síndico de condomínio remunerado pela isenção da taxa de condomínio
pode ser segurado facultativo.
c) aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social não pode
ser segurado facultativo.
d) não pode ser segurado facultativo aquele que estiver exercendo atividade
remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social.
e) o estudante maior de quatorze anos.

Comentários

O princípio da universalidade de cobertura e do atendimento na


Previdência Social funciona da seguinte forma: todo trabalhador que exerce
atividade remunerada está obrigatoriamente vinculado ao Regime Geral ou ao
Regime Próprio, independente da sua vontade, tendo em vista que este vínculo
decorre de lei.

Para as pessoas que não exerçam atividade remunerada, esse princípio


também admite a vinculação ao RGPS, porém, nesse caso, por ato volitivo do
próprio segurado.

Em consonância com esse princípio que visa amparar também aqueles


que, a princípio, não gozariam de proteção previdenciária, foi criada a figura do
segurado facultativo. Portanto é expressamente vedado o vínculo como
facultativo da pessoa que já esteja filiado a Regime de Previdência em
decorrência do exercício de atividade remunerada. Seria o caso do
empregado, segurado obrigatório do RGPS, que queira filiar-se também na
condição de facultativo.

Novamente chamo a atenção para um detalhe importante. O RPS define o


segurado facultativo como pessoa física maior de dezesseis anos de idade,
desde que não exerça atividade remunerada. Entretanto, o art. 14 da Lei
8.212/91 e o art. 13, da Lei 8.213/91 estabelecem que é segurado facultativo o
maior de 14 (quatorze) anos que se filiar ao Regime Geral de Previdência
Social.

Gabarito: D

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10- (analista tributário da receita federal ESAF 2009) Pedro Luís,
servidor público estadual concursado, deseja se filiar ao regime geral
de previdência. Assim, entra com requerimento na Secretaria de
Administração do Estado pedindo que não seja mais descontado o valor
da contribuição para o sistema estadual de previdência própria pública
decorrente do cargo público efetivo que exerce na repartição estadual.
Com relação ao pedido formulado por Pedro Luís, é correto afirmar que:
a) Pedro Luís pode participar do Regime Geral de Previdência Social como
segurado obrigatório empregado.
b) Pedro Luís não pode participar do Regime Geral de Previdência Social, pois já
participa de Regime Próprio de Previdência Social como servidor ocupante de
cargo efetivo.
c) Pedro Luís pode participar do Regime Geral de Previdência Social como
segurado obrigatório contribuinte individual.
d) Pedro Luís pode participar do Regime Geral de Previdência Social como
segurado facultativo.
e) Caso haja compensação das contribuições já pagas, Pedro Luís pode
participar do Regime Geral de Previdência Social.

Comentários

A vinculação aos regimes básicos de previdência (Regime Geral ou


Regime Próprio) é compulsória, portanto independe da vontade do trabalhador.

Como se trata de servidor público efetivo já vinculado a regime próprio de


previdência estadual, é vedada a sua vinculação em regime geral de
previdência, mesmo na qualidade de segurado facultativo.

A única possibilidade de dupla vinculação ocorre quando o servidor exerce


também outra atividade remunerada (privada) que o vincule obrigatoriamente
ao regime geral, como por exemplo, um servidor público efetivo (auditor da
Receita Federal) que também seja professor de uma instituição privada de
ensino.

Gabarito: B

11. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) Márcio é administrador,


não-empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada

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XYZ, e recebe remuneração mensal pelos serviços prestados. Nessa
situação, Márcio
(A) é contribuinte individual da previdência social.
(B) é segurado eventual da previdência social.
(C) não é segurado obrigatório da previdência social.
(D) é segurado facultativo da previdência social.
(E) é segurado especial da previdência social.

Comentários

A letra "A" está certa. Conforme o art. 9 o , inciso V, alínea h, RPS, são
segurados obrigatórios da previdência social, como contribuinte individual, o
sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu
trabalho e o administrador não empregado na sociedade por cotas de
responsabilidade limitada, urbana ou rural.

Porém, caso o diretor ou administrador, no exercício de suas atividades,


mantivesse as características inerentes à relação de emprego: não-
eventualidade, subordinação jurídica e remuneração seria enquadrado como
segurado empregado.

Por outro lado, se fosse um mero prestador de capital (investidor) sem


atividade de gerência ou administração remunerada, nem sequer poderia ser
enquadrado como segurado obrigatório, face à inexistência de trabalho
remunerado.

A letra "B" está errada porque o segurado eventual só pode ser


contratado mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do
órgão gestor de mão de obra.

A letra "C" está errada porque o gerente ou administrador, em razão do


exercício de atividade remunerada, ainda que sem vínculo empregatício, é
segurado obrigatório do INSS.

A letra "D" está errada porque todo aquele que exerce atividade
remunerada é segurado obrigatório do Regime Geral ou de Regime Próprio,
sendo vedada a sua inscrição como facultativo.

A letra "E" está errada porque segurado especial é o produtor rural,


pessoa física ou equiparados, que exerce sua atividade em regime de economia
familiar.

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Gabarito: A

12. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) João exerce


individualmente atividade de pescador artesanal e possui embarcação
com 5 toneladas de arqueação bruta, com parceiro eventual, que o
auxilia. Nessa situação, João é
(A) não segurado da Previdência Social.
(B) segurado facultativo.
(C) segurado especial.
(D) contribuinte individual.
(E) trabalhador avulso.

Comentários

A letra "A" está errada porque todos aqueles que exercem atividade
remunerada, ainda que seja de subsistência, são considerados segurados
obrigatórios da Previdência Social. O vínculo jurídico independe da vontade do
próprio segurado, sendo estabelecido por lei.

A letra "B" está errada porque é vedada a inscrição de segurado


obrigatório na condição de facultativo.

A letra "C" está certa. Segurado especial é a pessoa física residente no


imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que,
individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio
eventual de terceiros a título de mútua colaboração, inclusive na condição de
pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão
habitual ou principal meio de vida.

De acordo com o artigo 9 o , § 14, do RPS, considera-se pescador artesanal


aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca
sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que:

I - não utilize embarcação;

II - utilize embarcação de até seis toneladas de arqueação bruta,


ainda que com auxílio de parceiro;

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III - na condição, exclusivamente, de parceiro outorgado, utilize
embarcação de até dez toneladas de arqueação bruta.

Conforme estabelece a legislação previdenciária, a capacidade da


embarcação é determinante para o enquadramento do segurado especial. Caso
exerça sua atividade em embarcação de pequeno porte (canoa, jangada) será
segurado especial, caso contrário, se estiver acima dos limites acima
transcritos, será considerado contribuinte individual.

A letra "D" está errada porque só poderia ser considerado contribuinte


individual caso a capacidade da embarcação fosse superior a seis toneladas de
arqueação bruta.

A letra "E" está errada porque só pode ser considerado segurado avulso o
trabalhador que depende de intermediação obrigatória do sindicato ou do
OGMO para a sua contratação.

Gabarito: C

13. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) Maria trabalhou de 02 de


janeiro de 1990 até 02 de fevereiro de 2005 como empregada de uma
empresa, desligando-se do emprego para montar um salão de beleza.
Apesar de ter passado à categoria de contribuinte individual, deixou de
recolher contribuições para a Previdência Social durante dois anos, até
fevereiro de 2007. Nessa situação, o período de graça de Maria é de
(A) 12 (doze) meses.
(B) 24 (vinte e quatro) meses.
(C) 36 (trinta e seis) meses.
(D) 48 (quarenta e oito) meses.
(E) 60 (sessenta) meses.

Comentários

De acordo com o art. 13, do Regulamento da Previdência Social (decreto


3048/99), mantém a qualidade de segurado, independentemente de
contribuições, até doze meses após a cessação das contribuições, o segurado
que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social
(período de graça).

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O § I o desse artigo permite que o prazo normal de até doze meses seja
prorrogado para até vinte e quatro meses7 se o segurado já tiver pago
mais de cento e vinte contribuições mensais sem interrupção que acarrete a
perda da qualidade de segurado.

Outra hipótese de prorrogação está prevista no § 2 o do citado artigo ao


estipular que o prazo normal de doze meses ou o prazo prorrogado de 24
meses previsto no § I o , poderá ser acrescido de doze meses para o
segurado desempregado, desde que comprovada essa situação por
registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego.

Na situação descrita na questão, a segurada tinha 180 contribuições


mensais (1990 a 2005), mas deixou voluntariamente o emprego para exercer
outra atividade sem vínculo empregatício. Sendo assim enquadra-se no artigo
13, caput e na prorrogação do §1°, totalizando 24 meses.

Gabarito: B

14. (perito médico INSS FCC 2012) Os beneficiários do Regime Geral de


Previdência Social classificam-se como segurados e dependentes. Nos
termos da legislação previdenciária é correto afirmar que
(A) é segurado obrigatório o maior de 12 (doze) anos que se filiar ao Regime
Geral da Previdência Social, mediante contribuição.
(B) dependentes são pessoas que, por contribuírem para a previdência social,
podem ser beneficiários.
(C) os filhos e a esposa, por serem dependentes da classe diferente, não
concorrem em igualdade para o benefício.
(D) o segurado facultativo mantém a qualidade de segurado, independente de
contribuições, até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições.
(E) A existência de dependentes de uma classe exclui do benefício os das
classes seguintes.

Comentários

A letra "A" está errada porque a idade mínima para filiação do segurado
obrigatório é dezesseis anos, salvo aos quatorze anos, somente na condição
de aprendiz.

A letra "B" está errada porque os dependentes, apesar de serem


beneficiários, não contribuem.

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U
A letra C" está errada porque os filhos e a esposa do segurado são
dependentes da mesma classe, portanto concorrem em igualdade de condições.

A letra "D" está errada porque no caso do segurado facultativo o período


de graça é de seis meses.

A letra "E" está certa. O art. 16, § I o , da lei 8.213/91 preceitua que a
existência de dependente de qualquer das classes precedentes exclui do direito
às prestações os das classes seguintes.

Isto significa que, caso exista pelo menos um dependente na classe I


quando ocorrer o evento determinante do benefício, os dependentes das demais
classes ficarão automaticamente excluídos.

Gabarito: E

15. (analista judiciário - área judiciária TRF 2 a Região FCC 2012)


Sidney é segurado especial da Previdência Social. Em sua propriedade
rural em Resende - RJ, além da atividade agropecuária, ele passou
também a explorar a atividade turística, inclusive com hospedagem.
Considerando que a exploração turística com hospedagem ocorre
apenas nos meses de Dezembro e Janeiro, em razão das festas
Natalinas, segundo a Lei no 8.212/91, esta exploração

(A) descaracteriza a condição de segurado especial em razão do turismo com


hospedagem, tendo em vista que a dupla atividade é permitida na modalidade
do turismo simples.
(B) descaracteriza a condição de segurado especial em razão da dupla atividade
desenvolvida.
(C) não descaracteriza a condição de segurado especial, desde que a
hospedagem não ultrapasse 120 dias ao ano.
(D) não descaracteriza a condição de segurado especial, desde que a
hospedagem não ultrapasse 180 dias ao ano.
(E) descaracteriza a condição de segurado especial porque a hospedagem
ultrapassou os 30 dias ao ano permitido na legislação.

Comentários

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De acordo com o artigo 12, VII, da Lei 8.212/91, ostenta a condição de
segurado especial, a pessoa física que, individualmente ou em regime de
economia familiar, na condição de produtor, explore atividade agropecuária
em área de até 4 (quatro) módulos fiscais.

Em consequência, de regra, perde a condição de segurado especial o


produtor rural que exerce qualquer atividade remunerada. Entretanto, o § 9 o ,
inciso II, do já mencionado art. 12 faz uma ressalva, dentre outras, ao
estabelecer que não descaracteriza a condição de segurado especial a
exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com
hospedagem, por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano.

Gabarito: C

16. (analista judiciário - execução de mandados TRF 2 a Região FCC


2012) Adamastor é segurado facultativo da Previdência Social e está
enfrentando graves problemas financeiros que o impossibilitaram de
recolher as devidas contribuições dos últimos quatro meses. Neste
caso, em regra,
Adamastor

(A) mantém a qualidade de segurado, até dez meses após a cessação das
contribuições.
(B) não manterá a qualidade de segurado, uma vez que a Lei no 8.213/1991
resguarda esta qualidade até três meses após a cessação das contribuições.
(C) não manterá a qualidade de segurado, uma vez que a Lei no 8.213/1991
resguarda esta qualidade até dois meses após a cessação das contribuições.
(D) mantém a qualidade de segurado até seis meses após a cessação das
contribuições.
(E) não manterá a qualidade de segurado, uma vez que a Lei no 8.213/1991
resguarda esta qualidade até trinta dias após a cessação das contribuições.

Comentários

O artigo 13, inciso VI, do RPS determina que a qualidade de segurado


deva ser mantida, independentemente de contribuições (período de graça) em

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até seis meses após a cessação das contribuições, para o segurado facultativo,
conforme tabela abaixo.

PERÍODO HIPÓTESES
SEM LIMITE Gozo de benefício.
ATE 12 MESES Deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela
(cabe prorrogação) previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem
remuneração.
ATE 12 MESES Doença de segregação compulsória.
ATE 12 MESES Segurado detido ou recluso.
ATE 3 MESES Prestação de serviço militar.
ATE 6 MESES Segurado facultativo.

Gabarito: D

17 (juiz do trabalho TRT I a Região FCC 2012) Mantém a qualidade de


segurado, independentemente de contribuições,
por até
(A) 36 (trinta e seis) meses, quem está em gozo de auxílio-doença.
(B) 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
(C) 36 (trinta e seis) meses, o segurado desempregado, desde que tal situação
esteja comprovada por registro no Ministério do Trabalho e Emprego ou outro
meio admitido e tenham sido vertidas mais de 120 (cento e vinte) contribuições
sem interrupção que tenha acarretado a perda da qualidade de segurado.
(D) 3 (três) meses após o livramento, o segurado detido ou recluso.
(E) 12 (doze) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças
Armadas para prestar serviço militar.

Comentários

A letra "A" está errada porque não há limite de prazo para o segurado
que está em gozo de benefício.

A letra "B" está errada porque para o facultativo o prazo é de até seis
meses após a cessação das contribuições.

A letra "C" está certa porque essas prorrogações, acima dos doze meses
normais, estão expressamente previstas no art. 13, §§ I o e 2 o , do RPS,

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podendo atingir um prazo máximo de até 36 meses, conforme transcrição
abaixo:

§ I o O prazo (12 meses) será prorrogado para até vinte e quatro meses,
se o segurado já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem
interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

§ 2o O prazo normal (12 meses) ou o prazo prorrogado (24 meses) será


acrescido de doze meses para o segurado desempregado, desde que
comprovada essa situação por registro no órgão próprio do Ministério do
Trabalho e Emprego.

A letra "D" está errada porque no caso do segurado detido ou recluso o


prazo é de até doze meses após o livramento.

U
A letra E" está errada porque o prazo é de até três meses após o
licenciamento.

Gabarito: C

18. (juiz do trabalho TRT 4 a Região FCC 2012) É segurado obrigatório


do regime geral de previdência social o servidor público
(A) titular de cargo efetivo na União que exerce concomitantemente atividade
abrangida pelo regime geral, independentemente do valor de seus vencimentos.
(B) que ocupa, exclusivamente, cargo efetivo na União, quando seus
vencimentos não superem o teto do regime geral.
(C) que ocupa, exclusivamente, cargo efetivo na União, mesmo quando seus
vencimentos superem o teto do regime geral.
(D) ocupante de cargo em comissão federal, mesmo que tenha vínculo efetivo
com a União.
(E) ocupante de cargo em comissão federal, que tenha vínculo efetivo com
Município que dispõe de regime próprio.

Comentários

A letra "A" está certa porque caso um servidor público exercente de


cargo efetivo, vinculado a Regime Próprio do ente federativo onde exerce suas
funções, passe a trabalhar em atividade remunerada vinculada ao Regime
Geral, ficará obrigatoriamente filiado aos dois regimes de previdência. Essa

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condição independe dos seus vencimentos (remuneração) estar ou não acima
do teto do Regime Geral (INSS).

As letras "B", "C", "D" e "E" estão erradas porque o servidor público
ocupante de cargo efetivo na União ou de Município com Regime Próprio,
exclusivamente ou não, está vinculado ao Regime Próprio, sendo vedada sua
vinculação ao Regime Geral, nessa condição, mesmo como facultativo,
independentemente do valor dos seus vencimentos.

Gabarito: A

19. (juiz do trabalho TRT 20 a Região FCC 2012) Considera-se segurado


obrigatório do regime geral, como empregado, o
(A) exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não
vinculado a regime próprio de previdência social.
(B) associado eleito para cargo de direção em cooperativa.
(C) síndico eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que
receba remuneração.
(D) membro de conselho de administração de sociedade anônima.
(E) exercente de atividade econômica de natureza urbana, por conta própria,
com fins lucrativos ou não.

Comentários

A letra "A" esta certa. Com a extinção do Instituto de Previdência dos


Parlamentares, os exercentes de mandato eletivo passaram a condição de
segurados obrigatórios do Regime Geral como empregado, com exceção dos
servidores públicos que se afastaram para o exercício do mandato, cuja
vinculação fica mantida com o regime de origem (regime próprio).

Todas as demais alternativas estão erradas porque se enquadram na


condição de contribuinte individual.

Gabarito: A

20. (advogado CEF FCC 2011) De acordo com a Lei no 8.212/91, são
segurados obrigatórios da Previdência Social na qualidade de segurado
especial

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(A) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que
não vinculado a regime próprio de previdência social.
(B) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar
como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior.
(C) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com
a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas
Federais.
(D) a pessoa física residente no imóvel rural que, individualmente, ainda que
com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição
de pescador artesanal faça da pesca profissão habitual.
(E) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida
consagrada, de congregação ou de ordem religiosa.

Comentários

Para resolvermos qualquer questão sobre esse tema vamos aplicar o


processo de eliminação.

A legislação previdenciária prevê cinco categorias de segurados


obrigatórios. Três são inconfundíveis: o doméstico (trabalha para família em
atividades sem fins lucrativos), o avulso (intermediação obrigatória do
sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra) e o especial (produtor rural pessoa
física, em regime de economia familiar e os equiparados, como por exemplo, o
pescador artesanal).

Sobram as duas maiores categorias: empregado (vínculo empregatício


caracterizado pela subordinação jurídica e equiparados) e o contribuinte
individual que é a maior categoria de todas (todo trabalhador que não esteja
enquadrado nas anteriores e nem vinculado a regime próprio de previdência).
Com base nesse entendimento podemos resolver com facilidade a questão.

Letra "A" errada. Segurado empregado;

Letra "B" errada. Segurado empregado;

Letra "C" errada. Segurado empregado;

A letra "D" está certa. Segurado especial é a pessoa física residente no


imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que,
individualmente ou em regime de economia familiar; ainda que com o auxílio
eventual de terceiros a título de mútua colaboração, inclusive na condição de

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pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão
habitual ou principal meio de vida;

Letra "E" errada. Contribuinte individual.

Gabarito: D

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14. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

01- (analista tributário da Receita Federal ESAF 2012) É segurado


facultativo da Previdência Social:
a) a pessoa física que explora atividade agropecuária, em área superior a
quatro módulos fiscais.
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração
mineral - garimpo.
c) o ministro de confissão religiosa.
d) a dona-de-casa, o síndico de condomínio não remunerado, o estudante e
outros aludidos em lei ou em regulamento.
e) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com
a Lei n. 11.788, de 25 de setembro de 2008.

0 2 - (analista técnico de políticas sociais Área: Previdência ESAF 2012)


São segurados obrigatórios da Previdência Social, na categoria
contribuinte individual, nos termos do Regulamento da Previdência
Social:
I. ministros de confissão religiosa;
II. o titular de firma individual urbana ou rural;
III. o diretor não empregado e o membro de conselho de administração
na sociedade anônima;
IV. aqueles que prestam serviço de natureza contínua, mediante
remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em
atividade sem fins lucrativos.
Analisando as assertivas é correto afirmar que:
a) Todas as opções atendem ao enunciado da questão.
b) Somente a opção III atende ao enunciado da questão.
c) Somente a opção II não atende ao enunciado da questão.
d) Somente a opção IV não atende ao enunciado da questão.
e) Somente a opção I atende ao enunciado da questão.

03- (analista técnico de políticas sociais Área: Previdência ESAF 2012)


É segurado obrigatório da Previdência Social, na categoria trabalhador
avulso:
I. o amarrador de embarcação;
II. o prático de barra em porto;
III. o guindasteiro;

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IV. o ensacador de café.
Analisando as assertivas é correto afirmar que:
a) Todas as opções atendem ao enunciado da questão.
b) Somente a opção III atende ao enunciado da questão.
c) Somente a opção II não atende ao enunciado da questão.
d) Somente a opção IV não atende ao enunciado da questão.
e) Somente a opção I atende ao enunciado da questão.

04- (analista técnico de políticas sociais Área: Previdência ESAF 2012)


Não se compreende no conceito de beneficiários do Regime Geral de
Previdência Social:
a) o aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social que voltar a exercer
atividade abrangida por este regime.
b) irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos.
c) o síndico de condomínio, quando não remunerado.
d) o tio de segurado menor de 21 anos.
e) o filho não emancipado de qualquer condição, menor de vinte e um anos.

05- (analista técnico de políticas sociais Área: Previdência ESAF 2012)


Antonio José, arrendatário rural, trabalha exclusivamente nesta
atividade agropecuária em regime de economia familiar em área de 2
(dois) módulos fiscais. Querendo se aposentar, perante a legislação
previdenciária ele deve contribuir como:
a) segurado empregado.
b) segurado especial.
c) dependente da congregação religiosa.
d) segurado avulso.
e) segurado facultativo.

06- (analista técnico de políticas sociais Área: Previdência ESAF 2012)


São segurados obrigatórios da previdência social, regulados pela Lei n.
8.212, de 24 de julho de 1991, e alterações, exceto:
a) o empregado que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em
caráter não eventual.
b) o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como
empregado em sucursal de empresa nacional no exterior.
c) o brasileiro militar que trabalha para a União, no exterior, em organismos
oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil não seja membro efetivo.

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d) o servidor público ocupante do cargo em comissão, sem vínculo efetivo com
a União, Autarquias, inclusive em regime especial.
e) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que
não vinculado a regime próprio de previdência social.

07- (auditor fiscal do trabalho ESAF 2010) Com relação aos segurados
facultativos, à luz da legislação previdenciária vigente, assinale a opção
correta.
a) Pode ser menor de 14 anos.
b) Pode ser segurado empregado.
c) Pode ser aquele que deixou de ser segurado obrigatório da Previdência
Social.
d) Pode ser segurado especial.
e) Pode ser segurado contribuinte individual.

08- (auditor fiscal da receita federal ESAF 2009) Tendo em vista a


classificação dos segurados obrigatórios na legislação previdenciária
vigente, assinale a assertiva incorreta.
a) Como empregado - a pessoa física residente no imóvel rural ou em
aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime
de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de
mútua colaboração.
b) Como trabalhador avulso - quem presta, a diversas empresas, sem vínculo
empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento.
c) Como contribuinte individual - o síndico ou administrador eleito para exercer
atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração.
d) Como empregado - o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no
Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa
nacional no exterior.
e) Como contribuinte individual - o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio
gerente.

09- (auditor fiscal da receita federal ESAF 2009) A respeito dos


segurados facultativos da Previdência Social, é correto afirmar que:
a) a pessoa pode ser segurado facultativo independente da sua idade.
b) o síndico de condomínio remunerado pela isenção da taxa de condomínio
pode ser segurado facultativo.
c) aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social não pode

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ser segurado facultativo.
d) não pode ser segurado facultativo aquele que estiver exercendo atividade
remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social.
e) o estudante maior de quatorze anos.

10- (analista tributário da receita federal ESAF 2009) Pedro Luís,


servidor público estadual concursado, deseja se filiar ao regime geral
de previdência. Assim, entra com requerimento na Secretaria de
Administração do Estado pedindo que não seja mais descontado o valor
da contribuição para o sistema estadual de previdência própria pública
decorrente do cargo público efetivo que exerce na repartição estadual.
Com relação ao pedido formulado por Pedro Luís, é correto afirmar que:
a) Pedro Luís pode participar do Regime Geral de Previdência Social como
segurado obrigatório empregado.
b) Pedro Luís não pode participar do Regime Geral de Previdência Social, pois já
participa de Regime Próprio de Previdência Social como servidor ocupante de
cargo efetivo.
c) Pedro Luís pode participar do Regime Geral de Previdência Social como
segurado obrigatório contribuinte individual.
d) Pedro Luís pode participar do Regime Geral de Previdência Social como
segurado facultativo.
e) Caso haja compensação das contribuições já pagas, Pedro Luís pode
participar do Regime Geral de Previdência Social.

11. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) Márcio é administrador,


não-empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada
XYZ, e recebe remuneração mensal
pelos serviços prestados. Nessa situação, Márcio
(A) é contribuinte individual da previdência social.
(B) é segurado eventual da previdência social.
(C) não é segurado obrigatório da previdência social.
(D) é segurado facultativo da previdência social.
(E) é segurado especial da previdência social.

12. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) João exerce


individualmente atividade de pescador artesanal e possui embarcação
com 5 toneladas de arqueação bruta, com parceiro eventual, que o
auxilia. Nessa situação, João é

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(A) não segurado da Previdência Social.
(B) segurado facultativo.
(C) segurado especial.
(D) contribuinte individual.
(E) trabalhador avulso.

13. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) Maria trabalhou de 02 de


janeiro de 1990 até 02 de fevereiro de 2005 como empregada de uma
empresa, desligando-se do emprego para montar um salão de beleza.
Apesar de ter passado à categoria de contribuinte individual, deixou de
recolher contribuições para a Previdência Social durante dois anos, até
fevereiro de 2007. Nessa situação, o período de graça de Maria é de
(A) 12 (doze) meses.
(B) 24 (vinte e quatro) meses.
(C) 36 (trinta e seis) meses.
(D) 48 (quarenta e oito) meses.
(E) 60 (sessenta) meses.

14. (perito médico INSS FCC 2012) Os beneficiários do Regime Geral de


Previdência Social classificam-se como segurados e dependentes. Nos
termos da legislação previdenciária é correto afirmar que
(A) é segurado obrigatório o maior de 12 (doze) anos que se filiar ao
Regime Geral da Previdência Social, mediante contribuição.
(B) dependentes são pessoas que, por contribuírem para a previdência social,
podem ser beneficiários.
(C) os filhos e a esposa, por serem dependentes da classe diferente, não
concorrem em igualdade para o benefício.
(D) o segurado facultativo mantém a qualidade de segurado, independente de
contribuições, até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições.
(E) A existência de dependentes de uma classe exclui do benefício os das
classes seguintes.

15. (analista judiciário - área judiciária TRF 2 a Região FCC 2012)


Sidney é segurado especial da Previdência Social. Em sua propriedade
rural em Resende - RJ, além da atividade agropecuária, ele passou
também a explorar a atividade turística, inclusive com hospedagem.
Considerando que a exploração turística com hospedagem ocorre

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apenas nos meses de Dezembro e Janeiro, em razão das festas
Natalinas, segundo a Lei no 8.212/91, esta exploração
(A) descaracteriza a condição de segurado especial em razão do turismo com
hospedagem, tendo em vista que a dupla atividade é permitida na modalidade
do turismo simples.
(B) descaracteriza a condição de segurado especial em razão da dupla atividade
desenvolvida.
(C) não descaracteriza a condição de segurado especial, desde que a
hospedagem não ultrapasse 120 dias ao ano.
(D) não descaracteriza a condição de segurado especial, desde que a
hospedagem não ultrapasse 180 dias ao ano.
(E) descaracteriza a condição de segurado especial porque a hospedagem
ultrapassou os 30 dias ao ano permitido na legislação.

16. (analista judiciário - execução de mandados TRF 2 a Região FCC


2012) Adamastor é segurado facultativo da Previdência Social e está
enfrentando graves problemas financeiros que o impossibilitaram de
recolher as devidas contribuições dos últimos quatro meses. Neste
caso, em regra,
Adamastor
(A) mantém a qualidade de segurado, até dez meses após a cessação das
contribuições.
(B) não manterá a qualidade de segurado, uma vez que a Lei no 8.213/1991
resguarda esta qualidade até três meses após a cessação das contribuições.
(C) não manterá a qualidade de segurado, uma vez que a Lei no 8.213/1991
resguarda esta qualidade até dois meses após a cessação das contribuições.
(D) mantém a qualidade de segurado até seis meses após a cessação das
contribuições.
(E) não manterá a qualidade de segurado, uma vez que a Lei no 8.213/1991
resguarda esta qualidade até trinta dias após a cessação das contribuições.

17. (juiz do trabalho TRT I a Região FCC 2012) Mantém a qualidade de


segurado, independentemente de contribuições, por até
(A) 36 (trinta e seis) meses, quem está em gozo de auxílio-doença.
(B) 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
(C) 36 (trinta e seis) meses, o segurado desempregado, desde que tal situação
esteja comprovada por registro no Ministério do Trabalho e Emprego ou outro
meio admitido e tenham sido vertidas mais de 120 (cento e vinte) contribuições
sem interrupção que tenha acarretado a perda da qualidade de segurado.

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(D) 3 (três) meses após o livramento, o segurado detido ou recluso.
(E) 12 (doze) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças
Armadas para prestar serviço militar.

18. (juiz do trabalho TRT 4 a Região FCC 2012) É segurado obrigatório


do regime geral de previdência social o servidor público
(A) titular de cargo efetivo na União que exerce concomitantemente atividade
abrangida pelo regime geral, independentemente do valor de seus vencimentos.
(B) que ocupa, exclusivamente, cargo efetivo na União, quando seus
vencimentos não superem o teto do regime geral.
(C) que ocupa, exclusivamente, cargo efetivo na União, mesmo quando seus
vencimentos superem o teto do regime geral.
(D) ocupante de cargo em comissão federal, mesmo que tenha vínculo efetivo
com a União.
(E) ocupante de cargo em comissão federal, que tenha vínculo efetivo com
Município que dispõe de regime próprio.

19. (juiz do trabalho TRT 20 a Região FCC 2012) Considera-se segurado


obrigatório do regime geral, como empregado, o
(A) exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não
vinculado a regime próprio de previdência social.
(B) associado eleito para cargo de direção em cooperativa.
(C) síndico eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que
receba remuneração.
(D) membro de conselho de administração de sociedade anônima.
(E) exercente de atividade econômica de natureza urbana, por conta própria,
com fins lucrativos ou não.

20. (advogado CEF FCC 2011) De acordo com a Lei no 8.212/91, são
segurados obrigatórios da Previdência Social na qualidade de segurado
especial
(A) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que
não vinculado a regime próprio de previdência social.
(B) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar
como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior.
(C) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com
a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas
Federais.

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(D) a pessoa física residente no imóvel rural que, individualmente, ainda que
com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição
de pescador artesanal faça da pesca profissão habitual.
(E) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida
consagrada, de congregação ou de ordem religiosa.

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15. GABARITO

01 - D

02 - D

03 - A

04 - D

05 - B

06 - C

07 - C

08 - A

09 - D

10 - B

11 - A

12 - C

13 - B

14 - E

15 - C

16 - D

17 - C

18 - A

19 - A

58
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20 - D

Até a próxima aula e bons estudos.

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