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ANÁLISE DE PRÁTICAS AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEIS NA

AGENCIA AGROSSILVOPASTORIL DO ESTADO DE RONDÔNIA.

ANALYSIS OF ENVIRONMENTALLY SUSTAINABLE PRACTICES IN


THE AGROSSILVOPASTORIL AGENCY OF THE STATE OF
RONDÔNIA.

Jackson Sales Miranda Júnior,Universidade Federal da Integração Latinoamericana - UNILA, Brasil,


jackson.miranda7@gmail.com.
Avenilson Gomes da Trindade, Instituto Federal de Rondônia - IFRO, Brasil, avenilsongt@gmail.com.
Giuliana Andreza Figueiredo Gil Gomes, Universidade Federal Rural doSemi-Árido - UFERSA, Brasil,
giufigueiredo1@gmail.com.
Aloir Pedruzzi Junior, Instituto Federal de Rondônia - IFRO, Brasil, aloir.pedruzzi@ifro.edu.br.
Raquel Antônia Sabadin Schmidt, Universidad Nacional de Misiones, Brasil, raquel_antonia@hotmail.com.

Resumo
A presente pesquisa buscou analisar o grau de adesão da Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril
do Estado de Rondônia - IDARON a A3P. O problema defrontado neste estudo foi a importância da
conscientização quanto ao fator sustentabilidade, pretendendo responder a seguinte pergunta: qual a
potencialidade de adesão da IDARON à Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P)? Como objetivo
geral verificou-se a potencialidade da aderência da IDARON a Agenda Ambiental na Administração Pública. Os
objetivos específicos foram: (1) caracterizar a potencialidade da Agência em relação a A3P; (2) Comparar às
demandas da A3P as práticas de gestão socioambiental desenvolvidas pela instituição Agência e (3) Propor ações
de responsabilidade socioambiental compatíveis. A pesquisa foi um estudo de campo exploratório com
abordagem qualitativa e adotou os conceitos da ferramenta de checagem proposta por Freitas, Borgert e
Pfitscher. Como resultados conclui-se que a Agência mesmo não tendo aderindo oficialmente a agenda
ambiental, tem práticas condizentes com a sustentabilidade dentro de suas rotinas de gestão.

Palavras-chave: Sustentabilidade; Idaron; Ambiental; A3P.

Abstract
The present research sought to analyze the degree of adhesion of Agrosilvopastoril Sanitary Defense Agency of
the State of Rondônia - IDARON to A3P. The problem faced in this study was the importance of raising
awareness about the sustainability factor, intending to answer the following question: what is the potential for
IDARON to join the Public Administration Environmental Agenda (A3P)? As a general objective, it was verified
the potentiality of IDARON's adherence to the Environmental Agenda in Public Administration. The specific
objectives were: (1) to characterize the Agency's potential for A3P; (2) Compare to the demands of A3P the
socio-environmental management practices developed by the Agency and (3) Propose compatible socio-
environmental responsibility actions. The research was an exploratory field study with a qualitative approach and
adopted the concepts of the check tool proposed by Freitas, Borgert and Pfitscher. As a result, it can be
concluded that the Agency, although not having officially adhered to the environmental agenda, has practices
consistent with sustainability within its management routines.

Keywords: Sustainability; Idaron; Environmental; A3P.


1 INTRODUÇÃO

Segundo Kruger et al (2011) A discussão sobre gestão ambiental, responsabilidade social e


sustentabilidade não é recente e tem ganhado espaço e força nos últimos anos, a partir das
exigências de uma sociedade contemporânea, atenta a novos padrões de produção e consumo
mais conscientes.
Durante muito tempo as organizações preocuparam-se apenas com a eficiência dos sistemas
produtivos, com foco o resultado produtivo e pouca preocupação ambiental. Esta noção,
porém, revelou-se insuficiente, pois ficou evidente que o contexto de atuação se tornava mais
complexo e que o processo decisório sofreria restrições cada vez mais severas e um dos
componentes importantes dessa reviravolta nos modos de pensar e agir, foi o crescimento da
consciência ecológica na sociedade, no governo e nas próprias empresas, que passaram a
incorporar essa orientação em suas estratégias. (KRAEMER; TINOCO, 2011).
Ser sustentável não é mais opção e sim requisito de perenidade diante das demandas
governamentais, legais, sociais e mercadológicas que exige da sociedade uma forma mais
consciente e sustentável de produzir, consumir e se relacionar com o meio ambiente (Barbieri
et al., 2010).
Segundo Barbieri (2011), na atualidade o meio ambiente é um tema que ganhou as ruas, e faz
parte dos vocabulários de políticos, empresários e cidadãos de um modo geral. Conforme este
autor, para a maioria das empresas essa preocupação ainda não se transformou em práticas
administrativas e operacionais efetivas, pois, se isso já estivesse ocorrendo, o acúmulo de
problemas ambientais que põe em risco os seres vivos não seria visto com tanta intensidade. A
globalização dos problemas ambientais é um fato incontestável e as empresas estão, desde a
sua origem, no centro do processo (BARBIERI, 2011).
Nesse sentido, o governo brasileiro, alinhando as diretrizes de sustentabilidade, também para
sua atuação e visando a promoção de práticas sustentáveis no cotidiano das organizações
públicas, instituiu em 1999, o Programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P),
coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, que, embora não tenha obrigatoriedade legal,
tem sido difundida e recomendada para os entes da administração pública (KRUGER, 2011).
As instituições públicas têm papel primordial nesse processo, por serem, estas, credenciadas
para transmitir ações e exemplos de sustentabilidade à sociedade, através de suas práticas
corriqueiras. Porém, ao se tratar da A3P no âmbito das instituições públicas observa-se uma
lacuna nas pesquisas nessa área. Assim, tomando por base o referido trabalho, esta pesquisa
questionou qual o grau de adesão da Agência de Defesa Agrossilvopastoril do Estado de
Rondônia – IDARON a Agenda Ambiental da Administração Pública.

1.1 Pergunta de pesquisa


O problema defrontado neste estudo foi a importância da conscientização quanto ao fator
sustentabilidade, pretendendo responder a seguinte pergunta: qual a potencialidade de adesão
da IDARON à Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P)?

1.2 Objetivos
Os objetivos estabelecem lógica às ações definidas no presente estudo. O objetivo geral
ressalta aonde o estudo pretende chegar, e os objetivos específicos são as etapas que devem
ser cumpridas para que o objetivo geral seja atingido.

1.2.1 Objetivo geral


Verificar a potencialidade da aderência da IDARON a Agenda Ambiental na Administração
Pública (A3P), com base em Freitas, Borgert e Pfitscher (2011) .

1.2.2 Objetivos específicos


a) Caracterizar a potencialidade da Agência em relação a A3P, com base em Freitas,
Borgert e Pfitscher (2011);
b) Comparar às demandas da A3P as práticas de gestão socioambiental desenvolvidas
pela instituição Agência; e
c) Propor ações de responsabilidade socioambiental compatíveis à realidade e rotina das
atividades da IDARON.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Agenda Ambiental na Administração Pública (A3p)
Conforme o Ministério do Meio Ambiente – MMA (2011) a A3P, surge como forma de
inserir os entes públicos no contexto de gestão ambiental e sustentabilidade, atendendo ao
princípio da eficiência, estabelecido pela Constituição da República Federativa do Brasil de
1988 e com reconhecimento da UNESCO1.
Tal agenda é pautada por cinco objetivos: (i) sensibilização dos gestores públicos; (ii)
promoção da economia de recursos naturais e gastos institucionais; (iii) redução do impacto
socioambiental, provocado pelas atividades cotidianas; (iv) contribuição para a revisão dos
padrões de produção e consumo, assim como adoção de novos referenciais na administração
pública; e (v) melhoria da qualidade de vida. (MMA, 2011)
Nesse sentido, para o efetivo atendimento dos objetivos a que se propõe a A3P, ela estrutura-
se em cinco eixos temáticos que norteiam a execução de seus trabalhos. Tais eixos são
desenvolvidos com base na política dos 5R‟s (reduzir, repensar, reaproveitar, reciclar e
recusar consumir produtos que gerem impactos socioambientais significativos):

1
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
1. Uso racional dos recursos naturais e bens públicos;
2. Gestão adequada dos resíduos gerados;
3. Qualidade de vida no ambiente de trabalho;
4. Sensibilização e capacitação dos servidores; e
5. Licitações Sustentáveis. (MMA, 2011)

Conforme bibliografia em Kruger (2011) apud Miranda Junior, Licório e Silva (2017), a
adesão a A3P ainda é não o obrigatório, apenas voluntária, mas as recomendações do governo
federal e do Ministério do Meio Ambiente, para que tal agenda seja adota e implantada nos
diversos órgãos da administração pública federal, estadual e municipal.
1.2 Gestão Ambiental e Sustentabilidade

A gestão ambiental, segundo Barbieri (2007) é entendida como diretrizes e atividades


administrativas e operacionais realizadas com o objetivo reduzir ou eliminar os problemas
causados ao meio ambiente pelas ações humanas. Uma das alternativas utilizadas pelas
empresas para alcançarem tais objetivos é a adequação aos sistemas de gestão ambiental
(SGAs), que orientam a adoção e a implementação, de forma sistemática, de técnicas de
gestão ambiental que podem contribuir para a obtenção de excelentes resultados para todas as
partes interessadas.
O sistema de gestão ambiental segundo a Norma Brasileira ISO 14001 especifica os requisitos
necessários para que as organizações desenvolvam e implementem uma política ambiental,
levando em consideração requisitos legais e informações referentes aos aspectos ambientais
significativos: “as normas de gestão ambiental têm por objetivo prover as organizações de
elementos de um sistema da gestão ambiental (SGA) eficaz que possam ser integrados a
outros requisitos da gestão, e auxiliá-las a alcançar seus objetivos ambientais e
econômicos”(ABNT NBR ISO 14001, 2004, p. 5).
Diante dessa perspectiva, é importante que a organização defina e implemente procedimentos
para identificar os impactos ambientais decorrentes de suas atividades, produtos e serviços,
afim de controlar esses impactos e suas consequências.
Segundo o Artigo 1º da Resolução n.º 001/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), a definição de impacto ambiental pode ser entendida como:
“Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, biológicas do meio ambiente, causada
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que afetem
diretamente ou indiretamente: a saúde, a segurança, e o bem estar da população; as atividades
sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias ambientais e a qualidade dos
recursos ambientais” (BRASIL. CONAMA, Resolução 001, 1986).
Esta definição deixa clara a interferência, causada pelas atividades antropogênicas, na
qualidade dos recursos naturais, alterando as propriedades desses recursos e afetando diversas
esferas, e ressalta o caráter primordial da mitigação de tais impactos.
A Norma Brasileira ISO 14001, no requisito 4.3.1, destaca que a organização deve estabelecer
e manter procedimentos para identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos
ou serviços que possam ser controlados, de forma a determinar os aspectos que tenham ou
possam ter impacto significativo sobre o meio ambiente (ABNT NBR ISO 14001, 2004).
Cabe ressaltar que a identificação dos impactos ambientais inerentes às atividades da empresa
e a avaliação de suas possíveis consequências é de fundamental importância para o
conhecimento real dos impactos causados por suas atividades e constituem os primeiros
passos para a efetiva implementação do Sistema de Gestão Ambiental.
Atualmente observa-se um crescimento das ações adotadas pelas instituições de ensino que
buscam promover a conscientização ambiental e o controle dos seus aspectos ambientais
significativos (OLIVEIRA, 2012). Como exemplo podemos citar as boas práticas ambientais
de universidade do Reino Unido, Portugal, Alemanha, Espanha ,França e América Latina
(TAUCHEN et. al., 2006). No Brasil a Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos, do
Rio Grande do Sul, foi a primeira universidade da América Latina a ser certificada segundo a
norma ISO 14001, sendo, nesta época, a quinta universidade no mundo com essa distinção e a
primeira na América Latina (UNISINOS, Relatório 2005).
Diversas técnicas e ferramentas podem ser utilizadas durante a fase de levantamento dos
aspectos e impactos ambientais na implementação do Sistema de Gestão Ambiental,
permitindo que as empresas conheçam os riscos ambientais associados às suas atividades.
Nesse processo, além da escolha da técnica ideal, faz-se necessário a formação de uma equipe
multidisciplinar, garantindo a diversidade de saberes e experiências de profissionais
especialistas de diversas áreas.
Para que se produza com menor agressão ao meio ambiente, pelo uso eficiente dos recursos
naturais e pela redução dos resíduos pós-consumo, a inovação deve ser mais bem entendida no
contexto social, haja vista as inovações tecnológicas desencadearem suas próprias
necessidades (Porter & Linde, 1995; Carrillo-Hermosilla, Del Río, & Könnölä, 2010).
Dessa forma, o desenvolvimento sustentável requer um arcabouço de conhecimentos e de
competências para a implantação de processos tecnicamente viáveis e eticamente desejáveis
(Kleindorfer et al., 2005; Hall & Vredenburg, 2012). Tal arcabouço são as tecnologias da
sustentabilidade, que podem ser definidas como saberes e capacidades de perenidade da vida
(Hall & Vredenburg, 2012).
As tecnologias da sustentabilidade se referem tanto a processos de produção e circulação do
produto como a forma de organização social, padrões de ganho e processamento de dados
(Hall & Vredenburg, 2012).
Nesse contexto, a inovação é um fator gerador de transformações que não se relacionam
somente com assuntos de ordem técnico-científica, mas proporcionam também questões de
ordem política, econômica e sociocultural (Han, Fontanos, Fukushi, Herath, Heeren, Naso, ...
& Takeuchi, 2012; Markard, Raven, & Truffer, 2012).
Diante da convergência das necessidades sociais e vantagem competitiva, Nidumolu et al.
(2009) discutem o papel do governo, sociedade e empresas e argumentam que a
sustentabilidade impulsiona inovações na empresa, e que algumas empresas cedem a
regulamentações e outras as impulsionam quando obtêm uma tecnologia que lhes permita
vantagem competitiva.
1.3 Inovação em Instituição Pública

O Manual de Oslo (2004) define que a inovação de produto é a implantação de um produto


com características de desempenho aprimoradas de modo a fornecer objetivamente ao
consumidor serviços novas ou aprimoradas. Tidd e Bessant (2013) apresentam inovação de
produto como sendo os serviços e produtos oferecidos pela empresa.
Quando se fala em inovação, a dimensão econômica é normalmente apontada como principal,
todavia, é necessário incorporar os aspectos sociais e ambientais, bem como, levar em
consideração as gerações futuras (Barbieri et al., 2010; Hart & Dowell, 2010).
Para que se produza com menor agressão ao meio ambiente, pelo uso eficiente dos recursos
naturais e pela redução dos resíduos pós-consumo, a inovação deve ser mais bem entendida no
contexto social, haja vista as inovações tecnológicas desencadearem suas próprias
necessidades (Porter & Linde, 1995; Carrillo-Hermosilla, Del Río, & Könnölä, 2010).
Dessa forma, o desenvolvimento sustentável requer um arcabouço de conhecimentos e de
competências para a implantação de processos tecnicamente viáveis e eticamente desejáveis
(Kleindorfer et al., 2005; Hall & Vredenburg, 2012). Tal arcabouço são as tecnologias da
sustentabilidade, que podem ser definidas como saberes e capacidades de perenidade da vida
(Hall & Vredenburg, 2012).
As tecnologias da sustentabilidade se referem tanto a processos de produção e quanto de
circulação do produto como a formas de organização social, padrões de ganho e
processamento de dados (Hall & Vredenburg, 2012).
Nesse contexto, a inovação é um fator gerador de transformações que não se relacionam
somente com assuntos de ordem técnico-científica, mas proporcionam também questões de
ordem política, econômica e sociocultural (Han, Fontanos, Fukushi, Herath, Heeren, Naso, ...
& Takeuchi, 2012; Markard, Raven, & Truffer, 2012).
Diante da convergência das necessidades sociais e vantagem competitiva, Nidumolu et al.
(2009) discute-se o papel do governo, sociedade e empresas e argumentam que a
sustentabilidade impulsiona inovações na organização, e que algumas empresas cedem a
regulamentações e outras as impulsionam quando obtêm uma tecnologia que lhes permita
vantagem competitiva no mercado.
Para Tidd e Bessant (2009), a inovação de processo representa mudanças na forma de criar e
entregar os produtos e serviços. Segundo Porto (2013), a identificação de oportunidades deve
ser entendida como a possibilidade de constatar, perceber ou imaginar um potencial retorno na
combinação de recursos que visem satisfazer uma necessidade de forma mais eficiente e
menos dispendiosa, que podem ser possíveis em virtude da evolução do conhecimento
científico e tecnológico, além de mudanças em variáveis políticas, legais, econômicas, sociais
e demográficas.
Tigre (2014) afirma que uma inovação organizacional pode ser definida como a
implementação de um novo método organizacional na rotina operacional de uma empresa, na
organização do trabalho ou em suas relações externas. Jonash e Sommerlate, citado por Silva
(2014), afirmam que a inovação deve ser uma estratégia de toda a empresa e dos
departamentos de P&D. Sendo assim, a estratégia, recursos, processos, métodos de gestão e
tecnologia devem ser todos orientados para o desenvolvimento de inovações.
Segundo Porter, citado por Denk (2015), a estratégia de inovação no marketing visa a criação
de valor viabilizando o crescimento sustentável e manutenção da competitividade da empresa,
proporcionando retorno desejado aos clientes potenciais de acordo com suas particularidades.
Pegoraro (2009) salienta o compromisso social da universidade, de produzir conhecimentos e
que este não pode ser um bem privado, daí o compromisso das universidades em desenvolver
conhecimentos que se traduzem nas competências dos profissionais que ela forma, bem como,
o compromisso do Estado que deveria ser voltado às políticas de democratizar o ensino e a
inclusão social. Por isso, entende-se que as instituições de ensino independente da sua forma
de organização, devem buscar por meio do ensino, pesquisa e extensão promover
conhecimentos capazes de melhorar o meio onde se inserem e servir de modelo para as
demais entidades, inclusive com práticas adequadas e responsáveis e prol da sustentabilidade
ambiental. (KRUGER 2011).Neste sentido, este trabalho apresentará um estudo de caso em
que se aplicará a análise da A3P processo de identificação de aspectos ambientais na Agência
Idaron.

3 METODOLOGIA
Esta pesquisa se caracterizou por sua natureza básica e exploratória, uma vez que se buscou
constatar se as ações da IDARON estão de acordo com as orientações da A3P e seu potencial
de adesão a agenda ambiental. Quanto aos procedimentos, a pesquisa foi documental e
bibliográfica, uma vez que foram consultados os documentos e relatórios de uso interno e
externo de gestão e sua análise se deu no período de agosto a outubro de 2017, bem como, a
literatura refente ao tema, como materiais já publicados, artigos de periódicos e materiais já
disponibilizados na internet, como segue no Quadro 1.

Aspectos Classificação Descrição

Objetiva empregar os conhecimentos adquiridos para


Natureza Básica aplicação prática, voltados para a resolução de problemas
concretos da atualidade.

Abordagem do Tentativa de compreender detalhadamente os significados e


Exploratória
problema características situacionais que os entrevistados

Busca explicar os porquês das coisas e suas causas, por


Fim da Pesquisa Explicativa meio do registro, da análise, da classificação e da
interpretação dos fenômenos observados.
Elaborada a partir de material publicado, com o objetivo de
familiarizar o pesquisador ao tema abordado. São utilizados
Pesquisa
livros, revistas, publicações em periódicos e artigos
Bibliográfica
científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações,
Procedimentos teses etc.
Tem como objetivo de conseguir informações e/ou
Estudo de
conhecimentos acerca de um problema para o qual
Campo
procuramos uma resposta, ou de uma hipótese.
Formular hipóteses para expressar as dificuldades do
5.1 Hipotético-
Método problema, de onde deduzimos consequências que deverão
dedutivo
ser testadas ou falseadas.
Quadro 7 – Estrutura metodológica da pesquisa.
Fonte: Elaborado a partir de Prodanov e Freitas (2013).

Durante a pesquisa se buscou verificar nas ações da rotina de trabalho da Agência, as causas e
efeitos para os resultados encontrados, como referência para demonstrarem o pontencial e o
perfil institucional para adoção da metodologia da A3P. A estratégia de investigação e a
abordagem do problema, centrou-se no método qualitativo onde foi comparado um conjunto
de ações e com as diretrizes e orientações da A3P para identifica similaridade e alcance
objetivo (Yin, 2013).
A pesquisa foi aplicada na sede administrativa da IDARON, reconhecida por seu trabalho de
defesa sanitária agropecuária no estado de Rondônia. A escolha da estratégia de estudo de
campo se deu por permitir analisar a ocorrência de inovações de processo a partir de práticas
sustentáveis. Como fonte de evidência, optou-se pela análise documental (Saunders, Lewis, &
Thornill, 2000; Bryman & Bell, 2011).
A A3P é um programa do Ministério do Meio Ambiente em formato de agenda ambiental para
os órgãos públicos, de adesão facultativa, e suas diretrizes são estabelecidas pelo próprio
ministério. Já os principais programas executados pela IDARON são estabelecidos pelo
Ministério da Agricultura para execução em âmbito estadual visando a defesa sanitária animal
e vegetal com repercussão positiva para a saúde pública. Durante a pesquisa, foi observado se
as práticas adotadas coadunam com os objetivos da A3P e ao final, foi avaliado se as práticas
são ambientalmente sustentáveis e do ponto de vista da A3P.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1. Caracterização da potencialidade da IDARON a Agenda Ambiental na
Administração Pública (A3P), Com base em Freitas, Borgert E Pfitscher (2011)

A Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Estado de Rondônia - IDARON é uma


autarquia estadual, criada em 1999, responsável pela execução da política pública de defesa
sanitária agropecuária no Estado de Rondônia, envolvendo um grupo de programas voltados a
sanidade animal e vegetal, tais como:
a) Programas de sanidade animal
Combate a febre aftosa, sanidade avícola, combate a tuberculose e brucelose animal, sanidade
suídea, sanidade equídea, combate a raiva dos herbívoros, e ainda controle do trânsito de
animais e educação sanitária aplicada aos programas de sanidade animal.
b) Programas de sanidade vegetal
Controle e fiscalização do trânsito de produtos e subprodutos de origem vegetal,
Monitoramento das pragas das principais culturas, Controle e fiscalização do uso,
comercialização, transporte de agrotóxicos e destino final das embalagens, Educação Sanitária
(IDARON, 2017).
A sede da Agência está localizada em Porto Velho, mas precisamente no Edifício Rio
Cautário dentro do complexo administrativo do Palácio Rio Madeira, além das 84 unidades
presentes nos 52 municípios de Rondônia, das quais estão divididas em 8 regiões de atuação,
tendo na totalidade 620 servidores públicos distribuídos por estas unidades, sendo o
agronegócio seu setor de atuação (IDARON, 2017).
Por meio da checagem proposta por Freitas, Borgert e Pfitscher (2011) buscou-se verificar
junto a IDARON se a mesma atende ou não os objetivos e critérios definidos da A3P,
conforme o Quadro 2.

Objetivos da Agenda Ambiental na Administração Pública


Adere Não adere Observações
(A3P)
Objetivo 1 – Sensibilização dos gestores
Há sensibilização dos gestores, em relação à gestão e
Sim
responsabilidade socioambiental na instituição?
Objetivo 2 – Economia de recursos naturais e redução de gastos institucionais
A gestão ambiental na IDARON promove o uso racional de
Sim
recursos naturais e bens públicos?
Objetivo 3 – Redução do impacto socioambiental negativo
A gestão ambiental na IDARON contribui para a redução de
impacto socioambiental negativo, direto e indireto, provocado Sim
pelas atividades administrativas e operacionais da instituição?
Objetivo 4 – Revisão de padrões de produção e consumo e adoção de novos padrões
de sustentabilidade
A gestão ambiental na IDARON contribui para a adoção de
Sim
novos padrões de sustentabilidade na administração pública?
A gestão ambiental na IDARON contribui para a adoção e
Sim
revisão dos padrões de produção e consumo?
Objetivo 5 – Melhoria da qualidade de vida
A gestão ambiental na IDARON contribui para a melhoria da
Sim
qualidade de vida dos stakeholders?
Quadro 2 Verificação da adesão aos objetivos da A3P
Fonte: Adaptado de Freitas, Borgert e Pfitscher (2011)

Em relação ao objetivo 1 – Sensibilização dos gestores: conclui-se que há sensibilização dos


gestores, em relação à gestão e responsabilidade socioambiental, sendo possível notar pelo no
fato de a agência liderar nacionalmente o ranking de recolhimento de embalagens de
agrotóxicos utilizados na agricultura em parceria com os participantes da cadeia produtiva
(indústria, lojas agropecuárias e produtores rurais), ação que demonstra a preocupação e
compromisso com a saúde pública e o meio ambiente. Outra situação notada foi a
preocupação a redução de desperdícios, onde a gestão tem empreendido medidas neste
sentido.
Sobre o objetivo 2 – Economia de recursos naturais e redução de gastos institucionais: a
gestão ambiental na IDARON promove o uso racional de recursos naturais e bens públicos? A
agência tem adotado algumas medidas para o uso racional e eficiente dos recursos materiais,
mas podem ser mais intensificados e melhorados, como utilização de sistemas eletrônicos para
tramitação dos processos de trabalho, economizando radicalmente o uso de papel, que
consequentemente, produzirá economia em impressões e tonner para impressora. A
participação no Sistema de Gestão da Frota, onde a frotas das instituições foram unificadas, a
chamada frota única que também produz economia de combustível e manutenção devido a
otimização no uso dos veículos e manutenção monitorada da frota da Agência.
No objetivo 3 – Redução do impacto socioambiental negativo. A gestão ambiental na
IDARON contribui para a redução de impacto socioambiental negativo, direto e indireto,
provocado pelas atividades administrativas e operacionais da instituição? Nota-se que sim,
pois a redução do desperdício, otimização e racionalização no uso dos recursos gerais
necessário para o funcionamento da instituição contribuem fortemente para redução do
impacto socioambiental, além do programa de educação sanitária para produtores rurais e
estudantes, dão essa contribuição quando estimulam a conscientização sanitária para a
produção de produtos e subprodutos de origem animal e vegetal através de metodologias de
orientação e capacitação do produtor rural.
No Objetivo 4 – Revisão de padrões de produção e consumo e adoção de novos padrões de
sustentabilidade. A gestão ambiental na IDARON contribui para a adoção de novos padrões
de sustentabilidade na administração pública? Sim, mas podem ser aperfeiçoados, já que as
ações ainda estão no início de sua implantação, e a mensuração do resultado ainda não foi
possível realizar, mas entende-se que são ações positivas e que podem gerar efeitos positivos
para a instituição e ao meio ambiente. Entre as ações, podemos citar o programa de
informatização das rotinas de trabalho que migrarão da plataforma manual para digital, tando
para atividades administrativas quanto atendimento ao produtor rural, possibilitando ainda que
o produtor interaja com a Agência através de aplicativo mobile por meio de um telefone
celular, isso gera economia no custeio do atendimento ao público e otimiza a capacidade de
trabalho da IDARON.
Ainda no Objetivo 4, indagou-se também: a gestão ambiental na IDARON contribui para a
adoção e revisão dos padrões de produção e consumo? Sim, mas pode melhorar em relação
aos programas finalísticos, como o recolhimento de embalagens de agrotóxicos, inspeção e
fiscalização de empreendimentos de processamento de produtos e subprodutos de origem
animal como frigoríficos e laticínios onde é exigido o cumprimento de encargos sanitários que
garantam ao consumidor final a correta prática sanitária na hora de produzir, contribuindo
para a saúde pública e meio ambiente, mesmo porque, só é liberado o certificado de inspeção
sanitária após o devido licenciamento ambiental junto ao órgão ambiental oficial.
Quanto ao Objetivo 5 – Melhoria da qualidade de vida. Indagou-se: a gestão ambiental na
IDARON contribui para a melhoria da qualidade de vida dos stakeholders? Sim, o servidor da
IDARON trabalha 6h diárias, uma carga horário menor à tradicional, dentro de ambiente
adequado de trabalho com os recursos necessários para sua atividade. Em relação às unidades
do interior (outras cidades), há um programa de investimento para melhoria das instalações
físicas e aquisição de veículos e equipamentos novos para melhorar as condições de trabalho e
o ambiente interno, bem como, o atendimento ao produtor rural, este quesito pode ser
melhorado, pois precisa ser ampliado para 100% das unidades. Também, observa-se que os
servidores contribuem e adotam boas práticas racionais do uso dos recursos, o que demonstra
consciência e participação.
4.2. Comparativo das demandas da A3P às práticas de gestão socioambientais
desenvolvidas pela IDARON;
O Plano Plurianual da IDARON apresenta um macroprograma que concentra todos os demais
programa executados pela Agência, chamado Programa Estadual de Defesa Agropecuáira, do
qual, contempla a previsão de despesa com custeio das atividades, investimentos diversos
aplicados ao fortalecimento do órgão e remuneração de seu corpo de servidores.
Destaca-se o Programa Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) que
visa unificar ações nacionamental entre estados e governo federal; Valorização e assistência
ao Servidor Público, onde garante a evolução na carreira profissional tendo como um dos
critérios a qualificação profissional para pleitear o benefício, além das qualificações
oferecidas pela própria instituição, possibilitando um ganho qualitativo da equipe técnica
compartilhando responsabilidade entre servidor e agência.
As principais ações desenvolvidas pela Agência, referentes aos programas supracitados, são:
1. Controle sanitário do rebanho bovino: tem a finalidade de manter o rebanho bovino livre
de doenças, objetivando sempre a segurança alimentar da sociedade. O desenvolvimento desta
ação pela IDARON, em conjunto com os seus parceiros, fez com que o Estado recebesse o
título de“Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação” pela Organização Internacional de
Saúde Animal - OIE.
2. Sanidade suídea: onde a finalidade é manter sadio o rebanho de suinos no estado de
Rondônia, e atualmente a OIE emitiu certificado de livre de peste suina clássica, o que
demonstra a qualidade do trabalho da instituição na orientação, vigilância e fiscalização desta
setor produtivo e promovendo ganho em saúde pública e ambiental.
3. Combate a tuberculose e brucelose animal: neste programa o controle sanitário ainda não
alcançou a erradicação da doença, porém, a Agência estima a existência de 2% de casos
positivados, e em 2017 foi editado decreto governamental instituindo o plano de erradicação
dessas doenças com a devida indenização ao produtor em caso de animal identificado, mesmo
porque, quando isso ocorre, o animal precisa ser sacrificado. Mais um programa de promoção
da saúde pública e ambiental para a sociedade.
4. Sanidade equidea: envolve ações de controle para erradicação da anemia infecciosa equina
e vigilância epidemiológica para o mormo, influenza equina e encefalomielite equina, dos
quais é feita fiscalização de estabelecimento de criação de equinos, controle de trânsito e
educação sanitária aplicada aos produtores rurais.
Os programas de sanidade animal envolve entre outras, mas principalmente a vigilância,
fiscalização, educação santária e controle de trânsito de animais, e o saneamento da
propriedade quando necessário.
5. Fiscalização e controle de trânsito de material vegetal: fiscaliza e controla o trânsito de
produtos vegetais, para que estes não sejam transportados sem a Permissão de Trânsito
Vegetal - PTV, garantindo que estejam livres de pragas e doenças e, também, que foram
cultivados dentro das normas padrão de qualidade estabelecidas pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA.
6. Fiscalização do produto, comercialização e uso de agrotóxicos: fiscaliza e controla os
produtos agrotóxicos, sua comercialização e uso, bem como o destino final das embalagens
vazias, garantindo maior segurança alimentar para a sociedade e conservação do meio
ambiente.
7. Inspeção sanitária de produtos e subprodutos de origem animal e vegeral: inspeciona
constantemente as Agroindústrias que produzem produtos e subprodutos de origem animal,
cadastrados no Sistema de Inspeção Estadual – S.I.E., de competência da Agência, ressaltando
ainda que a certificação para a produção de origem vegetal ainda está sobe gestão do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, com a possibilidade futura de
ser repassada a IDARON.
8. Educação sanitária: o programa de educação sanitária envolve a capacitação e
qualificação do produtores rural, tanto referente aos programas de sanidade animal quanto de
sanidade vegetal, para que adote as boas práticas de produção, concientes e sustentáveis do
ponto de vista sanitário e ambiental, por fim protegendo a saúde pública e o meio ambiente.
Portanto, observa-se que na execução de seus programas, tendo os acima apresentados, como
uma amostra significativa, o foco na promoção da saúde pública e ambiental, envolvendo
servidores e produtores, através de boas práticas de defesa sanitária aplicada a atividade
agropecuária e para tanto, são necessárias atividades de suporte técnico e administrativo para
garantir a execução destas ações, de forma eficiente e otimizada, com economia de recursos,
menor desperdício com maior sustentabilidade.

4.3. Propostas de práticas inovadoras de ações de responsabilidade social e ambiental na


instituição para a tomada de decisão estratégica com foco em sustentabilidade.
Após a caracterização e análise das ações ambientais praticadas e da aplicação da checagem
proposta por Freitas, Borgert e Pfitscher (2011) na instituição, buscou-se outras práticas
inovadoras que podem ser implantas na IDARON, conforme Quadro 3.
PROJETO OBJETIVO
1 Terra Cycle Destinação correta de resíduos de difícil reciclagem, ponto de coleta seletiva.
2 Comissão de monitoramento de Mensuração e redução de consumo de energia ou redução do consumo de
energia água nas unidades da IDARON
3 Campanhas de conscientização para a correta descarte de embalagens de
Conscientização
vacinas e outros resíduos que precisam de maior atenção.
4 Implantar a A3P como modelo de agenda ambiental para suas rotinas
Adoção da A3P
envolvendo seus servidores.
Quadro 3 – Sugestões de Práticas Inovadoras
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)

A primeira delas é se tornar um ponto de coleta da TerraCycle,, que conforme Miranda


Junior, Licório e Silva (2017) que é uma empresa líder global em soluções para resíduos de
difícil reciclabilidade. Possui diversos programas de coleta e reciclagem e mobiliza 60
milhões de consumidos no mundo por meio de suas ações. A empresa tem a premissa de
reciclar o “não reciclável”, desde esponjas de limpeza doméstica até instrumentos de escrita.
Presente em 21 países, a TerraCycle atua em parceria com times de coleta formados por
consumidores, empresas, organizações sociais, órgãos públicos ou qualquer pessoa
interessada em participar de seus programas de reciclagem. A ideia consiste em instalar
pontos de recebimentos de materiais, informar a comunidade envolvida os tipos de materiais a
serem recolhidos, juntar uma quantidade estipulada de resíduos e envia-los gratuitamente,
pelos correios para a sede a empresa, onde serão corretamente tratados, evitando assim
descarte incorreto e gerando grande mobilização e conscientização entre os participantes. Na
sede da IDARON em Porto Velho, Rondônia e possivelmente em outras unidades pode ser
implantada esse sistema de coleta e envio tendo a TerraCycle como parceira.
A segunda seria implantar uma comissão interna para se mensurar o consumo de energia
elétrica e o consumo de água em todas as unidades da IDARON, para diagnosticar e mensurar
o consumo e seu custo e então propor medidas para otimização desse tipo de gasto,
promovendo redução do consumo desnecessário, redução do desperdício ou uso inadequado, o
que geraria não só a diminuição nos custos quanto ganho da qualidade ambiental gerado pelo
consumo consciente. Como a IDARON possui várias unidades, pode buscar outras medidas
para geração energia, como a solar, fonte abundante na região devido as condições climáticas
favoráveis.
Em terceiro lugar, agregar ao programa de educação sanitária animal e vegetal já realizado,
ações de conscientização sobre o correto descarte ou destinação de embalagens e vasilhames
que geralmente são utilizados no processo de vacinação, os riscos que o uso incorreto pode
causar ao ser humano e ao meio ambiente, tendo assim, o produtor rural, um parceiro na
agenda ambiental.
A quarta sugestão, é a adoção da A3P propriamente dita ou similar, consolidada na prática de
melhoria do meio ambiente para instituições públicas, assim, sugere-se que se estabeleça um
regramento institucional para ações de sustentabilidade, bem como, envolvimento dos
servidores para que tais práticas sejam absorvidas por todos como uma rotina saudável para a
Agência, o que terá como efeito uma gestão mais sustentável do ponto de vista
socioambiental, e por fim, que seja criado um setor, ou comissão ou que seja atribuído a um
departamento a missão de estruturar as ações da A3P na agência orientando e promovendo a
implantação do programa.

5. CONCLUSÕES
Como resultado, a pesquisa demonstrou que é possível compreender que a importância da
aplicação da agenda ambiental da administração pública, em especial para instituições que
pretendem ser sustentáveis do ponto de vista ambiental, é uma ferramenta eficaz para o bom
gerenciamento e obtenção de resultados positivos.
Em resposta à pergunta de pesquisa, onde indagou-se: qual o grau de adesão do Instituto
Federal de Rondônia a Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P)? Conclui-se
através das comparações das demandas da A3P às práticas de gestão socioambiental
desenvolvida pela IDARON, que existem práticas administrativas que demonstram
preocupação com a sustentabilidade e há programas de atuação finalístico inerente a atividade
da agência diretamente ligado a saúde pública e proteção ambiental com reflexo direto na
sustentabilidade em seu campo de atuação e execução de sua missão institucional. Mesmo a
IDARON não adotando ainda a A3P como agenda ambiental para a sustentabilidade, porém,
há ações que demonstrem certa consciência socioambiental, mesmo que intuitivamente,
porém, ainda há desafios a serem superados para elevar o nível de sustentabilidade na
instituição.
As organizações buscam excelência, necessitam criar vantagens competitivas, implantá-las e
utilizar os meios mais eficazes, tornando-se necessário um modelo apropriado para cada
situação, analisando as variações no ambiente para definir qual será a estratégia empregada e
se ela realmente é a mais indicada. As instituições públicas tem papel de vanguarda nesse
sentido, a fim de propor práticas de consumo consciente, assim como sua redução, descarte
correto de resíduos e engajamento social são contribuições significativas para o meio
ambiente e fortalecimento de um modelo que pode ser expandido para outras instituições
também do setor privado.

AGRADECIMENTOS
Os nossos agradecimentos ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Rondônia - IFRO, Campus Zona Norte Porto Velho, a Universidade Federal da Integração
Latino-americana-UNILA e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico – CNPq.

Site: http://www.ifro.edu.br
http://www.cnpq.br
http://www.unila.edu.br

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