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Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil.

Situa-se a 41 quilômetros
da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar
o Polo Industrial de Camaçari.[8] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta
cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana
de Salvador.

Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados,[3]com uma população de mais de 296
mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois
de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado
em cerca de quase 22 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2016.[7] Faz parte dos 71
municípios brasileiros integrados no Mercosul.

É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a


primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[9] e do Polo
Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas
indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros
ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico
planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de
90 empresas instaladas.[10]

Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por


povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região,
falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros
exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo
tupi dos tupinambás.[12]

A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi


criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo índios de várias
aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João
Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há
indícios que esses índios tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de
São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 1624 – 1640, os
índios da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa,
juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes
mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho
Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do
Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e
Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada
ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.

Séculos 18 e19
Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas
da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente,
adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da
Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende
o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.

No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está
estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao
recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São
Francisco e Litoral Norte).

Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração


agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao
desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser
em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no
entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal

A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia


os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal
de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo
ano.

A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro


(em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a
sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão
do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios
passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se
Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as
localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em
1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).

Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari.


Em 1932, retornou a Salvador.

Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27


segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[13] Com área territorial de
784 658 quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador,
sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de
São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias
d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes,
Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito
Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de
Abrantes.

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata


ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio
Capivara e Lagoas de Guarajuba.[13] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de
Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque
Garcia D'Ávila.[2]

Clima

O clima de Camaçari é tropical úmido,[13] com uma temperatura média compensada de


25 graus Celsius (°C). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi
de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[14] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de
1995.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm)
em 1° de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram
172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[16]

A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari,


inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos
mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do
país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade
como automotiva, destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.

Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1


bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado
da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari.
Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80
por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30
mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua
participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento. A fábrica da Ford Motor
Company na cidade monta os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta
Sedan.[18] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e
emprega cerca de 800 engenheiros.[19] A JAC Motors também teria uma fábrica em
Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com
uma produção anual de 100 mil veículos,[20] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a


primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para
o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de
dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é
também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a
linha de produção Roundup.[21]

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos


movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e
teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém uma
orquestra pró-sinfônica e uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas
de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a
Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica
rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas
Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam
anualmente no complexo. Mantido anualmente com quinze milhões de reais da Prefeitura,
além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo
Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[26]
A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula
distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e
público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica
(em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma
unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona
rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos,
dos quais três são internacionais.[26]

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol
Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, o
primeiro está na Segunda Divisão do Campeonato Baiano e o segundo sem divisão.

O Estádio Armando Oliveira é a principal praça esportiva da cidade.

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros


da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar
o Polo Industrial de Camaçari.[8] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta
cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana
de Salvador.

Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados,[3]com uma população de mais de 296
mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois
de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado
em cerca de quase 22 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2016.[7] Faz parte dos 71
municípios brasileiros integrados no Mercosul.

É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a


primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[9] e do Polo
Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas
indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros
ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico
planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de
90 empresas instaladas.[10]

Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por


povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região,
falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros
exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo
tupi dos tupinambás.[12]

A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi


criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo índios de várias
aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João
Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há
indícios que esses índios tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de
São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 1624 – 1640, os
índios da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa,
juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes
mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho
Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do
Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e
Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada
ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.

Séculos 18 e19

Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas
da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente,
adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da
Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende
o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.

No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está
estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao
recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São
Francisco e Litoral Norte).

Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração


agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao
desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser
em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no
entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal

A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia


os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal
de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo
ano.

A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro


(em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a
sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão
do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios
passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se
Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as
localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em
1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).

Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari.


Em 1932, retornou a Salvador.
Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27
segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[13] Com área territorial de
784 658 quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador,
sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de
São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias
d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes,
Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito
Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de
Abrantes.

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata


ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio
Capivara e Lagoas de Guarajuba.[13] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de
Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque
Garcia D'Ávila.[2]

Clima

O clima de Camaçari é tropical úmido,[13] com uma temperatura média compensada de


25 graus Celsius (°C). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi
de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[14] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de
1995.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm)
em 1° de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram
172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[16]

A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari,


inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos
mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do
país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade
como automotiva, destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.

Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1


bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado
da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari.
Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80
por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30
mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua
participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento. A fábrica da Ford Motor
Company na cidade monta os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta
Sedan.[18] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e
emprega cerca de 800 engenheiros.[19] A JAC Motors também teria uma fábrica em
Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com
uma produção anual de 100 mil veículos,[20] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a


primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para
o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de
dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é
também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a
linha de produção Roundup.[21]

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos


movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e
teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém uma
orquestra pró-sinfônica e uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas
de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a
Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica
rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas
Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam
anualmente no complexo. Mantido anualmente com quinze milhões de reais da Prefeitura,
além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo
Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[26]

A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula
distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e
público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica
(em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma
unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona
rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos,
dos quais três são internacionais.[26]

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol
Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, o
primeiro está na Segunda Divisão do Campeonato Baiano e o segundo sem divisão.

O Estádio Armando Oliveira é a principal praça esportiva da cidade.

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros


da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar
o Polo Industrial de Camaçari.[8] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta
cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana
de Salvador.

Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados,[3]com uma população de mais de 296
mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois
de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado
em cerca de quase 22 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2016.[7] Faz parte dos 71
municípios brasileiros integrados no Mercosul.

É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a


primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[9] e do Polo
Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas
indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros
ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico
planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de
90 empresas instaladas.[10]
Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por
povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região,
falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros
exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo
tupi dos tupinambás.[12]

A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi


criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo índios de várias
aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João
Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há
indícios que esses índios tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de
São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 1624 – 1640, os
índios da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa,
juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes
mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho
Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do
Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e
Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada
ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.

Séculos 18 e19

Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas
da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente,
adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da
Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende
o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.

No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está
estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao
recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São
Francisco e Litoral Norte).

Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração


agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao
desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser
em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no
entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal


A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia
os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal
de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo
ano.

A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro


(em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a
sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão
do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios
passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se
Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as
localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em
1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).

Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari.


Em 1932, retornou a Salvador.

Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27


segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[13] Com área territorial de
784 658 quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador,
sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de
São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias
d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes,
Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito
Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de
Abrantes.

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata


ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio
Capivara e Lagoas de Guarajuba.[13] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de
Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque
Garcia D'Ávila.[2]

Clima

O clima de Camaçari é tropical úmido,[13] com uma temperatura média compensada de


25 graus Celsius (°C). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi
de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[14] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de
1995.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm)
em 1° de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram
172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[16]

A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari,


inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos
mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do
país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade
como automotiva, destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.
Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1
bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado
da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari.
Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80
por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30
mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua
participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento. A fábrica da Ford Motor
Company na cidade monta os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta
Sedan.[18] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e
emprega cerca de 800 engenheiros.[19] A JAC Motors também teria uma fábrica em
Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com
uma produção anual de 100 mil veículos,[20] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a


primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para
o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de
dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é
também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a
linha de produção Roundup.[21]

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos


movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e
teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém uma
orquestra pró-sinfônica e uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas
de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a
Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica
rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas
Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam
anualmente no complexo. Mantido anualmente com quinze milhões de reais da Prefeitura,
além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo
Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[26]

A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula
distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e
público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica
(em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma
unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona
rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos,
dos quais três são internacionais.[26]

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol
Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, o
primeiro está na Segunda Divisão do Campeonato Baiano e o segundo sem divisão.

O Estádio Armando Oliveira é a principal praça esportiva da cidade.

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros


da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar
o Polo Industrial de Camaçari.[8] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta
cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana
de Salvador.
Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados,[3]com uma população de mais de 296
mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois
de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado
em cerca de quase 22 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2016.[7] Faz parte dos 71
municípios brasileiros integrados no Mercosul.

É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a


primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[9] e do Polo
Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas
indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros
ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico
planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de
90 empresas instaladas.[10]

Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por


povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região,
falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros
exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo
tupi dos tupinambás.[12]

A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi


criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo índios de várias
aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João
Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há
indícios que esses índios tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de
São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 1624 – 1640, os
índios da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa,
juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes
mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho
Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do
Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e
Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada
ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.

Séculos 18 e19

Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas
da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente,
adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da
Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende
o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.
No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está
estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao
recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São
Francisco e Litoral Norte).

Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração


agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao
desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser
em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no
entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal

A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia


os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal
de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo
ano.

A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro


(em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a
sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão
do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios
passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se
Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as
localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em
1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).

Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari.


Em 1932, retornou a Salvador.

Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27


segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[13] Com área territorial de
784 658 quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador,
sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de
São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias
d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes,
Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito
Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de
Abrantes.

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata


ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio
Capivara e Lagoas de Guarajuba.[13] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de
Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque
Garcia D'Ávila.[2]

Clima

O clima de Camaçari é tropical úmido,[13] com uma temperatura média compensada de


25 graus Celsius (°C). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi
de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[14] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de
1995.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm)
em 1° de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram
172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[16]

A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari,


inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos
mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do
país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade
como automotiva, destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.

Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1


bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado
da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari.
Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80
por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30
mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua
participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento. A fábrica da Ford Motor
Company na cidade monta os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta
Sedan.[18] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e
emprega cerca de 800 engenheiros.[19] A JAC Motors também teria uma fábrica em
Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com
uma produção anual de 100 mil veículos,[20] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a


primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para
o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de
dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é
também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a
linha de produção Roundup.[21]

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos


movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e
teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém uma
orquestra pró-sinfônica e uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas
de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a
Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica
rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas
Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam
anualmente no complexo. Mantido anualmente com quinze milhões de reais da Prefeitura,
além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo
Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[26]

A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula
distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e
público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica
(em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma
unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona
rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos,
dos quais três são internacionais.[26]

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol
Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, o
primeiro está na Segunda Divisão do Campeonato Baiano e o segundo sem divisão.

O Estádio Armando Oliveira é a principal praça esportiva da cidade.

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros


da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar
o Polo Industrial de Camaçari.[8] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta
cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana
de Salvador.

Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados,[3]com uma população de mais de 296
mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois
de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado
em cerca de quase 22 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2016.[7] Faz parte dos 71
municípios brasileiros integrados no Mercosul.

É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a


primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[9] e do Polo
Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas
indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros
ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico
planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de
90 empresas instaladas.[10]

Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por


povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região,
falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros
exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo
tupi dos tupinambás.[12]

A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi


criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo índios de várias
aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João
Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há
indícios que esses índios tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de
São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 1624 – 1640, os
índios da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa,
juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes
mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho
Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do
Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e
Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada
ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.

Séculos 18 e19

Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas
da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente,
adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da
Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende
o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.

No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está
estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao
recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São
Francisco e Litoral Norte).

Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração


agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao
desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser
em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no
entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal

A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia


os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal
de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo
ano.

A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro


(em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a
sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão
do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios
passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se
Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as
localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em
1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).

Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari.


Em 1932, retornou a Salvador.

Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27


segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[13] Com área territorial de
784 658 quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador,
sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de
São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias
d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes,
Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito
Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de
Abrantes.

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata


ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio
Capivara e Lagoas de Guarajuba.[13] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de
Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque
Garcia D'Ávila.[2]

Clima

O clima de Camaçari é tropical úmido,[13] com uma temperatura média compensada de


25 graus Celsius (°C). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi
de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[14] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de
1995.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm)
em 1° de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram
172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[16]

A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari,


inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos
mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do
país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade
como automotiva, destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.

Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1


bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado
da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari.
Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80
por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30
mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua
participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento. A fábrica da Ford Motor
Company na cidade monta os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta
Sedan.[18] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e
emprega cerca de 800 engenheiros.[19] A JAC Motors também teria uma fábrica em
Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com
uma produção anual de 100 mil veículos,[20] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a


primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para
o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de
dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é
também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a
linha de produção Roundup.[21]

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos


movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e
teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém uma
orquestra pró-sinfônica e uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas
de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a
Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica
rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas
Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam
anualmente no complexo. Mantido anualmente com quinze milhões de reais da Prefeitura,
além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo
Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[26]

A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula
distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e
público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica
(em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma
unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona
rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos,
dos quais três são internacionais.[26]

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol
Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, o
primeiro está na Segunda Divisão do Campeonato Baiano e o segundo sem divisão.

O Estádio Armando Oliveira é a principal praça esportiva da cidade.

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros


da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar
o Polo Industrial de Camaçari.[8] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta
cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana
de Salvador.

Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados,[3]com uma população de mais de 296
mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois
de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado
em cerca de quase 22 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2016.[7] Faz parte dos 71
municípios brasileiros integrados no Mercosul.

É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a


primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[9] e do Polo
Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas
indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros
ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico
planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de
90 empresas instaladas.[10]

Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por


povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região,
falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros
exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo
tupi dos tupinambás.[12]
A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi
criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo índios de várias
aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João
Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há
indícios que esses índios tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de
São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 1624 – 1640, os
índios da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa,
juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes
mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho
Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do
Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e
Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada
ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.

Séculos 18 e19

Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas
da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente,
adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da
Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende
o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.

No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está
estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao
recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São
Francisco e Litoral Norte).

Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração


agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao
desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser
em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no
entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal

A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia


os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal
de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo
ano.
A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro
(em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a
sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão
do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios
passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se
Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as
localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em
1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).

Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari.


Em 1932, retornou a Salvador.

Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27


segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[13] Com área territorial de
784 658 quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador,
sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de
São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias
d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes,
Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito
Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de
Abrantes.

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata


ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio
Capivara e Lagoas de Guarajuba.[13] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de
Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque
Garcia D'Ávila.[2]

Clima

O clima de Camaçari é tropical úmido,[13] com uma temperatura média compensada de


25 graus Celsius (°C). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi
de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[14] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de
1995.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm)
em 1° de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram
172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[16]

A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari,


inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos
mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do
país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade
como automotiva, destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.

Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1


bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado
da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari.
Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80
por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30
mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua
participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento. A fábrica da Ford Motor
Company na cidade monta os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta
Sedan.[18] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e
emprega cerca de 800 engenheiros.[19] A JAC Motors também teria uma fábrica em
Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com
uma produção anual de 100 mil veículos,[20] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a


primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para
o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de
dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é
também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a
linha de produção Roundup.[21]

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos


movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e
teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém uma
orquestra pró-sinfônica e uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas
de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a
Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica
rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas
Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam
anualmente no complexo. Mantido anualmente com quinze milhões de reais da Prefeitura,
além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo
Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[26]

A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula
distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e
público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica
(em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma
unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona
rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos,
dos quais três são internacionais.[26]

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol
Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, o
primeiro está na Segunda Divisão do Campeonato Baiano e o segundo sem divisão.

O Estádio Armando Oliveira é a principal praça esportiva da cidade.

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros


da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar
o Polo Industrial de Camaçari.[8] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta
cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana
de Salvador.

Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados,[3]com uma população de mais de 296
mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois
de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado
em cerca de quase 22 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2016.[7] Faz parte dos 71
municípios brasileiros integrados no Mercosul.
É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a
primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[9] e do Polo
Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas
indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros
ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico
planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de
90 empresas instaladas.[10]

Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por


povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região,
falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros
exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo
tupi dos tupinambás.[12]

A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi


criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo índios de várias
aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João
Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há
indícios que esses índios tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de
São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 1624 – 1640, os
índios da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa,
juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes
mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho
Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do
Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e
Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada
ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.

Séculos 18 e19

Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas
da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente,
adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da
Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende
o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.

No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está
estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao
recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São
Francisco e Litoral Norte).
Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração
agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao
desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser
em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no
entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal

A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia


os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal
de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo
ano.

A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro


(em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a
sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão
do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios
passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se
Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as
localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em
1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).

Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari.


Em 1932, retornou a Salvador.

Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27


segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[13] Com área territorial de
784 658 quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador,
sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de
São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias
d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes,
Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito
Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de
Abrantes.

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata


ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio
Capivara e Lagoas de Guarajuba.[13] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de
Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque
Garcia D'Ávila.[2]

Clima

O clima de Camaçari é tropical úmido,[13] com uma temperatura média compensada de


25 graus Celsius (°C). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi
de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[14] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de
1995.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm)
em 1° de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram
172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[16]
A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari,
inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos
mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do
país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade
como automotiva, destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.

Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1


bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado
da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari.
Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80
por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30
mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua
participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento. A fábrica da Ford Motor
Company na cidade monta os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta
Sedan.[18] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e
emprega cerca de 800 engenheiros.[19] A JAC Motors também teria uma fábrica em
Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com
uma produção anual de 100 mil veículos,[20] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a


primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para
o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de
dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é
também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a
linha de produção Roundup.[21]

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos


movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e
teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém uma
orquestra pró-sinfônica e uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas
de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a
Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica
rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas
Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam
anualmente no complexo. Mantido anualmente com quinze milhões de reais da Prefeitura,
além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo
Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[26]

A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula
distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e
público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica
(em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma
unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona
rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos,
dos quais três são internacionais.[26]

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol
Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, o
primeiro está na Segunda Divisão do Campeonato Baiano e o segundo sem divisão.
O Estádio Armando Oliveira é a principal praça esportiva da cidade.

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros


da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar
o Polo Industrial de Camaçari.[8] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta
cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana
de Salvador.

Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados,[3]com uma população de mais de 296
mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois
de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado
em cerca de quase 22 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2016.[7] Faz parte dos 71
municípios brasileiros integrados no Mercosul.

É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a


primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[9] e do Polo
Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas
indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros
ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico
planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de
90 empresas instaladas.[10]

Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por


povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região,
falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros
exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo
tupi dos tupinambás.[12]

A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi


criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo índios de várias
aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João
Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há
indícios que esses índios tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de
São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 1624 – 1640, os
índios da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa,
juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes
mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho
Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do
Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e
Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada
ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.
Séculos 18 e19

Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas
da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente,
adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da
Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende
o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.

No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está
estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao
recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São
Francisco e Litoral Norte).

Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração


agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao
desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser
em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no
entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal

A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia


os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal
de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo
ano.

A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro


(em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a
sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão
do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios
passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se
Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as
localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em
1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).

Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari.


Em 1932, retornou a Salvador.

Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27


segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[13] Com área territorial de
784 658 quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador,
sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de
São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias
d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes,
Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito
Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de
Abrantes.

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata


ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio
Capivara e Lagoas de Guarajuba.[13] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de
Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque
Garcia D'Ávila.[2]

Clima

O clima de Camaçari é tropical úmido,[13] com uma temperatura média compensada de


25 graus Celsius (°C). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi
de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[14] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de
1995.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm)
em 1° de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram
172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[16]

A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari,


inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos
mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do
país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade
como automotiva, destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.

Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1


bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado
da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari.
Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80
por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30
mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua
participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento. A fábrica da Ford Motor
Company na cidade monta os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta
Sedan.[18] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e
emprega cerca de 800 engenheiros.[19] A JAC Motors também teria uma fábrica em
Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com
uma produção anual de 100 mil veículos,[20] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a


primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para
o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de
dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é
também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a
linha de produção Roundup.[21]

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos


movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e
teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém uma
orquestra pró-sinfônica e uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas
de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a
Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica
rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas
Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam
anualmente no complexo. Mantido anualmente com quinze milhões de reais da Prefeitura,
além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo
Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[26]

A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula
distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e
público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica
(em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma
unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona
rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos,
dos quais três são internacionais.[26]

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol
Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, o
primeiro está na Segunda Divisão do Campeonato Baiano e o segundo sem divisão.

O Estádio Armando Oliveira é a principal praça esportiva da cidade.

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros


da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar
o Polo Industrial de Camaçari.[8] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta
cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana
de Salvador.

Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados,[3]com uma população de mais de 296
mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois
de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado
em cerca de quase 22 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2016.[7] Faz parte dos 71
municípios brasileiros integrados no Mercosul.

É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a


primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[9] e do Polo
Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas
indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros
ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico
planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de
90 empresas instaladas.[10]

Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por


povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região,
falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros
exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo
tupi dos tupinambás.[12]

A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi


criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo índios de várias
aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João
Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há
indícios que esses índios tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de
São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 1624 – 1640, os
índios da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa,
juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes
mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho
Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do
Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e
Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada
ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.

Séculos 18 e19

Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas
da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente,
adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da
Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende
o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.

No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está
estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao
recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São
Francisco e Litoral Norte).

Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração


agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao
desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser
em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no
entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal

A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia


os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal
de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo
ano.

A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro


(em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a
sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão
do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios
passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se
Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as
localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em
1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).
Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari.
Em 1932, retornou a Salvador.

Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27


segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[13] Com área territorial de
784 658 quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador,
sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de
São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias
d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes,
Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito
Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de
Abrantes.

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata


ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio
Capivara e Lagoas de Guarajuba.[13] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de
Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque
Garcia D'Ávila.[2]

Clima

O clima de Camaçari é tropical úmido,[13] com uma temperatura média compensada de


25 graus Celsius (°C). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi
de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[14] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de
1995.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm)
em 1° de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram
172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[16]

A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari,


inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos
mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do
país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade
como automotiva, destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.

Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1


bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado
da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari.
Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80
por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30
mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua
participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento. A fábrica da Ford Motor
Company na cidade monta os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta
Sedan.[18] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e
emprega cerca de 800 engenheiros.[19] A JAC Motors também teria uma fábrica em
Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com
uma produção anual de 100 mil veículos,[20] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a


primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para
o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de
dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é
também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a
linha de produção Roundup.[21]

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos


movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e
teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém uma
orquestra pró-sinfônica e uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas
de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a
Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica
rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas
Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam
anualmente no complexo. Mantido anualmente com quinze milhões de reais da Prefeitura,
além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo
Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[26]

A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula
distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e
público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica
(em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma
unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona
rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos,
dos quais três são internacionais.[26]

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol
Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, o
primeiro está na Segunda Divisão do Campeonato Baiano e o segundo sem divisão.

O Estádio Armando Oliveira é a principal praça esportiva da cidade.

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros


da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar
o Polo Industrial de Camaçari.[8] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta
cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana
de Salvador.

Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados,[3]com uma população de mais de 296
mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois
de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado
em cerca de quase 22 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2016.[7] Faz parte dos 71
municípios brasileiros integrados no Mercosul.

É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a


primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[9] e do Polo
Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas
indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros
ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico
planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de
90 empresas instaladas.[10]
Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por
povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região,
falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros
exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo
tupi dos tupinambás.[12]

A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi


criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo índios de várias
aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João
Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há
indícios que esses índios tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de
São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 1624 – 1640, os
índios da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa,
juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes
mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho
Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do
Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e
Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada
ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.

Séculos 18 e19

Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas
da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente,
adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da
Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende
o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.

No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está
estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao
recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São
Francisco e Litoral Norte).

Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração


agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao
desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser
em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no
entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal


A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia
os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal
de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo
ano.

A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro


(em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a
sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão
do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios
passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se
Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as
localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em
1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).

Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari.


Em 1932, retornou a Salvador.

Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27


segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[13] Com área territorial de
784 658 quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador,
sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de
São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias
d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes,
Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito
Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de
Abrantes.

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata


ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio
Capivara e Lagoas de Guarajuba.[13] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de
Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque
Garcia D'Ávila.[2]

Clima

O clima de Camaçari é tropical úmido,[13] com uma temperatura média compensada de


25 graus Celsius (°C). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi
de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[14] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de
1995.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm)
em 1° de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram
172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[16]

A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari,


inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos
mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do
país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade
como automotiva, destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.
Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1
bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado
da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari.
Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80
por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30
mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua
participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento. A fábrica da Ford Motor
Company na cidade monta os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta
Sedan.[18] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e
emprega cerca de 800 engenheiros.[19] A JAC Motors também teria uma fábrica em
Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com
uma produção anual de 100 mil veículos,[20] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a


primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para
o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de
dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é
também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a
linha de produção Roundup.[21]

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos


movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e
teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém uma
orquestra pró-sinfônica e uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas
de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a
Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica
rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas
Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam
anualmente no complexo. Mantido anualmente com quinze milhões de reais da Prefeitura,
além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo
Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[26]

A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula
distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e
público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica
(em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma
unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona
rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos,
dos quais três são internacionais.[26]

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol
Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, o
primeiro está na Segunda Divisão do Campeonato Baiano e o segundo sem divisão.

O Estádio Armando Oliveira é a principal praça esportiva da cidade.

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros


da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar
o Polo Industrial de Camaçari.[8] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta
cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana
de Salvador.
Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados,[3]com uma população de mais de 296
mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois
de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado
em cerca de quase 22 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2016.[7] Faz parte dos 71
municípios brasileiros integrados no Mercosul.

É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a


primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[9] e do Polo
Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas
indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros
ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico
planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de
90 empresas instaladas.[10]

Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por


povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região,
falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros
exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo
tupi dos tupinambás.[12]

A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi


criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo índios de várias
aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João
Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há
indícios que esses índios tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de
São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 1624 – 1640, os
índios da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa,
juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes
mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho
Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do
Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e
Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada
ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.

Séculos 18 e19

Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas
da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente,
adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da
Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende
o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.
No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está
estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao
recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São
Francisco e Litoral Norte).

Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração


agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao
desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser
em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no
entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal

A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia


os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal
de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo
ano.

A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro


(em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a
sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão
do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios
passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se
Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as
localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em
1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).

Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari.


Em 1932, retornou a Salvador.

Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27


segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[13] Com área territorial de
784 658 quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador,
sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de
São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias
d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes,
Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito
Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de
Abrantes.

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata


ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio
Capivara e Lagoas de Guarajuba.[13] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de
Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque
Garcia D'Ávila.[2]

Clima

O clima de Camaçari é tropical úmido,[13] com uma temperatura média compensada de


25 graus Celsius (°C). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi
de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[14] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de
1995.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm)
em 1° de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram
172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[16]

A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari,


inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos
mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do
país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade
como automotiva, destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.

Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1


bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado
da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari.
Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80
por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30
mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua
participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento. A fábrica da Ford Motor
Company na cidade monta os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta
Sedan.[18] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e
emprega cerca de 800 engenheiros.[19] A JAC Motors também teria uma fábrica em
Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com
uma produção anual de 100 mil veículos,[20] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a


primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para
o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de
dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é
também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a
linha de produção Roundup.[21]

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos


movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e
teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém uma
orquestra pró-sinfônica e uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas
de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a
Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica
rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas
Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam
anualmente no complexo. Mantido anualmente com quinze milhões de reais da Prefeitura,
além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo
Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[26]

A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula
distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e
público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica
(em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma
unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona
rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos,
dos quais três são internacionais.[26]

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol
Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, o
primeiro está na Segunda Divisão do Campeonato Baiano e o segundo sem divisão.

O Estádio Armando Oliveira é a principal praça esportiva da cidade.

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros


da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar
o Polo Industrial de Camaçari.[8] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta
cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana
de Salvador.

Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados,[3]com uma população de mais de 296
mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois
de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado
em cerca de quase 22 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2016.[7] Faz parte dos 71
municípios brasileiros integrados no Mercosul.

É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a


primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[9] e do Polo
Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas
indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros
ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico
planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de
90 empresas instaladas.[10]

Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por


povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região,
falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros
exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo
tupi dos tupinambás.[12]

A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi


criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo índios de várias
aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João
Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há
indícios que esses índios tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de
São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 1624 – 1640, os
índios da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa,
juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes
mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho
Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do
Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e
Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada
ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.

Séculos 18 e19

Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas
da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente,
adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da
Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende
o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.

No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está
estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao
recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São
Francisco e Litoral Norte).

Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração


agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao
desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser
em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no
entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal

A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia


os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal
de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo
ano.

A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro


(em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a
sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão
do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios
passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se
Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as
localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em
1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).

Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari.


Em 1932, retornou a Salvador.

Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27


segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[13] Com área territorial de
784 658 quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador,
sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de
São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias
d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes,
Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito
Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de
Abrantes.

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata


ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio
Capivara e Lagoas de Guarajuba.[13] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de
Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque
Garcia D'Ávila.[2]

Clima

O clima de Camaçari é tropical úmido,[13] com uma temperatura média compensada de


25 graus Celsius (°C). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi
de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[14] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de
1995.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm)
em 1° de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram
172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[16]

A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari,


inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos
mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do
país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade
como automotiva, destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.

Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1


bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado
da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari.
Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80
por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30
mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua
participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento. A fábrica da Ford Motor
Company na cidade monta os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta
Sedan.[18] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e
emprega cerca de 800 engenheiros.[19] A JAC Motors também teria uma fábrica em
Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com
uma produção anual de 100 mil veículos,[20] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a


primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para
o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de
dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é
também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a
linha de produção Roundup.[21]

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos


movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e
teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém uma
orquestra pró-sinfônica e uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas
de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a
Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica
rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas
Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam
anualmente no complexo. Mantido anualmente com quinze milhões de reais da Prefeitura,
além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo
Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[26]

A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula
distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e
público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica
(em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma
unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona
rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos,
dos quais três são internacionais.[26]

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol
Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, o
primeiro está na Segunda Divisão do Campeonato Baiano e o segundo sem divisão.

O Estádio Armando Oliveira é a principal praça esportiva da cidade.

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 41 quilômetros


da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar
o Polo Industrial de Camaçari.[8] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta
cidade mais populosa do estado e segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana
de Salvador.

Possui uma área de 784,658 quilômetros quadrados,[3]com uma população de mais de 296
mil habitantes. Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois
de Salvador, sendo também o 5º maior da Região Nordeste e o 38º maior do País), estimado
em cerca de quase 22 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2016.[7] Faz parte dos 71
municípios brasileiros integrados no Mercosul.

É sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a


primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[9] e do Polo
Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas
indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros
ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil,
fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico
planejado do País e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de
90 empresas instaladas.[10]

Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por


povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região,
falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros
exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo
tupi dos tupinambás.[12]
A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi
criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo índios de várias
aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João
Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há
indícios que esses índios tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem
tupinambás, assim como os índios do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de
São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 1624 – 1640, os
índios da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa,
juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes
mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho
Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do
Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e
Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada
ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.

Séculos 18 e19

Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas
da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente,
adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da
Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende
o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.

No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais
diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está
estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao
recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São
Francisco e Litoral Norte).

Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração


agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao
desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser
em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no
entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal

A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia


os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal
de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo
ano.
A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro
(em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a
sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão
do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios
passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se
Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as
localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em
1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).

Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari.


Em 1932, retornou a Salvador.

Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27


segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[13] Com área territorial de
784 658 quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador,
sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de
São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias
d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes,
Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito
Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de
Abrantes.

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata


ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio
Capivara e Lagoas de Guarajuba.[13] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de
Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque
Garcia D'Ávila.[2]

Clima

O clima de Camaçari é tropical úmido,[13] com uma temperatura média compensada de


25 graus Celsius (°C). Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET),
referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi
de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[14] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de
1995.[15] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm)
em 1° de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram
172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[16]

A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari,


inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos
mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do
país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade
como automotiva, destacando-se a fábrica da Ford,
de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.

Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1


bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado
da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari.
Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80
por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30
mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua
participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento. A fábrica da Ford Motor
Company na cidade monta os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta
Sedan.[18] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e
emprega cerca de 800 engenheiros.[19] A JAC Motors também teria uma fábrica em
Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com
uma produção anual de 100 mil veículos,[20] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a


primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para
o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de
dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é
também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a
linha de produção Roundup.[21]

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos


movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e
teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém uma
orquestra pró-sinfônica e uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas
de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a
Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica
rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas
Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam
anualmente no complexo. Mantido anualmente com quinze milhões de reais da Prefeitura,
além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo
Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[26]

A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula
distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e
público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica
(em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma
unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona
rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos,
dos quais três são internacionais.[26]

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol
Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, o
primeiro está na Segunda Divisão do Campeonato Baiano e o segundo sem divisão.

O Estádio Armando Oliveira é a principal praça esportiva da cidade.

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