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com a Hungria, filho de Matthias Haydn e Maria Koller. Ninguém da família de Haydn
estava ligado à música, apesar de Matthias Haydn ser um entusiasta da música
tradicional e tocar harpa de ouvido. De acordo com os apontamentos autobiográficos
de Haydn, a sua infância foi bastante impregnada de musicalidade dando como exemplo
os frequentes serões de canto com seus vizinhos.
Os pais de Haydn cedo perceberam que seu filho tinha dotes musicais e compreenderam
que ficando em Rohrau, Joseph não teria hipótese de obter qualquer aperfeiçoamento
musical sério. Por esta razão, aceitaram a proposta de um dos seus parentes, Johann
Matthias Franck, mestre de capela em Hainburg, com o qual Haydn passaria a viver e
a ter aulas de música. Haydn partiu com Franck e nunca mais voltou a viver com seus
pais. Haydn tinha então apenas seis anos de idade[3].
A vida na casa de Franck não foi fácil para Joseph, onde se recordou de ter passado
fome e humilhações. Contudo, aí aprendeu a tocar cravo e violino. Haydn, tendo uma
bela voz infantil, iniciou-se também a cantar na secção de soprano no coro da
igreja. Em 1740, Georg von Reutter, director de música na catedral de Santo
Estêvão, em Viena, impressionou-se com a musicalidade de Haydn. Reutter nesse tempo
viajava pela Áustria procurando pequenos cantores talentosos. Descoberto desta
forma, Joseph Haydn foi enviado a Viena, onde trabalhou durante os nove anos
seguintes como cantor, os últimos quatro já na companhia de seu irmão mais novo
Michael.
Durante os quase trinta anos que Haydn trabalhou para os Eszterházy, produziu uma
enorme quantidade de obras e o seu estilo musical tornou-se maduro. Apesar do
isolamento mundano que sofria, a fama das suas novas formas musicais ultrapassava
já as fronteiras do império austríaco. Gradualmente, Haydn passou a escrever tanto
para seus patrões quanto para a publicação. Haydn, sob autorização do príncipe
começa a viajar. Desta época datam as Sinfonias de Paris, tocadas perante a corte
francesa e perante a austríaca Maria Antonieta e a versão orquestral das Sete
Últimas Palavras de Cristo[1].
Por volta de 1781 em Viena, Haydn conheceu e estabeleceu uma sólida amizade com
Wolfgang Amadeus Mozart[2]. Desta grande e profunda amizade sem outro paralelo na
história da música e apesar das diferenças de idade (Haydn era 24 anos mais velho)
nasceram influências recíprocas. impressionou-se vivamente com o trabalho de Mozart
e considerava-o superior em gênio. escrevendo ao pai do Amigo, Leopold Mozart,
afirmou: "digo-o perante Deus e como um homem honesto, que vosso filho é o maior
compositor que eu conheço em pessoa ou em nome, porque tem o gosto e a maior das
ciências da composição"[3]. Por volta dessa época, Haydn parou de compor óperas e
concertos – precisamente os dois géneros em que Mozart mais se destacou. Wolfgang,
em contrapartida, considerava o mais velho um mestre e venerava-o como modelo.
Chamava-lhe "Papá", "guia" e "melhor amigo". Dedicou seis quartetos a Haydn.
Mozart, membro activo da maçonaria levou Haydn a aderir, o que sucedeu em 1785,
apesar da fé católica deste último. Depois seria o fim. Nas véspera da viagem de
Haydn a Londres, da qual Mozart o tentou demover por motivos de saúde, os dois
amigos despediram-se pressentindo a última vez. Haydn tinha então quase sessenta
anos. Mas o destino foi diverso; Haydn não poderia imaginar que a morte levaria
Mozart no inverno de 1791.
Túmulo em Eisenstadt
Haydn retorna a Viena onde construiu uma casa e voltou-se para a composição de
grandes obras religiosas para coro e orquestra. Entre estas últimas contam-se os
últimos nove quartetos, os oratórios A Criação, As Estações o Te Deum e seis missas
dedicadas à família Eszterházy, cujo actual príncipe era novamente um melómano à
imagem de Nicolau e competiu para a reaproximação. Estas obras marcam o ponto
máximo da obra musical de Haydn[3].
Haydn morreu em casa em 1809, aos 77 anos, durante um violento bombardeio nas
vésperas da tomada de Viena pelo exército de Napoleão Bonaparte. Por ordem do
próprio Napoleão, um guarda foi colocado à porta de sua casa em seus últimos
momentos de vida, de modo a evitar que fosse perturbado, tamanho o prestígio do
qual gozava.[4]
Aparência e personalidade
Haydn era feio (para o padrão de beleza dominante na época) e de baixa estatura, e
ficava surpreso quando as mulheres o seguiam durante as visitas a Londres. Cada um
dos vários artistas que pintaram a face de Haydn durante sua vida tentou deixar
transparecer sua personalidade agradável, apesar de não se enquadrar naquele padrão
de beleza.
Obra
Haydn é considerado o pai da sinfonia clássica e do quarteto de cordas, além de ter
escrito muitas sonatas para piano, trios, divertimentos e missas, que se tornou a
base do estilo clássico de composição de música erudita. Além disso, escreveu
também algumas músicas de câmara, óperas e concertos, que hoje não são tão
conhecidos. Haydn foi o maior influenciador do estilo da época[2].